Cara, eu sou tão esperto pra escrever. Olha só, como o título aí de cima dessa coluna já indica um monte de coisas pra vocês:
– Que eu tenho um Wii;
– Que primeiro eu vou falar mal do Wii;
– Que depois eu vou falar bem do Wii;
– Que isso vai acontecer em pelo menos duas colunas;
– Que vocês são umas bichonas.
Como eu sei que vocês são bichas? Porra, tá na cara. Nessa sua cara de quem joga pouco. Pra começar, você tá lendo uma coluna sobre o Wii, e nenhum jogador macho que se preze lê sobre o Wii. Bichas. Aliás, essa é uma ótima deixa para começar de vez a coluna:
TRÊS RAZÕES ESFINCTERIANAS PELAS QUAIS EU ODEIO O WII
01 – Ele faz você se sentir menos homem
Nunca esquecerei da cena abjeta do garoto jogador de wii sendo enrabado pelo animal de estimação da casa. Mas essa é só uma das razões pelas quais o Wii ameaça a masculinidade gamerzística. É apenas um dos permamentes fantasmas emasculadores que pairam sobre todos os jogadores que se aventuram a balançar seu wiimote.
A real razão que me incomoda no Wii é que ele é TODO gay: desde sua cor branquinha, até seu tamanhinho, seu peso levinho, seu design bonitinho, o controle engraçadinho, os jogos legaizinhos… puta merda, é muito “inho” pra um vídeo-game só. A título de comparação: tu olha pro Playstation 3 e pensa “CARALHO MLK, OLHA ESSA TORRADEIRA PRETA E PRATEADA ENORME QUE ESQUENTA PRA KCT E PODE EXPLODIR A CASA TODA”. Porra, é um vídeo-game de macho. É como o X360 que pode colocar fogo na sua casa DE VERDADE.
Sempre que eu faço comparações eu penso no PS3 como uma Toyota Hilux preta, com pára-choque cromado. E penso no X360 como uma S10 branca, cabine dupla. Já o Wii, eu só consigo comparar com um Ford Ka: carro de mulher e emo. É inevitável; o Wii é um console bicha desde sua concepção, e a aparência não nega que é um vídeo-game de mulher.
Mas você sempre pode cromar o seu Wii, pra ele ficar mais masculino
Mas estaria tudo bem se fosse só a aparência. O problema mesmo são os jogos:
02 – 96% dos jogos que saem pro Wii são uma bosta ululante
Cooking Mama: Fuck Off!
Sim, a estatística é exata. Eu contei e comparei TODOS os jogos do Wii pra chegar nesse número.
O fato é que o Wii tem MUITO jogo. Jogo pra caralho. Quase todo dia sai jogo novo pro Wii, e não estou contando os lançamentos do Japão. Cês não acreditam em mim né? Bando de putos desconfiados. Ok, vamos ver números:
Segundo o Metacritic o Wii tem 218 jogos lançados e avaliados pela crítica especializada.
O console foi lançado no natal de 2006, então dá mais ou menos um jogo novo a cada 2 dias. E acho que o ritmo de lançamento vêm aumentando.
Dos 218 jogos, só 70 jogos têm nota média acima de 7, que eu considero o mínimo pra que ele seja “jogável” (existem exceções e eu não sou de confiar só em scores, mas vocês entenderam a generalização)
Isso significa que só 30% do que é lançado é jogável. Eu falei “jogável” e não “bom”.
Dos 218 jogos, só 23 jogos têm nota média acima de 8, que eu considero um score de jogo “bom”, aquele que você fica jogando por mais de uma semana.
Isso significa que só 10% do que é lançado é bom. Eu falei “bom” e não “do caralho”.
E, pra abotoar, dos 218 jogos, só fucking 5 jogos têm nota média acima de 9, que eu considero uma unanimidade pra jogos “do caralho”.
Isso significa que só 4% (isso são QUATRO por cento ou quatro em cada cem) dos jogos do Wii são do caralho. Isso é mais triste do que foder de pau mole.
Nintendo, por favor, não me foda de pau mole. Mais critério porra, MAIS CRITÉRIO. Quando você precisa garimpar a biblioteca toda pra achar um ou outro jogo bom, definitivamente o console vai perdendo credibilidade. Que aliás o console já não tem porque:
03 – O hardware do Wii é uma merda
E não, não estou entrando em mimimi técnico sobre poder de placa de vídeo e essas merdas. Mas o problema do Wii é que lançaram ele com um hardware preguiçoso do caralho. Puta merda, os jogos do Game Cube COM CERTEZA eram feitos com mais cuidado e esmero. Pega o Resident Evil 4 do GC, aquilo é um primor:
Batia fácil a versão do Playstation 2, que tinha mais máquina e poder que o Game Cube.
Agora, como CARALHOS me lançam um console de “última geração” cujos jogos são quase todos graficamente piores que os do Playstation 2 e que os do próprio Game Cube? Isso sem falar que o Wii não aproveita o potencial das novas televisões LCD e Plasma, já que sua melhor conexão com a televisão é através de cabo vídeo-componente. Sem HDMI. VSF.
Nintendo. Não me foda com pau em baixa resolução.
Bom, falar sobre os gráficos do Wii dá um desgosto. Vamos pras outras merdas do hardware, tipo, o controle. Só uma palavra: PILHAS. Mano, como caralhos flamejantes pode a Nintendo ter o culhão de lançar um controle movido a PILHAS? Nem o Nintendo DS que foi lançado em, sei lá, 1989, usa pilhas mais. O lance é BATERIA Nintendo, BATERIA porra!
Nintendo. Não me foda com pilha gasta.
E o fio que liga o Wiimote ao Nunchuk? Como pode? Então cê tem um controle genial e inovador, que reconhece movimentação numa base tridimensional e que podem ser jogados pra lá e pra cá, com reconhecimento imediato no jogo, mããns… os dois ficam presos por um fio e seus movimentos se tornam limitados.
Nintendo. Não me foda com um wiimote vibratório.
Orra, como é fácil reclamar do Wii. Mas nem tudo é esterco, fezes e Cooking Mama nessa vida de Nintendo gamer. Aguardem pela próxima coluna, onde reverterei completamente os movimentos peristálticos, indicando razões para você colocar o Wii pra DENTRO da sua vida.
Cês são um bando de frango que joga pouco. Então vou continuar contando pra vocês o que estou jogando, pois preciso desovar essas experiências gamísticas a fim de poder abandonar os jogos em questão e partir para outros novos.
“Novos” em termos, claro. Aliás, ótima deixa para eu começar com:
The Firemen (Super Nintendo)
Pois é, já me diverti o suficiente com o Super Metroid e tava pensando em largar do emulador de novo. Aí né, eu tava assistindo um canal aí de tv a cabo e começou a passar “Cortina de Fogo” (Backdraft), um filme de 1991. Não sei se vocês conhecem, mas é aquele tipo de filme que sempre que passa eu assisto. A história é do caralho, embora não interesse aqui. O que interessa é que tem Robert de Niro, Kurt Russel, e é um filme de BOMBEIROS, cara.
Meu, quando eu era pequeno eu tacava fogo em coisas só pra apagar o fogo mijando nelas depois. Eu tenho certeza que eu tenho um desejo frustrado de ser bombeiro. Aí o filme terminou e eu fiquei pensando “porra, seria um tesão jogar um jogo de bombeiro agora; por que esse tipo de merda não existe?”
OLOLCO, não existe jogo de bombeiro e nem jogo de sonda anal.
Aliás… mangueira… sonda anal… estão sentindo um padrão aqui? Acho que gosto de enfiar coisas compridas nos outros. Coisas invasoras, coisas que esguicham. Como eu sou agressor. Se um dia me pagarem cerveja no bar tentem não me irritar, ok?
