Filmes bons que passam batidos 14 – Silent Hill

Filmes bons que passam batidos quinta-feira, 17 de janeiro de 2008 – 12 comentários

Já havia resenhado o filme em meu antigo blog, o agorafobia, e a resenha tá aqui. Agora é hora de dar uma renovada de leve pra série mais sensacional do AOE.

Radha Mitchell (Em Busca da Terra do Nunca), Sean Bean (A Lenda do Tesouro Perdido) e Laurie Holden (Quarteto Fantástico) fazem parte do elenco, desconhecido. Quase lei de filmes bons que passam batidos, falaí. Enfim, eu era um puta fã do primeiro jogo da série Silent Hill, do PS1, mas nada xiita – só me concentrava no jogo e em notícias pra saber se saía possíveis continuações. Que saíram, mas pra PS2, então eu fui deixado pra trás. O jogo era incrivelmente sensacional e assustador, deixava Resident Evil no chinelo, completamente. Quando fiquei sabendo que ia sair um filme baseado no jogo, pirei.

E eu pensava que isso era neblina.

O filme já tem um começo bizarro. Você fica boa parte se perguntando se perdeu algo, mas não, tudo vai se esclarecendo aos poucos, com um ótimo suspense. Rose da Silva (Radha Mitchell) já não aguenta mais os problemas de sua filha Sharon (Jodelle Fernand), que é sonâmbula e gritava como louca algo como “ALL YOUR BASE ARE BELONG TO US”. Tá, mentira, ela gritava “SILENT HILL!” – e é assim que o filme começa. Rose então decidiu despistar o maridão, Christopher da Silva (Sean Bean), e levar a menina para a cidade de Silent Hill após fazer umas pesquisas no Google. No meio do caminho, ela encontra uma policial que não vai com a cara dela e a pára no meio da rodovia e, após avistar umas placas indicando o caminho de Silent Hill, Rose pisa no acelerador, derruba o portão que bloqueava a cidade (Sim, um PORTÃO, Silent Hill se trata de uma cidade abandonada e fechada pelas autoridades por causa de seus freqüentes incêndios subterrâneos.) e sofre um acidente após tentar desviar de uma garota que se encontrava no meio da pista. Ela desmaia.

Após acordar do acidente, Rose percebe que sua filha não estava mais no carro,e é aí que ela começa a rodar a cidade inteira atrás dela, enfrentando umas anomalias demoníacas em meio a uma “neblina de fumaça” e “neve de cinzas”, tudo isso por causa dos incêndios subterrâneos. Até mesmo a policial Cybil Bennett (Laurie Holden), que curiosamente também sofreu um acidente com sua moto, foi parar naquele cinzeiro também. No decorrer do filme ela percebe que não há muito o que fazer, então acaba ajudando Rose. Como se não bastasse todos os problemas, um bando de mulheres começam a perseguir as duas.

E vocês se cagando de medo por causa da Samara.

A história é relativamente diferente da do jogo, até porque foram usadas referências do segundo jogo também, além de usarem uma mulher. Porém, ainda consegue ser fiel ao jogo, MUITO fiel. A única bizarrice que eu achei que deixaram na mão foi no início, quando ela se depara com umas criaturas demoníacas que… não vou falar o que acontece. Pra você que jogou o jogo, dou uma dica: Não acontece como um sonho, mas não se empolgue. As cenas com o alarme da igreja avisando que o “clima” vai mudar, e muda, são as melhores. Eu quase pausei o filme pra procurar o jogo. Muita gente ficou insatisfeita, mas eu sou muito fresco com filmes de horror – Silent Hill, definitivamente, deixa o MELHOR pro final. As enfermeiras e a carnificina que eu achei que nunca mais veria em filmes de horror criados hoje em dia. Eles mostram TUDO, sem frescura alguma. Destaque pro Pyramid Head, que é do segundo jogo. [SPOILER] Ele simplesmente arrancou a pele de uma das mulheres, como se estivesse abrindo o pacote de uma bala. Dá uma olhada em um trecho do filme:

[/SPOILER]

Não gosto de filmes de suspense e acho os atuais filmes de horror incrivelmente broxantes. Silent Hill é a prova de que há suspense FODA, assim como filmes de terror SUPERIORES. Definitivamente, Silent Hill é supreendente. E passou batido. E vai ganhar continuação. E vai ser foda.

Brasil mais perto do Oscar

Cinema quinta-feira, 17 de janeiro de 2008 – 2 comentários

Enquanto por aqui só se falou em Tropa de Elite, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas acabou de selecionar entre os nove finalistas concorrentes ao Oscar de filme estrangeiro O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias.

Deixando de fora desta seleção filmes premiados como o romeno 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias, o espanhol O Orfanato, a animação Persepolis e chinês Lust, Caution.

