Jogos de bróder Pt. 2

Nerd-O-Matic sábado, 05 de setembro de 2009

Muito bem piolhos e lêndeas, continuaremos hoje o tema da semana passada: jogos para se jogar com camaradas, bróders, trutas e fdps que você conhece em geral. Já falei na semana passada do jogador-alcaparra-não-bróder, que deve ser evitado como adversário ou companheiro de jogo. Se você conhece um desses, chame o Tank pra cuidar dele, porque hoje falaremos de Left 4 Dead.

Se você não conhece esse jogo, azar o seu, porque eu não vou desenhar. Sim, conhecimento prévio sobre vídeo-games é essencial pra ler minha coluna, caso você ainda não tenha percebido isso ao longo dos dois anos que eu escrevo esse merda. Se você não conhece esse jogo eu quero que você morra. E depois de morrer você pode ver esse vídeo, pra se ilustrar:

Sabem, eu não consigo lembrar de UM jogo bom de matar zumbi pra dois jogadores. Vejam que não estou falando de jogos com OPÇÃO pra dois jogadores, mas sim de um jogo que tenha sido DESENHADO pra ser jogado com um bróder. Esse é o ponto mais forte de L4D: ele foi feito pra ser jogado em dois. Ele é praticamente um DOUBLE DRAGON COM ZUMBIS.

Forçei a barra agora.

Não, mas podem crer; a parada toda foi estruturada como se fosse um filme two players, com momento mais ou menos tranquilos (também conhecidos como “ínício da fase” e “fim da fase”), momentos aterrorizantes e de cu apertado (a chegada da horda) e momentos de tensão constante (todo o resto das fases). Você até pode jogar sozinho, pra conhecer as fases e os comandos, mas o jogo só vai fazer sentido quando você estiver com um bróder compartilhando da tensão que é esperar pela horda.

Ah, a horda. Que adição impressionante e mágica ao univeso gamístico a horda se tornou. Vejam, L4D seria um jogo normal multiplayer, um FPS cliché, se não fosse pela horda. As fases são tão bem montadas que é bastante comum você ficar meio perdido no cenário, mas não porque você não sabe pra onde tem que ir, mas porque escolheu sair do caminho e dar um explorada. Digamos que você está numa casa, aí você vai entrando nos quartos, pra ver se acha algum item. E não acha, é foda. Mas aí, quando você vê o seu companheiro já tá lá na casadocaralho, porque você não avisou ele que ia explorar e tals. OK. Aí você começa a andar a esmo procurando o desgraçado, ao invés de seguir o caminho. Um diálogo típico em L4D:

– ONDE VC TÁ CARA?
– Aqui
– Aqui ONDE fdp?
– No segundo andar
– Eu tô no segundo andar, KDKDKDKD?
– Eu já tô naquela casa amarela.
– AH, espera que eu tô chegando
-…
– Nossa, olha o que tá escrito nessa parede cara, bêm lôco.

– Vem logo.
– Não, véi, sério. Bem lôco, tá falando aqui que a cidad
– ANDA LOGO PORRA!
– Tá, tô indo. Estressado você.
– Quero jogar, seu merda. Pára de atrasar o jogo.
– Péra, tem uns zumbis atrás daquela van.
– Não tem, eu matei tudo.
– TÔ FALANO que tem zumbi, vou fazer a limpa.
-…
– HEADSHOT!
-…
– NA PERNA!
-…
– PELAS COSTAS!
– Meu, eu vou voltar até onde você tá e vou atirar na sua cara.
– HIHIHIHIHIIH, pega a shotgun na próxima fase meu, é do caralho. Vou explodir a van.
– Não atira no carro.
– er… pq não?

(Alarme de carro tocando)

– CÊ VAI VIR OU N… que barulho é esse?
– Que baru… por que a música mudou?
– CÊ ATIROU NO CARRO NÉ FDPFDPFDP
– er… não?
– CÊ ATRAIU A HORDA FUUUUUUUUUUUUU

Não atire no carro.

A horda vem de várias maneiras. Às vezes o alarme do carro atrai, às vezes você leva um vomitão de um zumbi, e isso atrai os outros, às vezes você chama ela pra poder terminar a fase. Mas o meu jeito preferido é quando a horda vem DO NADA. Cê tá lá, marcando, coçando o saco e apreciando o cenário, e começa a escutar os gritos. Alucinante. Em questão de segundos você vai estar coberto de zumbis, e enquanto você tenta não cagar nas calças, ainda precisa montar um plano pra se defender, procurando locais seguros à sua volta pra tentar aguentar o tranco.

O jogo tem momentos realmente ÉPICOS de surgimento da horda, como o ataque no milharal, na última fase. Extasiante. Você no meio de um monte de pé de milho, sem ver mais do que um palmo à sua frente e completamente perdido a respeito de que direção tomar. Aí cê escuta horda vindo e não sabe nem de onde eles vão chegar. CORRÃO!11

Espetacular.

O jogo tem problemas, claro. Mas é tão divertido que você ignora. Além do mais, o que me irrita não são os problemas técnicos, mas o fato de que como todo jogo de bróder, sempre tem um personagem inútil com o qual ninguém quer jogar. E é impressionante que eu SEMPRE caio com a Zoey:

Isso é um saco. A escolha dos personagens é randômica, então por que caralhos eu sempre vou com a mulher? E mais: POR QUÊ ela não tá pelada? Eu já falei que mulher em vídeo-game, pra mim, sempre tem que obedecer ao estereótipo de gostosona sem roupa. NÃO PONHAM MULHER VESTIDA EM JOGO.

Ah não, péra:

Esses punheteiros sempre criam coisas surpreendentes.

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