Mas ok, fui pesquisar pra ver se existia algum jogo de pegar na mangueira e sair esguichando. Foi assim que achei essa pérola vídeo-gamística chamada “The Firemen”, um jogo de 1994 para o Super Nintendo. Eu nunca tinha ouvido falar desse jogo na minha época de jogador do Super NES, o que me faz pensar que ele nunca fez muito sucesso. Esquisito, pois o jogo é bom. Acho que o jogo virou meio “cult”, pois hoje em dia é relativamente fácil achar a ROM pra download.
Legal o jogo cara. Bem legal. Ele quebra um pouco a narrativa-padrão dos jogos do Super NES que faziam sucesso na época e até que é bem inovador. O objetivo do jogo inteiro é chegar no topo do prédio da Metrotech, para acessar o reservatório de água e acabar com o incêndio que acometeu o edifício. Assim, você vai passando por todos os andares, enfrentando um tipo de problema diferente em cada um. E o tempo todo tu vai apagar fogo com sua mangueira, claro. Não tem menus ou pausa entre as fases, e o lance todo se torna uma experiência contínua, sem muita interrupção, quase como um filme. Se fosse feito com a capacidade dos consoles atuais, imagino que a experiência ficaria bem interessante, quase como os survival-horror que temos hoje em dia.
E durante o jogo todo é você com uma mangueira e o seu companheiro com um machado, controlado pelo computador. E, que surpresa, é um dos personagens controlados pelo computador mais eficientes que eu já vi no Super NES. Ele realmente te ajuda, e você não precisa dar nenhum tipo de comando pra ele. Espetacular, considerando a extensão do jogo e a limitação de ações que você tem.
Recomendo que você dê uma olhada, se não conhece. O jogo vai ficando difícil conforme você sobe os andares. Mas é uma experiência única mesmo assim. Não lembro de nenhum jogo similar desde então.
Echochrome (Playstation Portable)
Taí um jogo que não disseram que sairia do Japão, mas acabou aparecendo em inglês. Estou jogando desde que peguei a versão japonesa do jogo e ele é… interessante.
O objetivo é simplesmente levar o seu personagem do ponto A até o ponto B do cenário, e pra isso você precisa manipular o ambiente. Na verdade você apenas gira o cenário onde o personagem está, em todas as direções possíveis, a fim de descobrir e criar novos caminhos até o ponto de chegada estabelecido.
Esse jogo me lembra dois jogos bem distintos: Crush (PSP) e Super Paper Mario (Wii). A premissa de mover tridimensionalmente o cenário para resolver problemas é pouco explorada nos jogos em geral, extremamente lineares no que oferecem aos jogadores. Echochrome é muito econômico em termos de gráficos, e todo o esforço foi colocado mesmo na jogabilidade e no lance de FODER SUA CABEÇA pra fazer você encontrar a solução de cada cenário.
Puzzlezinho interessante para o PSP, e bem diferente do que estamos acostumados a ver. Se torna frustrante com o tempo, então eu não consigo jogar por horas seguidas. Ele fala um pouco sobre como sua mente funciona, e sobre o fato de que ás vezes não adianta ficar insistindo por muito tempo em um problema que você não consegue resolver; a melhor coisa a fazer é largar o console e voltar ao jogo depois. Certamente um jogo que apela mais para jogadores maduros.
Front Mission 4 (Playstation 2)
Orra véi que saco, QUE SACO que foi pra achar esse jogo. Cês não sabem, mas eu sou totalmente fissurado em Front Mission; só perde pra fissura em Final Fantasy Tactics mesmo.
Mas então, a versão em inglês foi lançada em 2004 e desde então eu tô atrás desse jogo. Peguei faz uns dias, finalmente, e me enterrei nele desde então. Esse tipo de jogo tático/estratégico acaba comigo.
As críticas ao jogo não foram tão boas, mas gamer na fissura não liga pra essas coisas, cês sabem do que tô falando. É alucinante poder jogar mais uma vez Front Mission, porque eu não jogava desde o último que saiu pro Playstation 1. As batalhas continuam enormes, durando turnos e mais turnos, exatamente como um jogo de mechs deve ser. Nada se compara com você ir destruindo os mechs inimigos aos poucos, torcendo pro próximo tiro pegar direto no braço do inimigo que segura a arma. Aí o puto fica sem armas e começa a FUGIR FEITO UMA GALINHA pelo cenário. E daí, a grande satisfação de EXPLODIR o puto enquanto ele tenta fugir. Alegria é isso aí. Momentos mágicos do vídeo-game.
Fora as batalhas, o que continua emocionante é fazer a customização dos mechs da sua equipe. Porra, milhares de armas e peças diferentes pra ficar combinando e fazendo funcionar. Junte isso com o monte de habilidades específicas que cada piloto pode comprar e taí a receita pra ficar horas só mexendo nos menus do jogo, personalizando o seu mech pra ele ter uma vantagem de, sei lá, 20 hp em relação ao inimigo. E o pior é que 20 malditos fucking hps fazem a diferença nesse jogo. Incontáveis vezes você fica com… 2 hp no seu braço que segura o escudo. Aí cê toma um tiro de shotgun que deveria te botar no chão, mas o escudo absorveu os tiros. Aí você teve exatamente o UM TURNO que precisava para estourar o inimigo com o teu piledriver. Alegria. Momentos ansiosos do vídeo-game.
Doente, esse jogo é pra nego doente. É o mesmo tipo de doente que curte Final Fantasy Tactics. Não é á toa que os dois são crias da Square. Ah, tem a história. Aquele popular e conhecido enredo de confronto entre nações, conflitos políticos internacionais e tals, tudo sempre ambientado em um futuro próximo. A história é interessante nessa quarta versão, mas confesso que só o lance dos mechs, das armas e do combate estratégico por turnos já me faz perder todas as horas possíveis de se perder num jogo. Alegria. Momentos… obsessivos do vídeo-game.
Queria jogar o Front Mission 5. Mas só tem em japonês. Bando de puto.
Ok, isso encerra o que estou jogando ultimamente. Na próxima semana retomaremos temas irreverentes ligados á experiência de um jogador hardcore: EU. Noobs.
Já fiz isso em janeiro e vou fazer de novo agora. Como falei naquela coluna, eu sinto falta de fazer reviews de jogos aqui, e enquanto não acho tempo para voltar com os fast-food reviews, aproveito minha coluna para falar um pouco sobre o que ando jogando.
Ando numa onda meio retro ultimamente. Deve ser castigo por ter xingado tanto os jogadores nostálgicos naquele conta-gotas de séculos atrás. Mas o que importa é eu me divertir, então fuóda-se.
Vamos lá, o que um cara ocupado como eu está jogando ultimamente? Vamos começar com o portátil ok?
Castlevania: Dawn of Sorrow (Nintendo DS)
Quando adquiri meu Nintendo DS, o mesmo já veio com os dois Castlevanias disponíveis para o portátil: Dawn of Sorrow e Portrait of Ruin. Caguei total para os dois joguinhos. Eu era fã do Castlevania do Super Nintendo, que até hoje jogo em emulador, mas não me empolguei com as versões do DS. Joguei cinco minutos de cada um, mais pela pira do console novo nas mãos do que propriamente pelos jogos. Encostei os dois e fui jogar outras coisas.
Aí né, há uns dias atrás vi a notícia do lançamento de Castlevania: Order of Ecclesia para o NDS e empolguei. Vi uns trailers, umas fotos e achei do caralho. Então resolvi retomar o Dawn of Sorrow, o primeiro Castlevania lançado para o DS, pra fazer um “esquenta” pro Order of Ecclesia.
Orra. Totalmente do caralho. Analisando agora vejo que o que tinha me afastado do jogo era o clima old-school que ele tem. Porra, eu tinha acabado de comprar um console NOVO pra jogar um jogo que era idêntico em gráficos ao Castlevania do Super NES? Fazia sentido que eu deixasse os dois de lado e fosse me admirar com outras coisas que utilizavam melhor o poder do portátil.