As chances de O Ano… são grandes devido ao histórico da categoria e dos votantes (normalmente, pessoas mais velhas, logo, mais conservadoras), que adoram filmes protagonizados por crianças (lembram de Cinema Paradiso e Kolya), com conteúdo político (no caso do filme, ditadura militar dos anos 70) e envolvendo judeus, dizem que a grande maioria dos votantes seria desta origem (?). Os demais concorrentes são:

O Ano que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburguer, já disponível em dvd;
O Falsário, de Stefan Ruzowitzky (Íustria), sem previsão de estréia;
A Era da Inocência, de Dennys Arcand (Canadá), sem previsão de estréia;
Beaufort, de Joseph Cedar (Israel), sem previsão de estréia;
A Desconhecida, de Giuseppe Tornatore (Itália), em cartaz nos cinemas e chega em dvd neste mês;
Mongol, Sergei Bodrov (Cazaquistão), sem previsão de estréia;
Katyn, Andrzej Wajda (Polônia), sem previsão de estréia;
12, de Nikita Mikhalkov (Rússia), sem previsão de estréia;
Armadilha, de Srdjan Golubovic (Sérvia), sem previsão de estréia;

E você achando que em alguns destes paises não existia nem cinema…tsc,tsc,tsc.

No próximo dia 22 são revelados todos os indicados ao Oscar, inclusive os cinco finalistas desta categoria, é só torcer.

Resenha – Shrek Terceiro

Cinema quarta-feira, 16 de janeiro de 2008 – 1 comentário

Shrek é o que todo filme de sátira atual (Vide série Todo Mundo em Pânico) deseja ser: Engraçado sem abusar da nossa inteligência. Tanto que adultos e crianças vêem e dão risadas á vontade, sem precisar dar aquela segurada envergonhada como quem pensa: Eu tô rindo pra isso aí? Agora, como sempre, quando a fórmula faz sucesso você espreme até a última gota. E com isso vem as continuações. Shrek 2 foi engraçado, não tanto com o original porque JÍ esperávamos algumas piadas. Mas os dez primeiros minutos valiam o filme todo e ISSO bastava. E então… Chegou Shrek 3.

Família
Olha a família feliz

Acho que o maior problema da franquia Shrek é que, por ser algo original, a princípio ficou fora de classificação de gênero. Por ser em formato “engraçadinho” e ser em 3D classificaram erroneamente como infantil. Vejam bem: Tirando o fato de ser desenho e tocar levemente em certos temas, ele acabou cavando a própria cova ao ser encaixado em infantil. É essa falha que causou Shrek 3. Não que o filme seja ruim, mas NÃO é engraçado.

tio
Você faria ISSO com seu tio?

Eu entrei na sala de cinema esperando rir até rachar e saí com apenas UMA risada de verdade no filme todo. Sério. E eu bem que tentei, mas fiquei realmente envergonhado de estar vendo MAIS um filme de lição de moral escondido em piadas infames. Tá, para vocês entenderem melhor, vamos á história: Em Shrek Terceiro, Shrek e Fiona estão felizes, prontos pra voltar pra casa, quando o pai de Fiona, ainda na forma de sapo, falece. Assim, Shrek se torna o próximo na lista dos reis de Tão Tão Distante, coisa que ele não quer de jeito nenhum. Para se safar dessa, ele precisa ir buscar um parente distante, Arthur, que é um jovem estudante. Para dificultar ainda mais a vida do ogro ele descobre que Fiona está grávida. E ainda tem o Príncipe Encantado, que tenta assumir o trono de rei enquanto Shrek está longe. A premissa é ótima, o que poderia dar errado?

arthur
Você foi ao cinema ver Shrek e acabou vendo Crise de Família

A gravidez de Fiona. Pura e simplesmente os filhos de Shrek. Acontece que o filme, a princípio voltado para o próximo no trono e as estripulias do filho da Fada Madrinha, se volta para a situação de Shrek como pai, coisa que ele não está acostumado e sua relação com Arthur. Essa seriedade que o filme tenta assumir contraria todo formato das histórias do ogro e seu mundo de “contos de fadas”. Desde a primeira vez que vimos Shrek no cinema nós nos acostumamos a ver temas sérios tratados com irreverência e não dando tempo para longas reflexões, coisa que Shrek, Arthur e Fiona fazem algumas vezes durante a película toda. Sinceramente? Uma droga!

m****
Acho que isso NÃO é lama

Não bastasse a troca de dubladores com a morte do dublador original de Shrek, coisa que causa estranheza, é muito difícil de ver Shrek sem ficar fazendo ironias e dando sua risada forçada. O Burro, teimoso e metido, ainda está lá. O Gato de Botas, canastrão e Don Juan, ainda está lá. Mas a graça de antes não está lá. Se quiserem ver um filme engraçado, aluguem Top Gang 1 e 2 que fará melhor para vocês.

gangue
Nem essa gangue salva o filme

Overdose Nicolas Cage: Resenha – A Rocha

Cinema quarta-feira, 16 de janeiro de 2008 – 1 comentário

Filme sensacional de 1996, trazendo Sean Connery (007 – Nunca mais outra vez), Ed Harris (do nosso tão esperado A Lenda do Tesouro Perdido 2) e, é claro, o ilustre Nicolas Cage. Elenco de peso, e pra quem não gosta de Michael Bay, que dirigiu o filme: Um filme BOM com o cara. Vai por mim.

Devia estar na sua coleção.

