Devido aos inúmeros pedidos dos editores do site e dos fãs da coluna – óbvio, é mentira, eu que acabei esquecendo de citar os filmes abaixo – resolvi fazer um novo capítulo desta saga sobre os blockbusters deste ano.
Hancock
A Trama: O super-herói John Hancock (Will Smith) é alcoólatra, mulherengo, desastrado e tem superpoderes que só o levaram a cometer absurdos e desastres. Tentando melhorar sua imagem, Hancock cai em uma cidade balneário e começa a namorar uma dona de casa (Charlize Theron), cujo marido é salvo pelo herói e decide ser seu relações-públicas. Previsão de estréia para 04/07.
Expectativa – Mediana: O poder de fogo do ator – também, produtor – Will Smith tem sido testado há alguns filmes, com vantagem para o astro que é um dos grandes destaques dos últimos anos (ultimamente, carregando filmes nas costas, graças ao seu talento e carisma inconstestáveis). Aqui, Smith volta ao gênero de origem, as comédias, acrescida de incontáveis efeitos especiais devido a trama de super-heróis. De repente pode ser uma surpresa nesta temporada de blockbusters.
Trailer:
Kung-Fu Panda
A Trama: O panda Po é fã de kung fu e um preguiçoso trabalhador da loja de macarrão de sua família. Inesperadamente, ele é apontado como “o Escolhido” para salvar o Vale da Paz das garras do temido leopardo das neves, Tai Lung. Estudando ao lado de seus heróis, os lendários “Furious Five” – sob a liderança do Mestre Shifu -, Po tem de superar suas dificuldades e seu tamanho para não colocar a profecia a perder. Previsão de estréia para 04/07.
Expectativa – Mediana: Apesar de estar cansado das inúmeras animações com animais falantes, o trailer e o enredo de Kung-Fu Panda chamam a atenção, principalmente por se tratar de uma produção do estúdio DreamWorks (de Shrek e Madagascar). Notem como a comédia possui um tom bem exagerado e farsesco. Para aumentar a diversão, quem assistir o filme legendado escutará as vozes de Jack Black, Dustin Hoffman, Angelina Jolie, Jackie Chan e Lucy Liu.
Trailer:
Batman – O Cavaleiro das Trevas
A Trama: Batman consolida sua luta contra o crime e, com a ajuda do Tenente Jim Gordon e do promotor Harvey Dent, acaba com diversas organizações criminosas de Gotham City. A parceria se mostra eficaz, mas eles logo se deparam com um reino de caos que aterroriza a cidade, gerado pelo genial criminoso conhecido como O Coringa. Previsão de estréia para 18/07.
Expectativa – Altíssima: Além de voltar a ser dirigido pelo excelente diretor Christopher Nolan, Batman volta a apresentar um grande elenco para uma produção do gênero (voltam todos do filme anterior, com exceção da chatinha Katie “Sra. Cruise” Holmes, substituída pela ótima Maggie Gyllenhaal). Mas as perguntas que não querem calar são: como se saiu Heath Ledger – recém falecido – no papel alucinado de Coringa (tão bem representado pelo inesquecível Jack Nicholson)? E sua morte prematura funcionará de que maneira para a publicidade do filme?
Trailer:
Hellboy II: O Exército Dourado
A Trama: O mundo mítico começa uma rebelião contra a humanidade pelo poder na Terra. Hellboy e seu time voltam para salvar o mundo das criaturas rebeldes e os habitantes da esfera espiritual se unem para contra-atacar o plano humano. A solução permanece nas mãos do único capaz de salvar os dois mundos, mesmo sendo rejeitados por ambos. Previsão de estréia para 05/09.
Expectativa – Positiva: Sem nenhum grande alarde por parte da mídia o primeiro filme de Hellboy, sob a direção de Guillermo Del Toro – aqui dirigindo novamente – se mostrou uma das melhores adaptações de HQs para a telona. Agora, com orçamento maior, que pode ser observado nos detalhes da produção e maquiagem. Outra promessa que pode vingar nesta estação.
Antes que a coluna se transforme numa cinessérie sem fim, vou terminar como uma clássica TRILOGIA este especial citando os filmes que devem dominar os cinemas nestes próximos meses. Para terminar, três adaptações de séries televisivas para a telona e outra continuação.
Arquivo X: I want to Believe
A Trama: Não divulgada. Sabe-se apenas que é uma história independente que levará a relação entre os agentes Fox Mulder e Danna Scully a direções inesperadas. Previsão de estréia 25/07.
Expectativa – Nas Alturas: O que você esperava de um fanático pela série? Estou contando os dias para a estréia do filme, a oportunidade de ver os dois personagens tão queridos para os fãs, Mulder e Scully, e descobrir o que ocorreu desde o término da série (há mais de cinco anos). Quem sabe o sucesso do filme não dá uma empurradinha na carreira vacilante do criador – aqui diretor e co-roteirista – Chris Carter?
Trailer: Lamento pelo trailer, mas ainda não houve nenhum oficialmente, fiquem com este pequeno preview gravado dentro de um cinema.
Sex and The City
A Trama: Quatro jovens, desejáveis e cheias de desejo. Amigas inseparáveis na selva urbana de Nova York, trocando confidências sobre seus confusos relacionamentos sempre em mutação, tão diferentes quanto suas naturezas. Descubra o que aconteceu com Carrie, Samantha, Charlotte e Miranda, quatro anos depois do episódio final da série de sucesso. Previsão de estréia 06/06.
