God of War: Ascension e mais um pouco sobre a franquia
Houve uma época mais feliz na minha vida, em que basicamente o que me importava era comer, domir, computador, video-game e não ficar de recuperação na escola, e foi durante esta fase que eu (E mais um monte de pivetes iguais à mim) conheci God of War. Era o longínquo ano de 2005, o PlayStation 2 ainda reinava absoluto (Apesar do lançamento da próxima geração ter ocorrido pouco depois) e eramos apresentados à um dos melhores jogos já feitos.
Serei humilde: Sou foda pra caralho nesse jogo. Nesse e em todos da série na verdade. Quando o primeiro jogo da série saiu, foi questão de botar as mãos no jogo para que eu e meu amigo zerássemos a coisa, e porra, sangue, destruição, magia, deuses, sangue, deuses, magia, sangue, destruição e peitos são coisas legais pra caralho, e que adolescente idiota não gostaria disso? O troço virou mania (Ou seria patrimônio?) quase que imediatamente!
Entre o Chain of Olympus pra PSP (Que, tanto o console quanto o jogo era uma merda), o de celular e o segundo jogo da cronologia, GoW passou de jogo para um posto mais importante: Era praticamente a definição do PS2, além de ser base para um monte de outros plágios jogos. God of War deixava de ser só um jogo sanguinário para passar a ser o que havia de melhor na indústria de jogos. Bem, o 2 era bem pior que o primeiro, mas e daí? Era o Kratos… E o terceiro jogo da franquia estava prometido.
Já tinhamos SEIS jogos da série. Claro, metade eram spin-offs, mas ainda sim eram God of War. Não vou mentir, o terceiro deixa mesmo aquela de “quero mais”, mas estava bom: Kratos morto, Deuses mortos, um monte de monstros mortos (Enfim, cês entenderam), de um jeito que fechava a história definitivamente, aquela seria a história do mortal que foi traído pelos deuses, se vingou, e terminava de um jeito… Justo. Mas claro que tudo estava bom demais para ser verdade.
Ninguém queria Kratos morto, e ele definitivamente não deveria acabar como suicida, mas um outro jogo é… Demais… No sentido ruim. Em sete anos, tivemos seis jogos da série, por seis vezes, Kratos usou alguma arma digna de Final Fantasy e estraçalhou pessoas, deuses e monstros, e estava bem assim: Uma trilogia principal, dois spin-offs sérios, um jogo para celular. Era o suficiente, GoW 3 foi incrível, mas a série já estava fora daquela lista conhecida como “melhores jogos da história da humanidade”.
Vazou, dia desses esse trailer. Um novo spin-off para a série, conhecido (Até agora) por God of War: Ascension, que deve contar a vida de Kratos… Antes de GoW 1. Já vimos coisa assim várias e várias vezes, não só em jogos, mas em filmes, séries, livros e tudo mais: Uma continuação, que na verdade se passa antes da história de verdade… E é um saco.
Kratos era um capitão (Ou seja lá o nome do posto dele) espartano, tava na merda, todando um coro de outro exército, chamou por Ares, ganhou ajuda do Deus da Guerra, fez um monte de merda, matou a própria família, culpou os deuses, matou-os e pronto. Kratos é foda porque ele é Kratos: Um mortal com poderes absurdamente fodas, e agora a ideia é fazer um jogo em que ele é um soldado, no meio de milhares de outro soldados.
Não tenho dúvidas de que será tão violento quanto os outros da série, e que darão um jeito de tornar este um jogo divertido. Mas insisto com o “chega”, assim como insistirei caso tenha mais um jogo de Assassin’s Creed além do 3. Mesmo que este novo jogo seja apenas para o segundo semestre de 2013, que o diretor tenha mudado (De novo… Agora é o Todd Pappy) e que “finalmente os inimigos darão algum desafio prO CARA”, deixem a Britney o Kratos em paz. Ele merece, a série merece e nós, fãs e jogadores, merecemos.
Um final digno seria com o encerramento da série, com um jogo da cronologia de verdade, não um spin-off safado… E as chances de lançarem um quarto ficarão ainda maiores caso Ascension vá bem nas vendas… E irá. God of War é uma das minhas séries favoritas, e eu quero um bom final para ela. É tão difícil assim criar algo novo, parar de roer osso e deixar quem te dá dinheiro feliz?
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