Manja a ilha de Alcatraz, a tão famosa ilha que era uma base militar e depois se transformou em uma puta prisão de máxima segurança? Então, o principal do filme está lá: O General Francis X. Hummel (Ed Harris), que havia participado também da Guerra do Vietnã sendo um “herói”, simplesmente tomou conta de armas químicas fodidas e as levou para Alcatraz, com a ajuda de seus comandados. Não tá satisfeito? Pegaram 81 reféns também. E pediram 100 milhões de dólares, grana que também seria usada como doação para famílias de soldados americanos que morreram em missões secretas e nunca foram reconhecidos por isso. Se não pagarem eles vão lançar as bombas em São Francisco.

É aí que o “outro lado” percebe que precisam de apenas duas pessoas contra esse pessoal. Uma deve ser o único homem que escapou vivo do presídio de Alcatraz, e esse homem é John Patrick Mason (Sean Connery), um velho condenado a passar o resto de seus dias na prisão. Enfim, tinha sua chance de se livrar disso, com uma condição: Entrar na prisão de Alcatraz como saiu e completar sua missão junto com alguns homens. Entre esses homens, estava a segunda pessoa essencial para essa missão: Um perito em armas bioquímicas. Sim, Dr. Stanley Goodspeed (Nicolas Cage), um jovem especialista que se mostra ingênuo, porém quem sabe o que faz.

É claro que o filme não é em preto e branco.

Imagina invadir uma ilha com um monte de soldado armado até a unha sem que eles percebam, desarmar as bombas e render os caras. Impossível, tendo em vista que apenas um dos vários “frascos” encontrados na bomba já basta para uma arma extremamente mortal, basta diluir o conteúdo no ar. Mason, por muitas vezes, demonstra o que um fugitivo de uma prisão de máxima segurança demonstraria: Não é confiável. Porém, tudo o que ele queria era sair logo da prisão e ficar com sua família. Goodspeed é bom no que faz, mas não tem a mínima chance sozinho. Em meio de discussões e pancadaria, os dois formam uma puta dupla e Sean Connery mostra que NÃO HÍ como discordar que o cara é foda.

Sensacional do início ao fim.

Eu diria que este é o primeiro grande filme de Nicolas Cage, mesmo tendo recebido um Oscar em seu filme anterior, Despedida em Las Vegas. O filme é simplesmente empolgante, daqueles que você se OBRIGA a não perder nenhum trecho e faz questão de voltar em algumas partes. Envolvente, enfim. De resto, é com vocês: Filme altamente recomendável. VOCÊ já deve ter visto e, se não viu, me agradeça pela falta de spoilers.

Uwe Boll vai deixar de cometer atrocidades no cinema

Cinema quarta-feira, 16 de janeiro de 2008 – 2 comentários

PAUSA! Cara, vocês não fazem idéia de como fiquei feliz e aliviado ao ler essa notícia. Eu vi o trailer de BloodRayne, assisti Alone In The Dark e arrisquei ver trinta minutos de House of Dead. Eu sei como Uwe Boll é ruim. FIM DA PAUSA! Para quem não conhece, Uwe Boll é um diretor alemão que dirigiu os três filmes citados. Se você foi um sádico que assistiu, então sabe como é. Se ainda por cima gostou, procure um psicólogo. Odiado pelas críticas e mais ameaçado do que o Joe Quesada, ele continua sendo diretor e fez a adaptação de Dungeon Siege, mais um jogo de videogame, chamada In The Name of the King.

Demon Siege
TENHA MEDO!

Todos esses filmes foram financiados pelo governo alemão através de um programa de incentivo ao cinema. Só que a maioria deles não só não gerou lucro, como ainda teve prejuízo. E In The Name of the King teve o maior prejú deles, custando 70 milhões de dólares e só recebendo 3 milhões desde sua estréia semana passada. O governo alemão já renunciou há meses qualquer investimento em cinema e agora Uwe Boll terá de tirar do próprio bolso ou correr atrás de patrocínio. A falta de auxílio pode significar o fim de sua carreira de destruidor de bons jogos de videogame.

Resenha – 300

Cinema terça-feira, 15 de janeiro de 2008 – 5 comentários

Já tivemos uma outra resenha [Nota do editor: Não tem mais] recentemente sobre “300” aqui no AOE. E vocês, leitores chatos bagarai, devem estar se perguntando por que demoramos tanto pra resenhar esse filme.

No caso dos outros resenhistas eu não sei, mas no meu caso é porque eu quis mesmo esperar a poeira baixar e ver se o filme continuaria me emocionando meses depois.

300 (2006)

E então? Esse filme ainda é bom mesmo ou era só aquele hype e excesso de propaganda do início do ano? Bom, pra começar, quero XINGAR o filme, listando todas as suas coisas ruins:

1) Rodrigo Santoro;
2) Nenhum espartano na história da humanidade NUNCA pareceu com um stripper depilado e usando sombra nos olhos.

Portanto, o filme se tornou uma propaganda visual homossexual. Acho que já falei isso em outro lugar. Mas ok, não consigo pensar em mais nada pra xingar. Vamos para as partes boas.