Expectativa – Positiva: Sempre me diverti com as aventuras sexuais e profissionais das quatro amigas em Nova York, principalmente por ser uma série sem censura. Claro que lançá-las em pleno verão americano tem como meta atingir o público feminino (alguém lembra do sucesso de O Diabo Veste Prada?), nesta época da lançamentos quase que exclusivamente para jovens e homens. Acredito que será bastante divertido.
Trailer:
Agente 86
A Trama: De acordo com o diretor Peter Segal, a K.A.O.S está chantageando os Estados Unidos, ameaçando vender códigos de ativação de armas nucleares espalhadas pelo país aos terroristas. “Max (personagem de Carell) tem que descobrir onde estas armas estão e desarmá-las”, disse Segal. Esta será a primeira missão de Max, que acaba de se tornar um agente especial da C.O.N.T.R.O.L.E. e está sob a tutela da agente 99, personagem de Hathaway. Previsão de estréia 20/06.
Expectativa – Média: Filme chave para a carreira cinematográfica do talentoso comediante Steve Carell (do ótimo Virgem de 40 e do fraquinho A Volta do Todo Poderoso), pelo trailer o filme parace ser bastante engraçado combinando a trama farsesca com o jeito atrapalhado de Carell. Como colírio ainda temos Anne Hathaway no elenco.
Trailer:
A Múmia 3
A Trama: Desta vez, Rick O’Connell, o aventureiro interpretado por Fraser, terá que interromper os planos de dominação mundial do Imperador Qin Shihuang, que espera o momento de acordar seu vasto exército, os famosos Guerreiros de Xian, transformados em terracota por uma maldição secular. Previsão de estréia 15/08.
Expectativa – Baixa: Num ano onde temos o grande homenageado (copiado) desta cinessérie (Indiana Jones) me parece um desperdício de elenco e trama, acho que os personagens já deram o que tinham que dar. Tanto isto é verdade que a belíssima Rachel Weizs pulou fora da produção e em seu lugar escalaram Maria Bello, como partner de Brendan Fraser. Quem sabe o trama centrada no Oriente, com a entrada dos astros chineses Jet Li e Michelle Yeoh, ainda possa divertir mas…
Pôster: Como ainda não houve um trailer oficial, fiquem com o primeiro pôster.
Retomando a pauta da semana passada, os filmes blockbusters deste ano, mais precisamente, do nosso inverno – verão americano. Hoje, cito, comento e deixo um vídeo de mais 4 filmes que devem estourar – positivamente ou negativamente – nas bilheterias daqui algumas semanas ou meses.
O Incrível Hulk
Trama: Neste filme, o cientista Bruce Banner está vivendo nas sombras, varrendo o planeta em busca de um antídoto. Mas os fomentadores da guerra que sonham em abusar de seus poderes não o deixarão em paz, assim como sua necessidade de estar com a única mulher que ele já amou, Betty Ross. Em seu retorno á civilização, nosso brilhante doutor é brutalmente perseguido pelo Abominável – uma fera apavorante de pura adrenalina e agressão cujos poderes se equivalem ao do Hulk. Uma batalha de proporções somente vistas nos quadrinhos acontece enquanto Banner precisa chamar o herói dentro de si para salvar Nova York da destruição total. Estréia de 13 de junho.
Expectativa: Baixa – reiniciar Hulk após o fracasso do filme anterior de Ang Lee era necessário, no entanto, sua história nunca me empolgou, muito menos os exageros técnicos permitidos atualmente; ou alguém não achou extremamente artificial a criatura Hulk na telona? Pode ser que o diretor Louis Leterrier (de Carga Explosiva), dê atenção exclusiva ás sequências de ação deixando o filme mais dinâmico. Pelo menos o nível do elenco continua alto, saem Eric Bana e Jennifer Connoly entram Edward Norton (sempre excelente intérprete) e a bonitinha Liv Tyler.
Trailer:
Fim dos Tempos
Trama: O filme mostra uma crise ambiental cataclismática, crise de larga escala que força a humanidade a combater a natureza para sobreviver. Um força ou vírus estaria fazendo a população enlouquecer e cometer suícidio. Wahlberg será Elliot Moore, um professor de ciências que tenta proteger os seus filhos da fúria da natureza. Estréia dia 13 de junho.
Expectativa: Alta – posso ser um dos poucos que ainda acreditam no talento de Shyamalan (isto que tenho ressalvas quanto a Dama na Ígua), mas a maneira como o diretor conduz suas tramas me empolgam pela construção de um clima tenso e personagens sempre no limite. Em Fim dos Tempos, o diretor parece voltar aos eventos extraordinários que, normalmente, sempre conduzem suas tramas (vide o ataque alienígena em Sinais, a descoberta de super poderes em Corpo Fechado, entre outros), vejam o trailer!
Trailer:
O Procurado
Trama: O fracassado Wesley Gibson descobre ser herdeiro de um dos mais poderosos supervilões do planeta, misteriosamente assassinado. Então ele é recrutado para substituir o pai na organização secreta de assassinos da qual ele fazia parte antes de ser morto. Estréia dia 11 de julho.
