Grandes Clássicos: Monty Python
No dia 05/10/1969, exatamente vinte anos antes do meu nascimento, surgiu um dos mais (Se não o mais) relevantes grupos de comédia do mundo na BBC. Hoje, vinte anos depois estou escrevendo sobre eles: Monty Python. Formado pelos ingleses John Cleese, Terry Jones, Graham Chapman, Michael Palin, Eric Idle e o americano Terry Gillian, o grupo ficou conhecido pelo seu humor “britânico”, nonsense e tornando-se padrão para qualquer programa do gênero.
Curtam algumas de suas mais famosas esquetes para entender.
No cinema se destacaram, após o término do grupo, principalmente John Cleese (Nomeado ao Oscar pelo roteiro de Um Peixe chamado Wanda) e Terry Gilliam (Diretor de clássicos como Brazil, pelo qual concorreu ao Oscar de roteiro, e Pescador de Ilusões, e filmes meia boca como Os Irmãos Grimm). Mas é pra falar sobre os três filmes que eles produziram enquanto grupo, o motivo de eu estar aqui hoje.
Monty Python Em Busca do Cálice Sagrado
(Terry Gilliam e Terry Jones, 1975)
Não há como definir a primeira obra cinematográfica do grupo, se não como uma das melhores comédias já produzidos na história da sétima arte. E não estou dizendo isso da boca pra fora, o filme sobre a história do Rei Arthur é realmente genial – agregando a maior quantidade de personagens e diálogos absurdos já vistos em um filme. Ainda sim, aposto que qualquer um que já tenha assistido a obra ainda se lembra de cenas como o enigma da ponte, o encontro com os cavaleiros que dizem Ni, a luta contra o cavaleiro negro e os diálogos sobre andorinhas. Fiquem com uma das grandes cenas do filme.
A Vida de Brian
(Terry Jones, 1979)
Quatro anos depois o grupo lançou seu filme mais polêmico. Não é a toa – A Vida de Brian conta a história de um homem (O próprio Brian) que nasceu ao lado da manjedoura de Jesus, e por esse motivo passa a vida inteira sendo confundido com o próprio. Apesar de perder o ritmo em alguns momentos, o filme carrega algumas das melhores piadas do grupo e isso inclui um dos finais mais memoráveis da história do cinema, que vocês podem devem conferir abaixo.
Monty Python e O Sentido da Vida
(Terry Jones e Terry Gilliam, 1983)
O último longa do grupo é o que mais remete ao show dos Python: Passando pelas etapas da vida, do nascimento até a morte, o filme se dá todo em esquetes que pouco tem a ver umas com as outras, a não ser o tema. É também, de longe, o filme mais grosseiro e escatológico do grupo, fazendo piadas sobre sexo e vômitos (Quem assistiu com certeza se lembra da famosa cena do gordo). Uma prova disso é a música Every sperm is sacred que ao lado de Always Look On The Bright Side of Life (Que vocês conferiram acima) é, na minha opinião, a melhor do grupo. Tirem suas próprias conclusões.
Pouco tempo depois do terceiro filme o grupo se desmembrou. Havia rumores sobre sua volta, mas a morte de Graham Chapman, um dia antes da comemoração dos 20 anos do grupo, enterrou de vez as chances. Agora no dia 15 eles irão ganhar um merecidíssimo prêmio especial no BAFTA (Academia Britânica de Cinema e TV) e quem sabe instigarem uma nova legião de possíveis fãs. Afinal, o show deve continuar.
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