La Revancha del Guitar Noob

Nerd-O-Matic quinta-feira, 31 de julho de 2008

Continuemos então com nossa discussão absolutamente irrelevante sobre Guitar Hero e adjacências. Lembro a todos que nesta semana também fomos agraciados com a opinião do théo sobre o assunto, que se tornou automaticamente o Guitar Noob por excelência do site, vejam só: além de não jogar Guitar Hero, ainda por cima gasta todo seu tempo disponível xingando o jogo e os jogadores, ao invés de gastar esse mesmo tempo aprendendo a tocar guitarra de verdade e pegando mulher. Isso definitivamente é pior do que tocar guitarra de prástico na sala de sua casa. Mas chega de falar do théo e vamos falar dos meus dedos.

Voltando aos dedos, especificamente ao dedo mínimo, queria falar então dessa grande descoberta que foi dar uma utilidade a mais um dos meus dedos. Quem sabe um dia sai algum jogo onde eu FINALMENTE consiga dar alguma utilidade aos dedos dos pés. Pensando bem, melhor não dar idéia, pois se seguirem a onda Cooking Mama de jogos gays, deve sair logo um Pedicure Simulator, o que não é exatamente o que eu estava pensando. Gays.

Mas é bom falar dos dedos, porque isso me traz á lembrança um outro fato essencial sobre esse jogo joinha do qual venho falando: se você só joga Guitar Hero no joystick você não sabe o que é jogar Guitar Hero. Serião. O único motivo real pelo qual passei esses anos todos sem jogar foi porque eu não me animava a comprar a guitarra. Mas num belo dia de sol (que depois se tornou chuvoso, porque eu moro em curitiba) eu tomei a decisão de compra ao ver uma guitarra genérica decente á venda (e não aquela bosta da Leadership). Ajudou bastante o fato dela estar em promoção, ser wireless e, além disso, a loja tinha uma menina nova atendendo. Pensei que era um bom negócio, já que eu nunca tinha jogado nenhum dos jogos, por me recusar a jogar no joystick, o que me deixou com todos os cinco Guitar Hero ainda por serem jogados. Hooray.

Mas então, como eu ia dizendo, não jogue no joystick, porque é palha.

O lance da guitarra é que te permite ficar de pé na frente da televisão, movimentar os dedos como se estivesse segurando as notas nas cordas e dar palhetadas imaginárias que fazem você se sentir o rockstar que você não merece ser. Além do mais, numa jogada genial, a Activision adicionou a whammy bar, que é aquela hastezinha que te permite fazer a distorção nas notas que estão sendo tocadas. Isso é muito PRO. Qualquer um se sente PRO ao fazer distorção numa guitarra, ainda que seja de prástico e te faça se sentir um retardado:

Você parece um retardado quando joga Guitar Hero

Ololco, agora os retardados andam em BANDO!

Mas você é um retardado PRO. O que é muito melhor do que ser um simples retardado NOOB que não consegue nem jogar Guitar Hero no easy.

E daí, claro, tem aquele apelo de você sempre ir melhorando nas músicas. Você nem precisa ser obsessivo pra querer ficar melhorando seus scores no jogo, porque a maior recompensa mesmo é você tocar e ouvir novamente, mais uma vez, VÍRIAS vezes seguidas a música que você gosta. Eu cheguei num ponto que eu mesmo já enjoei de “Even Flow” agora. Mas é CTZ que vou tocar de novo assim que ligar a merda do Guitar Hero III novamente. Porque é assim que o vício funciona: ele te impele a fazer as coisas para muito além da sua vontade racional. Guitar Hero pegou na veia do vício, ao oferecer um jogo cheio de pequenas recompensas audio-visuais atreladas ás nossas músicas e bandas preferidas (com exceção de Scorpions e Fall Out Boy, claro).

E daí, quando terminei os cinco jogos GH num intervalo de, sei lá, duas semanas, descobri que existe Rock Band:

E também descobri que minha guitarra genérica funciona normalzão com o joguim. Depois de ter terminado os cinco Guitar Heros disponíveis, sou obrigado a dizer que Rock Band é bastante superior. Como sou um jogador mais velho, a estética de Rock Band me agrada muito mais que o visual cartoon retardado de Guitar Hero. Rock Band apresenta um layout muito mais trabalhado e sério, com um refinamento visual que apela mais aos verdadeiros fãs de música. Além da parte visual, o setlist é muito melhor, composto só por gravações master e muito mais alinhadas com o meu gosto pessoal, formado basicamente na década de 90.

O que me traz ao pior jogo de Guitar Hero de todos os tempos: Rock the 80’s. Esse jogo é um nenúfar apodrecido no fundo lodoso de um rio estagnado povoado por cadáveres de crimes sem solução. Sim, é MUITO ruim. Eu queria saber quem foi o primeiro ignóbil descerebrado que ousou dizer que a década de 80 foi “legal”. E queria enfiar três sondas anais no imbecil-mor que resolveu pegar a preciosa franquia Guitar Hero e cagar mole em cima dela sugerindo um jogo só com músicas dessa década nefasta e improdutiva. Eu terminei o Rock the 80’s só por obrigação gamística, porque foi um SACO tocar aquelas músicas. Pelo menos serviu pra melhorar a agilidade nos dedos.

Bom, eu ia terminar essa coluna com mais uma foto de um retardado jogando Guitar Hero e parecendo ainda mais retardado por causa disso, mas sei lá, esse negócio meio que cansa. Então, pra melhorar um pouco as coisas, vamos ver uma GOSTOSA jogando Guitar Hero.

Bikini Guitar Hero Rocks | Girls | SPIKE.com

Jesuis, que bundinha. E o que é a câmera indo pra debaixo das pernas dela?

Viu? Nem tudo tá perdido. Você ainda pode comer alguém.

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