Expectativa: Baixa – outra adaptação de HQs, que eu desconhecia. Na verdade, parece ser somente um veículo para Angelina Jolie pegar em armas, assim como aconteceu em Sr. e Sra. Smith. Pelo menos, o trailer promete diversão e, ainda, no elenco, James McAvoy (Desejo e Reparação) e Morgan Freeman.
Trailer:
Wall-E
Trama: Em um futuro pós-apocalíptico, os humanos destruiram a terra e não existem mais. Os protagonistas são os Wall-E, robôs desenhados para limpar o lixo deixado na superfície da Terra. Essas máquinas, no entanto, não deram conta da tarefa e começaram a pifar lentamente, até que apenas um robô restou. É ele o protagonista, Wall-E. O nome é na verdade a sigla para Waste Allocation Load Lifters – Earth (“Levantadores de Cargas Desnecessárias da Terra”). Todos os dias ele executa sua rotina de catar o lixo que encontra pela frente a fim de cumprir a (impossível) tarefa de juntar todo o lixo que existe no planeta. A única ajuda que ele recebe é a de Spot, sua barata de estimação.
Expectativa: Alta – longas-metragens da Pixar são programas obrigatórios a cada ano. Depois do fantástico Ratatouille, o diretor Andrew Stanton (de Procurando Nemo) cria um universo fantástico e o filme parece querer adotar um estilo que foge completamente do habitual: as criaturas não falam em cena, lembrando os antigos filmes mudos. Promete!
Trailer:
Próxima coluna: Batman – o Cavaleiro das Trevas, Múmia 3, Agente 86 e, para as mulheres, Sex and The City.
Nesta época de pós-ressaca do Oscar, normalmente os cinemas ficam cheios de filmes insignificantes (sobras do ano passado e os poucos lançamentos deste ano) e raros são os que se salvam, como por exemplo o suspense espanhol O Orfanato, sempre restritos em um pequeno circuito. Assim sendo, resolvi iniciar, um mês antes, um dôssie com os principais blockbusters desta temporada. Claro que alguns ficarão de fora, tanto que vou dividí-los em duas colunas. Por ordem de estréia nos cinemas nacionais:
Homem de Ferro
Trama: á primeira vista poderíamos pensar que Tony Stark é apenas um playboy bilionário e alcóolatra. No entanto, sob esta aparência esconde-se o Homem de Ferro, um herói capaz de enfrentar o mal espalhado pelo mundo. Estréia prevista para 30/04.
Expectativa: Alta – Abrindo as cortinas dos blockbusters deste ano, a esperada adaptação dos quadrinhos da Marvel que vem rendendo há anos boatos e notícias (até Tom Cruise esteve envolvido com o projeto). Finalmente chegando a telona tem em seu elenco um dos grandes atrativos: Robert Downey Jr. no trailer já aparece roubando as cenas, além dele, Gwyneth Paltrow, Jeff Bridges, Samuel L. Jackson, entre outros.
A produção parece fiel ao estilo do personagem, somente não pode cair nos mesmos erros de outras produções do gênero: cenas de ação sem função na trama e personagens em excesso ou mal desenvolvidos. No mais, Jon Favreau, mais conhecido como ator, parece ser um diretor aplicado – quem sabe não consegue surpreender? Com certeza uma chance única para o eterno rehab Downey Jr. chegar novamente ao primeiro time de Hollywood, talento para isto ele tem!
Trailer:
Speed Racer
Trama: Speed Racer é um jovem que sonha em se tornar campeão mundial de automobilismo. Para isso, ele compete em perigosas corridas com seu carro Mach 5, equipado com a mais alta tecnologia. Estréia prevista para 09/05.
Expectativa: Média – Como não sou muito fã da animação na qual o filme se baseia, me resta torcer para que o retorno dos irmãos Wachowsky (sim, os mesmos da trilogia Matrix, encostados desde então), seja, no mínimo, alucinante.
No entanto, sou obrigado a confessar que o trailer me desanimou um pouco, a ambientação (estilizadas demais) e as cenas de corrida – que deveriam ser o forte do filme – me pareceram muito artificiais, como se fossem de um jogo de videogame. Espero estar enganado, até porque o elenco é excelente: temos Emile Hirsch (Na Natureza Selvagem), Christina Ricci, Susan Sarandon, John Goodman e Matthew “Jack de Lost” Fox.
Trailer:
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal
Trama: Desta vez, o arqueólogo interpretado por Harrison Ford começa uma busca da caveira de cristal, uma raridade que possui poderes perigosos. As caveiras de cristal são caveiras alienígenas escondidas sob as pirâmides Maias e Astecas, e podem decolar revelando ser na verdade ovnis. No filme, Cate vai interpretar uma vilã. Ela vai disputar com Indiana Jones uma caveira valiosa. Estréia prevista 22/05.
Expectativa: Nas Alturas – Me desculpem os mais novos, mas fui criado com as exibições á exaustão das aventuras de Indiana Jones quando criança. A palavra perfeita para definí-lo é matiné. Sim, é um filme pipoca para toda família, misto de aventura e comédia, com direito a um mocinho que utiliza chicote e ainda é um professor de História.
Para quem é fã de cinema a história é ainda mais surpreendente. Imagine reunir, novamente, Spielberg, George Lucas e Harrison Ford quase vinte anos depois da última aventura de Indiana. Claro que para dividir a adrenalina com Ford (já sessentão), o roteiro cria um novo jovem herói, o astro em ascenção, Shia LeBeouf (de Transformers). Além dele, ainda a excelente atriz Cate Blanchett. Somente faltou o velho Sean Connery como o papai Indiana Jones.
