Homenagem: Patrick Swayze
Como vocês bem devem saber, no último dia 14, o ator Patrick Swayze morreu depois de dois anos de luta contra um câncer de pâncreas. Mas não sejamos hipócritas, o homem era um ator bem fraco, mas ainda sim galã carismático o suficiente para estrelar alguns clássicos. Mas como eu to sem idéias para escrever clássico é clássico, vale uma homenagem ao homem e aos bons filmes que participou.
Quem era o infeliz?
Patrick Wayne Swayze (Houston, 18 de agosto de 1952 – Los Angeles, 14 de setembro de 2009) começou sua carreira como bailarino, mas precisou interrompe-la devido a problemas originados por lesões causadas na juventude. Seu primeiro papel foi o do personagem Ace Johnson no péssimo Skatetown (1979). Ainda assim chamou atenção de alguns estúdios, o suficiente para conseguir pontas e papéis secundários em uma série de filmes e séries de TV, até que, oito anos depois, conseguiu o papel que iria lança-lo para o estrelato.
Filmes Clássicos:
Dirty Dancing – Ritmo Quente
(Emile Ardolino, 1987)
Estrelando o falecido e a irmã do Ferris Bueller, Jennifer Grey, Dirty Dancing foi um dos musicais mais famosos dos anos 80 (Quem não lembra da música vencedora do Oscar (I’ve Had the) Time of My Life?) e conta a história de Baby, garota que vai passar as ferías em um resort e acaba se apaixonando pelo instrutor de danças local. Então começa uma discussão de “diferença de classes”, já que o pai da garota não aceita o namoro e ainda acusa o dançarino de ter engravidado sua parceira (Que na verdade tinha dado para um garçom). Inexplicavelmente recebeu uma indicação ao Globo de Ouro de melhor ator em comédias e/ou musicais e impulsionou Patrick Swayze para o sucesso.
A cena final vocês conferem AQUI.
Ghost – Do Outro Lado da Vida
(Jerry Zucker, 1990)
Sem dúvidas alguma o grande filme da carreira do falecido ator. A história água com açúcar tanguíssima do espírito do marido assassinado que se comunica através de uma médium engraçadinha (Que rendeu o Oscar de melhor atriz coadjuvante para Whoppi Goldberg) para tentar salvar a vida de sua esposa. Sendo indicado a 5 Oscars e a 4 Globo de Ouro (Inclusive o de melhor ator em comédia e/ou musical para o próprio), o filme foi o suficiente para apagar a indicação ao Framboesa de Ouro, pelo “desperdiçador de elenco” Marcados pelo Ódio.
A cena clássica (Com tradução da música em espanhol) vocês podem ver abaixo:
Caçadores de Emoção
(Kathryn Bigelow, 1991)
O que acontece quanto se junta dois dos mais limitados atores de Hollywood (Keanu Reaves e Patrick Swayze) em um filme de ação com uma história absurda? O filme mais divertido da carreira de ambos e um marco da sessão da tarde. Para quem não se recorda, Caçadores de Emoção é aquele filme dos assaltantes mascarados que amam surfar. Se ainda assim não lembrarem, fica o trailer.
Ironicamente este seria seu melhor filme, se uma década depois não tivesse participado de um certo filme independente…
Donnie Darko
(Richard Kelly, 2001)
Como era de se esperar, Swayze fez apenas uma ponta no melhor filme de sua carreira. Considerado o precursor do cinema “indie” americano no novo século, Donnie Darko conta a história de um garoto estranho que descobre que o mundo irá acabar em pouco tempo, depois que escapa de um estranho acidente e começa a alucinar com um homem vestido em uma bizarra fantasia de coelho. Englobando assuntos como viagem no tempo, o filme é muito mais macabro e genial do que aparenta, sendo uma grata surpresa. Além de ter apresentado os irmãos Gyllenhaal para o mundo (O cowboy gay e a mulher do Batman), o filme conta com nomes infelizmente conhecidos como Drew Barrymore e o finado em questão que, com pouco tempo de tela, não estragam o filme. Na obra, Patrick Swayze interpreta um nacionalmente conhecido guru de auto-ajuda que pena nas mãos do pertubado personagem título.
Finalizando…
Apesar de não ter sido um bom ator, Swayze acabou estrelando alguns bons filmes que justificam sua presença em uma coluna intitulada Clássico é Clássico. Para homenagear sua carreira aconselham que assistam alguns dos filmes aqui citados, seja uma densa obra de ficção científica, uma comédia romântica superestimada ou um filme de ação tão divertido quanto descerebrado.
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