Mas Dawn of Sorrow é muito do cacete de bom. Ele tem o lance de você roubar habilidades de TODOS os monstros do jogo, o que torna a experiência toda altamente personalizável. Além disso, você pode alternar entre duas configurações diferentes de três habilidades e três equipamentos, tudo ao toque de um botão. Isso é animal e acaba com aquele problema desgraçado do Castlevania, de você ter que ficar entrando no menu pra trocar equipamento toda hora. Isso era um saco no Playstation.
Também achei os ambientes bem variados e a mistura de 3D com 2D é totalmente acima das expectativas para um jogo que foi um dos primeiros do DS, se não me engano. Completamente viciante, pelo jogo em si, porque a história é uma bosta. Não tem nada daquele clima de “wooooo estou no fucking castelo do fucking DRÍCULA COMEDOR DE GENTE mano!” E daí você enfrentava o Drácula no final. Mas aí estou sendo nostálgico demais também. Os jogos avançam e não dá pra repetir a mesma porra de história para sempre. Acho.
Ah sim, e graças ás duas telas do DS, agora você pode ter o mapa do castelo sendo exibido o tempo todo pra você. Baita mão na roda. Arrisco dizer que Castlevania nunca esteve tão confortável num console quanto está no DS.
Pro Evolution Soccer 2008 (Wii)
Devido á escassez de jogos bons para o Wii (sai MUITA merda para o Wii, cês não fazem idéia. Ainda vou fazer uma coluna sobre o assunto), tenho voltado minha atenção para o meu bom e velho PS2 nas últimas semanas, e considerando com carinho a cada vez mais próxima compra do meu X360. Não é que o Wii não tenha jogos bons, veja bem. O que acontece é que sai uma caralhada de jogos ruins, e você fica meio desanimado de acompanhar os lançamentos do Wii. Definitivamente é um mal dos consoles da Nintendo, porque a situação é a mesma com o DS.
Mas enfim, como costumo acompanhar todos os lançamentos, acabei batendo aí com o Pro Evolution Soccer e fiquei curioso. Futebol no Wii? Vocês também não ficam curiosos pra ver como isso funciona com o wiimote? De início pensei que não iam fazer picas com o wiimote, e iam simplesmente lançar mais um jogo de futebol para ser jogado com o controle tradicional. Orra, me enganei feio.
Pro Evolution é uma evolução no quesito “controle em jogos de futebol”cara, e eu particularmente acho difícil voltar aos controles tradicionais agora. O que acontece é que você não precisa mais ficar “carregando” a bola e seu jogador pela tela, como acontece nos outros consoles. Aqui a coisa é muito mais simples e intuitiva: tu simplesmente aponta pra onde quer que a bola vá, e as coisas vão acontecendo.
Falando assim parece que o jogo foi idiotizado, tornado uma coisa fácil e simples demais, mas não é isso. Você ainda controla seus jogadores individualmente, se assim o preferir. Aliás, isso funciona muito melhor agora. Por exemplo, digamos que vai ter uma cobrança de escanteio e você já marcou pro cara chutar na pequena área. Mas aí você vê que todos os seus atacantes estão marcados pelos oponentes. Você pode simplesmente apontar pra um zagueiro seu que esteja fora da área, apertar o botão nele (selecionando-o) e fazer um movimento rápido com o wiimote pra dentro da pequena área. O magrão vai correr e se posicionar onde você finalizou a movimentação do wiimote. Aí cê cobra o escanteio apontando pra esse zagueiro, que vai estar sem marcação, e dá uma sacudida no nunchuk, em direção ao gol, antes que a bola chegue no zagueiro. Isso é a indicação pra ele cabecear, o que ele vai fazer direto pro gol e tu só corre pro abraço.
Agora imagina essa descrição toda aí do parágrafo de cima acontecendo em tipo, DOIS SEGUNDOS, no jogo. Animal né? Muito fluido, muito dinâmico e muito divertido. E o jogo todo é assim. Dá um certo trabalho pra aprender todos os gestos do wiimote e do nunchuck, mas depois que você aprende nunca mais quer voltar pro controle tradicional. Estou me divertindo pra cacete com o joguinho e devo dizer que é o tipo de coisa que reestabelece minha fé no Wii como o console mais inovador de sua geração.
Super Metroid (Super Nintendo)
Estou jogando Super Metroid porque o Olaf me intimou nos comentários do Overdose Sci-Fi. Taí mais um jogo que eu devia ter jogado antes.
É sempre difícil pegar um jogo antigo de uma franquia onde você só conhece os jogos mais novos. Eu conhecia os Metroids do NDS e do Wii, que achei completamente espetaculares. Eu não queria ver os Metroids mais antigos, porque eu tenho essa coisa de “os jogos avançam, vamos deixar o passado no passado e etc.”. Mas a vida é assim mesmo, você tem que aprender a engolir suas palavras antes que alguém faça você engolir.
Então deixei o orgulho de lado e meti as caras em Super Metroid. Pega emuladorzinho, carrega ROM e etc. Uma vantagem de se jogar Super NES em emulador é que você consegue qualquer porra de jogo a qualquer hora. E os downloads levam uns três ou quatro segundos. É quase que um acesso instantâneo á memória dos games, uma beleza. Espero pelo dia em que isso aconteça com a geração atual ou pelo menos com a geração do Playstation 2. Isso já quase acontece com a geração do Playstation, e definitivamente acontece com os jogos de Nintendo 64. Uma maravilha para quem preza os vídeo-games.
Mas então, Super Metroid. De todos os jogos que estou falando aqui hoje deve ser realmente o que mais me surpreendeu, porque eu não esperava muita coisa. Eu lembro de ver pessoas jogando Super Metroid na época de ouro do Super Nes, e lembro das reviews acaloradas e fotos do jogo nas revistas. Mas sei lá, nunca tive a chance de alugar o jogo, ou simplesmente tinha outras coisas pra jogar. Então foi muito bom nunca ter tido muito contato, porque senti a força do jogo de forma plena.
A primeira coisa que realmente empolga em Super Metroid são os efeitos sonoros. Ou a falta deles. Gosto muito de como a música é bem colocada no jogo, mudando radicalmente nos momentos de tensão. Me lembrou muito o uso da música nos melhores RPG’s que já vi. Quem diria que aquelas midis porcas dos cartuchos de Super NES ainda conseguiriam me arrancar alguma emoção.
Depois disso o que me arrebatou em Super Metroid foi a narrativa do jogo, a forma como os eventos vão se desenrolando. O que é aquele começo onde você tem que sair NO GÍS do laboratório antes de tudo ir pelos ares? Espetacular. Tu acabou de entrar no jogo e já se sente numa porra de filme de ficção-científica. E não é só fugir do lugar, cê tem que ir manobrando seus pulos nas plataformas que ficam girando e tals. Tensão mano, tensão.
Mas a melhor parte mesmo foi descobrir que tudo que eu achava inovador no Metroid do Wii já estava na versão do Super Nes, principalmente as armas, menus e história intrincada. Foi muito legal descobrir que é a mesma forma de jogo e os mesmos esquemas de desenvolvimento de solução dos puzzles de ambiente. Foi tipo uma nostalgia ao contrário. Foi um déja-vu gamístico, se é que isso é possível; uma sensação de já ter visto aquilo antes em outro lugar, mas não como uma simples lembrança e sim como uma identificação de já ter sentidos os mesmo sentimentos a respeito de um jogo, em outro lugar e tempo diferentes. Bizarro. Recomendo a todos que passem por isso um dia. Vai estreitar os seus laços com seus vídeo-games preferidos.
Caralho, como eu me empolgo pra falar de jogos. E nem falei o que tô jogando no PSP e no PS2. Fica pra próxima coluna, ok? Se eu não achar outro tema mais interessante, claro.
Então lembram da coluna que eu fiz sobre o jogo mais depressivo do mundo?
Pois é, vou fazer isso de novo. Novamente trazer á atenção de vocês um joguinho desses que mexe com algo dentro da gente, além da diversão instantânea e fugaz. Quer dizer, talvez não mexa com vários de vocês, que são toscos pra cacete e não conseguem ver jogos como um veículo de outra coisa que não seja gratificação imediata.
