Lombadas
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009 Lombadas de livro podem servir como um belo cartão de visitas quando se vai a uma livraria ou a uma biblioteca. Além de ser a primeira coisa que se vê do livro, dependendo do tamanho do volume, dá pra colocar ali algumas cenas que podem servir pra chamar mais a atenção de um possível leitor ou de algum futuro comprador daquela obra. Atualmente, pelo que me lembro, a utilização de imagens legais ou de montagens nas lombadas, daquelas que só aparecem quando é uma coleção inteira ou de temas relacionados, essas imagens só parecem que são mais usadas em mangás ou em coleções infantis, mas daquelas bem melosas, das quais o nome não me vem à cabeça agora.
Uma das que me lembro bem é aquela coleção de livros da Disney, aquela do manual do escoteiro mirim, lançada lá pelo ano de 1971 (wikipédia não me deixa mentir). Pô, essa coleção era legal… me lembro que os livros eram uma bosta, tinha aquelas besterias que hoje em dia você acha em qualquer pesquisa do google, mas estava tudo lá, em uma coleção de uns vinte manuais. Era meu sonho de consumo, isso lá pelos anos de 1995, quando eu era pobre, desempregado e criança. Mas deixando tudo isso de lado, o que mais me atraia nisso tudo eram as lombadas dos livros, que formavam uma imagem muito doida de huguinho, zezinho e luizinho fazendo algo idiota.
E esse fim de semana estava falando com um pessoal legal e uma idéia cretina passou pela cabeça, de alguém fazer uma edição de volume único de a torre negra. Entre planejamentos de uma edição de quase 60 centímetros de altura ou um planejamento de fazer ela como se fosse uma bíblia, com páginas finas e fonte microscópica, eu fiquei pensando na lombada desse… monstro, como ela seria. Porque, com uma área daquele tamanho, daria pra fazer um belo de um desenho, quem sabe se utilizando de alguma cena legal que tem na HQ.
Mas mesmo nos livros “normais”, aqueles que têm menos de 2000 páginas, é meio que surpreendente encontrar algo nessa lombada que chame a atenção. Ultimamente, não me lembro de nenhum livro que tenha sua lombada diferenciada, com alguma coisa que faça chamar a atenção mesmo. Me esforcei pra me lembrar de alguma, mas não me veio nada mesmo. Uma coisa tão simples e que poderia ser o diferencial de alguma editora e fica assim, esquecida, deixado para os livros mais antigos…
Senhor dos Anéis tem aquela versão tijolo com sua lombada gigante, deve ter uns 10 centímetros aquilo e ela é PRETA, só com o nome do livro e do autor, como qualquer outra! Espaço desperdiçado, eu diria. E como me lembrou uma amiga certa vez, têm aqueles que são obras-primas, perfeitos, com desenhos que, não se contentando em ficar só na capa, passam pela lombada e continuam até a sobrecapa, às vezes até a orelha. Mas isso é mais comum em livros que têm aquelas sobrecapas de papel, que não resistem muito e arrebentam depois de algum tempo, se não forem bem cuidados.
Pois é, lombadas é algo que presto muita atenção, mas sempre me decepcionam. Algum dia isso pode mudar, mas até lá, as livrarias terão suas prateleiras focadas em organizar os livros com as capas à frente. Bom, enquanto isso, continuarei em busca de um livro que tenha uma lombada legal.
Leia mais em: O Senhor dos Anéis, Torre Negra