Apesar da temática visual meio gay, ainda assim acho que “300” é um filme do caralho e sou meio suspeito para opinar sobre ele. Então requisitei a opinião da Gabi sobre a película:

Atillah – Slaying Mojitos diz:
Gabi, por favor. Assim, do nada:
Atillah – Slaying Mojitos diz:
diga uma frase sobre o filme “300”?
Gabi diz:
mó gostosa essa rainha.
Atillah – Slaying Mojitos diz:
Ok, acho que posso utilizar. Obrigado.

Devo concordar com a Gabi. Pra compensar os strippers, pelo menos colocaram uma rainha gostosa e com personalidade. Sem falar no Oráculo. Não lembro muito dessa parte de intrigas políticas na HQ, mas até que encaixou bem no filme. E como o Théo sempre diz: se é pra fazer um filme igualzinho ao livro, pra que assistir ao filme ou ler o livro?

Aê rainha, pega eu.

Aliás, no caso de “300”, a fidelidade á HQ e ás cenas desenhadas por Frank Miller é o grande trunfo. O trabalho foi tão bem feito como em “Sin City”, e é um ótimo exemplo de como um filme pode te seduzir com suas imagens e ritmo, mesmo você já conhecendo o enredo. Os detalhes, esse é um filme para se observar os detalhes. Vejam como o cuidado na fotografia e na edição visual/sonora podem construir cenas inesquecíveis em filmes altamente improváveis, como “300”:

Em um certo momento do filme, o exército espartano passa o cerol em um monte de persas, e o Deus-Rei Xerxes vai pessoalmente até Leônidas, para tentar seduzi-lo com promessas e dar um fim ao massacre.

Reparem na expressão de desdém que Leônidas adota quando vê Xerxes se aproximando, todo Vera Verão, em cima da sua carroça-plataforma carregada por escravos. Leônidas não fala nada, apenas olha com descrédito, em um semi-sorriso irônico; não precisa mais nada para que você entenda o cara:

“mas esse Xerxes é uma bicha louca mesmo. Olha que empáfia, que falta de noção. Eu aqui de pé feito homem esperando e a boneca lá em cima, se achando a poderosa destaque em cima do carro alegórico da escola de samba.”

Orra, vai dizer que não parece desfile de Carnaval?

Ao ser desafiado por Leônidas, Rodrigo Santoro, claramente puto, começa a cuspir ameaças de destruição de Esparta, e enquanto o faz, suas argolas, brincos e outras joiazinhas ficam balançado e fazendo “tlin-tlin” loucamente, como se ele fosse uma caixinha de jóias ambulante.

Percebam, esse tipo de ruído poderia ser cortado depois, na edição sonora, mas os caras fizeram questão de deixar isso, pra mostrar o contraste entre o espartano, despojado de qualquer enfeite ou adereço, e Xerxes, o deus das bijouterias. É assim que você marca o imaginário do espectador, é assim que é traçada linha divisória entre homens, bonecas e crianças no filme. Uma imagem vale mil palavras.

Falando em imagens… e as cenas de batalha? Caralho. As cenas de batalha mexem com alguma coisa dentro de cada um, não sei direito o que é. Muitos falaram na coreografia e no sincronismo dos golpes, que realmente são espetaculares. Outros falaram na direção de arte, na construção visual, na ênfase do vermelho do sangue jorrando, que também são impecáveis. Mas revendo o filme, comecei a prestar atenção em outras coisas; depois que você já sabe como cada cena se desenrola, onde os espartanos vão dar cada soco, enfiar a lança ou a espada, você se desliga um pouco da parte visual. Você já sabe o que vai acontecer, perde a surpresa.

E mesmo assim as cenas continuam me emocionando.

E daí descobri que é TUDO que faz diferença, é o pacote completo. Quando os espartanos levantam o escudo para resistir ao inimigo e deliciosamente o empurram em direção a algum persa que vem correndo em sua direção, feito um texugo alucinado, e você escuta aquele “TUMM” metálico, de quem acabou de quebrar pelo menos o nariz e mais uns três dentes com o impacto, você sente algo quente e confortável por dentro.

TUMM!

Ah os detalhes. Não é só o “TUMM” do impacto; é também o barulho de metal zunindo depois, como quando você bate o cotovelo numa cadeira de metal e fica escutando aquele “uinnnn” ecoando no fundo, enquanto xinga o móvel. Emoção.

Não vou descrever o filme todo para vocês, e nem as melhores cenas, porque isso é coisa de motherfucker. Mas acreditem, o filme inteiro é desse jeito: o tempo todo ele oferece coisas para você ver e ouvir, tudo amarrado por uma história básica, simples, de um bando de nego querendo defender sua terra contra o invasor usurpador. Os clássicos nunca morrem.

Se você ainda não assistiu “300”, tenho inveja de você. Tenho inveja de como você ainda tem a chance de sentir pela primeira vez todo o impacto que o filme provoca. Definitivamente um dos melhores filmes de 2007.

