Invocação do Mal (The Conjuring)

Cinema terça-feira, 24 de setembro de 2013

 Um casal se muda para uma casa nova ao lado de suas cinco filhas. Inexplicavelmente, estranhos acontecimentos começam a assustar as crianças, o pai e, principalmente, a mãe. Preocupada, ela decide procurar um famoso casal de investigadores paranormais para, finalmente, descobrir o que está acontecendo em seu lar.

Estava resistente. Não queria, de jeito nenhum, assistir Invocação do Mal. Agora que sou formada, momentaneamente desempregada e não pago meia, tenho que fazer escolhas mais inteligentes. E filmes de possessão costumam ser sempre a mesma coisa. Mas fui. Era o que tava passando perto do Outback no momento e eu tava com saudades de ir ao cinema. E quer saber? Não me arrependo!

O filme se passa no início da década de 1970 e conta a história de uma casa assombrada sob a perspectiva de duas famílias: Os Perron, panacas que compraram a casa a preço de banana e os Warren, investigadores paranormais. O diferencial de Invocação é que, enquanto nos outros filmes as famílias ainda conseguem viver em paz por um tempo antes das manifestações, neste eles não tem trégua. Logo na primeira noite coisas esquisitas começam a acontecer, mas como são sete pessoas morando na casa, eles ainda demoram um pouco para se dar conta da magnitude daquilo. E, quando se dão conta, a entidade está tão forte que eles precisam chamar ajuda: THE GHOSTBUSTERS!

 SEEMS LEGIT!

Não deixa de ser verdade. Ed (Patrick Wilson) e Lorraine Warren (Vera Farmiga), proeminentes experts em espíritos e demônios foram chamados pelo casal Carolyn (Lili Taylor) e Roger (Ron Livingston) para descobrir por que a filha mais nova estava falando sozinha e a outra acordando todos os dias com o pezinho sendo puxado. Dentre outras coisas bizarras, como pombos voando diretamente para as janelas, apenas para quebrarem o pescoço e morrerem. A solução é só uma: Exorcizar a casa. Deveras perturbador, de fato. Do inicio ao fim.

O legal de Invocação é que você realmente passa a se importar com os personagens ao longo do filme. A família Perron é feliz, as cinco irmãs se dão bem e cuidam umas das outras. Você sente muito pelo fato deles estarem passando por isso, de todas as economias terem ido para uma casa mal assombrada. Os Warren, por outro lado, são unidos por um dom e possuem uma ligação muito forte de amor e cumplicidade. É impossivel não se colocar no lugar dos envolvidos, principalmente pelo fato de ser baseado em fatos reais. É isso o que dizem, pelo menos, como vocês verão no trailer abaixo.

A casa parece ter sido, de fato, palco de diversas mortes brutais, apesar de que o crime em que a trama se centraliza não é comprovado, apenas suposto. No filme, as coisas parecem acontecer em meses ou semanas, por questões técnicas. Mas na vida real, eles viveram nessa casa (Supostamente) assombrada por 10 anos. Vale ressaltar também que o casal Warren foi responsável pela investigação do caso de Amityville, um provável hoax. Mas, até hoje, Lorraine atesta a veracidade dos fatos, o que te faz pensar instantaneamente em charlatanismo.

Charlatanismo ou não, estou avaliando o filme. Apesar de alguns erros e algumas discrepâncias, como no momento em que a pica das galáxias da mediunidade não reconhece uma possessão, o filme cumpre bem o que promete. As atuações não deixam a desejar, principalmente a de Vera Farmiga, que está muito bem nesse longa. Vale a pena assistir aos créditos e ver as fotos reais dos Perron, dos Warren e da casa, afinal, é um registro bem interessante. Obviamente não é uma obra-prima do cinema, em que você sai da sala automaticamente com óculos de armação grossa e fã da filmografia completa do Truffaut. Mas você vai se divertir, dar uns gritos e perder algumas noites de sono se parar pra pensar que, se aconteceu com eles, pode acontecer com você também.

Invocação do Mal

The Conjuring (112 minutos – Terror)
Lançamento: EUA, 2013
Direção: James Wan
Roteiro: Chad Hayes, Carey Hayes
Elenco: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Ron Livingston, Lili Taylor

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