Grandes desenhos do passado – Jayce e Os Guerreiros do Espaço
Alguns meses atrás, quando pesquisava para escrever sobre Defensores da Terra, sem querer achei os vídeos deste desenho que, por cair nas garras do tio Sílvio Santos, não passou muito na TV e sumiu sem deixar vestígios na TV brasileira.
Só o que posso dizer é que Jayce e Os Guerreiros do Espaço é daqueles desenhos que não dá para saber porque caralhos não é reprisado à exaustão e não alcançou o sucesso esperado por terra brasilis. Ok que passava no Show da Mara, duas vezes por semana, e sumia da programação constantemente, mas, poxa, fez sucesso no mundo inteiro, logo, a culpa é do SS mesmo, por não ter dado certo.
Enfim, lamúrias à parte, Jayce era um clássico desenho oitentista, abertura com rock-farofa-pauleira, à lá comercial clássico do Hollywood, personagens com potencial psicológico cheio de traumas, mas com um cômico, para dar mais leveza a série e, claro, muitos combates entre veículos espaciais futurísticos orgânicos.
A história tem um tom apocalíptico: Audric, pai de Jayce, é um cientista botânico que estuda uma forma de acabar com a fome do universo (Pretensão da porra!), desenvolvendo plantas ultrarresistentes que possam sobreviver e serem cultivadas em qualquer ambiente da galáxia. Obviamente que dá merda, após um acidente radioativo (A grande tara da época), as plantinhas sofrem mutações, se transformam em seres extremamente inteligentes e, para azar de geral, resolvem dominar o universo.
Apesar da mania de grandeza de humanos e vegetais, o bicho começa a pegar, pois os mutantes vegetais, liderados por Saw e chamados de Monstróides, se reproduzem rapidamente e organizam exércitos para colocar o plano em prática. Vendo a merda que fez, Audric esconde em um medalhão o segredo para acabar com as ervas daninhas monstruosas e o parte em dois, para dificultar o trabalho do exército de Saw, já que por algum motivo desconhecido plantas leem mentes no desenho e são telepatas.
Como Audric some do mapa, se escondendo pelo universo, Jayce é obrigado a se juntar à Liga Relâmpago, um grupo de guerreiros espaciais que possuem diversas armas de combate para proteger o universo. No grupo de Jayce, além de lutar contra as plantas, ainda são obrigados a procurar o pai com a metade do medalhão para exterminar os verdes.
Legal que no grupo tinha tudo quanto é tipo de personagem: A menina Flora, que foi criada a partir de uma planta e que possui poderes telepáticos, o mago Gillian, que serve de guru para Jayce, o piloto Herc, que lembra muito Han Solo, e o robozinho atrapalhado Oon, mascote (Ou amigo) de Jayce. Há também o peixe que voa de Flora, Brock, que lembra um Kinguio gigante.
Olhando o desenho hoje, vê-se uma mistura muito interessante de ficção-científica, transgênicos, clonagem, genética e uma porrada de coisas. Se notaram na abertura, as lutas e batalhas eram fantásticas, com os veículos da Liga muito bem feitos, assim como os Monstróides, que se transformavam em veículos de batalha. O chato era que todos eram repetidos, talvez para economizar na criação dos mesmos.
Como nem tudo são flores, o desenho, assim como Caverna do Dragão, não teve final. Seu criador, J. Micheal Straczynski, e o estúdio DIC Entertainment chegaram a produzir o roteiro de um filme que encerraria a série, mas infelizmente não foi para frente.
Para uma produção da época, até que teve muitos episódios, sendo 65 no total. Uma curiosidade interessante é que o desenho, assim como 347% das animações da época, foi criado para vender brinquedos, mas nunca teve um bonequinho produzido. O que é uma pena, já que tanto os personagens como os veículos e naves tinham um ótimo potencial. Eu mesmo teria todos!
Enfim, no Youtube há alguns episódios dublados originais, assista e diga o que acharam aí nos comentários, e se tem algum outro desenho que não é muito citado, mas vocês gostavam e sentem falta.
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