Um dos membros da equipe de efeitos especiais do novo filme do Batman morreu durante as gravações de uma das cenas do filme.
De acordo com informações divulgadas, ele estava seguindo o Bat-móvel para gravação de uma das cenas, quando o carro em que ele estava perdeu o controle e bateu em uma árvore na estrada.
O nome da vítima ainda não foi divulgado, e nenhum dos atores do filme se pronunciou sobre esse fato. A polícia investiga o incidente.
Olha, só digo que se a policia descobrir algo, não vai fazer muita diferença. As gravações irão continuar, e se eles chiarem, receberão uma visita a noite muito especial…
O filme tem previsão de lançamento em 2008, possivelmente no primeiro semestre
Conforme o companheiro Atillah em seu Manual do Pirata Contemporâneo (leia aqui), Nunca é Tarde para Amar (título saído diretamente do século passado), é mais um exemplo de filme que atende a um nicho específico de mercado: mulheres e tangas.
Veja o porquê num resumo da sinopse: Michelle Pfeiffer (Rosie) é uma mãe moderna que se apaixona pelo jovem ator Adam (Paul Rudd). Sua filha (Saoirse Ronan) é uma adolescente que se apaixona pela primeira vez. O filme retrata os vários papéis da mulher na sociedade, suas conquistas amorosas, os cuidados com a beleza e suas batalhas no mercado de trabalho.
Daí você (no caso, eu) se pergunta o que está fazendo no cinema, até porque ninguém está apontando uma faca em seu pescoço. E o pior, além de ser uma comédia romântica com toques surreais (no filme há a presença da Mãe Natureza, a engraçada comediante inglesa Tracey Ullman, como subconsciente da personagem de Rosie), Nunca é Tarde para Amar parece forçar um discurso contra o preconceito de idade e críticas contra a televisão americana (na novela a lá Malhação, produzida por Rosie, os atores que fazem os adolescentes são todos adultos), no entanto, o roteiro de Amy Herckerling não consegue aprofundar nenhuma das questões.
Se observado que a diretora/roteirista Heckerling tem em sua filmografia filmes como Olha Quem está Falando e As Patricinhas de Beverly Hills, não há muito que se esperar de seriedade e reflexão sobre mulheres namorando homens mais novos, mesmo assim, o filme podia ter um tom menos caricatural e farsesco.
Sortudo o rapaz, hein?
Pelo menos, temos a beleza madura de Michelle Pfeiffer (ainda dando um caldo) e o melhor comediante da atualidade, Paul Rudd (que também está em Ligeiramente Grávidos), que de coadjuvante em diversas comédias, tem sua chance, como a chapliniano Adam, de mostrar que tem o timing da comédia.
Nesta semana entrou em cartaz nos cinemas Hairspray – Em Busca da Fama, refilmagem de um obscuro filme dos anos 80, que agora recebeu um investimento de superprodução e grande elenco. Apesar de se comentar a presença de John Travolta (eterno Tony Manero, de Embalos de Sábado á Noite) que volta aos musicais e ainda interpretando uma mulher (Edna Turnblad, mãe da protagonista), Hairspray é mais uma tentativa de retificar a volta, nesta década, deste gênero tão caro ao cinema americano, os musicais.
“Cantando e dançando com John Tra…, Edna Turnbald!”
Este gênero é o legítimo representante do ame-o ou deixe-o cinematográfico. A maioria das pessoas odeia esta história de uma conversa que daqui a pouco se transforma num dueto, num solo ou numa ópera, no entanto, os musicais possuem apreciadores fanáticos. Tanto isto é verdade que a Broadway possui toda uma estrutura milionária em Nova York somente em função de peças teatrais musicais.
Nos cinemas já foi assim também; nos anos 50 era a época de artistas (atores+cantores+dançarinos) como Gene Kelly e Fred Astaire faturando alto para os grandes estúdios de Hollywood, porém desde os anos 80 (época de Flashdance e Footloose) diminuiu-se em muito a produção de musicais e quase nenhum filme conseguiu ganhar notoriedade. Esporadicamente surgiam filmes como Todos Dizem eu Te Amo de Woody Allen, em 1996.