Trailer:
As Crônicas de Nárnia: Princípe Caspian
Trama: Um ano depois dos acontecimentos de “O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa“, os reis e rainhas de Nárnia se vêem de volta ao longínquo e maravilhoso reino e descobrem que mais de 1.300 anos narnianos se passaram. Durante sua ausência, a Era de Ouro de Nárnia foi extinta, Nárnia foi conquistada pelos Telmarines e agora está sob o domínio do maligno rei Miraz, que governa impiedoso a terra. As quatro crianças logo encontram um novo e intrigante personagem: o herdeiro legítimo do trono de Nárnia, o jovem Príncipe Caspian, que foi forçado a ficar escondido enquanto seu tio Miraz planeja matá-lo para dar o trono a seu filho recém-nascido. Com a ajuda de um gentil duende, de um corajoso rato falante chamado Reepicheep, de um texugo chamado Trufflehunter e do Duende Negro Nikabrik, os narnianos, liderados pelos poderosos cavaleiros Peter e Caspian, embarcam em uma fantástica jornada para encontrar Aslan, retirar Nárnia do domínio tirânico de Miraz e restaurar a magia e a glória da terra. Estréia prevista 30/05.
Expectativa: Baixa – Sinceramente, o primeiro Crônicas é tão chatinho e infantil (tanto que até o trailer é dublado) que não estou nem um pouco interessado em ver esta nova adaptação da obra de C.S. Lewis. Claro que os efeitos são de encher os olhos, mas quais produções atualmente não conseguem isto? Me interessa ver um filme que possui um tom épico cheio de referências religiosas; mostrar uma trama mais consistente e adulta para, pelo menos, entreter a todos.
Trailer:
Na próxima semana:O Incrível Hulk, Fim dos Tempos, Wall-E, Agente 86, Batman – O Cavaleiro das Trevas e muitos outros.
Épico, no sentido cinematográfico, é um gênero que retrata contos de grandes heróis, onde todo seu centro se baseia em apenas um personagem principal ou de um povo.
Com o sucesso recente de filmes como Coração Valente e Gladiador, o gênero que atingiu seu auge nos anos 50 com produções como Spartacus e Ben-Hur, viu com o melhoramento dos efeitos especiais uma oportunidade de unir eventos grandiosos (históricos ou fantásticos) com seqüências de ação, gerando um blockbuster com mais conteúdo – a princípio.
No entanto, para mim, mesmo estes filmes recentes apontados acima esbarram num problema difícil de ser superado, a chatice. É difícil explicar, mas este gênero é extremamente repetitivo construído sobre uma trama didática e correta demais (isto quando os fatos relatados são reais). Temos um mocinho ou anti-herói ás voltas contra um vilão ou o sistema e, nesse meio, temos perdas, romances e família. Pode parecer que estou generalizando, porém, os épicos estão no mesmo patamar que as comédias românticas quando se trata de clichês.
Um dos prováveis motivos disto seja o custo destas produções, normalmente contando com atores reconhecidos, produção grandiosa e efeitos de primeira. Assim, para uma maior aceitação do grande público, se abre mão de uma pesquisa e criação mais particular para narrar os eventos do filme de uma maneira mais convencional e com uma dose generosa de ação e batalhas.
Acompanhem meu pensamento e vejam se não tenho razão. Além dos dois filmes citados acima, quais dos filmes abaixo você gostou?
*Tróia
*O Patriota
*O Último Samurai
*300
*Alexandre
*Apocalypto
*Cruzadas
*Rei Arthur
*O 13º Guerreiro
*Atilah, o Huno
*Desbravadores (recentemente lançado em dvd)
*10000 aC (nos cinemas)
Sinceramente, nenhum me empolgou como entretenimento e, muito menos como filmaço. Além disso, numa discussão mais aprofundada, os furos históricos das tramas são de envergonhar alunos do ensino médio.
Claro que o ápice desses filmes são as cenas de batalhas entre os exércitos que com certeza fascinam os fãs de cenas de ação e, sem dúvida, são de tirar o fôlego, além de terem um visual incrível. Mas, é muito pouco para um gênero tão fortemente enraizado na cultura cinematográfica com inúmeros sucessos de público e crítica.
Alguém mais observou que nestes últimos anos houve uma verdadeira invasão de filmes com a singular frase na abertura “baseados em fatos reais”? Daqui há alguns anos até poderemos classificá-los como um gênero próprio, tamanha a oferta de filmes com este rótulo.
O segredo é simples: filmes com este tema abordam histórias humanas, personagens carismáticos e/ou fascinantes (para o bem ou para o mal), normalmente lacrimejantes, que enaltecem o espírito humano frente ás dificuldades extremas ou cotidianas.
A maioria dos filmes são dramas como Meninos Não Choram, que rendeu o Oscar de melhor atriz para Hillary Swank, que relatava a história de uma garota, Teena Brandon, que se comportava e vestia como um garoto, adotando o nome de Brandon Teena. Outros exemplos, seriam os filmes que, também, renderam Oscar para Julia Roberts, Erin Brockovich, e mais recente, Marion Cottilard, Piaf – Um Hino ao Amor.