Resenha – A Bússola de Ouro (2)

Cinema terça-feira, 15 de janeiro de 2008 – 16 comentários

Pôster

Eu vi Nárnia. Só por isso vocês já sentem qual era a apreensão em ver esse filme. Um alívio para vocês: A Bússola de Ouro (Dourada, porra! Pra que mudar o nome agora?) é melhor. Mas nem tanto. Pronto, podem assistir. O filme tem bons atores e uma trama interessante, mas não de todo. Vamos aos fatos: O livro é um tratado ateísta contra política e religião, usando metáforas para ligar aquele mundo ao nosso e á nossa realidade. Não que certas coisas não fiquem descaradas, por isso a censura. Censura? Mas quê censura, Black? Pra quem não sabe, a igreja tentou várias vezes persuadir as pessoas á não ver o filme, assim como fez com O Código Da Vinci. Deu pra perceber que não deu certo. O problema que isso afetou a história do filme, tirando quase todas as menções á religião. Pois é, síndrome de Harry Potter é contagiosa! Francamente? Podem esperar certas situações infantis no filme que também poderiam ser retiradas.

Nicole
A gata é quente, mas a personagem é fria

Vamos á sinopse: Existem vários mundos além do nosso. Alguns são similares, outros extremamente diferentes. Nesse específico, todas as pessoas têm a alma forma do corpo, em forma de animais chamados de dimons (Lê-se dimons mesmo, sabe? Como demônios em inglês). Se você morre, seu dimon some. Se seu dimon é afetado, você também sente. Simples. Só que a ligação de todos com os dimons funciona por causa de uma substância chamada pó (Não, não é aquele que você compra ali no morro), negada pelo governo e admirada por muitos por sua “magia”. O Lorde Asriel é um desses que admiram e estudam o trambolho, e por isso ele está com a cabeça a prêmio, mesmo que na surdina.

Paralelamente, sua sobrinha, Lyra se mete em três confusões: Ela quer ir ao Pólo Norte, para encontrar esse pó, tem que descobrir o que aconteceu com as crianças desaparecidas e sobreviver á um grupo que a persegue por ela possuir a Bússola de Ouro do título. Confuso? Muita gente achou.

Bússola de Ouro
ó aí a criança brincando com o perigo

Na realidade, esse é um dos problemas do filme. O maior deles. Muitas tramas aleatórias não fazem a cabeça de crianças e o filme tem uma aura muito de criança pros adultos verem E gostarem. Veja bem, quando alguém morre, você não vê sangue e sim o dimon sumindo. E só!!! Novamente comparo a Nárnia. O filme é bom, mas nem tanto. Aliás, a relação da garotinha com o Urso Polar me deu um dejá vu desgraçado que eu quase saí da sala do cinema. Faz favor, poderiam ter tirado o melodrama.
Tecnicamente não dá pra xingar um filme que emula um urso polar a ponto de você ver cada um dos pêlos dele. O som também é fantástico. Eles não cometem o erro de usar uma música feliz em momentos em que você deveria chorar (Se você fosse mulher ou criança).

Nárnia
Momento Nárnia

Agora, quanto aos personagens… Tirando a Lyra, que é protagonista, muitos dos coadjuvantes são somente isso mesmo, mal dando pra se apegar a eles nos seus dez minutos de tela. O filme corre muito rápido e isso incomoda quando chega ao final aberto para quem não esperava o fim. É porque ele é uma trilogia e quiseram tirar um pedaço do final para usar no próximo, sabe? Que nem Senhor dos Anéis. Não funcionou e o público odiou. Esperem por A Luneta Âmbar sentados, crianças.

Urso Polar
PORRADA!!!

Os burocráticos e duvidosos resultados do Globo de Ouro

Cinema segunda-feira, 14 de janeiro de 2008 – 1 comentário

Mesmo sem tapete vermelho e sem atores para receberem os prêmios, nesta madrugada foram divulgados como uma entrevista coletiva os vencedores do Globo de Ouro 2008. Para quem não lembra, a festa de premiação foi cancelada devido a greve dos roteirstas em Hollywood e o boicote dos atores que não estariam presentes na premiação por apoio á greve. Em tempo, o prêmio é concedido pelos jornalistas que formam a Associação de Imprensa Estrangeira em Hollywood.

Assim, foram somente lidos os vencedores, não sei se não foi melhor porque os prêmios foram meio duvidosos para tevê, já para o cinema, os prêmios acabaram sendo divididos entre os favoritos mostrando que neste ano não há um grande filme que arrecadará todos os prêmios. Vamos aos vencedores (em itálico):

Cinema

Melhor Filme – Drama
Desejo e Reparação, em cartaz nos cinemas desde sexta passada
O Gângster, estréia em 25/01
Senhores do Crime, estréia em 08/02
The Great Debaters, sem previsão
Conduta de Risco, já exibido nos cinemas
Onde Os Fracos não Têm vez, estréia em 01/02
Sangue Negro, estréia 15/02

Como vocês podem perceber a maioria dos filmes entra em cartaz em breve, assim, fica difícil achar justo ou injusto o prêmio de Desejo e Reparação, no entanto, o filme estava meio esquecido nestas últimas premiações, quem sabe com o Globo de Ouro o filme arrebata uma vaga nos indicados ao Oscar, que serão revelados semana que vem.

