Leia as letras miúdas

Televisão segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Há muito, muito tempo, numa galáxima muito, muito distante, alguém teve a genial ideia de que seria incrivelmente foda trabalhar como “produtor de TV“, e nesse dia a galáxia toda explodiu (Mas sem som, por causa do vácuo, cê sabe), matando bilhões de formas de vidas diferentes, mas por uma feliz felicidade, um pequeno floco de neve foi catapultado para um planetinha insignificante, na borda ocidental mais brega do universo, e lá, todos os duendes azuizinhos-de-touca-branca puderem crescer felizes e saltitantes.

 E todos naquele planetinha adoraram a ideia de ser produtor de TV.

Então, como cês bem sabem, as séries dependem de algumas coisas para serem feitas: Atores, aparelhagem, equipe técnica, local para filmagem, audiência e, claro, dinheiro, afinal as pessoas continuam insistindo que papel colorido é mais legal que vale-desconto em sex shop. E claro, há duas formas de ser produtor de TV: O que fala e finge que manda e o que fala e manda (Porque é quem tá pagano), e de forma geral, tudo vai bem, contanto que nenhum desses dois tipos de produtor exerção de fato sua profissão… Mas o mundo não é tão legal assim.

Quero dizer, quantas vezes não vimos uma série ser desestituída de sua essência, só para ter mais pontos de audiência ou ter melhor retorno financeiro? Quantas vezes não vimos séries se arrastando por anos e anos só porque ninguém está disposto a largar o osso roído e babado de sempre? Quantas vezes não vimos séries caça-telespectador (Forcei, eu sei), baseadas em algo que fez sucesso?

 Çério que issu acontessi?!

Pois é, peguemos os exemplos mais recentes: Smallville e Supernatural. Tá certo que Smallville sempre foi uma bosta, já que o Superman só é legal quando o Batman tá junto, mas isso não é desculpa para aquela porcaria ter durado DEZ anos. Tudo bem que o Tom Welling era “um pão né” e que tinha a Allison Mack e a Erica Durance, mas porra, uma coisa era a mesma história repetida 22 episódios por temporada quando eles tinham seus 20 e poucos anos, e outra coisa são as mesmas histórias de merda, repetidas 22 vezes por temporada quando eles tem mais de 30 e o Coringa Batman é aceito como o superherói mais foda da face da Terra.

Já Supernatural por sua vez está indo na direção do Sol, com protetor solar fator 10fps. Lá nas primeiras temporadas, quando a coisa surgiu em meio à versões de Law & Order seriados policiais e cópias de Arquivo X séries sobre eventos esquisitos, era bem legal ver dois vagabundos, num carro clássico, saindo por aí e atirando em cruz-credos e coisas do tipo, até que resolveram que seria legal pra caralho colocar uma personagem que já existia, dando mais “veracidade” para a história. Aí, para ficar ainda mais parecido com Smallville, resolveram matar o cara, pra revivê-lo depois e lutarem juntos contra um capeta-mais-foda-do-universo que é lacaio do capeta-mais-foda-da-existência, que na real só queria abrir uma porta pro capeta-sublime-da-puta-que-pariu que quer dominar o mundo.

 NUURRF!!!!

E esses são só dois exemplos de séries que são estragadas (Ou pioradas) por exigência dos produtores, que estão pouco se fodendo para os fãs da série, só ligando para o retorno que a série dá. Só para citar alguns, temos Glee, Desperate Housewives, Gossip Girl, The Simpsons, CSI, The Office, 30 Rock, Doctor Who, Grey’s Anatomy, True Blood, ER, House, The Big Bang Theory, Without a Trace, Nip/Tuck e Family Guy, que com temporadas desnecessárias, trocas de elenco, falta de assunto, “forçação de barra”, mudança de roteirista e/ou diretor, “relançamentos” e plágios descarados FODEM com a vida de qualquer fã, estragam a série, estupram a carreira dos (Raros) bons atores e atrizes e ainda por cima são DUBLADOS pelo SBT porque são “O número 1 nos Estados Unidos!!!”.

E antes que vocês venham com “mas a série J é boua até hoje!” lhes digo: É O CARALHO. Peguem qualquer série atual e verão que as primeiras temporadas são as melhores, quando não havia cobrança e pressão por parte da emissora (E por consequência, do produtor) e a série podia se desenvolver, melhorar o roteiro, aprofundar os personagens, conseguir um público fiel vai Curintxa e de quebra dar um resultado, senão alto, mas ao menos consistente para quem quer que seja. Sim, eu sei que é inocência demais querer “respeito” de algo que foi feito pensando unicamente em lucro, mas quando se trata de entretenimento, você faz algo que o público realmente gosta, afinal, se é só para lucrar e mandar cliente ir tomar no cu, cê tem mais é que virar político… Ou comediante, já que você vai parar na Câmara do mesmo jeito.

 Eleitores.

Enquanto séries que eu gosto vão para o saco (Sim, TBBT, é contigo que estou falando), voltarei a assistir Community enquanto o negócio ainda é pouco valorizado e não tem tanta gente querendo foder com isso também… Apesar de já haver um sinal ou dois de isso estar mudando para essa terceira temporada… Basta saber até quando paintball e os peitos da Alison Brie vão aguentar.

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