No entanto, em 2001, o australiano Baz Luhrmann (que já havia flertado com o gênero em Vem Dançar Comigo e Romeu + Julieta, dramas musicados) realizou um verdadeiro musical moderno, sucesso de público e crítica: Moulin Rouge – Amor em Vermelho, o filme tem romance proibido, bons coadjuvantes, uma reconstituição de época brilhante e números musicais originais e releituras de músicas já conhecidas de David Bowie, U2 e Sting. Abaixo o vídeo de uns dos melhores momentos do filme: Elephant Love Medley, com os protagonistas Nicole Kidman e Ewan McGregor.
Após o sucesso de Moulin Rouge houve a consagração de Chicago, que inclusive recebeu o Oscar de melhor filme do ano em 2003. Na verdade, Chicago é um musical mais clássico que Moulin Rouge, tanto pela temática -a busca pela fama a qualquer preço- quanto pelo estilo musical onde músicas soam como diálogos cantados. No elenco, Renée Zellweger, Catherine Zeta-Jones e Richard Gere. No video abaixo Catherine canta All That Jazz.
Assim, os produtores americanos observaram que existia, novamente, uma faixa de mercado a ser trabalhada (isto é dinheiro a ser ganho). Desde então, foram lançados inúmeros musicais, principalmente adaptações de peças da broadway (mais cômodo) como o clássico O Fantasma da ópera, Rent – Os Boêmios, Os Produtores. Além disso, se apostou em dramas com temática musical como 8 Mile – Rua das Ilusões (do rapper Eminem), Ray (biografia de Ray Charles), Johnny & June (biografia de Johnny Cash e June Turner) e O Ritmo de um Sonho (este original sobre um cafetão, Djay, que quer fazer sucesso com suas composições de hip-hop).
A notícia parece velha, mas desta vez é oficial, George Miller (Mad Max, Happy Feet) foi realmente confirmado como o diretor do vindouro filme sobre os maiores heróis da DC Comics.
Ainda não há nenhuma confirmação de elenco, e todos nós esperamos que os boatos bizarros veiculados recentemente não se confirmem, afinal Ben Stiller como Batman e a participação dos Super Gêmeos na pele dos irmãos Jake e Maggie Gyllenhaal seria pior do que todas as atrocidades cometidas por Joel Schumacher em Batman Forever e Batman & Robin juntas.
Ok, talvez não mais que os batmamilos.
Forma de um cowboy veado!
Liga da Justiça será produzido por Doug Mitchell e Barrie M. Osborne (Senhor dos Anéis, Matrix) e o roteiro é de Kieran e Michele Mulroney e é a aposta da Warner para a temporada de verão de 2009. Rezemos!
Esqueça tudo o que você já ouviu falar sobre musicais. Inclusive a parte que eles são chatos e sonolentos e toda a maluquice de estar conversando com um outro personagem – ou sei lá, jogando Mico Sagüi – e de repente jogar tudo pro alto e começar a dançar e sapatear e… e… sei lá, fazer coisas que as pessoas fazem em musicais.
Tenacious D and the Pick of Destiny é o melhor musical que você não viu ainda.
O jovem JB sonha em ser um metal hero, mas suas tentativas são frustradas pela família religiosa. Jables decide então fugir da casa de seus pais que acham que rock é coisa do capeta e seguindo uma profecia de Ronnie James Dio – sim, é o mesmo Dio que você está pensando – ele parte em busca de uma parceria infernal.
Chegando a California, logo de cara ele encontra Kyle Gass, que viria a se tornar seu parceiro no Tenacious D, mas não sem antes tirar com a cara do nosso camarada. Tudo isso é só enrolação, já que o que interessa mesmo é a Palheta do Destino. A Palheta, segundo uma lenda ancestral é uma parte do corpo do próprio demônio e já passou de mão em mão de cada astro do rock que conhecemos e hoje se encontra muito bem guardada no Museu do Rock. JB e Kyle partem então em busca da palheta, que lhes trará sucesso, groupies e quem sabe um ou dois discos de platina. O que eles não contavam era que o próprio capeta viria buscar a parte que faltava de seu corpo.
E quem é o capeta?
I’M THE DEVIL, I CAN DO WHAT I WANT!!!
Sim, Dave Grohl! Lógico que você só vai reparar isso quando ver o nome dele nos créditos, mas ele faz algumas performances na bateria e na guitarra durante um desafio imposto pelo Tenacious D.
