Foo Fighters – Wasting Light
Será difícil desviar as atenções de Wasting Light esse ano, que foi produzido por Butch Vig, o mesmo do histórico Nevermind, do Nirvana, do qual Dave Grohl foi baterista. O álbum conta com a participação de Krist Novoselic, outro ex-integrante da banda, que toca baixo e acordeão na música I Should Have Known, e de Bob Mould, do Hüsker Dü. Além disso, Wasting Light marca o retorno do guitarrista Pat Smear, que, depois de um breve período na banda de Kurt Cobain, integrou o Foo Fighters até 1997, quando foi lançado o já clássico disco The Colour and The Shape. Não é a toa que este já é considerado o melhor trabalho da banda desde os dois primeiros discos. Fãs do Foo Fighters selecionados e amigos da banda foram para o pequeno bar de Los Angeles chamado Paladinos para ouvir as novas músicas feitas para abalar os estádios. Grohl já fez isso antes. Mas dessa vez foi diferente.
Grohl tinha outras idéias inacabadas para Wasting Light: Vendo pela frente uma vibe do Nirvana Unplugged em I Should Have Known, ele não pensou duas vezes ao fazer um convite ao Krist Novoselic para fazer uma participação especial. Essa música não foi tocada nos mini-shows feitos no Paladinos, mas Grohl tocou algo que Novoselic já conhecia: Marigold, o b-side de Heart-Shaped Box e a única música do Nirvana em que Dave canta sozinho.
Grohl tem passado os últimos anos abraçando seu passado. Primeiro foi o Greatest Hits: A banda achou prematuro; já o público não teve a mesma opinião. O sucesso do Foo Fighters deixa Grohl mais confortável com a mini-reunião do Nirvana que ocorreu em Wasting Light.
Eu não podia ter o Krist ou Butch no primeiro álbum do Foo Fighters. Se eu fizesse isso, deixaria a impressão de ser uma pessoa terrível explorando o Nirvana. Não podia fazer isso no segundo, terceiro ou quarto álbum também. Fazem dezessete anos desde que o Nirvana era uma banda. Em algum momento da minha vida eu teria que me sentir bem em fazer um álbum com Butch, me sentir bem em tocar com o Krist, em ter o Pat lá, e ter todos reunidos em uma sala. Dezessete anos é o suficiente. Não queria esperar pra sempre.
Wasting Light foi gravado na garagem de Grohl, com fita cassete analógica, sem computadores. Não sei se foi por isso, mas nunca mais tinha sentido uma vibração tão boa ouvindo Foo Fighters. Nesse disco Grohl finalmente conseguiu acertar a mão de novo, sem dúvida temos aqui as melhores músicas dos Foo Fighters em mais de 10 anos, sem falar que as 3 guitarras cairam muito bem, deixando som da banda muito mais enérgico. Todas as músicas detonam, em especial White Limo, em que Grohl chega a me fazer lembrar dos berros esganiçados de Nick Oliveri no Queens of the Stone Age. Tão boa que foi a pior coisa que encontrei no disco (Sério mesmo? Sempre volto pra ela, deviam ter posto logo como a primeira do disco!). Interessante que no inicio dos Foo, eu achava a banda péssima ao vivo, parecia que o Grohl só queria saber de berrar. Era mais uma banda de clipes e de estúdio. Interessante ver como a banda melhorou a cada disco e agora é cada vez melhor ao vivo. Fiquem agora com a última do disco, ao vivo, como só o Foo Fighters sabe ser.
Wasting Light (Foo Fighters)
Lançamento: 2011
Gênero musical: Rock
Faixas:
1. Bridge Burning — 4:47
2. Rope — 4:19
3. Dear Rosemary – 4:26
4. White Limo — 3:22
5. Arlandria — 4:28
6. These Days — 4:58
7. Back & Forth — 3:52
8. A Matter of Time — 4:36
9. Miss the Misery — 4:33
10. I Should Have Known — 4:15
11. Walk — 4:16
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