Jogador Solteiro Procura
Vira e meche mexe eu alguém aqui no Bacon escreve sobre jogos, mas não sobre MMOs, FPSs, PlayStation ou nem mesmo sobre o Steam, mas sobre o bom e velho jogo de mesa, o jogo moleque, jogo de várzea, e nesse meio aí tá o RPG.
Parece estranho que coisa de três anos atrás o RPG no Brasil estava crescendo absurdamente. Não que eu saiba grandes coisas do mercado hoje, mas bastaria olhar pro Catarse de 2013 e ver que grande parte dos projetos financiados com sucesso (E, muitas vezes, muito acima da meta inicial) eram sobre jogos de tabuleiro e RPG. Nesses últimos anos, o Catarse meio que se acabou, a crise que crise chegou e o crescimento que a gente via mudou completamente: Quem se estabeleceu naquela época continua aí até hoje, caso contrário nada feito. Também vale notar que muitos dos blogs e sites dedicados simplesmente fecharam ou foram deixados de lado: RPG não só é um treco de nicho, mas também nunca foi bazinga. Ainda assim, várias editoras surgiram, muita coisa nova foi lançada (Seja pela primeira vez aqui no Brasil, seja material nacional novo) e, até onde eu posso dizer, parte de quem joga RPG atualmente só o faz por conta do que rolou nesses últimos anos.
Meu último grande contato com isso tudo foi lá em 2013, com o financiamento coletivo do Chamado de Cthulhu (Que adentrou 2015). Creio que falei em algum lugar, mas foi um excelente trabalho da Terra Incognita, desde a execução do projeto até atenção aos apoiadores. Porém, independente de qualquer coisa, isso foi há quase dois anos atrás, e mais por falta de vergonha na cara que qualquer outra coisa eu botei minha cópia do livro de regras na prateleira e larguei ele lá… Até semana passada, que eu tinha que fazer hora e não tinha nada pra fazer.
Como eu sou um merda, é difícil ficar longe das paradas… Posso passar anos sem ligar pra alguma coisa, mas eventualmente começa a formigar, aí vem uma coceira e quando eu me dou conta tô em loja gringa procurando dado colorido e bolsinha e os caralhos. Eu sou assim com tudo e o fatídico RPG não é exceção… E ele normalmente vem junto dos TCGs, pra foder de vez mesmo.
Já disse aqui no Beico várias outras vezes: Muito antes de jogar videogame eu já jogava as outras paradas todas… Na real mesmo, RPG é praticamente o único jogo “analógico” que eu não joguei quando criança: TCGs, jogos de baralho, tabuleiro, mímica, desenho. Eu cresci fazendo essas coisas, e, com o tempo, claro, deixou de ser rouba-monte e virou pôquer, Yu-Gi-Oh! virou Magic (E praticamente todos os outros porque eu sou uma puta), o que tem no meu bolso virou sexo e o RPG… O RPG virou RPG. No computador. Digital. Porque foda-se ficha de personagem.
Mas, de novo, eu sou uma puta. E sou velho. E hipster. Com a união dos seus poderes Isso significa que eu gosto de ter as paradas de verdade: Dado, livro, manual, figura… Miniatura não digo porque eu acho que é mais um adorno que qualquer outra coisa, mas se tiver barato… A questão é que eu gosto disso tudo. E por mais tempo que eu fique longe eu, eventualmente, pego o interesse de novo, e a verdade é que RPG de videogame tem seus limites (Ao menos quanto à RPG mesmo).
E sim, eu sei que estou me dando um tiro no pé.
Eu nem sequer tenho um ponto pra este texto todo: Eu só tou de bico porque eu tô lendo sobre o assunto tem duas semanas e bateu a vontade de jogar. De novo. Alguém me dá um abraço?
Leia mais em: Chamado de Cthulhu, RPG