Evanescence ao vivo!
Olha, sei que tem gente que pode apontar que esse texto tá atrasado já que estava prometido pra ontem. Em minha defesa, digo que a execução desse artigo dependia do fato de eu estar viva pra contar a história, coisa que não aconteceu. Demorei dois dias pra retornar do túmulo. Ainda assim, um dia mais cedo do que o último cabeludo que fez isso uns dois mil anos atrás.
Enfim, sem mais delongas! Vamos todos relembrar os momentos mágicos e purpurinados de sábado!
E já vou dizendo que essa crítica é a mais parcial possível. Se você visita o Bacon apenas pra ouvir ler tia-velhagem, feche essa aba e vá ver o vídeo deste filho da puta aqui APATETADO É O CARACA. Combinado? Certo, agora podemos começar.
Bom, como toda boa fã, lá fui eu assistir pela quinquagésima terceira vez o show da banda. Passar o dia na fila nem foi a pior parte da experiência, já que a visão das Iemanjás góticas (Meninas de saia até o pé, coturno e espartilho) rendeu risadas. A pior parte foi o show do The Used, uma banda que é até bem legal, mas com um vocalista babaca estraga todo o resto da banda. Sério, galaerinha, cuspir na platéia é tão 2004…
Se bem que assistir Evanescence também é last-last-summer. É como abrir os portões de 2004. Enfim, divago.
Depois dos quarenta minutos mais apertados da minha vida, nossa Delza da Luz inmaginarian entrou no palco. Aliás, menos de meia hora depois do primeiro show. Parabéns pra produção. Dois shows sem atrasos exorbitantes.
O show começou com What You Want e seguiu com os maiores hits, intercalados com as músicas menos famosas, como já é de praxe. Sem muita falação nos intervalos, apenas uma pausa ou outra pra agradecer ao público, falar que nós somos o melhor país que ela já visitou, mimimi-blablabla. A cereja do bolo foi a apresentação de uma música que, até seis anos atrás, era uma fucking lenda urbana.
Sim, amigos, tivemos finalmente If You Don’t Mind, a mais cobiçada b-side do The Open Door. Por incrível que pareça, só ela já dá um banho de qualidade em todo o Evanescence.
É, sou viúva do TOD. Me processem.
Outras surpresas foram Oceans e Lacrymosa, duas músicas que não apareciam na turnê fazia um tempinho, e que eu esqueci como ficavam fodasticamente boas ao vivo. Sério, Amy, tira Imaginary, que já devia ter morrido há tempos, e ponha outras. Não consigo engolir, por exemplo, um show sem Your Star! Ou sem nenhuma das músicas extras do CD novo! Porra, magina que legal seria Say You Will ao vivo!
E, olha, vou falar: O show de sábado deu de dez a zero em 90% do que a turnê vinha sendo. Dá pra ver que eles realmente curtem tocar por aqui. A banda sempre gostou de barulho, de confusão. Dà pra ver isso pelo sorriso da Amy no palco e até mesmo pela interação maior dos instrumentistas com o público. Procurem o vídeo de Going Under pra entender o que eu to falando. A cara de emocionada que a vocalista fez quando estouramos balões em My Heart Is Broken HE foi linda. E me fez sair do HSBC Arena ainda mais apaixonada por eles.
Quanto à estrutura do lugar: A casa de shows era muito boa. Até mesmo o ar condicionado dava vazão. Era só ficar na ponta dos pés [Nota do editor: Anã] que dava pra sentir o arzinho frio. O som ficou legal também e, em momentos de menos gritaria, dava pra ouvir até o backing vocal, coisa impossível em quase todas as apresentações da banda.
A única coisa que me irritou de verdade foi a mania das pessoas de querer tirar foto/filmar tudo e não curtir o show. Olhar pra cima era garantia de ver uma porrilhada de Iphones e câmeras da Tek Pix levantadas. E show sendo filmado em HD pelo Terra, então, pra que, gente? Sério, vai pra curtir, não pra tirar foto!
É provável que o Evanescence volte ano que vem, se a turnê não acabar. Os shows aqui sempre lotam. Essa semana eles ainda se apresentam no Ceará Music Festival. E, ó, escutem o conselho da tia: Aproveitem bem esse período feliz, por que antecede hiatos enormes.
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