Mas tô falando demais. O que você precisa fazer antes de continuar lendo isso aqui é baixar o jogo e jogar pelo menos duas vezes. Sério joga, duas vezes, ok? Depois continua lendo. O jogo é bem rápido, não tem fase nem nada, então faça o favor a você mesmo de experimentar algo diferente. Baixa aí no seu desktop e roda o jogo Execution.
Só coloquei essa figura aqui pra te convencer a JOGAR antes de LER O RESTO dessa coluna
E aí? Que achou? Vou falar da MINHA experiência com o jogo, vamos por partes.
A primeira coisa é que o jogo se chama “Execution” então isso já me deixou na expectativa pra um jogo de execução, chacina ou enforcamento em praça pública. Beleza. Entra no jogo e aparece aquele disclaimer “Suas ações têm conseqüências”. Ololco, sério? “Beleza” pensei de novo, “o joguim tem pegadinha, gostei, vamos ver o que rola.”
Aí comecei o jogo e abre a tela com o carinha amarrado no pau. Bom, tá na cara que esse é o carinha a ser executado né? óbvio demais, é a pegadinha do jogo, claro. Aí aquela mira enorme na tela, PEDINDO pra eu atirar em alguma coisa. Isso foi bem interessante aliás. Fiquei pensando em como eu fui treinado ao longo de anos de Medal of Honor, Rainbow Six e Call of Duty pra automaticamente sair passando GERAL em qualquer jogo que contenha uma mira na tela. Eu realmente só me segurei pra não atirar no carinha porque eu SABIA que era isso que não podia fazer.
Isso foi interessante, a agonia de ficar lutando contra o instinto gamer, lapidado em anos de FPS, e não atirar no motherfucker. Passando essa agonia inicial, pensei “se não posso matar o desgraçado, vou fazer o quê aqui?”. Aí saí passeando pela tela, procurando outras coisas pra matar ou pelo menos atirar, já que era evidente que eu só tinha duas formas de interação com o jogo: movimentar o campo visual e dar tiros.
Olhei de um lado e de outro, a única coisa que se mexia eram os matos que passavam rolando pela tela. Atirei neles claro, eram um alvo móvel. Por um breve momento pensei “mata o nazista, MATA O NAZISTA FDP!!”, mas não foi tão satisfatório como Medal of Honor. E o arbusto não sangrava e tals. Aí atirei no muro, procurando alguma coisa “secreta” a ser atingida. Nada. Nada de diferente em lugar nenhum. Voltei a atenção pro motherfucker no pau.
Aí de novo pensando “não posso matar o carinha, o que caralhos vou fazer aqui?”. “Vou tentar libertar ele com tiros”. RÍ, mas que óTIMA idéia completamente retardada. Atirei no pau (o pau em que ele estava amarrado) e nada, tentei atirar de raspão, nas cordas que amarravam ele e nada. Aliás fazer esse tipo de coisa foi o atestado do início do desespero com o jogo, do tipo “caralho velho, o que vou fazer agora pra não matar o infeliz?”. Porque, na boa, esperar que um joguinho de 2 megas tenha um reconhecimento de cenário tão avançado e milimétrico é coisa de desesperado mesmo. Não tinha nem pixel suficiente no jogo pra separar a corda do corpo do carinha.
Bom, a essa altura, como vocês podem adivinhar, eu já estava entregando os pontos. Com uns… dois minutos de jogo eu já não sabia mais o que fazer. Isso foi bem interessante; um jogador hardcore e experimentado como eu sem saber o que fazer num joguinho de uma tela só. Impressionante. Aqui foi quando eu fiquei pensando em como nós realmente ficamos bitolados pelos tipos de jogos que preferimos, e como tendemos a jogar quase sempre as mesmas coisas. Quando aparece um jogo que contraria o script que costumamos esperar de um jogo – por exemplo, um jogo onde você tem uma mira mas não pode atirar no alvo – a gente fica sem saber o que fazer.
Bom, o momento de auge chega e eu vou lá, miro no meio dos olhos do condenado e HEADSHOT MOTHERFUCKER! YESSS! DIE YOU FUCKING MOTHERFUCKER FILHO DE MIL CADELAS!!11
Eu confesso que foi libertador dar o tiro de misericórdia. Foi misericórdia por mim, na real, porque eu já não tinha mais o que fazer ali. Matar o magrão era realmente a única coisa a ser feita.
Aí matei né. O cara sangra, baixa a cabeça e YOU LOSE pra mim. Saco, lógico que perdi, eu sabia disso desde o começo. Eu não podia executar o cara. Foi bem frustrante, no fim das contas; perder sabendo que eu ia perder. Perder sabendo o que eu não podia fazer pra perder. Foda, foda.
Ok, engoli a frustração, voltei pro desktop do windows e fiz a única coisa que qualquer jogador que se preza faria: tentar de novo. Clica duas vezes no arquivinho e tal. Aí abre a mesma tela “suas ações têm conseqüências” com a mensagem MAIS MOTHERFUKCER de todos os tempos:
“Agora é tarde demais”
OLOLCO. Apertei espaço, sem acreditar, e tava lá o carinha ainda morto. Espetacular.
Bom, eu espero que vocês tenham se surpreendido tanto quanto eu com esse momento. Pra mim foi excepcional passar pela experiência de um jogo onde você não pode começar de novo, onde não dá pra voltar atrás e onde você experimenta de verdade as conseqüências de suas ações. Em “Execution” não existe “começar de novo”, é uma chance só de fazer o que é certo. E o certo é se recusar a atirar no carinha e simplesmente sair do jogo. Não fez isso? Não resistiu a atirar? Então você se fodeu exatamente como eu me fodi. LOSER!
Não sei vocês, mas eu gosto muito de ver esses experimentos gamísticos que contrariam o que a gente espera ver em um jogo. Eu queria muito que esse tipo de lógica “suas ações têm consequências” fosse implementada nos jogos “de verdade”, embora eu não consiga imaginar como seria. Afinal, isso é tarefa dos desenvolvedores.
Então, eu pesquisei bastante mas infelizmente parece que não existem mesmo jogos onde você possa manejar uma sonda anal e penetrar terrestres incautos para fins de pesquisa científica. Isso seria emocionante como um jogo do Wii ou do Nintendo DS; seria como um Trauma Center:
Eu não acredito que achei isso na internet. Cês são tudo doente.
Mas não, os desenvolvedores ainda não chegaram a esse nível de criatividade e ficção científica. Então, continuando a coluna da semana passada, fiquem com os outros jogos sci-fi que me emocionaram ao longo da minha carreira de gamer.
Out of this World (1991)
Embora esse jogo tenha surgido no Amiga, foi no Super NES que eu fui conhecê-lo. Era totalmente diferente de qualquer merda que a gente já tinha visto antes num vídeo-game e o título do jogo (“Fora deste Mundo” ou “Em Outro Mundo”) é um dos mais adequados possíveis; nunca antes desse jogo eu tinha sentido tanta estranheza e inadequação nos personagens. Aquele mundo poligonal (uma estética á qual não estávamos acostumado devido ao amplo domínio dos sprites) passava uma sensação REAL de hostilidade, com cada nova tela trazendo um novo evento de impacto e idéias originais.
Dramática fase final, onde você tinha que se ARRASTAR feito aquelas lesmas do começo do jogo:
Deus Ex (2000)
Além de Deus Ex ser extremamente sci-fi ele ainda por cima é CYBERPUNK, mano. VSF, por que todos os jogos não são assim? Foi um dos primeiros (e únicos) jogos em primeira pessoa a permitir total controle sobre o personagem, e uma curva de desenvolvimento altamente personalizável. Mas a maior diversão de Deus Ex mesmo era a possibilidade de abordar cada obstáculo e desafio do jogo de várias formas diferentes, dependendo dos recursos á sua disposição. Só fui sentir essa mesma liberdade anos depois, com Splinter Cell, que não era em primeira pessoa e também não era cyberpunk… oh, well.
