Esquadrão Sinistro (Sinister Squad)
Quando um culto sobrenatural ameaça a existência da vida na Terra, Alice deve formar uma equipe com os piores vilões dos contos de fadas para enfrentar as forças da Morte.
Sinopses pequenas de filmes ruins é o pior pesadelo de qualquer escritor de resenhas. Vejam bem a quantidade de palavras que terão que ser desperdiçadas apenas para preencher este espaço do pôster. Mas este não será um problema. Talvez. Eu tô numa de arriscar meu tempo assistindo coisas que muito provavelmente não vou gostar. Eu assisti um anime por exemplo. Se eu gostei ou não, não vem ao caso, mas vocês devem saber da minha opinião em breve. Ou talvez já saibam, dependendo de quando esse texto irá ao ar.
Enfim. Gostaram de Esquadrão Suicida? Expectativas pra Doutor Estranho? Já viram o novo Star Trek? Rogue One vai ser uma bomba? Acho que o espaço tá acabando. Só falta mais um pouco. Peraí. Quase lá. Eu já contei pra vocês da vez que eu peguei carona de skate na traseira dum caminhão, cai, bati a cabeça no chão e convulsionei no meio da rua? Não?
Eu nem lembro mais quantas vezes eu já defendi e indiquei produções de baixo orçamento por aqui no Bacon. Eu realmente curto e admiro sempre a galera que se vira com pouca grana e produz conteúdo independente, mas se eu colocar uma Tekpix na mão duns moleques de 10 anos eles conseguem fazer alguma coisa melhor do que isso. Não se precisa de mega produção quando se tem um bom roteiro e se você não tiver um bom roteiro, por favor, não faça nada. Em alguns momentos eu não sabia se estava assistindo uma apresentação ruim de um pseudo grupo teatral infantil ou uma paródia pornô. O que me deixou nostálgico e excitado ao mesmo tempo.
O filme não tem mérito, não tem nada que se possa elogiar na produção. O roteiro é de Esquadrão Suicida e o figurino, caracterização e todo o resto foi roubado do set de Once Upon a Time. Até mesmo Rumpelstiltskin, que deveria ser o grande personagem do filme, nada mais é do que um cópia fajuta e irritante do Deadpool. E quando cê acha que os caras não podem mais errar, entra em cena o Chapeleiro Louco, interpretado pelo ator mais parecido com o Johnny Depp que eles puderam encontrar, caracterizado como o meu primo um cafetão drogado.
A falta de variação de cenários também é bem ruim. Tudo ocorre dentro de um prédio abandonado que parece ter apenas três salas, já que são nelas que pelo menos 90% do filme se passa. A única coisa que a galera que fez esse filme parecia saber fazer era não colocar muitas cenas de luta pra não passarem muita vergonha, mas o problema é que nisso entravam os diálogos gigantescos e sem sentido, o que só piorava tudo. Ou não, eu já tava perdendo o meu sexto sentido quando o filme acabou.
PUTA QUE ME PARIU, O FILME ACABOU! Fim, The End, zefiní… Os créditos finalmente subiram e tudo que me restou foi aquela sensação de vazio de quando se acaba de assistir um pornô ruim. Aliás, acho que nem se fosse uma paródia pornô de verdade o filme seria bom. O filme não é nada além de ruim. Não funciona como comédia, não funciona como ação, não é uma homenagem, não é uma paródia, é só um grupo de pessoas provando que o filme do Esquadrão Suicida poderia ser muito pior. E eu agradeço por isso. Eu acho.
Esquadrão Sinistro
Sinister Squad (90 minutos – Ação)
Lançamento: EUA, 2016
Direção: Jeremy M. Inman
Roteiro: Jeremy M. Inman
Elenco: Aaron Moses, Christina Licciardi, Fiona Rene, Isaac Reyes, Johnny Rey Diaz, Lindsay Sawyer
Leia mais em: Ação, Resenhas - Filmes, Sinister Squad