Promessas de um Cara de Pau (Swing Vote)

Cinema quinta-feira, 25 de setembro de 2008 – 0 comentários

O apático pai solteiro Bud Johnson (Kevin Costner) se torna o centro das atenções das eleições presidenciais norte-americanas devido a seu voto decisivo. Donald Greenleaf (Dennis Hopper) e o atual presidente Andrew Boone (Kelsey Grammer) disputam o voto de Johnson.

Putz, com tanta politica te cercando, por que você vai ver um filme justamente sobre isso, você deve estar se perguntando, não é? Pois seus problemas acabaram! Por mais que o fundo, ou a temática, ou o inferno que você quiser usar como nome seja política, esse filme é apolítico. É sério: Não há puxação de saco pra esse ou aquele lado, essa ou aquela tendência. É apenas uma fábula moderna, com tudo que isso imputa.

Por exemplo a filha do personagem principal, Molly: É uma desgraçada que manja muito mais que o pai de política, [Se bem que não é muito difícil] e que acaba tomando decisões por ele, achando que tá fazendo o melhor pra ele. [Alguém ae notou semelhança com os próprios pais?]
Ah, sim. O nome do cara é Bud. Não o nome exatamente, o apelido pelo qual ele é conhecido. Ele é um daqueles caras extremamente sossegados, que prefere procrastinar as coisas. Ele faz a filha matar um dia de aula pra ir pescar com ele!

Pescar é uma chatisse. Mas ainda é melhor que estudar…

Eis que então Molly resolve cadastrar o pai pra votar, já que ele não fez isso por conta própria, já que acha que votos não valem nada. Só que, no dia da votação, ele, que havia prometido pra ela que ia votar, não aparece na zona eleitoral… Por estar mais bêbado que um gambá! Por fim, a menina [Que não é tão politicamente correta] burla o sistema e tenta votar pelo pai. Só que um erro faz com que o voto não seja computado, e isso causa um grande problema, já que, com isso, os dois candidatos à presidência empataram. E com isso, eles vão tentar de qualquer modo convencer Bud. O que, em teoria é fácil, já que convencer um cara é moleza, pra marqueteiros que convencem milhões…

Se me deixassem pilotar um Viper, eu também votava no cara na hora!

Só que, com isso, Bud se torna muito assediado, tanto pelos jornalistas quanto pela população em geral, que quer que ele resolva seus problemas. Só que Bud é o cara que não liga, então, até que algo realmente relevante aconteça, ele não vai ligar. Cês podem até imaginar o que acontece, mas mesmo assim, o filme mostra que política é algo sério, mas ao mesmo tempo é um filme engraçado. Pena que o final é meio frustrante, pra quem é curioso…

Promessas de um Cara de Pau

Swing Vote (120 minutos – Comédia)
Lançamento: EUA, 2008
Direção: Joshua Michael Stern
Roteiro: Jason Richman e Joshua Michael Stern
Elenco: Kevin Costner, Madeline Carroll, Paula Patton, Kelsey Grammer, Dennis Hopper, Nathan Lane, Stanley Tucci, George Lopez, Judge Reinhold, Charles Esten

Destaques da Semana em DVD – 15 à 19/09

Cinema terça-feira, 23 de setembro de 2008 – 0 comentários

Nota do editor: Atrasado, culpa minha, mas nem por isso cê vai deixar de passar na locadora nesse fim de semana! -théo

Homem de Ferro: Excelente exemplo de como um blockbuster em boas mãos consegue ser um ótimo passatempo. Na trama, se você não esteve no planeta Terra nos últimos meses, a vida do inventor e maior fornecedor de armas do governo americano Tony Stark nunca mais será a mesma depois que ele é atacado e mantido refém por um grupo de rebeldes afegãos. Ferido por estilhaços de granada que se alojam perto de seu coração, Tony recebe a ordem de construir no cativeiro uma devastadora arma, mas, em vez disso, usa suas habilidades para criar uma armadura que permite que ele consiga fugir. Ao retornar aos Estados Unidos, Tony promete dar um novo rumo às Indústrias Stark. Ele passa dias e noites desenvolvendo e aperfeiçoando uma avançada armadura que lhe propiciará uma força sobre-humana. Quando Tony descobre um plano abominável com implicações globais, jura proteger o mundo como sua nova personalidade, o Homem de Ferro. Confira a crítica.