Saca como era o jogo funcionando:
Dune II: The Building of a Dynasty (1992)
Puta merda, mil novecentos e fucking noventa e dois. Dezesseis anos atrás e eu já tava jogando isso. Vários de vocês não estavam nem no saco dos seus pais ainda, hein? Envelheço na cidade. Mas enfim, taí um jogo que estabeleceu parâmetros para vários RTS que vieram depois. Mas para mim o mais quente mesmo era que eu já tinha lido quase toda a série “Duna” nessa época, e isso emprestava um sabor especial ao jogo. Era o complemento gamístico perfeito á uma das melhores séries de ficção-científica que eu já li, e o jogo não ficou devendo.
A apresentação de Dune II:
Starcraft (1998)
Não precisa ficar ajoelhado, pode sentar na cadeira de novo. O filho mais brilhante e pródigo da Blizzard, Starcraft atingiu o status de ícone e lenda gamística. Até hoje deve ser simplesmente o RTS mais balanceado que existe. Eu provavelmente venderei a alma da minha mãe pra comprar um computador novo quando sair Starcraft 2, e vocês deviam fazer o mesmo. Foi um dos primeiros jogos que levaram os alienígenas á sério, transformando-os numa opção de altíssima jogabilidade e diversão. Os Zergs possuem uma baita personalidade no jogo, e é impossível não desenvolver uma simpatia pela lógica de colméia deles. Jogaço, jogaço.
Os vídeos da Blizzard sempre chegavam quebrando tudo:
Xenogears (1998) & Xenosaga (2002)
São jogos diferentes, ok, concordo com vocês. Mas são unidos pela escala épica, envolvendo anime, raças alienígenas e mechs. Xenogears e Xenosaga têm uma puta vibe Evangelion, aliás, não sei se vocês sentiram a mesma coisa quando jogaram. Eu gosto do fato do conceito ter sido expandido em Xenosaga, levando a humanidade para outros planetas e aquele lance todo. Esses jogos passaram batidaços de uma forma geral, e acho que merecem ser reavaliados por qualquer gamer que se preze e curta uma boa história de fundir neurônios.
Evangelion na veia:
Parasite Eve I (1998) & II (2000)
Impressionante como a Square aparece nessa lista. Eu devo ser muito Square fanboy mesmo. Mas é impossível não reconhecer a criatividade de Parasite Eve em postular um cenário apocalíptico onde as nossas próprias mitocôndrias se voltam contra nós. O conceito que permeia o jogo é espetacular, digno de super-produção sci-fi, e com alguns dos chefes e inimigos mais bizarros que eu já vi. Top de linha. Parasite Eve 2 foi subestimado.
Curte aí um remix com cenas do jogo:
X-Com (1993)
Isso é o mais perto de alienígenas com sondas anais que eu achei, espero que esteja bom pra vocês. O tom moderadamente cômico da série nunca tirou seu mérito como uma das melhores séries de estratégia em turnos que eu já joguei. Com a emoção adicional de caçar alienígenas verdes, o que é totalmente emocionante pra qualquer moleque gamer. Parece ser um estilo de jogo que acabou, o que eu acho uma pena. Mas vamos deixar a nostalgia de lado, e que venha o novo.
Abertura de um dos últimos jogos da série:
É isso motherfuckers. Se ainda não jogaram alguma coisa dessa lista, corram atrás, cês não sabem o que tão perdendo.
Aproveitando o Overdose Sci-Fi, resolvi trazer para essa coluna alguns jogos que me marcaram pelo tratamento sério que eles dão ao tema ficção-científica, além de serem jogos DO CARALHO de bons.
Ficção-científica e mundos fantásticos são temas recorrentes nos vídeo-games, claro. Os produtores se aproveitam do desejo natural de escapismo dos jogadores pra vender seus jogos com apelos de mundos futuristas, épicos, utópicos e com alienígenas armados de sondas anais; é por este motivo que os jogos com esses cenários… abundam (heh). O difícil é a gente ver jogo bom com esses temas (Não achei nenhum com sonda anal, ok? Quem sabe na coluna da semana que vem.). Vamos ver se vocês concordam com a minha lista dos melhores jogos sci-fi que EU já joguei.
Como a lista é minha, desnecessário dizer que só falei aquele “vamos ver se vocês concordam” por educação. O que eu quis dizer é “vocês que se fodam se não gostarem, porque vocês têm mau-gosto mesmo”.
Warhammer 40,000: Dawn of War (2004)
“In the grim darkness of the far future, there is only war.”
Puta jogo de estratégia em tempo real, baseado num puta jogo sci-fi de miniaturas. Aliás, essa foi a primeira tentativa de transformar o jogo num vídeo-game que deu certo. Todos os personagens são absolutamente ignorantes e violentos, o que é uma beleza num RTS. Pra mim esse jogo foi o sucessor espiritual de Starcraft, já que foi o único jogo de estratégia no PC que me emocionou tanto quanto o filhote da Blizzard. Além da beleza das cutscenes e dos vídeozinhos, ele te coloca no clima de um futuro violento onde raças intergaláticas brigam pelo controle dos planetas, e te mantém no clima de porrada-além-mundos até o final. Obra-de-arte da porradaria.
Saca só o pau comendo:
Time Commando (1996)
Graças á compra da minha placa Soundblaster 16 em 1998, pude entrar em contato com esse jogo totalmente despretensioso e altamente satisfatório. Ele veio de brinde com a minha placa, e o desdém que eu senti pelo “jogo de grátis” logo foi substituído por dois dias seguidos de jogatina pra chegar no final da parada. Ele lida com o tema extremamente batido da viagem no tempo, mas foi implementado de uma forma tão legal que é impossível largar do jogo. Você realmente passa por todas as fases desde a pré-história até o futuro, e as fases não são apenas variação sobre o mesmo tema; cada uma delas têm um feeling diferente, e dá pra perceber o amor dos desenvolvedores pelo que estavam fazendo. A sensação de derrotar um tigre-de-dentes de sabre NA PEDRADA é uma das melhores coisas de que lembro.
Dá uma olhada na fase final do jogo, quando ele fica mais pirado:
Final Fantasy VII (1997) e VIII (1999)
O 7 e o 8 foram, na minha opinião, os melhores da série toda até hoje. Não vou discutir com vocês, eu estou certo. Independente do que vocês acham, aí estão dois belíssimos exemplos de como os temas sci-fi combinam 100% com a série. Foram absolutamente bem implementados, particularmente no 8, que abandonou de vez as baboseiras fantasiosas e medievais. O tema futurista apelou tanto pra mim que tenho quase certeza que o Final Fantasy XIII deve novamente reestabelecer o padrão do que é um rpg sci-fi. É a Square, porra.
Cês não precisam ver MAIS vídeo de FFVII né? Fiquem aí com a versão orquestrada de “One Winged Angel” então, a trilha do Sephiroth:
E, pra não perder a prática, a abertura de FFVIII:
Front Mission (1995)
Não tem muito o que falar de Front Mission, a não ser que é a minha série preferida de estratégia depois de Final Fantasy Tactics. O meu preferido é o FM3, onde eles finalmente conseguiram aproveitar toda a capacidade gráfica do PSX pra fazer um puta jogo de mechs se quebrando. A história também era legal e ajudava, mantendo um clima de guerra mundial, com tensão entre blocos de nações fictícias que se tornaram marca registrada da série. Eu curtia muito o aproveitamento que eles fizeram do conceito de internet no jogo, que funcionava melhor ali do que a internet da vida real, por sinal. Wanzers: uma vez que você entra em contato com eles, é impossível de esquecer.
