Episódios Finais – 1ª Parte
Chegando o final do mês de maio é sinal de término da temporada regular de séries na televisão americana. Nem vou comentar a temporada como um todo pois todos já estamos carecas de saber que a greve acentou uma provável crise de audiência e criatividade na indústria televisiva. Então serão pequenos comentários e, obviamente, há
C.S.I. – 8ª Temporada
Mesmo estando em sua oitava temporada, CSI mostra que ainda tem muito pique pela frente e, na próxima temporada, enfrenta seu maior desafio: descobrir se a fórmula da série depende do elenco regular. Digo isto porque no saldo final tivemos duas saídas de personagens regulares num elenco não muito extenso.
Depois de uma sétima temporada onde os roteiristas inovaram ao criar um caso investigativo (assassino de miniaturas) que durou toda a temporada, neste novo ano os episódios penderam entre o tom dramático e pesado (como a despedida de Sara Sidle, os cães assassinos e a morte abrupta de Warrick) ao tom de deboche e humor negro (no episódio de halloween, o episódio sobre o jogo Detetive e o penúltimo episódio que contou com o roteiro dos criadores de Two And A Half Men, sobre os bastidores de uma diva de sitcom morta).
Para a nona temporada, possivelmente teremos uma nova CSI feminina, uma participação da atriz Jorja Fox (Sara), e as consequências do assassinato de Warrick Brown pelo insuspeito subdelegado. Um detalhe: nunca o tema máfia foi tão abordado pelo CSI Las Vegas, temática que a série abordou tanto pelo envolvimento de Warrick com Gedda (mafioso) quanto pelos estudos de Greg Sanders para seu livro, um detalhe histórico curioso da série.
C.S.I. New York – 4ª Temporada
Este foi o primeiro ano que acompanhei regularmente esta série, deve ser pelo trauma que CSI Miami provocou em mim (é muito ruinzinha). A temporada de CSI New York pode ser dividida em três partes: 1ª) os telefonemas que o personagem de Mac Taylor (sempre eficiente Gary Sinise) recebe nas madrugadas junto aos assassinatos envolvendo um quebra cabeças – que, infelizmente, terminam de uma maneira equivocada e forçada demais, pode ser que pelo efeito da greve; 2ª) o serial killer taxista, trabalhado de maneira acertada sem grandes enrolações, mostrando as consequências e um caos devido ao transporte na Big City; 3ª) a season finale (Hostage), com Mac sendo mantido refém dentro de um banco para comprovar a inocência do assaltante que encontra um corpo no cofre, episódio curioso pelo formato diferenciado, com um grande ator em cena (Elias Koteas) e um gancho tenso. Pena que sabemos como terminam as ameaças ao protagonistas das séries, nada acontece a eles, obviamente!
Bones – 3ª Temporada
Para mim a grande diversão em assistir a Bones é a química entre o agente Booth e a antropologista Temperance, ou Bones para os íntimos. As tramas não são muito sofisticadas e os personagens pouco desenvolvidos, apesar do enorme acerto dos roteiristas em adicionarem um psicólogo para tratar de relação entre Booth e Bones, cenas engraçadíssimas vêm daí.
Sobre a terceira temporada, o arco envolvendo o pai de Temperance (muito bem interpretado por Ryan O’Neal) terminou de maneira ok, sem muitos alardes, mas o grande problema foi o arco envolvendo o serial killer Gorgomon. Vindo de uma mitologia de sociedades secretas, o personagem foi ofuscado pela greve dos roteiristas e pouco desenvolvido sendo a trama do episódio final mais sobre o mistério do envolvimento de alguém de dentro do Instituto, no caso, Zack (a saída do personagem da série para mim foi uma surpresa), do que as motivações do assassino em si. Uma pena!
Cold Case – 5ª Temporada
Sendo a série policial que menos acompanho (vai faltar ainda Criminal Minds que verei nesta semana), Cold Case me chama mais a atenção pelas reconstituições de época e trilhas sonoras excepcionais do que pela trama dos episódios em si.
Das séries investigativas, Cold Case sofre de ser a mais engessada numa fórmula, dificilmente algo acontece de errado ou algum crime não é resolvido. Normalmente, os envolvidos no caso são os responsáveis pelos crimes, e num quebra-cabeças de depoimentos acaba se resolvendo tudo. Assim, se a série não evolui muito o que dirá nesta temporada de risco, nem mesmo um grande drama ocorreu paralelamente aos casos com algum personagem (não vale citar o dilema maternal da policial Kat Miller e a corregedoria em cima do agente Valens, resquicíos da temporada passada).
Sem ganchos no episódio final pouco se sabe o que pode acontecer a série na sexta temporada, mas um grande acontecimento aos personagens ou, quem sabe, um grande caso que modifique a estrutura formulaica da série possa dar uma sacudida na audiência que terminou abaixo da expectativa.