Essa juventude de hoje está muito mudada…
Sabe, quando se é pequeno e ainda se pensa em como conquistar o mundo, sem nem saber como conquistar sua própria casa, dominar a televisão passa a ser a missão número um, senão a única que você, pobre criança, terá na vida. A seu favor, apenas o choro e o berreiro.
Bem, quando eu tinha lá para os meus cinco anos, brigava muito pelo controle da TV. Até hoje, chamo o controle remoto de “poder”, pois é como se fosse o cetro real da casa, afinal, não havia outra coisa a fazer – que não seja bagunça e virar tudo de cabeça para baixo – do que ver televisão. E eu via, muito.
Mesmo tendo o controle da casa, obviamente que não gastava meu tempo vendo novelas, jornais ou o Chacrinha, via só o Clube do Bolinha, minha vida infantil era ver desenhos. Muitos desenhos.
Não vejo mais essa alegria das crianças de hoje. Pode ser evolução, não tenho certeza, mas a molecada na faixa etária que eu me divertia zapeando entre TVS (Hoje SBT) e Globo, preferem apenas se matarem em seus Wiis, PS3s e X-Boxs 360, não por isso, só gostam do famigerado Ben 10, que tem toda sua narrativa voltada para vender porcarias ação de videogames. Não há mais graça entre esperar um episódio do Pica-pau, Tom & Jerry, Caverna do Dragão, enfim. Desenhos de boas safras, que, parodiando uma frase famosa da internet, fizeram o caráter de muita gente.
Acredito que isso tenha a ver com a pior safra da animação de todos os tempos. Afinal, se não há interesse, não há porque produzir novos desenhos. Alguns até tinham potencial, como o Transformers Armada e o Novo Homem Aranha, mas não foram para frente. Outros já estão tendo a fórmula desgastada, como Padrinhos Mágicos e Pinguins de Madagascar, enfim, acredito que por falta de interesse e, logo, preguiça dos roteiristas.
Como os clássicos são acusados de violentos, conteúdo sexual, incentivar o homossexualismo, entre outras coisas, vou lembrando, nas madrugadas da tv paga, da minha época de criança, quando era o dono da casa e senhor do controle remoto.
Saudades.
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