Hienas do Pano Verde (Mister Cory)
Como foi dito na coluna do Vassourada, essa semana foi de uma imensa perda para o mundo do cinema, e como o FBQPB anda meio parado, resolvi postar aqui a minha homenagem (Que foi o texto enviado para o baconfrito antes de eu ser escritor dessa joça) a um dos difuntos responsáveis por essa grande perda, o ótimo ator Tony Curtis. E ta aí um filme que se enquadra muito bem no propósito do quadro, porque esse ninguém viu mesmo.
Quando eu falo NINGUÉM, pode ser que um ou outro aventureiro sem nada pra fazer, com insônia e assistindo Telecine Cult que não é o caso de vocês adolescentes noobs leitores do Bacon tenham visto, mas a grande maioria eu duvido. Até mesmo os outros dois colunistas dessa bagaça aqui não viram ou ouviram falar. Mas porque que diabos alguém vai escrever sobre um filme desses? Primeiramente, EU devo ter visto alguma coisa de interessante nele, e vocês poderão se surpreender ou não com a qualidade ou com alguma outra coisa desses filmes.
Sinopse: Cory (Tony Curtis) deixa o bairro pobre de Chicago onde morava, pois quer melhorar de vida. O acaso o faz passar na frente do Green Pines, um resort bem exclusivo no Wisconsin. Cory crê que arrumar emprego ali é o passo inicial para começar outra vida. Após ser entrevistado pelo administrador do restaurante, o autoritário Earnshaw (Henry Daniell), Cory é empregado como ajudante de garçom, cujo salário é pequeno. A renda de Cory é completada com um pôquer que acontece toda a noite e faz apostas até mesmo no campo de golfe, com outros hóspedes. Uma noite, no salão de refeições, vê Abby Vollard (Martha Hyer) e fica logo apaixonado.
Quem vai assistir um filme com um nome desses? Malditos tradutores. Só por essa sinopse eu acredito que alguém que tenha cérebro já saiba bastante do resto do filme, mas como eu sei que aqui vocês não tem, vou falar um pouco mais sobre ele. O tal Cory ai (Tony Curtis, Quanto Mais Quente Melhor) era um pobretão que desejava subir na vida de qualquer jeito, só que o cara era um completo fanfarrão, e só trabalhava pra gastar a grana que ele ganhava perdendo jogando poker. Quando ele conhece a Abby, ele decide que tem que conquistar a riquinha, e se passa por um ricaço do resort.
A história do Cory começa a mudar quando a irmã de Abby, Jen (Kathryn Grant em um ótima atuação), conhece o rapaz e saca desde o início a dele, só que fica na calada. O Cory é uma espécie de Barry Lyndon (Sem a decadência) do poker, e tem um lado rapper, daqueles caras que não esquecem as origens. Falar mais é contar o final e estragar a surpresa de quem decidir assistir o filme ou seja, ninguém.
Quem pode ter visto: Alguém MUITO fã tipo a Uiara de Bonequinha de Luxo, já que o diretor é o mesmo, ou do Tony Curtis, que tem alguns clássicos no curriculum e que morreu, ou alguém que já assistiu quase todos os filmes bons que existem e não tem mais nada pra assistir.
Porque eu assisti: Bom, quando eu só comentava nesse treco aqui, falei que sofro com insônia e um dia tava passando esse filme no Telecine Cult lá pelas 3h30 da madruga, quando eu li a sinopse e vi que tinha poker, resolvi tentar assistir. É isso mesmo, eu só assisti essa tranqueira dos anos 50 porque tem poker no meio, e como todo homem, eu adoro poker, sem contar que tava sem sono nenhum. Mas até que foi bom, recomendo pela luta pela ascensão do personagem principal, uma boa fotografia antiga e pelo carisma da Kathryn Grant. Corram pra locadora… Internet… Ah, se virem pra achar esse filme ai e prestem suas homenagens ao finado ator!
Hienas do Pano Verde
Mister Cory (92 minutos – Drama)
Lançamento: Estados Unidos, 1957
Direção: Blake Edwards
Roteiro: Blake Edwards, Leo Rosten
Elenco: Tony Curtis, Martha Hyer, Charles Bickford, Kathryn Grant, William Reynolds
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