Quebrando a Banca: Apesar de clichê em cima de clichê, o filme vale uma conferida pela simples idéia de imaginar que a história é baseada em fatos reais, nerds também são malandros! Na trama, um grupo de alunos brilhantes do M.I.T. (Massachusetts Institute of Technology), que, sob o comando de um professor genial em estatística, dominou uma forma de contar as cartas para ganhar milhões de dólares nos cassinos de Las Vegas. Para narrar a trama, o roteiro é centrado em um jovem que, vendo nisso a melhor oportunidade de pagar os estudos, acaba aceitando o convite dos jovens. O pessoal se manda para a cidade do pecado com um plano em mente. A idéia é quebrar a banca dos principais cassinos, mas, para isso, eles precisam tomar cuidado com a vigilância.

O Acompanhante: Filme inédito nos cinemas, chama a atenção pelo ilustre elenco (além de Woody Harrelson, as excelentes atrizes Lauren Bacall e Kristin Scott Thomas) sob a direção de Paul Schrader (roteirista de Taxi Driver). Na trama, Carter Page III (Woody Harrelson) tem um trabalho bastante atípico. Ele vive de acompanhar senhoras da elite de Washington a óperas, jantares e jogos de cartas. Por isso, quando Lynn Lockner (Kristin Scott Thomas), a esposa de um senador, encontra seu amante morto, é a Carter que ela pede ajuda. Para protegê-la, ele diz ter sido a pessoa que descobriu o corpo. Mas esse gesto de bondade tornará Carter o maior suspeito do assassinato. De repente ele se vê preso numa rede de intrigas e rumores. Abandonado pelos amigos, só resta a Carter correr contra o tempo e tentar provar sua inocência.

Bella: Filme mexicano que conseguiu arrebatar inúmeros fãs no Brasil com sua trama humana e tocante, é quase um filme de bate-papo, lembrando, inclusive pra mim, filmes como Antes do Pôr-do-Sol. Na trama, o simpático José (Eduardo Verástegui) alcançou o topo do mundo como uma jovem revelação no futebol. A história então apresenta como ele chegou até ali, quando poucos anos antes trabalhava sob as ordens do irmão, dono de um restaurante mexicano em Nova York. Toda a transformação de sua vida aconteceu quando ele decidiu passar um dia inteiro ao lado de uma completa estranha.

A Força da Amizade: Já sabem, se querem agradar sua mãe, tia ou avô, aqui está uma boa opção, filme sobre amizade de mulheres mais velhas, todas excelentes atrizes (Jessica Lange, Kathy Bates e Joan Allen). Na trama, uma mulher de idade avançada tem a vida virada de cabeça para baixo depois de acontecimentos recentes. Para tentar superar tudo que está passando, ela convoca as suas duas melhores amigas e as três caem na estrada a bordo de um carrão. Nessa jornada de autoconhecimento, percorrem todo o país e cruzam, em seu caminho, com lindas paisagens, grandes aventuras e até mesmo um simpático caminhoneiro. Quando percebem, dão conta de que estão vivendo juntas o melhor momento de suas vidas.

Felon: O sucesso de séries como Oz e Prison Break trouxeram a tona um subgênero sumido do mercado há algum tempo, o drama de presídio. Aqui ainda, para surpresa minha surge um IRRECONHECÍVEL Val Kilmer, além dele Harold “Michael Lost” Perrineau. Na trama, depois que mata, acidentalmente, um ladrão que invade sua casa, um pai de família dedicado tem a vida virada do avesso e perde tudo. Condenado a três anos em uma penitenciária de segurança máxima, local em que as regras da sociedade de nada servem, já que os presos têm seu próprio código de honra, é obrigado a dividir a cela com um perigoso assassino que foi vítima de espancamentos orquestrados pelo chefe dos guardas. Ele terá, agora, de se tornar o preso mais durão do pedaço para manter sua integridade física. Sem alternativas, encara o maior e mais difícil desafio por que já passou.

Os dois extremos de uma lista

Primeira Fila sexta-feira, 19 de setembro de 2008 – 2 comentários

Os executivos americanos estão com um largo sorriso após o sucesso desta temporada Blockbuster: foi divulgado recentemente no site Box Office Mojo as maiores bilheterias até agora, e, é claro, está dominada pelos filmes desta época do ano.

Contudo, acredito que há inumeros sucessos merecidos, a temporada teve excelente filmes, claro que graças aos diretores e atores envolvidos que resolveram tomar as rédeas dos chamados blockbusters, e isto pode ser uma tendência para os próximos anos. No entanto, claro que há inúmeros fracassos. Abaixo cito somente 4, mais pelo tamanho do seu orçamento do que pelas suas qualidades, mas fica o registro.

Maiores Bilheterias

1. Batman – O Cavaleiro das Trevas, $518,376,320
Sem comentários…

2. Homem de Ferro, $318,146,675
Sem comentários …(2)

3. Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, $316,515,680
Sempre o velho Indy para alegrar as aventuras de Sessão da Tarde e encher o cofrinho de Spielberg, George Lucas e Harrison Ford!