Com participações especiais (além de Dio e Grohl) de Meat Loaf, Ben Stiller, Tim Robbins e Amy Poehler, Tenacious D é um filme engraçadissimo, que com duas ou três músicas já faz rir mais que muita comédiazinha pretensiosa por aí.
O filme foi lançado direto pra DVD no mês passada com o nome de Tenacious D – Uma Dupla Infernal.
Não se deixe levar pela tradução hedionda e aluga logo, véi. Tá esperando o que?
Tropa de Elite, filme nacional de José Padilha (do documentário Ônibus 174), que vem sendo notícia desde que o filme vazou e começou a ser comercializado nas ruas e na internet, tem seu trailer oficial divulgado pela distribuidora Paramount. No filme, os policiais Neto (Caio Junqueira) e Matias (André Ramiro) entram no Batalhão de Operações Especiais (Bope), cujos oficiais são tidos como incorruptíveis e bem-treinados, mas que torturam os suspeitos para obter informações e depois os matam. Ambos são comandados pelo estressado capitão Nascimento, personagem de Wagner Moura.
Tropa de Elite abre hoje (20/09) o Festival do Rio e entra em cartaz em todo Brasil dia 12/10. Por curiosidade eu assisti a cópia pirata (que seria uma versão criada para mandar a festivais, não sendo a versão final) e posso dizer que Tropa de Elite é um filme do c…, excelente, um dos melhores que assisti este ano, com certeza vou conferí-lo nos cinemas quando estreiar para ver a versão final de Padilha.
A notícia é velha – o primeiro post é de 24.08 – mas a idéia é genial. Se você é estudante de cinema, gosta do trabalho do Meirelles ou se simplesmente é curioso mesmo, devia acompanhar o blog que ele criou com o dia a dia das gravações de Blindness, filme baseado no livro Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago.
O intervalo entre os posts é grande (afinal, se você que é vagabundo já não atualiza seu blog, imagina o cara que tá rodando um filme?), mas traz historias bem legais como a gravação de algumas cenas e o jeito como o roteiro foi parar nas mãos dele.
Blindness, estréia em 2008 e tem no elenco Juliane Moore, Mark Ruffalo, Danny Glover, Gael Garcia Bernal, Sandra Oh, Antonio Abujamra e Alice Braga.
Se você tem grana de sobra e gosta do Will Ferrell, pode acabar aparecendo num filme do cara ano que vem. Will Ferrell está leiloando na internet uma ponta no seu novo projeto “Step Brothers”.
O valor arrecadado no leilão será destinado á fundação Cancer for College, que como o nome já diz distribui bolsas de estudo a jovens que tiveram ou tem câncer.
Step Brothers será estrelado por Will Ferrell e Adam McKay e conta a história (besta) de dois caras mimados que passam a viver como irmãos quando seus pais se casam. Em todo caso é um filme do Will Ferrell e é bem provável que você dê algumas boas risadas. O leilão vai até o dia 26.09 e o vencedor será anunciado no dia seguinte.
Quer ser meu amigo?
Eu proponho que nós façamos uma vaquinha pra participar dessa boiada. Alem de ajudar as pessoas que tem câncer ainda forçamos eles a incluir uma cena de arrastão no filme pra que todos nós possamos atuar.
Os anos passam, mas ainda somos fascinados pela mente doentia de um serial killer. Em INSTINTO SECRETO, este tema é abordado de uma maneira inusitada, através de um alter-ego, a lá O Médico e o Monstro, clássico da literatura inglesa. No filme, Kevin Costner é Earl Brooks, é um empresário respeitado, inclusive na primeira cena aparece recebendo um prêmio, casado e pai de família, um verdadeiro exemplo na sociedade. No entanto, ele é um assassino que age há anos, apelidado pela imprensa como Assassino das Digitais, no filme representado pela porção psicopata de Brooks, Marshall (William Hurt, se divertindo muito).
