Grande Hotel (Four Rooms)
Eu diria que esse filme é um crássico, mas… é meio difícil encontrar quem conheça, mas provavelmente você já ouviu falar dele. Vamos ver se vocês ficam conhecendo, agora. Afinal, o que esperar de um filme dirigido por QUATRO diretores?
Na véspera de Ano Novo, no Mon Signor Hotel, um tradicional hotel de Hollywood que agora passa por uma crise, acontecem quatro histórias curiosas que envolvem Ted (Tim Roth), um mensageiro, em seu primeiro dia de trabalho. No primeiro segmento, “O Ingrediente Que Faltava”, uma irmandade de cinco bruxas se reúne na suíte nupcial para tentar desfazer um feitiço. Na segunda história Ted vai entregar gelo, mas o faz no quarto e acaba vendo Sigfried (David Proval) amarrar e amordaçar Angela (Jennifer Beals), sua esposa, pois desconfia que ela seja infiel. No terceiro conto um casal com dois filhos quer sair para se divertir sem levar as crianças, assim o pai dá 500 dólares para Ted e ele em troca tem de dar uma atenção especial às crianças, que o tempo todo passam a pedir a presença de Ted. No último segmento ele se vê no meio de uma aposta, pois o hóspede da cobertura apostou um carro de colecionador contra um dedo mindinho.
Tim Roth é espetacular, fato. Aqui, obviamente, não deixa de ser diferente, o cara diverte do início ao fim. O cara faz o papel perfeito. Sério, cê olha pra atuação do cara e pergunta: Por que esse filme não é comentado em todos os papos sobre comédia?. É injusto.
Bom, é fato que o elenco inteiro é espetacular, e ele foi distribuido de uma forma com que nenhum ator bom acabe sobrando, como é o caso da trilogia Homens de Segredinho. Sério, que merda é aquela? Os filmes são só George Clooney e Brad Pitt, basicamente. Em Grande Hotel, ninguém “disputa” a cena, até porque as estrelas não se cruzam, se é que você me entende. São quatro histórias, e em cada história há “alguém pra roubar a cena”. Mas NINGUÉM rouba a cena melhor que Tim Roth, acredite.
Sobre o humor? Fino, dos melhores. Nada de pastelão (por incrível que pareça), é um humor inteligente. Você ri com vontade. Tá, até pode ter um pinguinho de pastelão, já que é impossível não ter um clichezão em uma história dessas – Ainda assim, não estamos falando de um filme com o Adam Sandler. E eu já disse que Tim Roth é espetacular?
Porra, FODA achar foto e até trailer dessa porra.
Falando das histórias, creio que a melhor seja a terceira. É genial. A segunda também é espetacular, acho que à mesma altura. A última é meio forçada, não gosto do humor do Tarantino. Não gosto do Tarantino. Como diretor, roteirista E ator. O cara é uma farsa, a maioria que diz gostar dele só quer pagar de cult. Admitam.
De resto, porra, dá pra CAÇAR atores-pérola nesse filme. Provavelmente você já viu todos eles, sendo em filmes, em séries, na música ou em algo mais… erótico. O filme diverte de todas as formas, indispensável pra sua coleção de dvds. Não deixe passar batido você também.
Grande Hotel
Four Rooms (98 minutos – Comédia)
Lançamento: EUA, 1995
Direção: Allison Anders, Alexandre Rockwell, Robert Rodriguez, Quentin Tarantino
Roteiro: Allison Anders, Alexandre Rockwell, Robert Rodriguez, Quentin Tarantino
Elenco: Sammi Davis, Amanda De Cadenet, Valeria Golino, Madonna, Ione Skye, Lili Taylor, Alicia Witt, Jennifer Beals, David Proval, Antonio Banderas, Lana McKissack, Patricia Vonne Rodriguez, Tamlyn Tomita, Danny Verduzco, Salma Hayek, Paul Calderon, Quentin Tarantino, Lawrence Bender, Kathy Griffin, Quinn Thomas Hellerman, Marc Lawrence, Unruly Julie McClean, Laura Rush, Paul Skemp, Marisa Tomei, Tim Roth, Kimberly Blair, Russell Vossler, Bruce Willis
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