Melhor Ator – Drama
Daniel Day Lewis – Sangue Negro
George Clooney – Conduta de Risco
James McAvoy – Desejo e Reparação
Viggo Mortensen – Senhores do Crime
Denzel Washington – O Gângster

Fã incondicional de Paul Thomas Anderson (Magnólia), torço pelo seu filme Sangue Negro, e seu elenco, como Daniel Day Lewis, ator inglês excepcional de filmes como Meu Pé Esquerdo e Gangues de Nova York. Deve rivalizar com George Clooney no Oscar.

Melhor Atriz – Drama
Julie Christie – Longe Dela, sem previsão
Cate Blanchett – Elizabeth – A Era de Ouro, estréia 15/02
Jodie Foster – Valente (The Brave One), chega diretamente em dvd em Março
Angelina Jolie – O Preço da Coragem (A Mighty Heart), já em cartaz
Keira Knightley – Desejo e Reparação

A categoria feminina também promete no Oscar pois estará dividida entre a vencedora daqui, Christie que interpreta uma personagem com Mal de Alzheimer, ou seja, atriz veterana em papel dramático com doença, é Oscar quase certo, sua grande rival será Marion Cotillard, da biografia Piaf, que aqui recebeu o prêmio como atriz comédia/musical.

Melhor Filme – Comédia
Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco
Across the Universe, já em cartaz
Jogos de Poder, estréia 29/02
Hairspray, já em cartaz
Juno, estréia 08/02

Destes, acredito que somente, Juno, pode chegar ao Oscar, os demais são filmes divertidos realmente como Hairspray, fica a curiosidade pela produção de Tim Burton, Sweeney Todd, um musical gótico (?).

Melhor Ator – Comédia
Johnny Depp – Sweeney Todd
Ryan Gosling – Lars and The Real Girl, sem previsão de estréia
Tom Hanks – Jogos de Poder
Philip Seymour Hoffman – The Savages, sem previsão de estréia
John C. Reilly – Walk Hard, estréia 11/04

Os jornalistas estrangeiros adoram o cinema de Burton e Depp, por isto, Sweeney Todd, papou estes prêmios, não que o filme não seja bom, muito pelo contrário, acredito que a produção seja excelente pelos trailers, mas, estas personalidades são os queridinhos dos votantes do Globo de Ouro.

Melhor Atriz – Comédia
Marion Cotillard – Piaf – Um Hino ao Amor, já em cartaz e chega em dvd agora em fevereiro
Amy Adams – Encantada, já em cartaz
Nikki Blonsky – Hairspray
Helena Bonham Carter – Sweeney Todd
Ellen Page – Juno

Palpite certeiro, Marion Cotillard, dá um show como a cantora Edith Piaf, vai certo para o Oscar e pode levar junto desta categoria, a surpresa independente do ano, Ellen Page (X-Men 3), por Juno.

Melhor Atriz Coadjuvante
Cate Blanchett – I’m Not There, sem previsão
Saoirse Ronan – Desejo e Reparação
Julia Roberts – Jogos de Poder
Amy Ryan – O Medo da Verdade (Gone Baby Gone), sem previsão
Tilda Swinton – Conduta de Risco

Outra queridinha do Globo de Ouro, Cate Blanchett, leva o prêmio por uma das encarnações de Bobby Dylan no filme de Todd Haynes, filmes bastante comentado, mas no hora das premiações somente Cate Blanchett surgiu como indicável.

Melhor Ator Coadjuvante
Javier Bardem – Onde os Fracos Não têm vez
Casey Affleck – O Assassinato de Jesse James, já em cartaz
Philip Seymour Hoffman – Jogos de Poder
John Travolta – Hairspray
Tom Wilkinson – Conduta de Risco

Aqui a disputa deve ser entre o espanhol, Javier Bardem, excelente ator de filmes como Mar Adentro e Antes do Anoitecer, e o irmão de Ben Affleck, Casey Affleck, correndo por fora, Tom Wilkinson, veterano ator bastante competente.

Melhor Diretor
Julian Schnabel – O Escafandro e a Borboleta, estréia 28/3
Tim Burton – Sweeney Todd
Joel Coen & Ethan Coen – Onde os Fracos não Têm Vez
Ridley Scott – O Gângster
Joe Wright – Desejo e Reparação

Outra surpresa a vitória de Julian Schnabel, pela produção francesa O Escafandro e a Borboleta, deixando para trás os favoritos irmãos Coen, que estão ganhando quase tudo, e o não indicado, mas certamente, estará no Oscar, Paul Thomas Anderson, por Sangue Negro.

Melhor Animação
Ratatouille
Bee Movie – A História de Uma Abelha
Os Simpsons – O Filme

Esta categoria também era moleza, gosto das três animações, mas Ratatouille é excelente, uma pérola.

Melhor Filme Estrangeiro
O Escafandro e a Borboleta
4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias, sem previsão
O Caçador de Pipas, estréia 18/01
Lust, Caution, sem previsão
Persépolis, sem previsão

Esta categoria será bem diferente no Oscar pois produções com diálogos em inglês não podem concorrer lá, por aqui é permitido, e Escafandro e a Borboleta confirmou seu favoritismo. Para o Oscar o filme estará concorrendo aos prêmios principais, como ocorreu com Cidade de Deus.