Ainda na categoria de dramas há diversos filmes que relatam a vida de personagens exóticos como artistas (Amadeus), cantores (Johnny & June e lendas do cinema (strong>Ed Wood). Notem que para quem quiser ser o vencedor do Oscar esta fórmula é uma excelente dica.
Mas, mais do que filmes históricos e de personagens dramáticos, ainda sobram abordagens diferentes destas regras. Por exemplo, O Exorcismo de Emily Rose, que é um excelente suspense, principalmente pelo confronto da religião com a ciência, é baseado na história verídica de Anneliese Michel, uma jovem alemã que passou pela mesma situação de Emily Rose nos anos 70.
Seguindo uma linha mais conspiratória, os suspenses Munique, de Steven Spielberg, sobre os desdobramentos do atentado contra os judeus nas Olímpiadas em setembro de 72; ou mesmo, no mais recente, historicamente falando, O Informante, com Al Pacino e Russell Crowe, num filmaço sobre os bastidores de uma reportagem denunciando a indústria tabagista – imperdível se você não assistiu.
Mas nem só de história ou personagens densos vivem os filmes baseados em fatos reais. Um exemplo fácil de citar é o divertido e bem produzido Prenda-me se For Capaz, que mostrava história de um criminoso (o jovem Frank Abgnale Jr.), mestre em disfarces, que acaba se tornando consultor do FBI depois de ser um dos crimonisos mais procurados do EUA.
Um dos campeões de presença nestes filmes é Denzel Washington; temos desde o recente Gângster a Malcolm X e Hurricane, ambos figuras históricas; e no esportivo Duelo de Titãs.
O que faz esta fórmula cansar (mesmo que ainda seja um sucesso absoluto junto ao público) é sua falta de originalidade. Normalmente estes filmes são realizados para televisão – com exceção de uma minoria – e possuem uma estrutura de roteiro passional, exagerada e nada inovadora (a grande maioria, pra deixar bem claro).
Uma das reclamações da safra deste Oscar, segundo alguns críticos, seriam os finais em aberto dos filmes, onde não há notadamente um clímax, prática usual, mas sim um simples “fechar cortinas” sem chamar muito a atenção. Assim ocorre com o vencedor do Oscar de melhor filme Onde os Fracos Não Têm Vez. Ou mesmo um final amargo sem dar possibilidade de redenção ou mesmo um sentimento de felicidade para os personagens retratados no filme.
Para mim, que trabalhei em videolocadora, sinto que as pessoas necessitam de um final “redodinho”, de preferência bem feliz, como um conto de fadas. Poucas pessoas acham que um filme possa ser encarado como “assim é a vida”, podendo terminar de forma ruim. Num ponto as pessoas têm razão (e os produtores hollywoodianos sabem disso): finais surpresas marcam um filme, para o bem, mesmo que o filme não seja aquela maravilha e, obivamente, finais felizes também.
Os finais surpresas, uma verdadeira febre nestes últimos dez anos, são reconhecidamente um “salva filmes”. Se o filme não está lá grandes coisas, conta com uma trama de suspense ou mistério, é só encaixar uma revelação final ou reviravolta na trama que pronto, o filme vai conseguir seu espaço na memória coletiva das pessoas. Acredito que a grande referência desta década seja o final de O Sexto Sentido, excelente drama com suspense, que como um conto de fantasmas, surpreende simplesmente por dificilmente observarmos o que estamos assistindo; somos pegos de surpresa (positivamente). Outro exemplo poderia ser a caminhada final de Kevin Spacey em Os Suspeitos (só quem assistiu o filme sabe do que eu estou falando), ótimo suspense de Bryan Singer. Mas levante a mão quem nunca teve o prazer de contar o final de um filme de propósito para estragar a surpresa de uma outra pessoa?
Sinceramente, finais felizes me enjoam, são boring, acho-os previsíveis e dependem única e exclusivamente do meu humor. A trama e os personagens têm que ser muito divertidos, interessantes ou terem um tempero especial para me agradar. Para não dizerem que sou xarope de carteirinha posso citar a recente comédia romântica Ligeiramente Grávidos como um filme com final feliz (e previsível), mas nem por isto deixa de ser um filme com personagens engraçados e situações cômicas.
Porém, nada me agrada mais do que um evento único e inesperado para fechar um filme, e isto não significa que precisa ser um dramalhão como o lacriminoso (e antigo) Tarde Demais para Esquecer, na cena em que Cary Grant descobre que Deborah Kerr está paralítica; pode ser um filme de ação, Thelma & Louise, com as atrizes se jogando no Grand Canyon; um épico, O Poderoso Chefão III, na cena em que Sofia Coppola (que deixou de ser atriz depois deste filme e, hoje, é uma excelente diretora) é morta nas escadarias do Teatro é deslumbrante; ou mesmo um filme de terror, O Bêbe de Rosemary, na aterradora cena em que Rosemary embala o berço do bebê-diabo.
Mesmo citando estes exemplos, quero deixar bem claro que o the end do filme não necessita ser um evento extraordinário para o mesmo virar um ícone; acho que o filme tem que seguir uma linha de raciocínio que nasce lá na introdução do mesmo. Não adianta chutar o pau da barraca na cena final achando que o filme vai prestar se não há uma coerência na trama (e olhe que isto acontece bastante, finais reviravoltas são os campeões de furos na lógica da trama para tentar ludibriar o público).
