Filmes bons que passam batidos 03 – 28 Weeks Later.

Filmes bons que passam batidos domingo, 02 de setembro de 2007

Ah, vai. Vocês sabiam que eu ia falar de 28 Weeks Later, depois de falar de 28 Days Later. Tava na cara. Muita gente torce o nariz pra continuações de filmes, inclusive eu. Mas felizmente existem algumas exceções á regra de que toda continuação é uma bosta. Sem falar que filmes de zumbis nunca são demais. É como pizza, e mulher pelada: você nunca cansa de ver e comer (não necessariamente nesta ordem).

 

28 Weeks Later (2007)

O roteiro segue os rastros sanguinolentos do primeiro filme: os militares conseguem retomar o controle do território, passando fogo em todos os zumbis e mandando a população pra fora do Reino Unido. Agora tentam repovoar a Inglaterra, trazendo de volta a população para morar em áreas de segurança. Mas alguma coisa restou. Woooooo!!

Claro que 28 Days Later precisava de uma continuação. E aqui temos exatamente tudo o que uma continuação tem que ser: maior, melhor e com mais zumbis. Também é evidente que pra ter uma continuação o vírus precisava sobreviver em algum lugar. E a história de como o vírus sobreviveu é contada no início de 28 Weeks Later.

A explicação não é genial ou surpreendente, mas ela não importa muito. O que importa é o modo com a história é contada: mostrando um pai de familia que ninguém hesitaria em classificar como motherfucker, mas que é pego em uma situação onde ou ele foge ou ele morre. Ele escolhe sobreviver, e isso é essencial para que o vírus se espalhe novamente. Veja o filme pra saber como aconteceu, porque eu não sou de ficar dando spoilers sobre a história. Mas o momento da escolha do cara é muito bem montado, é impossível você não se perguntar o que faria no lugar dele. E claro, tudo em meio a um ataque nervoso de zumbis.

Depois dos momentos de escolhas morais, onde sua namorada vai xingar o coitado do protagonista, o filme corta para as 28 semanas depois, propriamente ditas. Londres tranqüila, sendo reconstruída aos poucos. Tudo sob a tutela dos militares, que controlam a parada. Essa parte é só pra ir criando o clima para a nova infestação que vem daqui a pouco, então vai curtindo o sossego e se preparando.

Aí, começa o que todos querem ver: o pau comendo, o bicho pegando, a casa caindo. Embora o diretor não seja mais o Danny Boyle, as cenas de ação do segundo não ficam devendo em nada ao primeiro. O cara captou o espírito do “filme de zumbi moderno” e dá mais do que a gente gosta de ver, com filmagem crua dos ataques e câmera na mão, pra dar aquela sensação de documentário, ao invés daquela artificialidade de super-produção hollywoodiana.

É isso aí malandragem: quem corre mais, chora menos.

Mas enfim, uma alegria do começo ao fim. O tipo de filme que te tira do ar por mais ou menos uma hora e meia e te deixa sorrindo depois, por ter sido tão divertido.

Recomendação final: Cara. Só não assista se você for TANGA e não gostar de sangue, e violência, e… ah meu, tudo essas coisas que tanga não gosta.

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