DreamWorks ou Disney/Pixar? – Parte IV

Televisão quarta-feira, 29 de abril de 2009

E entramos na penúltima parte desta história que já deve estar cansando todo mundo, mas, que afinal, precisa ser concluída corretamente.

Estamos em 2006 e, mais uma vez, tivemos um ano bem proveitoso em relação às produções de animações, apesar da qualidade de algumas deixar a desejar.

Para se ter uma ideia, a Disney, sozinha, lançou Selvagem (digital), Irmão Urso 2, Bambi 2, O Cão e a Raposa 2 e Leroy & Stitcht. Com os dois últimos lançando diretamente para o vídeo.

Selvagem – que muitos acham que foi uma cópia descarada de Madagascar, inclusive eu – foi um fracasso de bilheteria, inclusive sendo crucial para os rumos da história da animação.

Único desenho que te dá vergonha alheia (aquela terceirizada)

Enquanto isso, a DreamWorks mostrou ao mundo Os Sem-Floresta – que conta as aventuras um guaxinim malandro enrolando um grupo de animais diferentes entre si, mas que convivem em família – e Por Água Abaixo, que mostra as reviravoltas na vida de um rato playboy milionário que cai no esgoto. Este último foi uma aposta da DreamWorks após o sucesso – e a consagração com o Oscar – de Wallace e Gromit.

Mas, assim como Wallace e Gromit, Por Água Abaixo arrecadou pouco, cerca de 180 milhões de dólares, mas não obteve nada mais do que isso, sendo considerado mediano pela crítica.

O carro-chefe daquele ano para a Dream foi, sem dúvida, Os Sem-Floresta que arrecadou mais de 330 milhões de doletas pelo mundo. Pouco, se comparado ao Espanta Tubarões (que achei mais fraquinho), ou à bilionária franquia Shrek.

Legal, mas aquém do esperado

Mas ainda podia ser pior.

O último suspiro da Pixar

Como a Pixar não estava ligando para o que viria, lançou o que é – de novo, na minha opinião – o melhor desenho e mais descompromissado da franquia: Carros.

Assim como em Os Incríveis, a empresa caprichou, mas se ateve a divertir e a homenagear o mundo do automobilismo americano. Como gosto do tema e, para mim, a abordagem foi bem interessante, considero este um dos desenhos mais legais da Pixar.

O melhor, mas para poucos

Pena que o mundo, e a crítica, não gostaram muito, tanto que Carros arrecadou “apenas” U$ 460 milhões de dólares, superando a DreamWorks, mas apanhando da Warner.

Warner na jogada

– Peraí, o que a Warner tem a ver com isso?

Tudo, já que a Warner Bros em parceria com a Village Roadshow lançou naquele ano Happy Feet, um desenho fantástico que conta a história de Mano, um pinguim que é rejeitado pelos outros por ser diferente dos da sua espécie.

Happy Feet faturou o Oscar de 2007, derrotando Carros e A Casa Monstro, também da Warner.

Com jeito e tato, a história de Mano, o pinguim que não sabe cantar, mas dança que é uma beleza, arrecadou U$570 milhões e fez Pixar e DreamWorks a repensarem seu modo de encarar as animações.

Obra-prima que sapateou em cima da concorrência

Afinal, as duas empresas se dedicariam a fazer obras-primas, como Happy Feet e a Pixar no início da parceria com a Disney.

Ou se dedicariam aos filmes-pipocas, onde se divertir é o que interessa, sem lições de moral, histórias profundas ou tudo mais?

Sem contar que, teoricamente, a Pixar tinha dado tchau à Disney e estava a procura de uma nova parceira.

Enfim, semana que vem, concluo essa história.

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