Grand Theft Auto: Vice City (PlayStation 2, Windows, Xbox, Mac OS X, Android, iOS)
Você está em um carro, ele estaciona no vão entre dois prédios. Seu advogado fala com você e depois sai correndo para o escritório dele. Você obviamente pega o carro, acelera, e o rádio começa a tocar Billie Jean. É 1986, e você é Tommy Vercetti, o novo gângster de Vice City.
Lançado dez anos atrás, Grand Theft Auto: Vice City conta a história de Tommy Vercetti, um mafioso que acabou de passar quinze anos na cadeia, depois de ter sido mandado pra enfrentar onze homens por ordem de seu patrão, Sonny Forelli (Numa clara emboscada) e matado eles todos. Mesmo na cadeia, ele nunca revelou segredos de sua antiga família. Ao sair, foi levado para a cidade de Vice para recomeçar a vida em um lugar novo, onde ainda não era tão conhecido quanto em Liberty City, a cidade onde nasceu e se criou no mundo do crime. Ao chegar em Vice, Tommy é protegido de Ken Rosenberg, advogado da máfia, e é colocado como um mero vendedor de drogas. A partir desse ponto e pelo jogo adentro, o jogador deve fazer missões e assistir à ascenção de Vercetti, até virar um dos grandes e temidos mafiusi da cidade. A história é rica, mas como a graça é ver pelo jogo e seus vídeos, paro por aqui.
Ao começar a jogar Vice City, começamos a perceber a quantidade de referências óbvias. Começando pela própria cidade, que é muito parecida com Miami, além do nome, Vice, tudo inspirado na série de grande sucesso Miami Vice. A história do jogo empresta características dos filmes Scarface, Carlito’s Way e Blow, além da supracitada série. A mansão de Ricardo Diaz, um dos gângsters da cidade, e o climax do jogo que se passa nela são referências claras a Scarface. Também, quando o jogador atinge um certo nível de procurado, além de ser perseguido pelo FBI, ele também enfrenta uma dupla de detetives em um carro esportivo, muito parecido com uma Ferrari, como em Miami Vice. Uma referência menor é o apartamento escondido na cidade, onde há um serra elétrica e marcas de sangue no espelho do banheiro… E, claro, como se passa em 1986, o visual do jogo todo lembra e até parodia a época. Roupas, carros, músicas, tudo feito pra te colocar lá.
Hoje em dia creio que eu nem precise descrever como são os jogos da franquia GTA. Apesar de ter as missões, é um jogo de mundo aberto, significando que você pode sair pela cidade fazendo merda, como a grande maioria de quem joga faz ou fez um dia. Matar, roubar carros e dinheiro, explorar a cidade, enfim. Fazendo isso podemos descobrir vários detalhes, como os cem pacotes escondidos pela cidade; prêmios por insanidades – como voar de rampas com carros e motos -, encontrar easter eggs, referências, etc. A jogabilidade é boa, com uma única ressalva pra dinâmica dos carros, que eu acho bem estranha às vezes; é incrivelmente fácil virar ou tombar alguns carros, como se eles fossem de plástico, e isso é especialmente irritante durante missões de corrida e perseguição.
Nota do editor: Eu não acho tão fácil capotar os carros. Em compensação, descapotar é moleza.
Em breve será lançado o GTA V e pretendo jogá-lo, mas sinceramente, nenhum outro jogo da franquia me divertiu tanto quanto Vice City. Então, enquanto os outros redatores e colunistas falam do futuro lançamento, eu presto aqui essa homenagem a um dos jogos mais divertidos que eu já vi.
Vida longa e próspera, pessoal.
Grand Theft Auto: Vice City
Plataformas: PlayStation 2, Windows, Xbox, Mac OS X, Android, iOS
Plataforma Avaliada: PC
Lançamento: 2002
Distribuído por: Take-Two Interactive
Desenvolvido por: Rockstar North (PS2, Windows, Mac), Rockstar Vienna (Xbox)
Gênero: Ação/aventura, mundo aberto
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