Ladytron
Pra quem acreditava que música eletrônica é só um punhado de barulhos sem sentido, Ladytron tá aí pra provar o contrário. A banda, formada na Inglaterra há mais de dez anos, mistura elementos experimentais pra obter um som pouco etéreo. A música é bem “sólida” e carrega traços de melancolia próximos do rock. É. E você ae duvidando do poder do tunt tunt.
Depois de anos ralando pra conseguir gravar um EP decente e tendo de fazer remixes pra artistas famosos pra garantir o leite das crianças, Ladytron lançou o primeiro álbum: 604. O maior sucesso foi Playgirl, que, como todo primeiro single, ainda não carregava a principal característica da banda: A melancolia. De início, era tudo meio emo/estranho/forçado, sem razão.
Percebam a felicidade dos integrantes da banda, todos olhando com cara de cu para a câmera. É. Primeiro clipe é uma bosta, todas as qualidades que se espera de uma banda são simplesmente jogadas na tela, numa atitude cheia de auto-afirmação, mas enfim. Depois do sucesso considerável, contando com vários festivais de música eletrônica, a possibilidade de novos trabalhos surgiu. E o segundo CD foi… Um fracasso. Tanto que o Light & Magic é tido como um dos trabalhos mais undergrounds da banda. Ou seja, até quem é naturalmente hipster acha esse CD estranho.
Nenhuma música hitou em tops importantes, nenhum festival grande. A sorte é que, depois de ir pro fundo do poço, a única possibilidade é subir. E, finalmente, Witching Hour e a música mais famosa: Destroy Everything You Touch. Todo mundo já ouviu essa melodia em algum lugar. Principalmente quem teve aquele celular bicolor da Nokia, que vinha com duas músicas do grupo.
Enfim, a trajetória da banda foi meio turbulenta, meio sem esperança, mas, no geral, eles se deram bem. O que é uma pena, já que têm potencial pra ir muito mais alto. As músicas são diferentes, com um quê de bizarro que já levou muita gente ao estrelato (Oi, Björk!) e anda em alta por esses dias.
O grupo é perfeito pra aqueles dias em que se quer sentar e escutar música pra pensar na vida. Aliás, pra pensar em coisas fora do cotidiano. Pra fazer uma viagem de LSD – só que sem as drogas, espero.
Ah, já falei das cocotas? Então, uma delas nasceu na Bulgária. Minas de países estranhos são sempre legais.
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