VOCÊ, que jogava PS1 freneticamente. Se lembra do clássico Twisted Metal? Se eu não me engano, foram 5 jogos, e o MELHOR foi o segundo, sem dúvidas. Dá uma olhada num vídeo:
Saudades. A trilha sonora era a MELHOR. Twisted Metal foi a série mais Rock’n Roll de todos os tempos, nem tente discordar.
O fato é que o jogo Twisted Metal: Head-On, lançado para o PSP, vai ganhar novos recursos e será lançado para o PS2 com o nome Twisted Metal: Head-On: Extra Twisted Edition. Se liga no trailer:
Percebeu alguma semelhança? Cara, o Head-On é simplesmente a sequência de Twisted Metal 2, e eu só fico na vontade por não ter jogado, mal toquei em um PSP. Enfim, no game Twisted Metal 2 você controla carros armados até a última em um campo de batalha com outros carros do mesmo naipe. Cada um tem uma especialidade diferente, e todos lançam mísseis, bolas de fogo, atiram, armam bombas e, é claro, as batidas também contam. Um tal de Calypso quem promoveu o torneio, e o prêmio é: O que você quiser. São várias telas espalhadas pelo mundo; como você pode ver no vídeo acima, você pode colocar a torre Eiffel abaixo. Você ainda encara um chefão no meio do jogo, o Minion, um puta tanque que solta três mísseis, uma bola de fogo e um ar congelador AO MESMO TEMPO, se não me engano. Pasmem, você o enfrenta na AMAZÃâ€NIA, véi. Ele foi o chefão final do primeiro jogo da série, aliás. O chefão final de Twisted Metal 2 é um… caminhão de sorvetes chamado Dark Tooth. Repare que o puto conta com uma cabeça em chamas no topo do caminhão e, após você detonar com o caminhão, você precisa detonar com a CABEÇA. Em Hong Kong.
óbvio que eu estou empolgado, ainda mais agora que presenteei minha namorada com um PS2. É claro que eu devia ter dado flores á ela e ter ficado com o game, mas enfim… Twisted Metal: Head-On: Extra Twisted Edition será lançado no dia 25 de Dezembro deste ano, no Natal! A cabeça do Papai Noel vai estar em CHAMAS!
Passando por um dos blogs mais quentes da galáxia, o Odeio e Justifico, encontrei uns vídeos de um hack do jogo Super Mario World, do Super Nintendo, onde as fases são de um nível altamente hardcore.
Os vídeos já têm mais de um ano, creio, mas vale a pena ver o cara se matando pra passar das fases.
Por ordem:
Por completo, só vi os dois acima. Os a seguir, só vi uns trechos. Cara, é desesperador.
Lembram da casa mal assombrada? Assutador. Principalmente o chefão.
Um bom exemplo de sadismo:
Castelo do Bowser, medonho:
Dizem ser a fase mais difícil. Só podem estar brincando, HÍ uma MAIS DIFÍCIL? ó:
E, finalmente, o fim:
Vídeo pra cacete, convenhamos. Alguém aí já jogou? Podem deixar links para downloads nos comentários, além de dicas. Há o Asshole Mario 2, por incrível que pareça. Por enquanto, fiquem só com isso; durante a semana eu publico o resto.
Em primeiro lugar, entendam que eu já joguei TODOS os Need For Speed de PlayStation 2 e que por isso ao xingar ou elogiar esse game eu tenho embasamento. Agora que já tiramos as dúvidas sobre minha capacidade (Querem que eu chame o Capitão Nacimento?), vamos ao bendito (ou não) jogo. Vocês já viram Velozes e Furiosos? Então já sabem o que esperar daqui. No filme original, em um certo momento eles participam de uma competição em um deserto, com corridas dois a dois e outros eventos, como arrancada. Finalmente eles conseguiram plagiar Gran Turismo com estilo e sem perder o formato NFS. Traduzindo? Não é uma droga que nem o Most Wanted, que tentou mudar a fórmula.
Vamos ás mudanças. Não esperem pelos policias FDP´s de Carbon que faziam questão de te tirar muitos minutos de jogo só pra você quebrar eles e bater recordes (Se bem que era divertido prensa-los contra a parede gritando: Die, bitch!). Aqui as corridas são em circuitos únicos, quase legalizados (Se alguém me comprovar que tunagem É permitida eu calo a boca). Ou seja, esqueçam a movimentação pelo mapa.