4. Hancock, $227,946,274
Se tem um ator que carrega público ao cinemas atuais, muito associado aos antigos astros e estrelas de Hollywood, este nome atende por Will Smith. É impressionante o carisma deste ator com sua geração, nem mesmo com este filme meia boca (boas idéias perdidas num roteiro confuso) Smith perde dinheiro;

5. WALL-E, $220,090,317
Um nome: PIXAR!!!

6. Kung Fu Panda, $214,669,830
Impressionate como crianças vão ao cinemas, coitados dos pais!

7. Horton e o Mundo dos Quem!, $154,529,439
Único representante que foi lançado antes da temporada blockbuster, a animação do estúdio Fox, baseada num conto do Dr. Seuss, está chegando em dvd, ocasionalmente, agora em outubro (alguém lembrou de uma data específica no dia 12?);

8. Sex and the City – O Filme, $152,641,732
Impressionante como mulheres conseguem carregar homens ao cinema;

9. As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian, $141,621,490
Não fosse o fiasco da primeira produção, misto de Harry Potter com O Senhor dos Anéis, Crônicas podia ter tido melhor sorte nesta sua continuação;

10. Mamma Mia!, $139,757,815
Impressionante como o público americano ainda gosta de musicais e, consequentemente, desta vez, do ABBA;

11. O Incrível Hulk, $134,533,885
Bem melhor esta nova versão do Hulk do que a anterior (sorry Ang Lee!). Melhores efeitos, um roteiro menos filosófico e muita ação num contexto mais “possível”;

12. O Procurado, $134,310,335
O diretor russo (que eu não consigo nem escrever seu nome aqui) estréia com pé direito nos EUA. Apesar de ser cheio de falhas, pricipalmente quando tenta ser dramático, O Procurado tem muita ação foda de ver na telona, humor e, ainda, tem Angelina Jolie (apesar da magreza);

Maiores Fracassos

Missão Babilônia:
Estreando neste findi, Missão Babilônia já chega cheio de polêmica, até mesmo seu diretor e o seu astro, Vin Diesel, comentam sobre as qualidades duvidosas do longa. Pelo que se sabe, o corte final ficou a mercê do estúdio e não do diretor. A princípio você deve pensar “mas o longa já obteve mais de 20 milhões nas bilheterias!”, no entanto, seu orçamento ultrapassou 70 milhões, é muito dinheiro para o mercado internacional cobrir (isto é, o sucesso do filme no resto do mundo). Claro que o filme, até por ser de um gênero estrintamente comercial, deve se pagar somando a renda em dvd, pay-per-view e outros direitos autorais, mas, como produto do astro Vin Diesel em comparação a seus outros longas, fica devendo pela expectativa suce$$o do filme;

Speed Racer:
Aqui também havia muita expectativa pelo retorno dos Irmãos Wachowski pós-Matrix. No entanto, a adaptação fiel ao anime ficou um pouco difícil de ser vendida para o grande público nesta temporada, o filme em si parece muito over em todos os quesitos. A qualidade não questiono, mas sim o orçamento gigantesco de 120 milhões e o retorno em solo americano de apenas 43 milhões nos cinemas (calculam que 90 milhões no mundo);

Perigo em Bangkok:
Não adianta o Théo propagandear o filme com boa resenha, que nem mesmo os leitores do AOE devem ter ido conferir o último atentado cinematográfico de Nicolas Cage (e pensar que ele tem um homenzinho dourado perdido em algum lugar na prateleira de sua casa). Se nos EUA o filme ainda não conseguiu ultrapassar os 15 milhões, aqui no Brasil, um filme com perfil bastante associado aos espectadores brasileiros ficou atrás, neste findi que estreiou, de filmes como Mamma Mia! e o difícil Ensaio Sobre a Cegueira (sorte o custo ser de somente 45 milhões);

Também, com este cabelo…

O Grande Dave:
Já diversas vezes comentado nesta coluna, o último filme de Eddie Murphy, que ainda conseguiu angariar 60 milhões para ser realizado – será que o EGO de Eddie recebe cachê também? Arrecadado, por enquanto, 11 milhões, vai ser difícil fechar esta conta!

Ouça Another Way to Die, a música-tema de 007 – Quantum of Solace

Cinema sexta-feira, 19 de setembro de 2008 – 6 comentários

Pra você que não sabe, Alicia Keys e Jack White ficaram encarregados de fazer a música-tema do novo filme de James Bond, o Quantum of Solace.