Mechs em batalha não ficam melhor do que isso:
R-Type (1987)
Crássico shooter. Crássico. Um jogo de tiro dificilmente fica mais crássico do que R-Type. Em todas as suas versões (menos nessa última que saiu pro PSP, claro) R-Type possui a elegância de um bom jogo de tiro, com fases criativas e chefes sempre desafiantes. Nem lento nem rápido demais, perfeito. Tudo completado pelo maravilhoso conceito do Império Bydo, uma raça alienígena com o plano batidaço de atacar a Terra. Seria imbecil e clichê, se o pessoal da Irem (desenvolvedora do jogo) não fizesse questão de criar todo um mito e um cabedal de informações sobre os invasores, sempre disponibilizando o máximo de material extra nos jogos, a fim de dar as cores certas aos invasores. R-Type Final, com sua centena de naves disponíveis, é orgásmico pra qualquer fã de shooters.
R-Type Final: de trincar os corno.
Wipeout (1995)
Fui conhecê-lo no PSX, claro. Esperava só mais um joguinho genérico de corrida mas acabei encontrando o jogo que me faria parar de jogar F-Zero pra sempre. Wipeout requer um dedicação absurda para que você finalmente consiga completar um circuito sem bater em nada, mas é extremamente compensador. O mais agradável é como o tema de corrida futurista foi bem aproveitado, desde os cenários pirados e utópicos, passando pelo desenho das naves (“Piranha” é crássico) e finalizando com a trilha techno, feita especialmente para os jogos da série. A produção de cada jogo Wipeout é irretocável, e o jogo transpira design e sofisticação. Pela própria natureza do jogo, ele só melhora com cada nova geração de consoles e, com certeza, a versão do PS3 deve chegar quebrando tudo.
Wipeout HD: esse jogo só melhora com o tempo.
Chrono Trigger (1995) & Chrono Cross (2000)
Muitos não gostam de ver Chrono Cross como da mesma família de Chrono Trigger, mas oras, deixem de ser pentelhos. São jogos de épocas e consoles diferentes, é claro que eles são diferentes. O que importa é que os dois trabalham de uma forma inovador com o conceito de viagem no tempo, conseguindo misturar de forma interessante o tema futurista com alguns conceitos tradicionais dos jogos de fantasia. Chrono Trigger foi totalmente inovador em sua época, e certamente é um dos responsáveis pelo alto valor nostálgico do Super Nintendo. Mas confesso que eu ainda gosto mais de Chrono Cross, o jogo é mais… polido… mais bem acabado. E com um enredo que ainda não se repetiu em outros jogos. Nota 10 pros dois.
A batalha final contra Lavos, um dos momentos mais emocionantes de um RPG no Super NES:
A excelência gráfica e sonora de Chrono Cross:
Caralho, faltou muito jogo pra falar. Vamos continuar isso na semana que vem, ok? Não vale a pena deixar o serviço pela metade bem agora, porra!
É, é… resolvi falar de mulheres e vídeo-games de novo. Eu achei que aquele fascínio era temporário, mas depois de ser ownado no Supositório desse mês por um rol de mulheres espetaculares, resolvi me render de vez.
Então, quando eu estava rodando pelas internets á procura de fotos de gamers girls gostosas pra uma coluna anterior, acabei me deparando com essa loirinha aí:
Na hora nem me emocionei muito porque, convenhamos, ela não é gordinha. E nem muito bonita. Mas dá um caldo, eu sou um cara justo. Sem falar que ela faz fotos com temas gamísticos e pouca roupa. Mereceu entrar na coluna. E depois, rodando mais um pouco pelos sites profissa de games, acabei batendo com a foto dela de novo numa matéria sobre como fazer sua namorada jogar com você.
Não que eu queira minha mulher me atrapalhando enquanto eu jogo, claro; o máximo de companhia vídeo-gamística necessária pra mim é algum outro jogador pra apanhar de mim em Fight Night Round 3, e isso se consegue com qualquer conexão de rede ou com o joystick 2 (independente de ser homem ou mulher). Se eu quiser SÉQUIÇO, eu paro de jogar e vou lá pegar a mulher, lógico. O esforço de fazer uma mulher jogar com você nem sempre rende lucros, a não ser que ela saiba jogar decentemente algum jogo de homem. Porra, mánemfudeno que eu vou jogar The Sims com a mulher pra ela ficar escolhendo a decoração da casa e discutindo sobre o salão de jogos que eu montei no terraço. Me apresentem uma namorada que saiba jogar Burnout e eu posso pensar no assunto. Pode ser até a SUA namorada, eu não me importo.
Mas enfim, voltando ao tema desta coluna, a matéria da menina era simples e bem-escrita. Dicas interessantes para quem (quer e) não consegue conciliar namorada e vídeo-game. Curti. Fui navegando meu barco atrás do barco dela e descobri que a mina é modelo e escreve sobre games desde 2004. Ololco. Esqueci de citar o nome dela né? Então lhes vos apresento a vocês DE NOVO:
Só um motivo pra colocar mais uma foto
Então, olhando assim com mais carinho, você começa a dar valor pra menina e tal. Ainda mais quando você alia a lata da moça com o que ela escreve por aí. Não que ela seja uma cronista espetacular sobre vídeo-games, mas sei lá, pelo menos ela se interessa, acompanha a cena e escreve sobre isso, se metendo até mesmo nos jogos considerados extremamente masculinos, como Gears of War.
Opa, esqueci de falar quem é a moça de novo. Então, reapresentando-a:
Mas que curvinhas DILIÇA minha filha
Como eu já disse, ela tá por aí falando de games desde 2004, e atualmente tem até um site quase exclusivo com um outro puto aí, onde eles colocam podcasts periódicos sobre o universo gamer e outros temas relacionados. Tem até myspace, se vocês ficaram interessados. Além disso, a garota tem um blog no 1UP, participações em outros sites especializados e, num empreendimento mais recente, se juntou ao Girls Entertainment Network que eu sinceramente não tenho muita idéia do que é, mas talvez interesse para as nossas leitoras. Odeio essas paradas girl power, de mulher pra mulher. Mulheres precisam INTERAGIR com os homens, assim como a Bel faz no AOE. Orra, a Bel só não interage mais com a gente no site por falta de… KY. Porra, esqueci de dizer que a mina também é beta tester da Sony. Ela manda bem, vai.
Ainda não tá botando fé? Vai lá ler o último post dela sobre Grand Theft Auto IV. Eu sei que até aqui essa coluna ficou quase parecendo um post patrocinado, mas eu juro pra vocês que não é. Aliás, no dia em que me PAGAREM pra escrever alguma coisa aqui eu vou fazer questão de contar pra GERAL. Ainda mais se me pagarem pra escrever sobre mulher e vídeo-game.
Mas eu quis falar da mina aí porque acho importante mesmo desfazer essa imagem de gamers como nerds bitolados e virgens, e mostrar que também existem mulheres, adultas, com vida própria, gostosas e que ainda assim são hardcore gamer. Desde que eu assumi essa coluna foi uma questão importante pra mim atacar o estereótipo do gamer/nerd/babão. Enquanto esse tipo de imagem rolar como o modelo dominante de gamer, TODOS NóS saímos prejudicados; se os próprios gamers não se respeitam e não se reconhecem como gente, então a comunidade onde eles estão também não vai respeitá-los.
Se a imagem do gamer no Brasil passa sempre pelo “adolescente do sexo masculino e vagabundo sem nada melhor pra fazer da vida”, então o mercado como um todo não vai nunca ver os gamers brasileiros como adultos responsáveis com dinheiro no bolso, como uma fatia do mercado consumidor. E, enquanto não formos vistos como um mercado possível para a indústria de entretenimento, estaremos eternamente condenados a continuar importando nossos consoles do Paraguai, com uma rede limitadíssima de assistência técnica e acesso ainda mais limitado aos jogos e periféricos. Diz aí Luke, o parto que foi pra achar sua guitarra de Guitar Hero.
