KD Rebolation/?
Estou triste. Do tipo muito triste.
Onde foi parar aquela música que embalou meus dias de carnaval, e as semanas sequentes? Cadê aquela bela composição, que nos resgatava aos idos mais felizes do modernismo de 22, com um Q de Picchia-Salgado? Essas perguntas todas me invadiram a noite, fizeram eu parar no meio da rua, olhar pro alto, juntar um monte de gente gritando NÃO PULAAA e depois ir embora por não ter encontrado a resposta olhando pras nuvens.
A música deve estar morta mesmo. Talvez nem Elvis ThePelvis tenha imaginado um suçeçu tão bonito quanto o Rebolation. Eu vi o sentido da minha vida ali, naquela canção poética, apesar dos rapazes com cara de gnomo dançando.
Eu tinha o Rebolation no computador, no celular, no player que levo comigo pra comprar pão… E até no relógio cuco aqui de casa. Era uma grande ode à vida musical e suas benesses. E onde tudo isso foi parar? As pessoas foram esquecendo, deixando de lado… Ae chegou essa familiazinha, que se não me engano se chama Restart. Quem eles pensam que são para tirar o meu Rebolation da thread da boca do povo?
E agora todo mundo só fala desses bob-esponja-calça-colada-fio-do-tiririca. Os caras não sabem nem cantar! Não conseguem atingir nem 1/3 das notas que os caras do Rebolation faziam! (Qual o nome da banda mesmo?)
Pensei que a tia da Lady GaGa conseguiria ao menos espantar esses moleques, na tapa ou cantando ALE ALE ALE ALEJANDRO no ouvido deles por 30 horas ao dia. Igual a propaganda aquele banco lá, que consegue quebrar as convenções das horas.
Já declarei que vou votar em quem prometer baixar uma lei de patrimônio histórico humano material imaterial a puta que pariu pro Rebolation. Até agora ninguém, mas sei lá, vai que seja uma boa ideia pro Tiririca.
De qualquer forma, esse texto serve pra lembrar que as músicas, sejam boas ou ruins, saem de moda. Ou seja, não se desespere ao ouvir ela sai de saia de bicicretinha uma mao vai no guidão e a outra vai na casa do caralho dez vezes ao dia por causa do seu vizinho. Isso passa.
É como disseram em algum ponto do espaço-tempo:
DON’T PANIC.
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