Pois bem, eu imagino que, após alguém receber uma responsa dessas, o cara ENLOUQUECE e corre atrás de fazer um PUTA trampo legal. Assim foi em todos os outros 007 que tiveram sons bacanas, com destaque para You Know My Name, de Chris Cornell, tema de Casino Royale. Música explêndida.

Clique AQUI para ouvir Another Way to Die, a tão esperada música tema do tão esperado novo filme do 007.

Sabe como é ter que carregar uma cruz pra salvar o mundo, tropeçar no meio do caminho, quebrar o tornozelo e com isso declarar o fim do mundo? A responsabilidade não é a mesma, mas esse som é tão ruim que até Jesus se arrependeria de ter salvo à nós. Eu NUNCA chamaria Jack White pra uma coisa dessas. Acho que a Alicia Keys sozinha faria algo à altura de 007. Mas isso ficou deprimente.

É fato que Amy Winehouse era perfeita pro “papel”, mas… coitada da moça. Enfim, espero que o filme seja MUITO bom, porque aguentar esse som no cinema não vai ser legal. Dia 7 de novembro é a grande estréia.

Estréias da semana – 19/09

Cinema quinta-feira, 18 de setembro de 2008 – 3 comentários

Missão Babilônia (Babylon A.D.)
Com: Vin Diesel, Michelle Yeoh, Mélanie Thierry, Gérard Depardieu, Charlotte Rampling, Mark Strong, Lambert Wilson, Jérôme Le Banner, Joel Kirby, Souleymane Dicko
Thoorop um mercenário guiado pelo seguinte lema: Mate ou morra. Eis que então ele é pago pra escoltar uma garotinha da Rússia até Nova York. E o que Babilônia tem a ver com a bagaça? Tou tentando descobrir até agora.

Violência Gratuita (Funny Games U.S.)
Com: Naomi Watts, Tim Roth, Michael Pitt, Brady Corbet, Devon Gearhart, Boyd Gaines, Siobhan Fallon, Robert LuPone, Susanne C. Hanke, Linda Moran
Uma típica família vai passar um tempo na sua adorável casa de campo, quando são envolvidos por dois jovens bem vestidos, educados e assassinos em série. Tudo por culpa de alguns ovos.

Nem por Cima do Meu Cadáver (Over Her Dead Body)
Com: Eva Longoria Parker, Paul Rudd, Lake Bell, Jason Biggs, Lindsay Sloane, Stephen Root, William Morgan Sheppard, Wendi McLendon-Covey, Ali Hillis, Deborah Theaker
Kate estava noiva, e morre no dia do seu casamento, enquanto organizava a cerimônia. Seu noivo, Henry, é empurrado pela irmã Chloe pra uma consulta com uma suposta médium espiritual chamada Ashley, para que vá em frente com o aval da morta. Só que Henry se apaixona por Ashley, e ela corresponde. Até ai, normal, o problema é quando Ashley começa a ser pentelhada pelo fantasma de Kate, que acha que sua missão é proteger o ex-noivo.

A Casa da Mãe Joana (A Casa da Mãe Joana)
Com: Paulo Betti, Cláudia Borioni, Laura Cardoso, Pedro Cardoso, Fernanda de Freitas, Maria Gladys, Beth Goulart, Lu Grimaldi, Malu Mader, Cláudio Marzo
Quadro malandros vivem num apartamento que eles descobrem estar hipotecado, e que se não pagarem a hipoteca em 30 dias, serão despejados. Depois de uma tentativa de golpe, que foi sabotada por um deles, os três restantes se viram pra tentar arrumar dinheiro: Seja fazendo serviço de garoto de programa, seja cuidando de idosos [Mesmo que sejam velhos travestidos] ou mesmo escrevendo uma coluna sentimental sob um pseudônimo.

Branca de Neve – Depois do Casamento (Blanche-Neige, la Suite)
Com vozes no original de: Cécile De France, Rik Mayall, Jean-Paul Rouve, Sally Ann Marsh, Marie Vincent, Jean-Claude Donda
Contando o que se passa depois do clássico beijo final, essa história mostra o que aconteceu com a Branca de Neve e o Príncipe Encantado. Eles tiveram filhos e foram felizes pra sempre? Balela!
Uma pseudo-Fada Boa enfeitiça o Príncipe Encanto, que acaba acordando a Bela Adormecida. E as cagadas não param por ai. Branca de Neve é caçada, Cinderela sai dançando descalça, os Sete Anões fazem uma rebelião, um ogro etíope subnutrido mete a mão nos pratos alheios, e por ai vai

Linha de Montagem (Linha de Montagem)
Com: Othon Bastos, Lula
Documentário de 1982 relançado pra aproveitar a popularidado do presidente, que mostra o início do movimento sindical de São Bernardo do Campo [Terra onde Lula começou a galgar postos de comando] entre os anos de 1978 e 1981, quando as maiores greves de metalúrgicos aconteceram na região, comandadas pelo próprio molusco, numa clara demonstração de desobediência à repressão do final da ditadura militar. São mostradas as assembléias no estádio da Vila Euclides, onde a peãozada decidia se ia voltar a trabalhar, e a prisão de líderes sindicais como Lula, por conta das greves de 1979 e 1980, baseadas na Lei de Segurança Nacional.