Melhor Roteiro
Ethan e Joel Cohen – Onde os Fracos Não tem Vez
Diablo Cody – Juno
Christopher Hampton – Desejo e Reparação
Ronald Hardwood – O Escafandro e a Borboleta
Aaron Sorkin – Jogos de Poder

Confirmando o favoritismo os irmãos Coen levam o prêmio, no Oscar estes roteiros são separados em Original e Adaptado.

Melhor Trilha Sonora
Desejo e Reparação
Na Natureza Selvagem (Into the Wild), estréia 22/02
Grace is Gone, estréia 22/02
O Caçador de Pipas
Senhores do Crime

Melhor Canção
“Guaranteed” – Na Natureza Selvagem
“Despedida” – O Amor nos Tempos do Cólera
“Grace Is Gone” – Grace is Gone
“That’s How You Know” – Encantada
“Walk Hard” – Walk Hard

Para quem não sabe a trilha e as canções de Na Natureza Selvagem pertencem ao músico Eddie Vedder.

Televisão

Melhor Série – Drama
Mad Men (AMC)
Amor Imenso (Big Love, HBO)
Damages (FX)
Grey’s Anatomy (ABC)
House (Fox)
The Tudors (Showtime)

Quem acompanha meus textos no Sitcom, sabe que sou fã incondicional de House e Damages, gosto de Grey’s e as demais não acompanho, pelo hype em torno de Mad Men, fui conferí-la e posso garantir que se trata de uma série classuda e muito bem produzida, mas falta alguma coisa, talvez seja a frieza do tema, portanto, somente querer ser moderninha e inovadora pode justificar o prêmio dos jornalistas á Mad Men frente a séries melhores.

Melhor Ator em Drama
Jon Hamm – Mad Men
Michael C. Hall – Dexter
Hugh Laurie – House
Jonathan Rhys Meyers – The Tudors
Bill Paxton – Amor Imenso

O mesmo acontece aqui, não há nenhum ator mais identificado com o persongem do que Hugh Laurie e Michael C. Hall em suas respectivas séries, puta injustiça com ambos. Sem comentários.

Melhor Atriz em Drama
Glenn Close – Damages
Patricia Arquette – Medium
Minnie Driver – The Riches
Edie Falco – Família Soprano
Sally Field – Brothers & Sisters
Holly Hunter – Saving Grace
Kyra Sedgwick – The Closer

Apesar do número exagerado de indicadas era certeiro o palpite em Glenn Close com Damages, no papel da ambígua advogada Patty Hewes, para quem não conhece a série ela estreará em fevereiro no canal á cabo AXN, não percam.

Melhor Série – Comédia
Extras (HBO)
30 Rock (NBC)
Californication (Showtime)
Entourage (HBO)
Pushing Daisies (ABC)

Outra surpresa a série inglesa, engraçada e bem bolada, mas nada demais, Extras, recebeu o prêmio, enquanto as consagradas 30 Rock (mas pela crítica do que pelo público), Entourage e as novatas Californication e Pushing Daisies (imperdível) ficaram para trás.

Melhor Ator em Comédia
David Duchovny – Californication
Alec Baldwin – 30 Rock
Steve Carell – The Office
Ricky Gervais – Extras
Lee Pace – Pushing Daisies

Outra prêmio equivocado, David Duchovny está excelente em Californication mas, a série não é uma comédia, principalmente, se comparada aos papéis hilariantes de Steve Carrell e Alec Baldwin, estranho!

Melhor Atriz em Comédia
Tina Fey – 30 Rock
Christina Applegate – Samantha Who?
America Ferrera – Ugly Betty
Anna Friel – Pushing Daisies
Mary-Louise Parker – Weeds

Categoria fácil, era Tina Fey (também roteirista de 30 Rock) ou America Ferrara por Ugly Betty, que como não está tendo uma boa segunda temporada, perdeu.

Melhor Minissérie ou Telefilme
Longford (HBO)
Bury my Heart at Wounded Knee (HBO)
The Company (TNT)
Five Days (HBO)
The State Within (BBC America)

Melhor Atriz em Minissérie ou Telefilme
Queen Latifah – Life Support
Bryce Dallas Howard – As You Like It
Debra Messing – The Starter Wife
Sissy Spacek – Pictures of Hollis Woods
Ruth Wilson – Jane Eyre

Melhor Ator em Minissérie ou Telefilme
Jim Broadbent – Longford
Adam Beach – Bury my Heart at Wounded Knee
Ernest Borgnine – A Grandpa for Christmas
Jason Isaacs – The State Within
James Nesbitt – Jekyll

Melhor Atriz Coadjuvante em Série, Minissérie ou Telefilme
Samantha Morton – Longford
Rose Byrne – Damages
Rachel Griffiths – Brothers & Sisters
Katherine Heigl – Grey’s Anatomy
Anna Paquin – Bury my Heart at Wounded Knee
Jaime Pressly – My Name is Earl

Nesta categoria se mistura os atores de séries com filmes e minisséries, perde-se um pouco da comparação por não termos estas produções lançadas imediatemente por aqui. Levou o prêmio Samantha Morton (Minority Report) pelo filme televisivo, Longford, mas acho que faltou uma sensibilidade maior entre os votantes com o restante elenco de Grey’s Anatomy, principalmente com as atrizes Chandra Wilson, Dra. Bailey, e Sandra Oh, Cristina, que estiveram impecáveis neste ano.

