Guardiões da Galáxia Vol. 2 (Guardians of the Galaxy Vol. 2)

Cinema quinta-feira, 27 de abril de 2017

 Ambientado para o novíssimo pano de fundo musical de Awesome Mixtape #2, “Guardiões da Galáxia Vol. 2”, da Marvel, dá sequência às aventuras da equipe enquanto eles atravessam os confins do cosmos. Os Guardiões têm que lutar para manter sua recém-descoberta família unida enquanto desvendam o mistério da real ascendência de Peter Quill. Antigos inimigos se tornam aliados e os personagens favoritos dos fãs das clássicas histórias em quadrinhos virão para ajudar nossos heróis à medida que o Universo Cinematográfico da Marvel continua a se expandir.

Como é de se imaginar, o universo Marvel não para de crescer, assim como o saldo bancário dos executivos dos estúdios Marvel e associados. Mas o que é jogar umas notas de dinheiro na cara de quem já tem dinheiro pra caralho, não é mesmo? E, ao contrário do que eu me acostumei a fazer pra blockbusters, eu não vou dividir essa resenha em temas, que acabam ficando repetitivos pelo simples motivo de que boa parte das coisas faladas servem pra todos os filmes. Tipo visual: Não me lembro de ter visto em algum filme da Marvel algo que me fizesse pensar: Eta, parece até o primeiro filme do Wolverine, então ficar falando “nossa, que efeitos maravilhosos” já deu no meu saco.

Acho que o que melhor funciona no filme é que direção e roteiro são feitos pela mesma pessoa, o doente do James Gunn. Doente no sentido de ter uma cabeça levemente perturbada, porque o rapaz [Senhor? Mancebo? Helicóptero Apache?] faz um serviço do caralho. Desenvolve as personagens, desenrola a história, deixa um ganchão fudido pra várias coisas do universo da casa das ideias ir pra frente. Tudo bem que essa última parte foi meio que obrigação, já que eu duvido muito que qualquer diretor não fizesse isso. São trocentos anos de histórias em quadrinhos, não dá pra deixar passar milhões de referências ao universo espacial [?] da Marvel [Tou de saco cheio de falar o nome dessa editora do cão], já que isso, além de não render spin-off que nem é spin-off, seria uma ofensa ao paranauê todo. E olha que eu nunca fui muito fã das histórias espaciais da editora com nome escrito em fundo vermelho.

 Pensa que vai ter cinco vezes mais gente na tela durante as tretas com o Thanos.

O filme desenvolve bem, explica várias coisas que não poderiam não deixar de ser explicadas, tem uma abertura sensacional com o Kurt Russell parecendo que foi passado a ferro e mostrando que fez algo que não tinha sido sequer citado no primeiro filme [Pequeno lapso, a gente deixa passar]. Mas na minha humilde opinião, a despeito do desenvolvimento dos personagens, que não tão ali sendo bidimensionais como seriam nos quadrinhos [Tou brincando, podem abaixar essas tochas e ancinhos], o maior trunfo do filme é abraçar a galhofa sem medo de ser feliz. Tem gente morrendo? Tem. Morte pra Marvel é algo irrelevante? Nos quadrinhos sim, nos filmes, até agora, não. Isso, é claro, se você desconsiderar série[s]. Mas pensando aqui comigo, seria meio difícil um filme que mostra um vilão tentando dominar o universo não partir pra galhofagem, ou no mínimo pra canastrice. Se é proposital, nunca saberemos? Provavelmente, mas há de se convir que a origem das histórias não é exatamente considerada nobre, ou mesmo uma arte, por algumas pessoas. Então, mergulhar de cabeça, pra mim, é um ótimo jeito de fazer reverência ao material original e introduzir uma galera à esse mundo maravilhoso de crises infinitas e guerras secretas.

 Pergunta pra quem joga RPG quantas vezes essa pessoa tentou exatamente essa tática.

Quanto à cenas pós-créditos: Mesmo já tendo sido anunciadas, cinco dessas são um certo exagero. Tudo bem que não são as cinco depois que acabam todos os créditos, elas estão intercaladas, o que dá uma lubrificada na bagaça. E não se pode negar a eficiência da coisa, já que são cenas que não fariam muito sentido no meio do filme. Ou fariam, sei lá, não faço edição de filme. Já sobre easter eggs, eu só tenho uma coisa pra dizer: Botar Stan Lee e Uatu é pedir pra muita gente ter um AVC, infarto, pé de atleta ou outra ziquizira no meio do cinema, seu Gunn.

Mas ainda acho que Thor: Ragnarok vai dar um banho em Guardiões da Galáxia Vol. 2.

Guardiões da Galáxia Vol. 2

Guardians of the Galaxy Vol. 2 (136 minutos – Ação)
Lançamento: EUA, 2017
Direção: James Gunn
Roteiro: James Gunn, baseado nas HQs de Dan Abnett, Andy Lanning, Steve Englehart, Steve Gan, Jim Starlin, Stan Lee, Larry Lieber, Jack Kirby, Bill Mantlo e Keith Giffen
Elenco: Chris Pratt, Elizabeth Debicki, Sylvester Stallone, Zoe Saldana, Karen Gillan, Bradley Cooper, Vin Diesel, Dave Bautista, Kurt Russell, Tommy Flanagan, Chris Sullivan e Michael Rooker

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