Nem por Cima do Meu Cadáver (Over Her Dead Body)

Cinema quinta-feira, 18 de setembro de 2008 – 1 comentário

Kate é uma noiva mandona e controladora que não deixa nada nem ninguém atrapalhar o dia do seu casamento. Isto é, até ela tornar-se vítima de sua própria tirania quando uma escultura de gelo que rejeitou cai sobre ela e a mata horas antes do casamento. Um ano se passa e Henri, seu amado noivo, ainda não prosseguiu com sua vida. A irmã de Henri decide tomar uma atitude e contrata Ashley, uma chef que faz bicos como médium, para fingir que Kate está entrando em contato com ela do além para encorajá-lo a namorar novamente. Quando Ashley se apaixona por Henri, a paixão por controle de Kate ressuscita e ela retorna, furiosa, com objetivo de deixar Ahsley – a única pessoa que realmente pode vê-la e ouvi-la – completamente louca e longe da vida de Henri.

Você provavelmente já viu um filme sobre alguém que morre mas não desencarna e fica pentelhando os vivos, certo? Seja drama, seja comédia, esse tema é recorrente. Mas o filme até que diverte, se você não esperar uma revelação espiritual no cinema.

Santa cópia do Exorcista, Batman!

Pois bem, vamos lá: Kate é uma psicopata maníaca por controle, que está organizando seu casamento com Henri, até que, depois de uma discussão com o tio que fez a estátua de gelo, ele, sem querer, derruba a estátua na cabeça de Kate. Com isso, ela vai pro outro lado. Em uma cena totalmente excelente no limbo, a mulher, que fala mais que a boca, acaba não ouvindo da anja [Anjos não tem sexo, eu sei, mas só pra situar que é uma atriz que representa o anjo] as instruções de qual seu objetivo como alma penada vagando pela Terra. Enquanto isso, Henri, seu ex-futuro-marido, por muita insistência da irmã Chloe [Ah, as irmãs pentelhas…], vai até a médium/sócia de buffet Ashley, pra ver se tem um sinal de que Kate quer que ele vá em frente.

“Você ouviu isso?”
“Não”

O problema é: Ashley não consegue contato com Kate, talvez porque a morta não queira liberar o mané. Chloe, que era amigona da defunta, repassa o diário da própria para Ashley, diário esse que tem vários segredos. Com tais detalhes, que Henri acha que ninguém mais saberia, a médium conquista a confiança do mané. E como acaba se apaixonando pelo truta, resolve sair com ele. Só que como Kate, que não ouviu sua missão, fica putinha da vida com isso, logo conclui que sua missão só pode ser impedir Henri de ter qualquer outro relacionamento na vida! E faz de tudo pra separar o casal, até que consegue. Mas como é uma comédia romântica, todo mundo sabe que não é por muito tempo.

“EU VOU TE MAT… Putz, cê já tá morta…”

Com piadas novas [Pelo menos eu nunca tinha visto] pra animais falantes, peidos e pessoas que falam sozinhas [Ou com fantasmas], o filme não é a melhor coisa do mundo. Mas é engraçadinho. Ah, sim: Dan, o amigo gay de Ashley, é uma anta.

Nem por Cima do Meu Cadáver

Over Her Dead Body (95 minutos – Comédia)
Lançamento: EUA, 2008
Direção: Jeff Lowell
Roteiro: Jeff Lowell
Elenco:Eva Longoria Parker, Paul Rudd, Lake Bell, Jason Biggs, Lindsay Sloane, Stephen Root

Violência Gratuita (Funny Games U.S.)

Cinema quinta-feira, 18 de setembro de 2008 – 12 comentários

Neste thriller provocante e brutal do diretor Michael Haneke, uma família em férias recebe a inesperada visita de dois jovens profundamente perturbados, em sua casa de campo, aparentemente calma e tranqüila. A partir daí, suas férias de sonhos se transformam em pesadelo quando são sujeitados a inimagináveis terrores e provações para continuarem vivos.

Pra começar, esse filme é um remake americano do filme Funny Games, que foi feito pelo próprio Michael Haneke. “E porque raios ele fez esse remake?” Oras, não seja ingênuo. Por que é divertido. E porque dá grana. Mas vamos ao filme.