Melhor Ator Coadjuvante em Série, Minissérie ou Telefilme
Jeremy Piven – Entourage
Ted Danson – Damages
Kevin Dillon – Entourage
Andy Serkis – Longford
William Shatner – Boston Legal
Donald Sutherland – Dirty Sexy Money

O mesmo acontece com os atores coadjuvantes, Jeremy Pivem o papa Emmy (principal premiação da têve Americana), levou agora o Globo de Ouro, deixando para trás excelentes atores em excelentes papéis como Ted Danson e Donald “pai de Jack Bauer” Sutherland, nas boas e respectivas séries, Damages e Dirty Sexy Money.

Resenha – A Última Cartada

Cinema segunda-feira, 14 de janeiro de 2008 – 0 comentários

Cara, Ben Affleck (Demolidor – O Homem Sem Medo) tá no elenco, já começamos mal. De resto, Ryan Reynolds (Horror em Amityville), Ray Liotta (Identidade), Joseph Ruskin (O Escorpião Rei), Andy Garcia (participou da trilogia dos “homens de segredo”) e por aí vai, incluindo até mesmo a cantora Alicia Keys. Gente pra cacete e nomes nem tão grandes assim. Hm, pode ser bom.

Assim até eu passo a gostar de franjas, véi.

Sem muita enrolação, o filme é uma boa pra quem está procurando por um pouco de ação. Sim, um pouco – o que você viu no trailer é praticamente a única AÇÃO no filme. O trailer passa um filme eletrizante, mas não é esse o caso. Tudo acontece em Lake Tahoe, Nevada, quando um bando de assassinos começam a correr atrás de Buddy “Aces” Israel (Jeremy Piven) por causa de uma recompensa: 1 milhão de doletas. Aces é um… mágico famoso em Las Vegas, e também “mascote não-oficial da máfia”. É claro que ele queria algo maior que isso, ele queria ser o CHEFÃO. Ou melhor: um dos chefes.

Primo Sperazza (Joseph Ruskin), um dos principais articuladores do crime de Las Vegas, era a companhia de Aces em seus shows e, obviamente, uma ajuda para Aces se tornar o tal mascote. Quando Aces quis mais, acabou expondo a organização que o protegia e, então, Primo se tornou um inimigo mortal do cara. Então, surge um boato: Primo oferece US$ 1 milhão para quem matar Aces. Aí a coisa pega fogo.

Um bundão. Tinha que ser mascote.

Mas não como deveria. É lógico que a polícia já fica na cola, no comando de Donald Carruthers (Ray Liotta), que, na minha opinião, foi mal utilizado no filme. Porém, uma surpresa: Alicia Keys (que interpretou Georgia Sykes). Não sei se é só porque eu esperava MENOS dela, mas ela fez um bom papel e a diferença em trechos do filme.

Então um certo suspense fica no ar, com aquele clima de “vai rolar traição” e “hm, esse cara é esperto”. Mas tudo acontece muito rápido e sem muita empolgação, parece até que incluiram um alto nível de realismo no filme pra que ninguém pense depois algo como “porra, puta mentira isso aí”. Mas sem exageros, é claro. Alguns trechos são sim sensacionais, mas acabam passando batidos. Uma pena.

Donnie Darko em seu papel de cabeça de coelho gay. E eu em meu papel de péssimo piadista.

Se você vai alugar o filme, não alugue pensando em um filme empolgante. Alugue pensando em um filme nada inovador e com um pouquinho de explosões, tiros e prostitutas pra descontrair. Naquelas: Desligue seu cérebro e curta o filme. Quem sabe você goste, porque eu esperei MUITO mais.

Último Harry Potter pode ser dividido ao meio

Cinema segunda-feira, 14 de janeiro de 2008 – 4 comentários

A idéia é simples: Para evitar cortes desnecessários (E assim a revolta dos fãs), o último filme da série Harry Potter pode acabar sendo gravado em duas partes, diminuindo a necessidade de abafar bons momentos da história, mais densa do que nos primeiros livros. A notícia surgiu no tablóide inglês Mail on Sunday e deve ser encarada como boato. De qualquer forma, a medida poderia ser aprovada pelo grande público porque garantiria mais fidelidade á história. Não que arrume o estrago feito pelas adaptações anteriores, verdadeiras carnificinas da história original. De qualquer forma, esperem por pagar dobrado para ver o grande blockbuster que você poderia ver numa vez só.

Harry Potter e as Relíquias da Morte fecha o arco iniciado em Ordem da Fênix, quando a guerra começa e Harry tem de lidar com perdas de entes queridos enquanto tenta derrotar o bruxo das trevas, o purpurinado Valde… Lorde Voldemort. A história é cheia de detalhes e o livro tem 784 páginas na versão em inglês, o que explica a necessidade de dividir o filme em dois ou, se continuar sendo apenas um filme, ser picotado.

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