ORRA MLK FOE FODS PR EW AHCAR A PARAD
Cês já tentaram encontrar uma assistência técnica da Nintendo no Brasil? Quando eu comprei meu Nintendo DS ele queimou 3 pixels na tela com uma semana de uso. Eu sabia que a Nintendo cobria esse defeito do melhor jeito: trocando seu DS por um DS novinho em folha. Mas e cadê rede de assistência técnica da Nintendo no Brasil? Tive que correr na loja onde comprei, tirar meu pau pra fora e bater no balcão pra ameaçar os caras. Aí trocaram meu DS por outro, novo, na caixa. Só que isso logicamente não é a regra nessas lojas altamente suspeitas e não-profissionais onde costumamos comprar nossos apetrechos vídeo-gamísticos. Se você tem pau pequeno, nem tenta. Melhor ficar em casa chorando com seus dead pixels.
Ainda não descobriu o nome da mina?
Quem diria que eu conseguiria ligar a Raychul Moore (esse é o nome da moça, aliás) seminua com a questão do mercado restrito de games no Brasil, hein? Fala a verdade, cê se surpreende com essa coluna de vez em quando. Não se surpreende? Então te fode.
Vocês, doninhas jogadoras enfurecidas que acompanham essa coluna semanal, já devem ter notado á essa altura que eu não costumo fazer reviews neste espaço. Prefiro sempre falar de reflexões particulares a respeito da experiência trazida pelos games, vida de gamer, mulheres nos jogos, sexo nos jogos, essas coisas. Porém costumo abrir exceção a esta regra para apresentar alguns jogos, quando estes são realmente excepcionais.
É o caso de hoje. Não farei uma resenha, no sentido de avaliar o jogo, mas gostaria de trazer á sua atenção:
The World Ends With You
É um jogo para o Nintendo DS. E, em meio á caralhada de jogos imbecis, retardados, débeis mentais e para mulherzinha lançados para o portátil, fica fácil um jogo como esse se destacar.
Não, falando sério agora: é tanto jogo RUIM que sai pro Nintendo DS e pro Wii que eu estou quase pegando raiva dos dois consoles ultimamente. É lógico que eu evito qualquer jogo que me pareça mesmo levemente colorido demais ou com muitos tons de rosa, mas só de ver tanta merda sendo lançada todo dia você começa a pensar que a Nintendo deveria avaliar e licenciar todos os jogos lançados para seus dois consoles. Porra, um mínimo de controle de qualidade, pelamor. Ou vai me dizer que alguém realmente joga isso:
Só pode ser zoação
Não adianta ter uma biblioteca enorme, composta só por jogos ruins. Mirem-se no Dreamcast, porra. Mas ok, isso é tema pra outra coluna. Continuemos com esse jogo espetacular da Square Enix:
A primeira coisa que me chamou muito a atenção foi a história sem mimimi. Seu personagem já começa entrando numa baita roubada, do nada, e o jogo nem se incomoda em te explicar exatamente o que tá rolando. A história vai se desenvolvendo freneticamente, um tutorialzinho aqui, outro ali, e quando você vê cê já tá botando os dois personagens em batalhas e correndo de um lado pro outro em Shibuya, um “bairro” real da cidade de Tóquio, no Japão.
E o mais legal é que parece que o jogo captou mesmo a vibe do lugar real. Cê começa o jogo nesse cruzamento aí de cima, inclusive. Porra isso faz toda diferença num jogo. Nada daquela bullshit medieval e manjada; um jogo ambientado no mundo real.
Mas claro, não tão “real” assim, senão não teria graça nenhuma. Porque ao mesmo tempo o jogo é bem lôco. O enredo demora pra se desdobrar, mas é interessante o modo como acontece, de um jeito meio “Lost”: você vai descobrindo um pouquinho da história ao mesmo tempo em que descobre sobre o passado e as motivações dos personagens.
Nenhum dos personagens é muito herói, inclusive. Acho isso do caralho. Na vida real ninguém é totalmente bom ou ruim; as pessoas seguem suas motivações e desejos, e não tentam ajudar ou foder com os outros só porque são “boas” ou “más”. E esse caráter dual de cada pessoa foi muito bem explorado no jogo.
Falando nisso, basicamente todos os conceitos tradicionais de um RPG são subvertidos em The World Ends With You. Você não vai lidar com armaduras ou equipamentos de proteção: você vai entrar em lojas e escolher roupas de grife. Você não tem armas ou magias: você tem “pins” diferenciados, aqueles buttons de prender em camiseta. Muito doido né?
Outro lance que me surpreendeu foi o modo de desenvolvimento dos personagens. Normalmente em qualquer Final Fantasy da vida, quanto maior seu level mais poderoso você fica. Isso cria o problema do level-grinding nos rpgs, aqueles momentos onde você pára de seguir a história pra só combater e passar de level. Isso é xarope. Em The World Ends With You, você continua lidando com XP e level-ups, mas aqui você é recompensado por manter seu level BAIXO. Olha só: você acumula XP e vai passando de level, mas você pode diminuir o seu level de novo a qualquer momento do jogo. E pra que você vai querer fazer isso? Porque quanto menor o seu level, mais difíceis as batalhas e mais recompensas você vai ganhar. O jogo coloca o nível de dificuldade totalmente nas suas mãos. Isso se chama fucking respeito pelo jogador.
Falar um pouco do sistema de batalha, vê o vídeo aí:
Cês sacaram o que acabaram de assistir? Esse é o sistema de batalha do jogo, onde você luta em duas telas ao mesmo tempo. Tesão, hein? Você controla o personagem principal com a stylus na tela de baixo e, ao mesmo tempo, controla o personagem na tela de cima com o direcional. E, claro, dependendo da sincronia dos golpes, e as magias e combos que você realizar, você ganha o direito de um hiper combo vitaminado em alguns momentos, que une os dois personagens em uma porradaria só na tela. O lance todo é bem caótico e cê vai levar um tempão pra aprender o esquema de combate. Exatamente como todo hardcore gamer gosta.
Esqueci da estética e boniteza do jogo. Muito, MUITO bom. Estilo próprio de jogo e desenho, visual totalmente urbano, grafittis abundantes pelo cenário. Contemporâneo mesmo, e muito agradável aos olhos. E tudo isso dentro das limitações do DS. Dá gosto de ver como criatividade sempre dribla limitação técnica. Esse jogo me trouxe lembranças vívidas de Jet Grind Radio, pra quem é da velha guarda aí.
Definitivamente um jogo pra hardcore gamer. Respeita o jogador e deixa você moldar a experiência no seu ritmo, de acordo com a sua vontade. Porra, eu já falei que o jogo te recompensa até por você NÃO jogar? Então, se você ficar tipo um dia sem jogar, quando você voltar ganha uns pontinhos lá, pra desenvolver o nível dos seus pins. Mas se você ficar uns três dias sem jogar, já não ganha mais nada. Pra mim funcionou como um “larga do jogo e vai fazer outras coisas mais legais, cara. Mas amanhã volta aqui pra jogar de novo”. Você sabe que um jogo é bom quando ele te controla mesmo quando você não tá jogando. Espetacular.
É o tipo de jogo que mantém a gente ligado em vídeo-games, e sempre esperando pelo que ainda vem por aí. Ponto para a Square Enix, sempre conseguindo inovar num gênero já tão explorado como os rpgs. Ponto para o DS, que CONTINUA tendo as suas duas telas cada vez melhor exploradas pelos desenvolvedores. E ponto para os hardcore gamers, que têm mais uma belíssima opção de jogo e mais um motivo fortíssimo para adquirir um Nintendo DS.
Texto para maiores de 18 anos. Agora eu não paro mais com isso hein?
Então, o lance é o seguinte: esses dias eu estava com uma bela e querida amiga no msn, jogando papo fora ao invés de trabalhar, como é usual. Preservarei a identidade dessa bela e querida amiga, já que tudo que vocês precisam saber é que ela joga vídeo-game.
Aí né, ela fez um comentário ingênuo de que deveriam existir mais jogos de sexo, principalmente em consoles como o Wii, devido á sua capacidade de interatividade, controle inovador e tal. E nós dois meio que concordamos que é um absurdo realmente que os consoles estejam tão avançados, mas não ofereçam nenhuma forma de entretenimento sexual saudável para adultos apreciadores do esporte mais antigo da face da Terra.