A cena inicial, da família no carro, botando música clássica pra tocar e tentando adivinhar, dá uma falsa sensação de segurança. Que é quebrada quando, do nada, começa a tocar um death metal ou algo do gênero, não sou especialista. Ou seja, não fique contente com coisa boa que não dura.
Quando chegam na vizinhança, a família vê seus vizinhos jogando golfe com dois rapazes desconhecidos. Dão uma “bronca” nos vizinhos, inclusive. E vão para sua casa, descarregar tudo e se preparar pra temporada. Depois de algumas cenas típicas de convivência familiar, um dos jovens que estava com os vizinhos, Peter, vem pedir alguns ovos para Ann, pois ele e o outro jovem estão passando um tempo com os vizinhos, e os ovos de lá acabaram.

Não se engane…

Depois de um pouco de conversa, Peter derruba o celular de Ann na pia cheia d’água, fazendo ele parar de funcionar. Então o rapaz vai embora. Ou é o que você pensa. Depois, ele aparece novamente com Paul, pois Peter tem medo de cachorros. Paul então vê os tacos de golfe do marido de Ann, George, e pergunta se pode testar um. Quando ele sai com o taco, o cachorro começa a latir. E depois para. Nenhuma imagem é mostrada, mas você já pode imaginar o que acontece. Então que ele volta, e irrita Ann. George e o filho, Georgie, chegam, e o pai, vendo o transtorno de sua mulher, tenta expulsar os garotos de lá. Ledo engano. Eles não só não saem, como Paul quebra o joelho de George. E dai pra frente só piora. Quando outros vizinhos [Não os que apareceram no início] chamam no cáis, Paul e Ann descem lá, pra conversar, e fingir que está tudo bem. Depois de uma tentativa de fuga do filho, que é recapturado na casa do vizinho, chega a confirmação: O casal que estava com os garotos e a filha estão mortos. A dupla, que se chamam de Tom e Jerry ou Beavis e But-Head, os matou. E não parece que vá deixar essa família viva.

“É o seguinte: Cês tão fudidos na minha mão.”

Eles começam a jogar jogos [o que explica inclusive o nome original do filme], em que o único objetivo é causar mais sofrimento à família. Até que propoem uma aposta: Que todos vão morrer antes de nove horas da manhã do dia seguinte. Claro que se eles não morrerem, ganham. Mas se morrerem, quem ganha são os moleques. E eles não vão deixar de ganhar. E aqui começa a putaria generalizada: Até metalinguagem aparece no filme! Pra quem não sabe, vou dar um exemplo bem tosco: Quando um personagem fala com você, o espectador, isso é metalinguagem. E isso acontece mais de uma vez. Tem até uma hora em que Peter é morto com um tiro de escopeta, e o feladaputa do Paul pega o controle remoto, e volta até pouco antes do acontecido, pra impedir. Sem perder a classe, afinal ele é um gentleman. E, depois de um final que eu não sei se é inesperado ou totalmente explicavel, [depois do que foi visto] Paul e Peter vão para a casa dos vizinhos que foram ao cais, lembra?

O terror nunca pára…

O filme é revoltante, mas você queria o que? Ele se chama Violência Gratuita não é a toa! Acho que o nome brasileiro é melhor que o original, inclusive.

Violência Gratuita

Funny Games U.S. (111 minutos – Thriller)
Lançamento: EUA, França, Inglaterra, Áustria, Alemanha, Itália, 2007
Direção: Michael Haneke
Roteiro: Michael Haneke
Elenco:Naomi Watts, Tim Roth, Michael Pitt, Brady Corbet, Devon Gearhart

Missão Babilônia (Babylon A.D.)

Cinema quinta-feira, 18 de setembro de 2008 – 0 comentários

Um matador de aluguel é contratado para transportar uma “encomenda” – uma garota inocente, criada num mosteiro – dos destroços de uma paisagem pós-apocalíptica no Leste Europeu para a agitada metrópole Nova York. Mas a tarefa está longe de ser um trabalho típico para esse mercenário durão, pois quando ele, a moça e seu temeroso guardião iniciam a viagem de 9.600 quilômetros, são ameaçados por uma seita religiosa que demonstra um especial interesse na jovem – que pode ter o segredo para a salvação da humanidade.

Pra começar, já devo dizer que esse é o tipo de filme clichê clássico: “Tenho que levar uma pessoa pra tal lugar e não posso me envolver, mas vou.” Claro que nem todos os filmes do gênero são ruins, mas também não são todos ótimos. Esse é médio.