Entra mês sai mês, me desespero com as atitudes de algumas distribuidoras (Europa Filmes, Warner e Sony, principalmente), que verdadeiramente ESCONDEM seus lançamentos no mínimo interessantes para exibirem filmes toscos e grotescos como o recente exemplo Os Espartalhões, enquanto filmes como Valente (drama policial com Jodie Foster, da Warner) ou á Prova de Morte (ação de Tarantino, filme co-irmão de Planeta do Terror, da Europa Filmes), acabam sendo lançados diretamente em dvd (Valente) ou “sabe-se lá quando!”, isto é, com um atraso inacreditável (á Prova de Morte).
Claro que a questão não é tão simples; alguns filmes na verdade não possuem distribuição acertada no Brasil. A compra de filmes estrangeiros por distribuidoras independentes (Europa, Imagem, PlayArte) se dá um feiras paralelas á grandes festivais de cinema, como Cannes, por exemplo. No entanto, no caso de filmes com distribuidora acertada, o mínimo que posso pensar é em estratégia equivocada, para não dizer burra.
Imaginem para os fãs de Donnie Darko (no qual eu me incluo), recente candidato a cult, saber que seu diretor, Richard Kelly, dirigiu e roteirizou um novo filme, Southland Tales, com uma trama tão absurda e complexa quanto á de seu filme anterior. Pois bem! Isto aconteceu ano passado nos Eua, depois de alguns adiamentos (parece que o estúdio viu que o filme era complicado demais para um público abrangente ou mesmo muito ruim). No entanto, a distribuidora brasileira, no caso, a própria americana Universal, achou melhor não perder seu rico tempo; muito menos seu rico dinheiro distribuindo os filmes nos cinemas. Seu lançamento será diretamente em dvd para maio (dia 14).
Para quem se interessou, a trama de Southland Tales – Fim do Universo é a seguinte: “Los Angeles, 2008. Durante comemoração do Dia da Independência, o prenúncio de um desatre social, econômico e ambiental cruza as vidas de três pessoas: um astro de filmes de ação com amnésia, uma atriz pornô prestes a estrelar seu próprio reality show e um policial que pode desvendar uma grande conspiração”. Se você achou isto pouco, dê uma lida no elenco E-C-L-É-T-I-C-O, para não dizer outra coisa: Sarah Michelle Gellar (a Buffy da série televisiva), Dwayne “The Rock” Jonhson (nem preciso comentar), Sean William Scott (o Stifler de American Pie), Justin Timberlake (cantor), Mandy Moore (cantora… e atriz), Cheri Oteri (comediante televisiva) e Miranda Richardson (execelente atriz veterana de filmes como A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça). Que mistura, hein?
Outro exemplo de filme que não se sabe por onde anda nem se possui distribuidora nacional é Half Nelson. Você dificilmente deve saber de que filme estou falando, mas o drama ganhou mídia graças á indicação de Ryan Gosling (visto recentemente em Um Crime de Mestre, um dos melhores atores de sua geração) ao Oscar no ano passado. Passado o burburinho do Oscar e seus indicados, se passou um ano e nada do filme. Lamento porque o filme, independente e de pequeno porte, conta uma história bastante interessante e bem defendida pela dupla de protagonistas. Na trama, um professor de História (Gosling) viciado em crack e uma aluna estabelecem uma inusitada amizade depois que esta o surpreende se drogando em um vestiário do colégio. Um fime simples mas bastante eficiente, uma pena que não tenha sido descoberto ou lançado por alguma distribuidora.
protagonistas de Half Nelson
Falando em filmes sumidos ou escondidos, este mais parece um caso de polícia: por onde anda a grande produção nacional Chatô, o Rei do Brasil? Que, na verdade, parece não ser um filme mas sim uma grande e espichada novela. De 1995 quando a produtora do ator e diretor do filme, Guilherme Fontes (visto em diversas novelas globais), conseguiu captar recursos PÚBLICOS para a realização do filme e até hoje (2008), o filme ainda não foi concluído.
Mês passado, a Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu a análise do processo instaurado pela Ancine (Agência Nacional de Cinema) apontando “irregularidade” nas contas. Assim, os produtores do filme vão ter de devolver os recursos públicos tomados para a realização do longa, que nunca estreou. A devolução terá de ser feita pelo ator Guilherme Fontes e sua mãe Yolanda Machado Medina Coeli, sócios da Firma Guilherme Fontes Filme Ltda. A CGU informa que os dois devem aos cofres públicos R$ 36.579.987,99 (valor atualizado até 28 de fevereiro de 2006). Bem feito! Bem feito! Bem feito!
Passado os comentários e o burburinho em torno dos vencedores (muito bem escolhidos) e perdedores do Oscar 2008, que tal um exercício de futurologia para tentar descobrir quem pode estar presente na noite do Oscar 2009? Claro que para isto os filmes precisam estrear até o fim deste ano e, normalmente, as estréias dos filmes que querem concorrer ao Oscar ocorrem em novembro/dezembro nos EUA.
Pode parecer premeditado indicar filmes para o longínquo Oscar 2009, mas alguns projetos despontam por terem cara de Oscar. Em comum, os filmes aqui citados possuem tramas interessantes e mais sérias, diretores reconhecidos mundialmente, inclusive com vencedores do Oscar, e com elencos muito bons.
