O gênero musical é, entre os grandes gêneros, o mais abandonado. Embora tenha ensaiado uma retomada nesse começo de século com o excelente Moulin Rouge e o vencedor do Oscar de melhor filme, Chicago, não houve uma manutenção da produção. Desde então poucas obras surgiram, sendo os mais conhecidos o superestimado Dreamgirls e o divertidíssimo Hairspray. O resto se resume em produções da Disney, como High School Musical, Hannah Montana e Jonas Brothers. Mas nem sempre foi assim.
Nos primeiros 30-40 anos de cinema falado este era um dos principais gêneros da sétima arte. No começo eram as sinfonias vinculadas à grandes centros urbanos, como Berlim, Sinfonia de uma Cidade e São Paulo, A Sinfonia da Metrópole. continue lendo »
Para comemorar a estréia do Bacon Frito, resolvi escrever uma coluna extremamente pretensiosa: escolher doze filmes que excedem a condição de clássicos, verdadeiras obras primas, sem as quais o mundo do cinema não seria o mesmo. Não se trata de uma lista dos melhores ou mais influentes filmes já feitos, muito menos dos meus favoritos, mas daqueles que excederam os limites a modo de criar um novo patamar. Tão importantes que eu resolvi chama-los de hiperclássicos.
Chegar a uma lista final foi desgastante. Passei por, literalmente, centenas de clássicos, e escolher quais deveriam ganhar essa alcunha foi um teste dificílimo, que me colocou no limite, e minha meta foi demonstrar minha paixão e respeito pelo cinema. Quando penso nas grandes obras que tive que deixar de fora me bate uma grande agústia, mas que em compensaçã,o me deixa orgulhoso da lista final.
Além da Uiara, agradeço minha colega de aspirações (e quem sabe, parceira de projetos cinematográficos) Jullie, a qual espero contar com a ajuda em colunas futuras.
Mas deixemos de papo e vamos aos Hiperclássicos (dispostos em ordem cronológica). continue lendo »
Hoje vamos finalizar a “brincadeira” proposta na coluna passada baseado ainda neste post do Não Salvo.
Os Embalos de Sábado à Noite x Ghost – Do Outro Lado da Vida x La bamba x Poltergeist
O musical mais marcante da era Disco foi escolha fácil para mim. La Bamba e Poltergeist apesar de marcantes, não chegam aos pés do filme de Tony Manero (cujo sobrenome, reza a lenda, deu origiem à gíria carioca). Nem vou falar do (extremamente meloso) filme do fantasminha artesão – apesar de saber que é o favorito de 9 em cada 10 mulheres. Em homenagem às exceções eu deixo uma das cenas mais empolgantes do cinema. continue lendo »
Baseado nesse excelente post do Não Salvo, resolvi mostrar minhas escolhas (com suas justificativas, é claro) na coluna de hoje.
A dinâmica é simples: quatro filmes concorrem e apenas um deles pode ser escolhido. O mais interessante nisso é que não será um simples Top, teremos tanto situações onde só filmes excelentes estarão concorrendo enquanto em outras apenas filmes muito ruins (que ainda sim, matávamos aula para assistir).
E que a nostalgia comece! continue lendo »
Continuando com as minhas comparações entre famosas obras da pintura e da sétima arte, hoje trouxe três grandes representantes de cada uma.
Sejam quadros renascentistas ou modernistas, filmes em preto e branco ou coloridos… tudo é válido quando se está Mexendo com Telas.