A seqüência inicial em que Toorop vai numa espécie de feira e quebra o pau por conta de uma pistola que não funcionou é engraçadona. Ai então ele vai pra casa bater um rango, quando entram sem bater pra leva-lo pra um serviço. Claro que, por ele ser um badass motherfucker, isso tem um preço, que seu contratante sabia e nem ligou. Estamos num futuro apocalíptico, mas os fodões continuam muito parecidos. Aliás, Gerard Depardeau nem parece com ele mesmo. Enfim, a missão é: Levar uma garota para Nova York em seis dias, sem perguntas, sem atraso. Como era de se esperar, ele aceita, mas é caro. Então que ele é deixado, junto com um carro e outros equipamentos, perto do mosteiro onde a jovem Aurora morava, junto com a irmã Rebeka.

“Entrae e cala a boca!”

De carro, eles vão até o estreito de Bering [na divisa da Rússia com o Alaska], onde procuram um meio de atravessar, e encontram: Em um submarino. Mas terão de ser rápidos, porque o submarino não vai esperar muito pra embarcar os passageiros. Depois de um incidente sem maiores conseqüências, eles estão lá dentro, e vão até o outro lado, onde são deixados com aquelas espécies de motos de neve, com esquis e uma esteira, juntamente com outro mercenário. Só que são atacados por droides de vigia enquanto brincam. Toorop destrói um com sua “moto”, mas se machuca bagarai, e as duas moças vão lá resgata-lo. O outro mercenário, prevendo que viriam mais, se prepara pra executar o código [“Mate ou morra”], mas o machucado, que é mais ligeiro, termina com ele e vai embora com as duas. E passam a noite em local seguro, numa barraca, enquanto criam laços. Que cuti-cuti.

Burro pra caralho, não sabe destruir sem explodir…

Já se apegando, eles chegam num hotel, daqueles de beira de estrada, no Canadá. Lá, enquanto a irmã sai pra comprar coisas, o careca toma um banho, e começa a se engraçar com a mocinha… Quando a irmã volta pro quarto, e os dois disfarçam porcamente. Por fim, vão pro aeroporto, onde pegarão um vôo até Nova York. Chegando lá, eles vão pra um apartamento, esperar o termino da missão, mas Toorop sabe que, se entregar a menina, os três vão morrer. É ai, que num ato de extrema burrice coragem, ele resolver salva-la. Óbvio! Pena que ela o mate! Calma, antes que você resolva dar uma de Aurora e me matar também, saiba que isso é falado em várias sinopses que foram distribuidas. Não exatamente assim, mas quem liga. No final, ele não morre de verdade, e acontece uma daquelas reviravoltas medonhas, que estragam o filme mais ainda, já que ele era médio até esse final grotesco acontecer.

Quase que vai…

O filme seria legal, se não tivessem cagado no final. Pras mulheres que quiserem se arriscar: Tem o Vin Diesel só de toalha.

Missão Babilônia

Babylon A.D. (90 minutos – Ação)
Lançamento: EUA, França, 2008
Direção: Mathieu Kassovitz
Roteiro: Eric Besnard, baseado em romance de Maurice G. Dantec
Elenco:Vin Diesel, Michelle Yeoh, Mélanie Thierry, Gérard Depardieu, Charlotte Rampling

The Guitar – versão gringa de Nome Próprio?

Cinema quarta-feira, 17 de setembro de 2008 – 1 comentário

É claro que isso é um exagero só pra polemizar, mas o trailer de The Guitar, proibido para menores, não me deixa não fazer esta comparação. Ó:

O roteiro de Amos Poe trata da transformação de uma mulher que, após ter sido diagnosticada com uma doença terminal, foi despedida do emprego onde não era valorizada e abandonada pelo namorado. Tendo dois meses como prazo de vida, saca todas as suas economias e dinheiro dos cartões de crédito para seguir seus sonhos, os quais incluem uma paixão e aprender a tocar guitarra.

Após pedir pro Marcuzão me ajudar com a sinopse, vi que o filme até merece um desconto. Ok, ela tem 2 meses de vida, vai fazer muita merda pra aproveitar.

Mas… e daí? Clichês assim estão saturados DEMAIS. E dá-lhe pornografia, lesbianismo e tudo mais que possa atrair mais o público, já que ninguém além de apaixonados pela música querem saber de uma história dessas. Eu sou apaixonado por música e não quero. Então, ainda assim estou errado.

O fato é que o trailer e a sinopse não convencem MESMO. Nem a nudez convence, véi. Nada me impede de achar que este filme não vai ser tão ruim quanto Nome Próprio, mas segue exatamente a mesma linha. Com mais clichês, claro.

Aparentemente a história é real e o filme estréia no dia 7 de novembro, lá fora. O bacana é que esses filmes sempre ganham vários prêmios relativamente importantes.

