Leitura na Latrina
Senhores, eu tenho nojinho. De um monte de coisas: De Amoeba, de algumas balas de goma, de chiclete, de dreads, e de camisa de time de futebol (Principalmente as suadas, porque né), mas já que esta coluna é sobre livros, manter-me-ei no tópico. Meus caros, eu simplesmente não suporto a leitura na privada.
Reclamem o quanto quiserem, é a verdade, e a verdade deve ser dita. Não sou tão fresco assim: Se você quiser ler enquanto caga, vá em frente, mas não na minha casa. Não é nada pessoal, nem que fosse o Papa, lendo Jó 27:42, eu o expulsaria com pontapés da casa e, principalmente, do banheiro.
Primeiro que ao ler no banheiro, você ocupa este, porque sejamos sinceros, mesmo que cê tenha acabado o serviço, você vai querer ler até o final. É compreensível, eu também não paro no meio de capítulos ou antes de alguma descoberta importante da trama. Segundo que é extremamente nojento você estar mexendo no seu cu e depois passando as mãos pelas pobres páginas da leitura. Sério, eu sequer toco em qualquer coisa de leitura que esta num banheiro, seja num barraco da Rocinha seja em Versalhes. E terceiro que é sempre um material de leitura ruim, coisas como Fernando Lucchese ou Turma da Mônica.
Quero dizer, eu sei que a privada é um local confortável, eu sou gordo. Mas eu simplesmente não consigo olhar pro Chico Bento e não pensar nos tais coliformes fecais que, com absoluta certeza, infestam aquelas páginas. E cara, não adianta cê botar num saquinho, o que você estará fazendo é justamente mantendo as moléculas de bosta no papel.
Tem tantos jeitos de aproveitar a leitura… Então fica a dica (E o pedido): Aproveite a leitura, seja na cama, no sofá ou na rede, e aproveite o momento de cagar, cagando. Não misture as duas coisas, pelo seu bem, pelo bem dos livros e gibis, pelo bem de quem usará o banheiro em seguida (O que eu não recomendo) e pelo bem de quem vai limpar aquela merda toda duplo literalmente. Nem mesmo um livro de colorir eu recomendo: Cê só tem o marrom pra usar.