Revolutionary Road
Dirigido pelo vencedor do Oscar, Sam Mendes, de Beleza Americana e Estrada para Perdição, na verdade, o diretor está afastado das telas desde 2005 depois do drama/cômico de guerra Soldado Anônimo. O filme é baseado na obra de Richard Yates, se passa durante os anos 50: April e Frank Wheeler formam um casal aparentemente feliz que vive com os dois filhos em um subúrbio de Connecticut. April é uma dona de casa que abandonou o sonho de ser atriz, enquanto Frank tem um emprego bem remunerado, mas tedioso. Assim, o casal não sabe se vai atrás de seus verdadeiros desejos ou enfrenta o peso do conformismo. Será que o diretor irá visitar os bastidores do família americana e o seu “american way of life”? O casal é interpretado por Leonardo DiCaprio e Kate Winslet (esposa do diretor). Ainda no elenco, Kathy Bates.
The Curious Case of Benjamin Button
Baseado no conto de F. Scott Fitzgerald, David Fincher (que voltou com tudo em Zodíaco) conta a história de um homem de 50 anos começa a rejuvenescer inexplicavelmente. No entanto, depois de se apaixonar por uma mulher de 30 anos, ele se vê em um dilema: como manter o relacionamento se continuar a ficar mais jovem, e ela, mais velha? No elenco, Brad Pitt, Cate Blanchett, Julia Ormond e Tilda Swinton (recém vencedora do Oscar).
The Argentine / Guerrilla
Talvez não fiquem para este ano, mas Steve Soderbergh (diretor de filmes sérios como Traffic e comerciais como A cinessérie Onze Homens) já deve ter acabado de filmar sua dupla de filmes sobre Che Guevara (Benicio del Toro no papel principal), importante militante que fez parte da Revolução Cubana nos anos 60 que derrubou Fulgêncio Batista. The Argentine tem um elenco internacional incrível como Catalina Sandino Moreno (Maria Cheia de Graça), Benjamin Bratt (Miss Simpatia), Franka Potente (A Identidade Bourne).
The Changeling
Uma mãe ora para que seu filho seqüestrado retorne para casa. Mas quando suas preces são atendidas, ela começa a suspeitar que o garoto que voltou não é o seu filho. O mestre Clint Eastwood volta a direção neste drama com excelente argumento. No filme, Angelina Jolie protagoniza junto a John Malkovich (Eragon), Jeffrey Donovan (Encontros ao Acaso e a série Burn Notice) e Amy Ryan (indicada deste ano por Medo da Verdade).
Operação Valquíria
Bryan Singer, diretor de Os Suspeitos e X-Men, vai tentar dar um up na carreira de Tom Cruise, que anda precisando de um sucesso. A trama é uma das histórias mais heróicas da Segunda Guerra Mundial, mas também uma das mais desconhecidas. Gravemente ferido em combate, o general alemão Claus von Stauffenberg retorna para a Ífrica para se juntar á resistência alemã e ajudar a criar a Operação Valkyrie, um complexo plano que irá permitir a substituição de Hitler no poder assim que ele estiver morto. O destino e as circunstâncias fazem com que Stauffenberg se torne uma peça central na missão. Ele não só tem que liderar o golpe e tomar o controle do governo de seu país, como fica encarregado de matar Hitler com as próprias mãos. Além de Cruise, no elenco, Terence Stamp, Kenneth Branagh e Tom Wilkinson (indicado ao Oscar neste ano por Conduta de Risco).
Blindness
Fernando Meirelles adapta o famoso livro de José Saramago. A trama para quem como eu não leu o livro: uma cegueira epidêmica afeta os habitantes de uma cidade contemporânea e sem nome, levando a sociedade á beira do colapso. Com Juliane Moore, Mark Ruffalo, Gael García Bernal, Danny Glover e Alice Braga.
Austrália
O novo épico de Baz Luhrmann (Moulin Rouge) faz homenagem a seu próprio país e conta com elenco nativo da ilha para isto. No norte da Austrália, pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial, uma aristocrata inglesa (Nicole Kidman) herda um rancho do tamanho de uma cidade. Quando barões ameaçam tomar suas terras, ela se junta a um bruto vaqueiro (Hugh Jackman) para guiar as mais de duas mil cabeças de gado de sua criação através do país. A jornada os leva a Darwin, local prestes a ser bombardeado pelos japoneses. Está sendo comparado a um E O vento Levou… australiano, no entanto, pode virar um fracasso retumbante devido ao alto orçamento.
The Reader
Afastado da telona desde As Horas, Stephen Daldry sempre garante presença na noite do Oscar. Seu filme anterior, Billy Eliott, também esteve presente. Na trama, um homem relata o seu relacionamento com uma mulher mais velha durante a Segunda Guerra Mundial, na Alemanha. É um drama romântico com Kate Winslet (de novo) e Ralph Fiennes como protagonistas.
Além destes filmes acima citados, importantes diretores, sempre lembrados nas premiações, lançam seus filmes neste ano: Pedro Almodovar (Los Abrazos Rotos), Joe Wright (Soloist), Jose Padilha (Tropa de Elite), Mike Leigh (Happy-Go-Lucky), entre outros.
Todos sabem (ou deveriam saber) que o Oscar acontece neste domingo á noite, por aqui, a Globo transmite a premiação atrasada após o Big Brother, com direiro a comentários de José Wilker, já quem possui tevê a cabo, tem a opção, em aúdio original, na TNT, do tapete vermelho e de toda premiação com comentário de Rubens Ewald Filho.