Hellboy 2 – O Exército Dourado (Hellboy II: The Golden Army)

Cinema segunda-feira, 15 de setembro de 2008 – 1 comentário

Finalmente consegui assistir ao filme. Ele faria parte do overdose Adaptações, que ainda não tem um hotsite. O primeiro filme também devia estar resenhado aqui. E tudo sobre Hellboy devia estar AQUI, se o estagiário trabalhasse mais. Pois bem, vamos ao que importa.

Após a quebra de uma antiga trégua mantida há anos entre a humanidade e o reino da fantasia, o inferno na Terra está prestes a ser deflagrado. Um líder cruel que caminha tanto pelo mundo real quanto pelo da fantasia arregimenta um incontrolável exército de criaturas raivosas. Hellboy terá a difícil tarefa de impedir os planos do malévolo líder e seu exército.

Ele pode ser vermelho, chifrudo, incompreendido, mas quando é preciso fazer um trabalho bem feito, é o Hellboy que se deve chamar. Ao lado da equipe do BPRD, a namorada pirocinética Liz, o empata aquático Abe e o ser protoplásmico místico Johann, eles adentrarão pelo mundo mágico onde as criaturas da fantasia ganham forma.

E Hellboy, a criatura dos dois mundos mas aceita por nenhum, terá que optar entre a sua vida escolhida ou o seu verdadeiro destino desconhecido.

Vou ser sincero logo de cara: Eu esperava mais.

Ó a galera aí.

EFEITOS VISUAIS / SONOROS

Nem preciso falar, né? Completamente espetacular. Sério, eu poderia fazer uma resenha INTEIRA só falando dos efeitos visuais e sonoros do filme, mas UMA palavra basta: Espetacular. Tudo o que você quer ver em um filme de super-heróis, Guillermo del Toro tem em mente.

ENREDO

Meio corrido E furado, por mais que isso soe redundante. Óbvio, um filme de super-herói sem clichês não é NADA, então isso a gente descarta, até porque eu não tenho o que reclamar neste quesito. O que me incomodou mesmo foi o fato de eu correr atrás do filme pra ver uma verdadeira GUERRA no final, mas eu digo: Não cometa o mesmo erro, você vai ficar na mão. De resto, não é aqueeela maravilha, mas também é exatamente o que você quer, ou espera, em um filme de super-herói. E já fica uma deixa para o próximo filme, quem sabe duas. Ou três. Mas uma é essencial, e ela vem sendo posta em jogo desde o primeiro.

PERSONAGENS

Ron Perlman está na pele de Hellboy e, porra, o cara só precisa se pintar de vermelho e botar chifres na cabeça pra se parecer com o monstrengo. De resto, a encarnação é perfeita. James Dodd faz só a voz de Krauss, personagem irritante porém decisivo. Selma Blair como Liz e Doug Jones como Abe estão, mais uma vez, ótimos, e fecham o time de heróis – quem sabe o mais legal dos últimos tempos. Luke Goss é o príncipe Nuada que, ao meu ver, merecia mais destaque. Taí o lance da história corrida. Apesar disso, o cara fez a lição de casa, trazendo o absurdo em suas lutas. Anna Walton é a princesa Nuada, e eu não tenho o que comentar sobre ela, além de “boring”.

De resto, mesmo povo de sempre, mesma qualidade de sempre.

EXPECTATIVA BLOCKBUSTERIANA PÓS HELLBOY 2 – O EXÉRCITO DOURADO

Já posso começar dizendo que Homem de Ferro ainda é o filme de super-herói mais espetacular de todos os tempos. Falando em blockbusters, Hellboy 2 – O Exército Dourado fica atrás de O Procurado (apesar da mesma nota), bem na frente de O Incrível Hulk e EMPOLGA mais que Batman – O Cavaleiro das Trevas, ao menos. Mas não é um filme nota 10.

Mas a BIG BABY é.

Guillermo del Toro arrebenta quando o assunto é… filme. O cara devia dirigir TODOS os filmes, e acho que a culpa de uma nota 9 não é dele, mas do personagem. Convenhamos, Hellboy nunca foi um herói MUITO interessante/impressionante, o cara basicamente desenterrou ele e ainda o tornou sensacional – pelo menos nas telonas. O filme é indispensável, lógico, principalmente pelo humor. Nem preciso falar da ação.

Hellboy 2 – O Exército Dourado

Hellboy II: The Golden Army (120 minutos – Ação)
Lançamento: EUA, 2008
Direção: Guillermo del Toro
Roteiro: Guillermo del Toro, Mike Mignola
Elenco: Ron Perlman, James Dodd, Selma Blair, Doug Jones, Luke Goss, Anna Walton, Jeffrey Tambor

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