Mas eu gostaria de informar a essa bela e querida amiga que entretenimento vídeo-gamístico de cunho sexual já existe desde o PS2. Desde o Dreamcast, pra ser mais exato. E é em prol de todas as leitoras saudáveis desta coluna que eu apresento-lhes hoje o jogo REZ.
Parece um jogo normal né? Simplezinho, de tiro com música. Ok. No fim das contas é isso mesmo, mas o que pega aqui é que REZ vinha com um singelo acessório para ligar na porta usb do seu PS2:
O infame Trance Vibrator
Essa porra que parece um mouse antigo era na verdade um VIBRADOR com poder vibratório QUATRO VEZES maior que os vibradores do controle Dualshock comum. Se eu fosse mulher meus olhos teriam arregalado agora. Tá, meus olhos arregalaram de qualquer jeito.
A idéia era que você, ahem, segurasse o trance vibrator na mão enquanto jogava. Ou, tipo… colocasse ele no bolso. Ou em cima da sua… perna. Pra se sentir mais… dentro… do jogo e experimentando novas… sensações… ao jogar. É isso.
AHAM
Fala sério né? It’s a fucking DILDO! Onde diabos os desenvolvedores acharam que as jogadoras iam colocar isso?
Lá mesmo
Ah, e os relatos que eu vi dessa parada são ótimos. Porque, olha só, ele vibra no ritmo das músicas do jogo e de acordo com o que rola na tela. Então você mulher dá o controle normal pro seu macho ir jogando, enquanto você fica ali do lado dele com o trance vibrator… acompanhando o jogo e sentindo… novas sensações gamísticas. Sensacional. Saca aí um vídeozinho do Youtube tirando uma onda do aparalho (aparAlho, sacaram?):
Parece piada. Mas me deu uma PUTA vontade de ver uma mina usando isso aí. Depois das duas últimas colunas falando de mulher, acho que isso seria fechar com chave de ouro o papo de mulheres que jogam vídeo-game. Orra, espetacular a idéia de fazer uma mulher gozar com um jogo.
Tá, eu fui procurar essa merda no Mercado Livre sim. Certeza que vocês também foram, seus putos. Não tem nada lá, mas descobri uma outra coisa que pode interessar ás leitoras desse site:
Eu pretendia consumir mojitos pra escrever esse texto, em homenagem aos leitores da minha coluna, que não merecem menos. Porém, fui lá sacar o rum do estoque e vi que minha garrafa tava assim:
Sacanagem. Alguém tá tomando todo meu rum.
Felizmente eu sou um pirata prevenido, e logo ao lado estava a garrafa de Big Apple, semi-cheia:
fmz
Como toma Big Apple? Aqui noobs:
Big Apple a gosto, uma colher de açúcar. Mistura.
Gelo até o topo
Soda até completar. Dá uma sacudida em tudo.
Diliça
Antes de iniciarmos esta coluna, saibam que a receita aí de cima não é desvinculada do nosso assunto principal aqui. Esta mistura específica de Big Apple parece ser bastante apreciada pelas mulheres. E embebedar uma mulher, fazer ela rir e depois convidar ela pra jogar God of War é receita certa pra você tirar a cueca, como a Bel já deu a dica pra nós.
Devidamente abastecidos de substância etílica, continuemos agora o estudo da semana passada, abordando mulheres que jogam.
Bom, eu achei que estava criando ficção humorística com a última coluna, ligando o papo de sexo com jogar vídeo-games, mas, oh ironia, a vida real é sempre mais bizarra do que a ficção:
Gametart, the UK’s largest online games rental company, carried out a survey throughout January to see how the recent influx of the likes of Pink PSPs and DS Lites would affect gamers’ sex lives across the country.
The results were surprising.
Of their sample of 200 women, those who played video games on average had sex 4.3 times a week while those who didn’t play games only had sex just 3.2 times a week.
Perhaps even more promising for gamers is the fact that many of the women that they interviewed who have only recently started playing games said that they now have sex more often than before.
Fonte: aqui.
Vou traduzir a notícia pra vocês, ipsis literis:
Mulheres que jogam vídeo-game socam o grão com mais freqüência do que coelhos, doninhas e mulheres que não jogam.
Ololco. Que coisa mais espetacularmente espetacular. Tipos, cês leram lá em cima? “Mulheres que jogam fazem sexo 4.3 vezes por semana, enquanto as que não jogam fazem sexo 3.2 vezes por semana.” Jogar vídeo-games ajuda as mulheres a tirar as calcinhas mano!
Eu SABIA que isso acontecia de verdade
Tudo bem, me empolguei tanto quanto vocês, mas isso é um dado altamente controverso que eu gostaria de discutir. Em primeiro lugar, a amostra era pequena (200 minas) e composta por clientes da Gametart, que é uma locadora de jogos britânica. O serviço da Gametart é interessante: tu monta uma lista de jogos, a loja manda o jogo que você escolheu pelo correio, cê joga até encher o saco e depois devolve, também pelo correio. Quando você devolver aquele jogo, eles te mandam o próximo da lista. Tudo custa 3 dólares por semana. Serviço genial, aliás.
Mas voltemos ao nosso assunto. Infelizmente a pesquisa não apresentou dados demográficos de idade, escolaridade, se as minas são gostosas, quais consoles jogam e o caralho. Então não dá pra saber QUEM eram essas minas que fazem sexo quatro ponto três vezes por semana. Vamos ter que fazer algumas extrapolações científicas a fim de investigar a questão, tentem me acompanhar.
Se elas alugam jogos pelo correio, certamente têm tempo livre para ficar jogando a ponto de contratar um serviço desses. Acho que é seguro assumirmos que são mulheres que não trabalham em tempo integral. Possivelmente são mulheres que só estudam ou que trabalham em tempo parcial. Devem ser jovens. Algo aí entre 18 e 24 anos. Vídeo-game é uma coisa de pessoas descoladas como as minhas leitoras. Acho que também é seguro assumirmos que estas 200 minas são descoladas, jovens e razoavelmente gostosinhas. Mulheres gostosinhas têm aquelas pernas bem-feitas e gostam de exibi-las por aí… várias delas devem usar sandálias de salto alto (daquelas de amarrar na canela). E provavelmente elas são tão gostosinhas e sexy que usam as sandálias mesmo quando tão jogando. Provavelmente elas usam Só a sandália pra jogar. Sexy.
Sexy jogando Wii
Sabemos que nós, machos jogadores, somos frequentemente excitados pelas personagens femininas dos games, que promovem mulheres sexy e gostosas que tiram a roupa por qualquer motivo. Esse tipo de coisa certamente molda a nossa imagem particular do mundo, e nos faz tentar mudar a realidade pra se adequar a esse mundo perfeito onde todas as minas possuem armas, sabem lutar artes marciais e usam pouca roupa. Não é á toa que os cosplays fazem tanto sucesso: é como trazer para a vida real um pouco daquela magia da tela. E não é só nós que ficamos babando ao ver as minas naquelas roupinhas; tu pode crer que elas também curtem pra cacete se vestir de Princesa Léa, assumir a personagem, atrair atenção e provocar ereções.
UóN
Ainda não fugi do assunto. Estou propondo o seguinte: é possível que o universo de alguns jogos onde a imagem feminina é altamente sexualizada, apele também ás mulheres que jogam, criando um clima propício para socar o grão e excitando-as de leve.
Também é possível que elas simplesmente se sintam mais seguras pra manipular homens babões e conseguir sexo, depois de observar tanto exemplos femininos fortes como Lara Croft, Chun-Li, Samus, etc. Convenhamos: é muito melhor ter a Lara Croft como um exemplo de mulher do que, sei lá, a Regina Duarte na novela das 8.
Ou…
… pode ser que simplesmente todas as 200 minas tenham mentido PRA CARALHO quando responderam á pesquisa, e não fazem sexo porra nenhuma. Vocês se deixam levar muito facilmente por imagens e números. Sejam mais críticos, seus noobs.
Mas elas não deixam de ser gostosas. Quem sabe com um Big Apple…