Heavy Metal: O Universo em Fantasia (Heavy Metal)

Filmes bons que passam batidos segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Resumir Heavy Metal é simples: Sabe a capa do Golden Axe pro Mega Drive? Saca aqueles desenhos dos livros de Dungeons & Dragons? Heavy Metal é tipo isso ai e muito mais num pacote de bolacha Maria.

O filme é, basicamente baseado em histórias da revista mensal de quadrinhos alternativos que surgiu em 1977 com temas… Adultos,
e bem sensuais, mulherr. Sensualidade não falta no filme e tampouco polêmicas. A trama envolve o Loc-Nar, uma espécie de meteorito verde do mal, que conta suas jornadas através do espaço no estilo de Sin City, com seis histórias dentro do filme. O que chama a atenção mesmo é a qualidade da animação, coisa que voce não vê em nenhum Walt Disney da época, e muito menos hoje em dia, com desenhos baseados em traços japoneses dominando. O filme foi feito com tal cuidado que demorou 3 anos pra ser finalizado, e o resultado é um orgasmo para os olhos. Tudo que um menino de 14 anos quer:
Peitcholas, sanguinolença e rock ´n´ roll em uma hora e meia de quadrinhos em movimento!

 Calma, ele vai sobreviver – disse o médico.

Pode ser também um filme pra se ver bebaço com os amigos, viajar na batata e chover no pote de azeitona. Tem de tudo. TUDO! Porradaria em bar, viagens espaciais, zumbis na segunda guerra mundial, taxistas do futuro, romance-mulher-e-robô, alienígenas usando dorgas interestelares e por aí vai. Os personagens são bem carismáticos e correspondem muito bem com o roteiro. A primeira história se passa em uma Nova York futurista e decadente, típico da perspectiva dos filmes oitentistas. Um taxista que leva a vida ‘normalmente’ dá de cara com uma passageira fugitiva que possui o Loc-Nar. A segunda história é um clássico dos quadrinhos: Menino nerdoso encontra o Loc-Nar e é transportado através do universo para um mundo onde ele tem um corpão e passa a vara em geral. O filme perde um pouco do ritmo depois com algumas histórias genéricas, aliens sequestrando funcionárias públicas, zumbis num bombardeiro da segunda guerra mundial e o julgamento de uma espécie de Super-Homem corrupto, salafrário, criminoso e cara de pastel que suborna um capanga pra livrar a sua cara em fronte ao juri. A ultima história conta o destino do Loc-Nar, onde Taarna, a guerreira chumbestivel, guardiã do ovo cor-de-rosa mutante, passa por mil perrengues junto com seu Pokemon alado que vive esgoelando, como de praxe.

Bota uma blusa menina! Vai pegar friage!

Às vezes, a gente sente falta de inovações na industria cinematografística e Heavy Metal é um filme que invoca esse sentimento, principalmente hoje, onde todas as grandes animações de longa-metragem são praticamente exercícios e exemplos de técnicas de computação gráfica. O filme é violento pra caramba, até pros anos 80, onde Robocop passava o carro na vizinha e Schwarzenegger passava chumbo quente em freiras de topless. Saudosismos à parte, Heavy Metal dá muitas idéias aos novos animadores e é fiel ao quadrinho alternativo, fugindo um pouco da guerrinha Marvel e DC Comics, onde os personagens principais são homens e tem aquele lugar na sua prateleira com certeza, e ainda aborda sutilmente alguns temas pesados, como a cena de um alienígena ilegal em Nova York, e a dupla de caminhoneiros hippies estelares cheirando substancias cósmicas.

Mas tem Heavy Metal no filme, Lombardi?

Blue Öyster Cult, Black Sabbath, Sammy Haggar (Vocalista do Van Halen), Journey (Mas sem viadagem de Glee), pra dizer algumas faixas, garantem a trilha sonora, que peço pra você, internauta e internauto, ouvir porque é de ótima qualidade. Excrusive Ratinho, a trilha sonora resultou em alguns problemas autorais, deixando o lançamento em video oficialmente pra 1996. Heavy Metal pode estar ali na pequena película que reveste e delimita um blockbuster de um filme cult, e continua um filme Sessão da Tarde muito jóia. Rendeu até um episódio de South Park, onde o Kenny fica locão cheirando xixi de gato. Coisas normais do dia-a-dia.

Heavy Metal: O Universo em Fantasia

Heavy Metal (90 Minutos – Animação)
Lançamento: EUA, 1981
Direção: Gerald Potterton
Roteiro: Dan Goldberg e Len Blum
Elenco: Rodger Bumpass, John Candy, Jackie Burroughs, Joe Flaherty, Don Francks, Martin Lavut, Marilyn Lightstone, Eugene Levy, Alice Playten, Harold Ramis, Susan Roman, August Schellenberg, Richard Romanus, John Vernon, Zal Yanovsky

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