Game Party 2009

Games sábado, 21 de fevereiro de 2009

É preciso dar um desconto para pessoas que montam eventos de games. Não basta a verba ser curta (geralmente, apoio de empresas que mais extorquem, entradas e inscrição de estandes), ainda é difícil agradar um público que pode ser desde a geração PRÉ-8 bits (que saudades do Atari) até os que gastaram 1.600 reais em um X360 (oi, Junnin). E eu falo de muita gente. Com esse pensamento, eu entrei no Centro de Eventos da UFSC (ou Universidade Federal de Santa Catarina), nos dias 14 e 15 de fevereiro, para prestigiar o Game Party. Lá vinha bomba.

Com esse tamanho, dava pra fazer DOIS eventos por dia…

Primeiro, entendam que por mais que você coloque a palavra GAME no nome do evento, ele estará intimamente ligado ao público de mangás e animês. FATO: Pessoas assim jogam e gostam de videogames. E eles comparecerão ao evento, vão fazer cosplay e vão chamar a atenção. Inevitável. Logo, por que tentar sumir com eles se pode aproveitá-los como fontes de renda agradáveis? Logo, traga estandes que vendem bottons, dvds, chaveiros, toquinhas, placas, etc. etc. etc. A entrada do evento tinha alguns estandes assim. Mas não era a melhor parte. A melhor parte estava escondida: Videogames.

E teve gente que só circulou por ali…

Eu falo de Playstations 3 com o novo Naruto, com Guitar Hero World Tour, X360 com o mesmo Street Fighter 4, Nintendos Wii’s com jogos de esporte, Playstations 2 com Tekken e Guitar Hero 3 E máquinas de fliperama com Street Fighter e Metal Slug. FREE PLAY. Entendem o significado de enfrentar uma pequena fila qualquer pra jogar o que você quiser com gente de nível suficiente pra você? Além, é claro, dos campeonatos, dos quais os prêmios poderiam ser os módicos valores da inscrição, passando por kits COMPLETOS de Guitar Hero World Tour até mesmo um PS3.

HADOUKEN! Eu falei HADOUKEN!!!

Ah, eu falei da inscrição né? Pois é, tinha um defeito bem grande no evento. R$15 a entrada, R$10 cada campeonato. Calma, cê não leu errado, era esse valor mesmo. QUINZE REAIS POR DIA. A explicação veio no sábado, quando eles começaram a fechar o evento às oito, sendo que estava previsto pra terminar às dez. E então as portas do auditório ficaram convidativas. Era hora da banda MegaDriver tocar. Sinceramente, 70% das entradas deve ter ido só pra contratar a banda paulista MAIS a 8-Bit Instrumental que tocou no segundo dia. Não minto, valeu a pena.

Entra aí ou o “segurança” vai te encher de porrada!

MegaDriver é um show à parte. Os caras sabem pegar clássicos como GreenHill Zone de Sonic e colocar as guitarras pesadas, transformando em uma ode nerd. Além de serem empolgados para caramba. Um detalhe interessante de todos os shows é que havia dois telões no auditório, onde ficavam passando vídeos de acordo com as músicas. Então a gente não só ouvia a versão metal da primeira fase de Sonic como via alguém completando a fase… EM DEZENOVE SEGUNDOS. Absurdo? Pouca coisa. A 8-Bit trouxe uma overdose de jogos clássicos, como Alex Kidd e Mega Man. Impossível ter jogado qualquer um desse jogos e não se animar com as bandas.

E ainda dava pra JOGAR enquanto eles tocavam! Saca só o embate ali atrás!

Do lado “otaku” da coisa, tivemos as bandas Ryoukan e The Kira Justice. A primeira já é conhecida minha de tempos e toca na maioria dos eventos de Santa Catarina, sempre puxando o povo pra roda punk, mas nos apresentou um show morno, parte por causa de erros da sonorização, parte talvez por não ter conseguido se animar para tocar em um auditório. Só sei que já vi eles fazendo MUITO melhor. TKJ foi a surpresa. Banda desconhecida (para mim) do Rio Grande do Sul. Pode não ter sido perfeita, mas fez muito estardalhaço e conseguiu conquistar o povo chato que só ficava sentado. TODOS os instrumentistas se envolviam com o público e o guitarrista líder da banda fez acrobacias loucas com a guitarra (jogar por cima do ombro DUAS vezes durante Symphony of the Night foi assustador). Valeu a pena conhecer.

E o mosh rolando… EI! EU VI ESSA MÃO NOS PEITOS AÍ!!!

Saindo da parte dos shows, a organização do evento pecou bastante, com alguns problemas de horário. Pô, fazer a gincana ocorrer DURANTE alguns campeonatos é sacanagem. Uma gincana de EQUIPES, aliás. Que acabou em pizza, por causa dos atrasos e de um infeliz acidente com um dos competidores, que não foi culpa da organização. Problemas assim são normais na primeira edição dos eventos, mas poderiam ser evitados e tornariam a programação melhor para quem tá entrando. Lembra lá atrás dos quinze reais não é? Se vale como ponto a favor, ao menos havia muito o que fazer por lá.

E cês ainda falam do pessoal com Guitar Hero né?

O primeiro Game Party pode não ter sido sucesso de público. Muito difícil de ser, falando nisso, mas foi o primeiro evento do tipo na região em 2009 (e é capaz de acabar como último também) e fez a sua parte. Claro, lá estiveram o pessoal do Patrola (Programa “jovem” da RBS – afiliada da Globo de SC), sem saber direito do que se tratava o evento, pra variar, e uma quantidade até razoável de pais levando as crianças para se estrebuchar diante dos videogames de última geração.

E os irmãos Mario estavam indo aprontar de novo…

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