Jogando e ficando puto Pt. 8
Comentário relevante da semana
Continuando a série “Eu só tenho leitor Crasse A”, admirem o comentário do Cagão (que não é o Red)
Depois do comentário Crasse A, o Felipe sugeriu que nosso amigo Cagão desse um pause no jogo pra aliviar suas entranhas. Mas sabe, não é a mesma coisa. Além do mais, no caso do XBox 360, todo o tempo em que ele fica ligado (mesmo que em pause) é mais tempo que o processador fica esquentando e ameaçando torrar o aparelho todo. Aí como é que eu vou dar aquela barrigada susse se eu ficar preocupado com a hipótese de eu sair do banheiro e meu 360 estar derretido e pingando plástico no chão da sala? Nem dá.
Coisas que eu odeio nos games pt.8
Cara, é tanta coisa que anda me incomodando no universo gamístico que eu até estou tendo problemas pra escolher sobre o que falar nesses derradeiros artigos da série.
Mas vamos nos focar nessas experiências mais comuns, pelas quais todos gamers costumam passar. Por exemplo, você já viu algum jogo ruim pro seu console preferido?
Jogos Motherfuckerers
Sim, hoje falaremos dos jogos motherfuckerers (plural de motherfucker). Mas como vocês sabem que sou sempre científico e exato nos meus textos, primeiramente vamos dar a definição do que é um jogo motherfucker de forma planificada:
Um jogo motherfucker é aquele jogo que você compra, joga por meia hora, coloca na caixa de novo e vai até a empresa do desenvolvedor pra introduzir o jogo nos respectivos rabos dos responsáveis pela criação do mesmo.
Agora todos estamos falando a mesma língua. Percebam que não estou falando de jogos RUINS (como o último Alone in the Dark), estou falando de jogos que nem deveriam ter saído, em primeiro lugar. Não é aceitável que alguém tenha gastado tempo fazendo esses jogos. Não é aceitável gastar plástico para embalar esses jogos. Não é aceitável nem mesmo gastar as cores que foram utilizadas nesses jogos. Eles são um desperdício de recursos naturais e artificiais.
Citei o último Alone in the Dark, como um jogo ruim, mas não motherfucker. Qual é a diferença? A diferença é que Alone in the Dark teve sua jogabilidade extremamente prejudicada por um passo ousado que os desenvolvedores quiseram dar, que foi tentar tirar a série daquela mesmice de survival horror, tendo competidores fortes como Resident Evil e Silent Hill. Os caras tentaram fazer algo diferente na jogabilidade, dando mais liberdade ao jogador e adicionando o fogo como uma arma manipulável e que podia assumir diferentes formas de ataque. Faltou tempo de desenvolvimento e feeling gamístico, mas pelo menos eu dou crédito aos caras por tentar mudar alguma coisa no gênero. É assim que os jogos avançam.
Vocês ainda não entenderam o que é um jogo motherfucker? Vou desenhar pra vocês agora e até o fim do texto:
Sacaram a diferença? Alone in the Dark é aquele jogo que você pelo menos quer jogar pra ver o que deu errado. Existe todo um respeito pela série e tals. Agora me diga: desses jogos aí de cima, você quer jogar algum? E por que CARALHOS tem tanto jogo com CAVALOS pra Wii e DS, alguém pode me explicar? É uma maneira sutil de dizer que os desenvolvedores curtem enrabar de forma grande os jogadores com jogos ridículos como esses?
É lógico que jogadores mais experimentados acabam reconhecendo um jogo motherfucker só de olhar pra capa do maldito. É ate covardia, depois de um tempo. Algumas dicas:
– Se tiver “Princess” no título, é jogo motherfucker;
– Se tiver cavalos e garotas desenhados na capa, é jogo motherfucker;
– Se tiver crianças sorrindo na capa, é jogo motherfucker;
– Se tiver “training” escrito na capa, é jogo motherfucker;
– Se tiver “happy” escrito na capa é jogo motherfucker;
– Se tiver “fun” escrito na capa, é jogo motherfucker (nenhum jogo que seja realmente divertido precisa anunciar isso na capa)
Bom, não preciso dar a lista toda pra vocês. Se você ainda não sabe reconhecer um jogo motherfucker só de olhar, é porque você merece se foder. Aposto que você curte Cooking Mama.
Mas como eu dizia, para os jogadores hardcore a existência em si desses jogos não chega a ser um problema, porque nós sabemos filtrar e separar essas merdas dos jogos que interessam. O problema é quando você tem um Wii e um DS, como no meu caso e você tem essa ENXURRADA de jogos motherfuckerers. Meu, SÓ SAI MERDA pro Wii e pro DS, é impressionante. Eu estava fazendo uma contagem rápida e concluí que só 1 de cada 9 lançamentos do Wii me interessam. No caso do DS, só um de cada 14 ou 15 lançamentos me interessam. As estatísticas são semelhantes para qualquer jogador que se preze.
Vocês têm noção de como essas merdas de jogos prejudicam a indústria como um todo? Na prática isso significa que o jogador desavisado ou que não sabe filtrar os jogos tem pouquíssimas chances de pegar um jogo realmente bom e bem-feito. Pense, as chances são de 1 em 15, no caso do DS. Porra, depois de umas 10 tentativas frustradas de pegar um jogo bom é provável que o cara desista de comprar mais jogos, ou que venda o console.
Não é à toa que tem tanta gente que compra o Wii e dois meses depois já tá vendendo;
E, pior, a existência de muitos jogos ruins é fator preponderante para o crescimento da pirataria. Quando você não pode ter certeza sobre a qualidade dos jogos lançados evidentemente você vai querer experimentar os jogos antes de comprar. Você fica escaldado. Você fica mais cuidadoso antes de gastar seu suado dinheiro em um jogo. Lançar jogo ruim é um tiro no pé para os desenvolvedores.
Agora pensem nos jogos da Blizzard; Diablo, World of Warcraft, Starcraft e outros. Você pode até não curtir o gênero, mas eu te desafio a dizer que algum desses jogos é ruim ou motherfucker. A Blizzard sempre lança jogos excelentes no mercado, que são exemplos para os demais produtores e desenvolvedores. Taí o motivo dela ser uma das poucas empresas que vende MILHÕES de jogos já no lançamento. O cara que compra a marca Blizzard SABE que não precisa experimentar o jogo, porque sempre vai ser bom. Você compra Blizzard de olhos fechados.
Jogos motherfuckerers são um câncer gamístico. Não jogue. Chute o saco de quem joga. Faça sua parte.
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