Influência

Nona Arte quarta-feira, 18 de março de 2009

Eles voam/se teleportam, têm força extraordinária, inteligência descomunal, habilidades (supostamente) invencíveis, poderes fantásticos e… não são NADA.

Sim, estou falando dos heróis. Sim, estou falando que eles não possuem a influência que deveriam. Talvez eu esteja muito mal-humorado ultimamente para escrever sobre qualquer coisa. Não, isso não foi um desabafo.

Mas, voltando ao assunto: heróis não são tão fodas quanto poderiam ser. Não falo em questão de poderes/habilidades sobrehumanos, que são inerentes à maioria deles, mas da influência que eles têm em seus mundos.

Com exceção de Watchmen e Entre a Foice e o Martelo (Uma das poucas histórias boas do azulão, em que ele, quando bebê, cai na URSS ao invés dos EUA), não me lembro de nenhuma HQ que tenha abordado os heróis por uma perspectiva política. Ou você acha que se eles realmente existissem, o mundo continuaria o mesmo, com só alguns crimes a menos? Óbvio que não.

Usemos o exemplo do meu bode expiatório favorito: o cara é invulnerável. Voa. Possui força sobrehumana. É rápido o suficiente para ULTRAPASSAR A VELOCIDADE DA LUZ. Solta raios de calor pelos olhos e mais um monte de coisas que você pode ver aqui. Você acha que se, na Guerra Fria, aparecesse um bastardo desses, o governo dos US of A ia ficar só olhando e dizendo “Esse feladamãe bem que poderia ser útil pra gente dar uma coça naqueles primos do Zangief, pena que ele não mata ninguém. Chamem o Rambo!”? Claro que não. Iam fazer uma lavagem cerebral nele e iam mandar o cara transformar aqueles bêbados comunistas em purê.

Tá certo, quadrinhos têm como objetivo principal o entretenimento de seus leitores. Quem pega uma revista do Hulk não espera crítica social ou pensamentos profundos, mas uma abacate mutante descendo a porrada em qualquer coisa que se mexa na frente dele.

O mundo nunca seria igual se heróis existissem. Organização? É mais provável que o mundo se tornasse um caos, com tantos malucos superpoderosos andando por aí. Justiça? Talvez, se tivéssemos um exército de Supermans com a mentalidade do Batman/Punisher.

Para os roteiristas: vende-se senso de realidade.

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