A lista com os indicados está aqui.
Ha duas opções para acompanhar a premiação, torcer pelos seus filmes prediletos, nem sempre possível devido aos lançamentos não estarem em cartaz em todos os cinemas ou mesmo nem terem estreado, como no caso dos filmes, Longe Dela e Família Savage; ou tentar adivinhar quem serão os vencedores, tarefa nem sempre fácil mas divertida para fazer com os amigos, quem sabe num bolão!
Não sou adivinha nem bom em chutes, acabo sempre torcendo pelos filmes que mais simpatizo, por isto, vou colocar abaixo minha torcida nas principais categorias. Esqueçam que eu não vou apostar nas categorias de documentário ou curtas.
Melhor Filme
Sinceramente, acho que os filmes indicados neste ano são de uma qualidade ímpar, fazia muito tempo que isto não ocorria, dos que eu pude assistir o melhor foi Desejo e Reparação (os outros, Juno e Conduta de Risco), no entanto, segundo as últimas premiações, que acabam tendo influência nos votos da Academia, a vitória de Onde os Fracos Não Têm Vez parece certa, o prêmio acabaria nas sempre excelentes mãos dos irmãos Coen.
Melhor Diretor
Há duas direções, para mim, boas, não sei se necessariamente mereciam indicações, Jason Reitman e Tony Gilroy, mas o favoritismo dos irmãos Coen é inegável (tem minha torcida), inclusive, receberam o prêmio do sindicato dos diretores americanos que, normalmente, retifica o vitorioso da noite no Oscar.
Melhor Ator
Há duas grandes opções no Oscar de melhor ator, o carisma de George Clooney, considerado uma peça importante pelos seus trabalhos como diretor e produtor de filmes mais adultos com temáticas questionadoras, ou uma interpretação crua e visceral do excelente ator inglês Daniel Day Lewis (minha torcida e favorito), ambos já possuem um Oscar em suas prateleiras, porém a de Clooney é como ator coadjuvante por Syriana.
Melhor Atriz
Apesar do favoritismo inicial de Marion Cotillard (minha torcida), por Piaf, a atriz inglesa, Julie Christie (favorita, na foto), de Longe Dela, reúne duas coisas que o Oscar adora premiar, atriz veterana sumida + personagem com doença grave. Correndo por fora, a gracinha Ellen Page, por Juno.
Melhor Ator Coadjuvante
O excelente ator espanhol Javier Bardem (foto) deve levar com certeza, no entanto, Casey Affleck está ótimo em O Assassinato de Jesse James (mas seu papel na verdade é de protagonista).
Melhor Atriz Coadjuvante
Aqui qualquer resultado é possível, somente não gostaria que a veterana atriz Ruby Dee, de O Gângster, que levou o prêmio no Sindicato dos Atores, vencesse pois sua participação no filme é pífia. Torcerei pela menina Saoirse Ronan (foto), que rouba a cena em Desejo e Reparação, mas a favorita é Cate Blanchett, pelo ainda inédito, Não Estou Lá, cinebiografia inusitada de Bob Dylan.
Roteiro Adaptado e Original
Normalmente os resultados do sindicato dos roteiristas se repete nestas duas categorias, assim sendo, Onde os Fracos Não Têm Vez (adaptado) e Juno (original) devem levar os prêmios.
Para quem quiser participar de algum bolão ou aposta, estas são minhas demais dicas para o restante das categorias:
Filme Estrangeiro: 12, representante russo, puro chute, não faço a menor idéia desta categoria que deixou de fora, além do filme brasileiro, os favoritos Persépolis, O Orfanato e 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias.
Longa-Metragem Animação: Ratatouille, este não tem pra ninguém.
Fotografia: O Assassinato de Jesse James…, minha torcida pessoal, acho a fotografia fantástica, mas os favoritos ao Oscar de melhor filme também estão concorrendo e podem levar. Coincidentemente, Roger Deakins, fotográfo de Jesse James concorre contra ele mesmo por Onde os Fracos Não Têm Vez.
Montagem: Onde os Fracos Não Têm Vez, normalmente, o filme ganhador da noite leva também este prêmio de montagem, logo… (aposta minha).
Direção de Arte: Sweeney Todd – O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet, vou apostar no visual gótico e sombrio da obra de Tim Burton.
Figurino: Desejo e Reparação, como o filme inglês não deve levar os prêmios principais, pode ser que haja algum tipo de compensação, é um chute no escuro.
Maquiagem: Piaf – Um Hino ao Amor, gosto quando este prêmio é entregue a filmes que utilizam esta técnica para enriquece-lo, como no caso de Piaf, e não como instrumento para existência dos mesmos, como nos casos de Norbit e Piratas do Caribe.
Trilha Sonora: Desejo e Reparação, a trilha incorpora sons ambientes, como o datilografar de uma máquina de escrever para iniciar uma sinfonia, belíssima trilha.
Canção: Falling Slowly, do filme Once, melhor disparada para meu gosto, apesar de achar engraçadinha as músicas da fantasia da Disney, Encantada.
Edição de Som: O Ultimato Bourne, puro chute, nunca consigo me acertar com este prêmios técnicos.
Mixagem de Som: Transformers, pelos absurdos efeitos nos sons das engrenagens dos carros/rôbos.
Efeitos Visuais: Transformers, meu favorito pelo realismo das cenas com os rôbos.