Dub É Bom, Dub É Bom, Dub É Muito Bom
Quando eu era um noobin musical, procurei até no infernu exaustivamente por algo que pudesse tirar a trilha dos vocais, e deixar só a base instrumental das músicas. Poderia ser um programa, um remix, ou até uma varinha mágica. Então eu não sabia duas coisas: A primeira, que até agora nada consegue fazer isso SATISFATORIAMENTE, a segunda, que existia o Dub.
Calma, Senhor Empregos, vou explicar. Pelo menos cê vai ter algo a mais pra falar quando te perguntarem qual estilo cê gosta, pra sair do farofa-e-praia do rock e pop, da modinha do indie (Também conhecida como reduto-dos-sem-talento), do denso blues, ou até mesmo do electronic, que tem tantas vertentes que Hércules confundiria com uma Hidra. E nem aquela tosca do Age of Mithology.
Eu costumo dizer que o reggae só tem dois jeitos de ser uma coisa legal. Dub e Ska. Ska e Dub. Pronto, só assim aquela coisa monumentalmente monótona pode se tornar algo monumentalmente foda. Porque é simplesmente a extração das partes boas. Como cês devem saber, se frequentaram direitinho a High School Music porra, desenterrei essa, devem lembrar que o ska é praticamente o pai desses gêneros, mais acelerado, praticamente um punk rock vindo dos piratas da Jamaica.
Já o dub, é essencialmente aquilo que falei ali em cima. Vou ajudar a sua dislexia, então. Dub é o estilo onde o vocal é extraído, potenciam as cordas graves, adicionam efeitos, muitos efeitos, as batidas e claro – o quê a mais – algumas gravações, no mínimo, inusitadas. Afinal, sirene de polícia e cachorro latindo não caberia bem em riffs de outros estilos. A não ser do Senhorito Bieber, que cabe tudo, de tão arregaçado.
Certo, voltando. O dub é o caçula dos três estilos, e antes de ganhar forma, vivia de remix. Na verdade, ainda hoje não tem lá suas fórmulas definidas. Tem quem faça com vocal, tem quem faça calminho, regravação ou novas versões… Enfim, mas tem que saber fazer, senão fica tosco demaaaais. O mais legal é uma característica que a maioria dos nomes das músicas carregam a palavra “Dub”, e até as próprias bandas. Tou pensando em batizar meu filho como Júnior Dub, até. Coitado, num vai pegar ninguém com esse nome.
Então vou oferecer um serviço de utilidade pública como se fosse importante e ajudar vocês, incautos, a escutarem alguns dos dubs que prestam. Então, acione o grave, porque cê vai precisar de um caixinha decente.
Primeiro, Sublime. Esse nome de piada sugestiva ainda nem consegue ser capaz de reverenciar a majestade do ska, que por tabela, faz uns dubzin. Pena que faz muitos anos que seu frontman morreu, e alma da banda também, o Lou Dog.
Só que tem um problema, meus queridos putos. Fui sabotado, o YouTube não me ajudou, o 4shared disse que desconhece tal arquivo, então sobrou a rádio do Uol. Clica aqui, curte lá.
Essa é praticamente a base de Santeria, o maior dos hits. Aqui tem outro pra quem gostou. Putzz, estou me sentindo até numa praia sueca.
Como o dub não é lá tão conhecido, esse com toda certeza será o nome mais conhecido. Então vamos passar para os próximos.
Um bem legal, que descobri ao acaso, foi o Impact All Stars. Pra ser sincero, eu não sei porra nenhuma sobre eles e só vou deixar só o som mesmo. Forward The Bass – Dub From Randy’s 1972-1975
Mas claro, pra não deixar nosso querido Braaaaaasil de fora, vamos de DigitalDubs SoundSystem. Banda carioca praticamente independente, adora fazer uma misturada de estilo (Faz mágica do funk voltar a ser bom), que apesar de ser difícil de encontrar pra baixar, sempre tá fazendo parcerias, principalmente com nomes internacionais, ou montando um sonzinho esperto em algum lugar à hora e preço à combinar se não chover e leve a pipoca.
Bônuses -> Som Brasil Paralamas do Sucesso (com BNegão):
Mai que dancinha de bêbado é essa?