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Muitos autores dizem que a partir do final da década de 80 a juventude, que teve o ápice de sua luta nos final dos anos 60 (Maio de 68, Woodstock, Black Power, etc), não tinha mais um motivo pelo qual lutar. Os EUA no decorrer desse período presenciou a geração “Ferris Bueller”, que precisando conviver com a amargura e rigidez de seus pais, veteranos da Guerra do Vietnã, só queria saber de sair de casa e aproveitar a vida. Justamente nessa época que clássicos da sessão da tarde como Te pego lá fora, Clube dos Cinco, Picardias Estudantis, Conta Comigo e Curtindo a Vida Adoidado foram produzidos. Lembrem-se: nada é a toa no cinema, tudo é reflexo do contexto histórico e geopolítico em que aquela obra é feita. Além dos questionamentos normais, os jovens buscavam entender o porque do autoritarismo de seus pais, professores e da sociedade em geral. E se não tinham voz nem credibilidade para discutir esse assunto, as interrogações se manifestavam através de seu comportamento rebelde, que eram mostrados em filmes que se passavam em viagens, acampamentos e principalmente nas escolas. continue lendo »
No exato momento em que estão lendo essa coluna, vocês com certeza já devem ter enchido o saco de tanto ouvir sobre o fenômeno Susan Boyle. Se alguém chegou de Marte agora, aconselho digitar esse nome no You Tube e clicar no vídeo com mais de 10 milhões de views. Enfim. O motivo de eu ter citado a tal é justamente aproveitar o ibope que ela está dando mostrar como essa idéia de “não julgue um livro pela capa” também vale para os astros de cinema. E são sobre quatro lendas do cenário hollywoodiano que falarei hoje. Além de seu talento, e falta de beleza física, todas despontaram mais ou menos na mesma época. O período entre 65/75. Um período de revolução cinematográfica, diga-se de passagem (além dos movimentos da nouvelle vague no Japão e França, o cinema hollywoodiano passava por uma revolução). continue lendo »
Não é segredo para ninguém que a indústria cinematográfica sofre com momentos de oscilação criativa, assim como qualquer outra arte. É desnecessário dizer que estamos passando por um momento péssimo, apesar de alguns bons (até mesmo ótimos) filmes do último ano como Dúvida, O Lutador, Frost/Nixon, Wall-E e The Dark Knight, estas foram exceções em meio a uma inundação de adaptações, remakes, sequências e comédias românticas.
Em Anos (de) Clássicos eu falarei exatamente dos anos mais inspirados do cinema, analisando algumas de suas obras e discutindo um pouco dos bastidores. Para começar escolhi um ano que muitos de vocês vão recordar – 1994. continue lendo »
Minha motivação para escrever essa coluna, se deveu a este post que recebi algum tempo atrás aqui.
cara,
essa é, possivelmente, a melhor lista sobre cinema da (sic) blogosfera brasileira.
esses dias eu vi uma sobre frases e comentei (admito que meio arrogantemente) que achava foda essas listas de quem não viu grandes clássicos ou não conhece alguns grandes diretores.
a lista, sobre frases de cinema, tinha nas três primeiras posições frases do cavaleiro das trevas. cara, eu sou o primeiro a elogiar o cavaleiro das trevas, mas ignorar mais de 100 anos de cinema porque você não conhece é foda.
enfim, parabéns!
Além dos elogios, muito bem vindos, o que me deixou satisfeito foi justamente a posição crítica do leitor. Como ele mesmo disse uma lista que se compromete a falar das mais marcantes frases/citações do cinema, não pode ser feita desconsiderando os 115 anos (ou cerca de 85, contando a partir do cinema falado) de existência da 7ª arte. Não desmerecendo ninguém, já que se trata de uma tarefa difícil, eu resolvi fazer uma lista que condiz mais com todas essas história. Além disso, como eu acredito que não adianta apenas jogar um bando de citações e não situar o leitor, eu fiz uma breve explicação sobre cada uma, o que gerou uma coluna imensa. Por isso “degustem” esse texto, tentem dar a importância que cada uma dessas frases merece. continue lendo »
A coluna de hoje aborda um assunto complicado: o que difere um filme clássico, mas que se utiliza de cenas de sexo explícito, o filme pornô clássico e os filmes que usam o sexo pra se vender de cults.
Isso porque sexo vende. E muito. Pergunta pra Bel.
Tanto é verdade que na 7a arte, se dá a existência de uma categoria praticamente separada dos filmes “normais” – o cinema independente pornô.
Apesar de relatos desses filmes em 1905, esse se definiu como gênero a partir de 1920, quando as mulheres não precisavam fingir orgasmo o cinema ainda era mudo, sendo geralmente rodado em bordéis. Aliás, o fator underground acompanhou o gênero durante muitos anos, ousaria dizer que até o ínicio da década de 70, não havia se consolidado como uma indústria de fato. continue lendo »