Final Fantasy chuta bundas

Games segunda-feira, 09 de maio de 2011

E aí, macacada. Depois de um longo período de exílio, em uma jornada espiritual para descobrir verdades fundamentais como “o que é a vida?“, “por que estou aqui” e “por que o sinal de interrogação parece com um gancho de um pirata?” eu voltei (Voltei pra ficaaaar). Ok, tudo isso é mentira (Menos a parte do gancho). A verdade é que eu, igual ao théo, não tô com tempo nem pra limpar a bunda. Fazer o que, algumas pessoas crescem e começam a ter vida social. E outras estudam. De qualquer maneira, assuntos irrelevantes em comparação ao que vai ser discutido por vossas senhorias neste artigo pseudocientífico, que pode ser resumido em um HAIKAI; e assim o foi, por nosso traveco aposentado, juno.

Parece cocaína
mas
é só Final Fantasy Tactics

Nada contra o Tactics – que é do caralho, véis – mas eu quero falar de uma forma mais geral. PARA DE RECLAMAR, FDP.

Vou dizer que nunca tive um Super Nintendo. Só comecei a jogar videogame na época do Nintendo 64 – e, rapaz, que época recheada de jogos bons – o que gerava certo preconceito. Parecia que todos os clássicos que eu idolatrava, como Super Smash Bros, Super Mario 64, Star Fox 64, Resident Evil 2, essas coisa caótica, eram fichinhas perto dos clássicos do finado SNES. Como eu cago pra opinião alheia, nunca corri atrás de um console pra ver o que eu estava perdendo. Hei, quem come quieto come sempre, então continuei jogando meu N64 feliz (Tudo bem, depois eu o troquei por um Playstation 1 e, consequentemente, por um Playstation 2 – por motivos financeiros. Um cartucho [Hahaha] de N64 era mais caro do que um CD de Playstation 1, com a garantia do seu João, o único carioca com sotaque de coreano destes lados do Brasil).

 COMUNICADO URGENTE ~~ATENÇAO~~

Antes que vocês corram aos comentários pra me encher, eu sei que não existiu Final Fantasy para N64. De fato, eu conheci a série no Playstation 1, com o próprio Tactics, e depois corri atrás dos outros títulos. Continuemos com a nossa programação normal.

Esses dias eu estava com uma folga na minha agenda. Não que eu não tivesse nada pra fazer, muito pelo contrário, mas cheguei ao ponto de que eu tinha tanta coisa pra fazer que era melhor deixar pra lá. Deixar as fadas dos trabalhos resolverem tudo pra mim durante a noite, se é que vocês me entendem. Aí, pra relaxar, acessei um site de emuladores e tudo mais, achei a foto do SNES bonitinha e resolvi baixar. Sim, eu só baixo coisas bonitinhas. Por isso que eu nunca baixaria nenhum de vocês. De qualquer jeito, resolvi pegar alguns títulos crássicos, como Mario Kart.

Nada contra Mario Kart, mas Mario Kart pra N64 é melhor. Não só pelos gráficos, mas também pelo jogo em si, que melhorou e ficou mais divertido. Dentre todos os títulos que eu baixei, achei algo chamado Final Fantasy III. Puta. Que. Pariu. Eu fico puto com essas coisas. Sério mesmo. Como caralhos um jogo de um console aposentado consegue ser melhor do que muito título que conta com processador, óculos 3D e rede multiplayer? E eu descobri a resposta para essa pergunta: 42 bacon História.

Final Fantasy não é gráficos. Final Fantasy não é game mode (Nada contra, mas existem uma caralhada de RPGs de última geração com o mesmo sistema, como Dragon Quest VIII). Final Fantasy não é 3D. Final Fantasy trata-se de apenas uma coisa: História. É o único jogo que eu já joguei que consegue te envolver. Você não vê um montinho de bits coloridos andando por aí e soltando magias, você vê algo quase real. Os diálogos e o próprio enredo são tão bem trabalhados que mesmo que se o jogo tivesse sido feito no Paint ele valeria a pena. E isso, meus amigos, amigas, cães do mar, quase nenhuma desenvolvedora de jogos conseguem fazer atualmente.

Não tô dizendo que um jogo que saiu pra Wii, Xbox 360 ou Playstation 3 não deva tirar o máximo da placa gráfica. Se você compra um jogo original – porque comprar coisa pirata e exigir um trabalho bem feito é idiotice – ele tem que valer até o último centavo. A experiência criada pelo jogo deve ser perfeita. Com Final Fantasy, pelo menos as edições que foram jogadas por estas humildes mãos, isso sempre foi garantido. Nessa era em que você tem que atirar, fazer movimentos com o controle, comprar uma guitarra de plástico pra se sentir um… Babaca, Final Fantasy continua com o mesmo slogan: Relaxa aí no sofá e não faça mais nada. Não pule, não gire o controle, não coloque um óculos 3D. Deixa com a gente essa merda toda. E se algum jogo não fizer isso, ele não merece rodar no seu console.

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