O roteiro cria uma dinâmica na qual Brooks fala com Marshall diretamente mesmo havendo outros personagens em cena que, obviamente, não lhe escutam, no início pode parecer confuso, mas acostuma-se. Na verdade, o grande mérito de INSTINTO SECRETO é a química entre Costner e Hurt, os diálogos são recheados de humor, sarcasmo e cumplicidade, sendo Marshall quem impulsiona Brooks para seu instinto assassino. Marshall parece aquele diabinho do imaginário popular que fica no ombro assoprando no ouvido para sermos maus.
Esta química é valiosa ao filme porque o trama em si é irregular, Brooks é fotografado matando um casal e o fotógrafo pede para participar do próximo assassinato de Brooks, enquanto isso, uma policial que persegue o Assassino das Digitais é atormentada pelo ex-marido na separação e um assassino preso por ela foge em busca de vingança. Como vocês podem ver há muitas subtramas em INSTINTO SECRETO, isso que nem comentei que a filha de Brooks também possui a sua, no entanto a única funcional é a esquizofrenia de Brooks.
Dupla dinâmica
A policial que investiga os assassinatos é Demi Moore (ainda, hot, hot, hot), fazendo a linha policial fodona que masca chiclete e usa óculos escuros, porém sua personagem é tão mal trabalhada pelo roteiro e pela própria atriz (somente faz cara de durona) que chega a constranger. Assim, a dinâmica do filme, mesmo os roteiristas conseguindo criar um vínculo em tudo o que acontece, acaba pendendo para o fascínio por Brooks/Marshall, novamente outro caso onde torcermos para assassino se dar bem, como ocorrem diversos filmes do gênero.
Para quem gosta da temática fica uma dica, o seriado americano Dexter, exibido aqui dublado pelo canal Fox (mesmo assim vale a pena ou mesmo baixá-lo na internet), é uma das melhores séries do momento, apresenta um serial killer que controla seus ímpetos homicidas, treinado desde jovem pelo pai policial, assassinando somente outros assassinos foragidos da lei. O seriado inicia sua segunda temporada nos EUA no final de setembro. Veja um promo do seriado:
Assistir O VIGARISTA DO ANO, de Lasse Hallström (diretor dos dramas Regras da Vida e Chegadas e Partidas), após conhecer a vida de Howard Hughes mostrada na cineobiografia O Aviador (se você não viu veja!), de Martin Scorsese, é muito prático, pois este estranho milionário recluso, que no filme aparece somente em imagens e fotos de arquivo, é um dos envolvidos no golpe do escritor Clifford Irving (Richard Gere, canastrão na medida certa) e seu parceiro Richard Suskind (impagável Alfred Molina, de Homem-Aranha 2), que resolvem escrever uma biografia autorizada de Hughes, sem o mesmo saber, apresentando para uma editora como se fosse o livro do século.
Com roteiro de William Wheeler baseado no livro de Clifford Irving (este verdadeiro a princípio), O VIGARISTA DO ANO começa como uma comédia espirituosa sobre golpistas, assim como ocorria em Prenda-me se For Capaz, de Steven Spielberg. No entanto, quando figuras como Richard Nixon, na época presidente dos EUA, começam a ser citados na trama o filme modifica o tom e começa e se levar a sério demais. A participação do elenco feminino, principalmente os amores de Clifford, não são muito bem trabalhados, apesar das excelentes atrizes Márcia Gay Harden e Julie Delpy.
Ambientado nos anos 70, com uma ótima reconstituição de época (tanto dos cenários e figurinos quanto a trilha sonora), O VIGARISTA DO ANO utiliza o carisma da dupla Gere e Molina para torcermos pelos malandros nas mais inusitadas peripécias tentando construir a biografia de Hughes e provar que ela é real para a editora, obviamente, em troca de um pomposo cheque. Mesmo sendo baseado em fatos reais há algumas situações no filme que facilitam demais a vida dos protagonistas, o tornando inverossímil em algumas seqüências.
Um milagre, Gere atuando bem
A direção de Lasse Hallström está inspirada, finalmente o diretor conseguiu aliar uma narrativa mais comercial com toques de cinema autoral, claramente deixando de ser chato. Em O VIGARISTA DO ANO, Hallström cria planos inteligentes como os olhos inquisidores de Hughes sobre Clifford num determinado momento, ou mesmo quando Clifford, cascateiro como ele só, conta suas aventuras para encontrar Hughes, onde vemos os fatos reais acontecidos e o que o personagem está contando sobrepostos.