Especial The Walking Dead #04 – Carl

Televisão quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Tava lembrando aqui, cês já assistiram à Madrugada dos Mortos? Não o original, eu nem cheguei perto desse. Tô falando do remake, mesmo. Lembram que a grávida leva uma baita de uma mordida e o namorado faz com que ela fique viva até a hora do parto? Viva naquelas, né, ela tá se mexendo. E, cara, nasce um bebê zumbi. Olha que coisa doida, ele seria o primeiro de uma geração original, tipo um Drácula da vida. Acho que viajo demais nesses textos. Mas seria bizarro pensar em como fariam pra amamentá-lo. Ao invés de leite, jorraria SANGUE?

Eu tô ficando bom na arte de divagar. Praticamente uma SE isso aqui. Bom, vamos terminar com a reunião família nesses especiais, blz?

Então, cês lembram que eu havia dito que o Carl é mais macho que a maioria de vocês? Se bem que até a Penélope Charmosa é mais macho que vocês, mas enfim. De todos os personagens, ele é o que mais cresce durante o decorrer da história. Isso é óbvio, ele é só uma criança, mas eu tô falando do desenvolvimento mental, mesmo. Ele alcança maturidade a tal ponto de que ele tá preparado pra atirar em um zumbi pra proteger a família, mesmo sabendo que o monstro já foi uma pessoa algum dia. E ele também é bem capaz de atirar em alguém vivo, de fato. IRADO.

Carl esteve com sua mãe, Lori, e Shane, melhor amigo de seu pai, Rick, enquanto ele não acordava do coma. Junto com os outros sobreviventes, o garoto consegue fazer amizade com as outras crianças, mas ele é diferente dos outros, começando pela sinceridade digna de House, e outra que ele quer fazer parte das equipes de busca, proteção, caça etc. Coisa que qualquer criança normal quer fazer, sinceramente, já que elas ficam querendo imitar os adultos. O problema é que ele acha que é um caubói. Quero ver ele beber uísque quente, estilo caubói.

[SPOILER]

 Bom, agora vamos ao spoiler mais motherfucker de todos os textos. Não dá pra escrever muita coisa sobre o Carl, aliás, sem contar algo que seja relevante pra história. Pois bem. Cês lembram que Rick havia acordado do coma e, depois de seguir alguns palpites, se arrastou até o centro urbano mais próximo, em busca de sua mulher e filho. A cidade, a propósito, foi destruída pela incompetência do governo misturada com a sede de sangue dos nossos amigos zumbis. Rick escapa desse inferno e reencontra Lori e Carl, pra alegria geral da nação.

O pequeno grupo de sobreviventes, instalados em um acampamento – com um trailer e algumas barracas -, vivia bem perto da cidade, em busca de resgate quando o exército passasse a limpar a zona toda (Sim, os zumbis continuam rindo dessas ideias). A opinião de Shane, de ficar no mesmo lugar, leva a maior e a merda acontece: Uma sobrevivente é morta e um outro é ferido. O peso cai todo em cima de Shane, afinal, ele estava liderando o grupo e a decisão de manter a posição foi dele. Acreditem ou não, isso fez com que a relação de amizade entre ele e Rick torna-se algo baseado no ódio, rapá.

Descontrolado, Shane acerta um soco em Rick e leva um tapa de Lori. Abalado como uma menininha, ele entra no bosque, mandando todo mundo catar coquinho. Bando de feios, bobos, cabeças de melão. Rick corre atrás e tenta acalmá-lo, mas ó: O cara aponta a espingarda pra ele, dizendo que não era pra ele ter voltado, tudo estava bem e ele conseguiria ter uma chance de verdade com a Lori. Ele não diz isso tudo explicitamente, mas dá pra entender. Quando Shane vai puxar o gatilho, alguém o mata antes da tragédia ser maior. Sabe quem fez isso? O pirralho do Carl.

A ideia de treinar o grupo para que todos fossem capazes de usar armas de fogo deixou o garoto empolgado, tanto que ele quis aprender e ganhou uma arma pra portar por aí. Depois de ver Shane cair no chão, morto, Carl diz que

Não é como atirar em um dos mortos, papai.

Ele é a única criança que compreende que, assim como o pai, deve fazer tudo o que estiver ao alcance pra deixar todos a salvo. Isso inclui puxar o gatilho, mesmo que, algumas vezes, a arma não esteja apontada para um zumbi. Se vocês não acham que isso é um amadurecimento precoce, eu não sei dizer o que é.

Em uma das fases da história, onde os sobreviventes juntam-se em uma comunidade com outras crianças, Carl mostra ter problemas de socialização. Ele não consegue entender como todos podem parecer felizes enquanto, do lado de fora de um muro, há uma manada de mortos vivos prontos pra acabar com tudo. E ele não engole essa falsa impressão de segurança e nota que não há lugar seguro em meio a um mundo apocalíptico.

[/SPOILER]

Bom, foram-se os quatro personagens que, na minha opinião, formaram o grupo mais interessante de toda a série. E os textos especiais vão continuar, véis. A gente acha alguma coisa pra falar, afinal, qualquer coisa sobre zumbis é sempre uma boa ideia.

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