Hot Cakes (The Darkness)
Depois de se separarem em 2006, graças ao vocalista Justin Hawkins, que encheu o rabo de tudo quanto é droga e foi pra rehab, o The Darkness se reuniu em 2011 e soltou essa pérola em agosto desse ano. Mas eu precisei digerir um pouco a bagaça, porque inicialmente não me agradou como deveria. Talvez fosse a expectativa, não sei. O que importa é: O disco não é tão ruim quanto aparentou na primeira audição, mas ainda não me pegou feito Permission to Land ou One Way Ticket to Hell… And Back.
O que, você não conhece The Darkness? Problema seu, Youtube táe pra isso. Recomendo I Believe in a Thing Called Love do primeiro e One Way Ticket do segundo. Tou aqui pra falar de Hot Cakes.
A brincadeira começa com Every Inch of You, uma baladinha despretenciosa e que não vai muito longe mesmo. É uma música-chiclete que não deu muito certo. Vem seguida de Nothin’s Gonna Stop Us, que é mais animada, e meio que uma ode ao retorno da banda. Mas não chega a ser um retorno aos dois álbuns anteriores. Pena. Se bem que With a Woman tá mais nesse clima retrô [Se é que se pode falar isso de uma banda com três discos], mas pra mim faltou aquele tom irônico que a banda tinha. A música ficou muito séria, menos divertida do que deveria. Ou eu que sou muito chato, vai saber.
Já Keep Me Hangin’ On tem uma pegada totalmente diferente. Vem com uma batida mais moderninha, mas ficou bacana mesmo assim, despretensiosa. Mas Living Each Day Blind perde esse jeitão, e volta a ser marromeno, como o álbum. Que continua assim com Everybody Have a Good Time. A música promete, no início, mas conforme ela vai correndo cê nota que ela não é tanta coisa assim, e até dá uma vontade de pular.
Ainda mais quando She’s Just a Girl, Eddie começa, e você tem a impressão de que estava ouvindo o disco errado. Mas ai o vocal vem e faz o favor de te lembrar de que você tá ouvindo o Hot Cakes mesmo. E Forbidden Love só piora essa sensação, porque PUTA QUE PARIU QUE MÚSICA DE CORNO MALDITO DOS INFERNOS. Tá, nem me liguei na letra pra confirmar se é de corno, mas véi, na boa. Dá vontade de dar um tiro no Justin Hawkins e mandar ele de volta pra rehab porque, que droga de música.
Felizmente, Concrete te dá uma amansada, e você volta a ver graça na banda. Se nunca viu, não sei porque diabos cê tá ouvindo [Ou lendo] essa bosta. Alá, tem até um gritinho em falsete, como nos velhos tempos. Coisa que Street Spirit (Fade Out) também relembra, num final de álbum que vem pra salvar a porra toda. E Love Is Not the Answer vem pra encerrar com… Outra baladinha romântica. Talvez o fim não seja tão bom quanto eu pensava.
Se bem que esse é só é o término pra quem não tem as músicas bônus: Uma versão acústica da demo I Can’t Believe It’s Not Love [Que eu não lembro de ter ouvido em nenhum outro lugar] e é bacaninha, daquelas que cê vai ouvir e balançar a perninha junto; uma versão acústica de Love Is Not the Answer, que melhorou um pouco [Mas bem pouco mesmo] a bagaça; Pat Pong Ladies, outra demo do capeta, que não fez falta nenhuma no álbum seco; e Cannonball (Long Version) [E eu nem sabia que tinha a versão curta], com participação de Ian Anderson, aquele lá, que jogou num tal de Jethro Tull. E eu vou ter que te dizer: Considerando o nível geral da coisa, essa é a melhor música. Não que ela seja do caralho, mas é a mais divertida. O que indica um pequeno problema com a banda. Ou só no álbum, vai que eles se resolvem no próximo e quebram minha cara?
Em suma: O álbum não é tão ruim quanto poderia ser, já que é um reagrupamento, mas não é tão bom quanto esses viadinhos já provaram ser. VAMO TRABAIÁ, SEUS PORRA!
Hot Cakes – The Darkness
Lançamento: 2012
Gênero musical: Glam metal
Faixas:
1. Every Inch of You
2. Nothin’s Gonna Stop Us
3. With a Woman
4. Keep Me Hangin’ On
5. Living Each Day Blind
6. Everybody Have a Good Time
7. She’s Just a Girl, Eddie
8. Forbidden Love
9. Concrete
10. Street Spirit (Fade Out)
11. Love Is Not the Answer
Bônus:
1. I Can’t Believe It’s Not Love (Acoustic Demo)
2. Love Is Not the Answer (Acoustic Demo)
3. Pat Pong Ladies (Demo Mix)
4. Cannonball (Long Version) (featuring Ian Anderson)
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