E eu pensando que poderia sair pra beber
Falando de tunagem… Não, pequeno gafanhoto, você não poderá copiar o carro da Barbie nesse jogo. Pelo menos não tão cedo. Ao contrário dos seus predecessores este jogo facilita muito conseguir somas de mais de milhões. Mas customizar o carro será MESMO caro. Aliás, você não poderá comprar qualquer carro a princípio, como até então. Em ProStreet você jogará antes com um dos carros específicos da competição e quando ganha-la você escolherá um deles. “E aí poderei mexer nele como quiser?”. NÃO MESMO! Ele terá um set próprio, com corpo definido e performance criada pelo jogo. Você terá que criar OUTRA tunagem, do zero. E para se ter uma idéia, alguns kits de peças específicas custam mais de 20 mil, sendo básicos! Ah! E eles simplificaram as partes do motor em três grupos apenas.
Isso torna o jogo ruim? Não mesmo. A jogabilidade finalmente me agradou mesmo, com carros mais realistas de movimento. Só que se tornou MUITO f*** de conseguir movimentar a princípio. Você tem que se entender com o jogo, olhar para ele dizer: Você não é um NFS, mano! e depois você poderá fazer curvas como antes. E cuidado para não bater! Agora os carros QUEBRAM mesmo!!! Então, para aqueles mirolhos que não desviavam dos postes, sinto muito. Vocês estão fora! Falando nisso, só porque não avisei até agora: Esqueçam carros na contramão, lixeiras (Eu adorava lançar elas nas lojas) ou qualquer outro obstáculo que haviam nas cidades. A única coisa que ficará entre você e os outros carros serão poeira e paredes.
Vamos então aos fatos: ProStreet é bom mesmo? Gráficos OK, jogabilidade agradável, som maneiro, mulheres gostosas (As melhores da série, podem acreditar. A primeira que aparece já me deixou LIGADO), carros selecionados. O que poderia ser ruim? Você se sentir trancado pela maneira quase linear de conduzir o jogo. Claro que você pode ir como quiser, usando o mesmo sistema do Carbon de você escolhe uma das direções. Mas os “festivais” são muito simples. Vale a pena jogar o final de semana inteira enquanto sua namorada, ou namorado (MULHERES, não outra coisa!!!), não está em casa. Hum… Pra falar a verdade, pode pedir pra ela te ajudar um pouco também. Vai que ela se empolga e te dá um “apoio moral”.
David de Oliveira Lemes, doravante denominado apenas Dolemes, veterano da crônica gamer online e mandante do GameReporter. Não tinha um cara mais adequado pra fechar o Supositório desse mês. O cara anda sempre ocupado, mas descolei um papo com ele.
Entrevista
Atillah: De onde surgiu a idéia e os culhões pra você resolver fazer um blog só sobre games? Dolemes: Seguinte cara, durante quase 7 anos eu editei o AOL Games, o canal de games da AOL no Brasil. Era um site beeem bacana e tinha como foco e linha editorial olhar para o gamer e depois para a indústria de games, e nunca ao contrário. Esse relacionamento com os gamers me deu as bases para o GameReporter. Comecei o blog em novembro de 2005 e em breve fará 2 anos. No começo, o blog serviu como repositório de todas as matérias que eu e minha equipe tínhamos feito para a AOL. Esse backup era necessário, pois a empresa estava fechando as portas no Brasil e desligaria todos os servidores. E mais: eu queria ter todo aquele conteúdo de qualidade guardado. Assim sendo, o blog já começou com conteúdo de primeira linha, de resto, foi tentar manter o mesmo nível ao longo do tempo.
Atillah: Como você vê a crônica jornalística nacional em comparação com sites internacionais absurdamente ridículos de bons, como o Destructoid? Dolemes: Cara, sou muito fã do Destructoid. É uma inspiração diária para mim. Assim como a crônica esportiva, a crônica de games é um gueto: sempre as mesmas caras e as mesmas pessoas. Não que isso seja ruim. O que acontece é que estas mesmas pessoas precisam se desdobrar em 15 para tocar as publicações onde trabalham, tendo em vista os baixos salários e tal. É necessário surgir um ponto de ruptura no sistema, como a chegada de um grande portal de games no Brasil para as coisas mudarem por aqui. Enquanto isso não acontece, continuo acreditando nos blogs de games.
Atillah: Você acha que no Brasil a situação dos vídeo-games hoje em dia é melhor ou pior do que na época de 80 e 90? Lembro por exemplo que a TEC TOY sempre tentava acompanhar o mercado internacional, com o lançamento do Master System e do Mega Drive, inclusive com comerciais próprios, veiculados na televisão e em revistas. Dolemes: Um dos grandes problemas do mercado de jogos no Brasil é a pirataria. Contudo, não consigo ter uma visão completa deste fato nos anos 80 e 90. Sim, existia, mas confesso que não conheço. Hoje isso é intenso e prejudica o mercado nacional. E como combater? Diminuindo o valor dos jogos, incentivando e desenvolvendo a indústria nacional, mas é necessário também de ajuda federal com diminuição de impostos e incentivos fiscais para a indústria. Só assim este quadro pode ser revertido.
Atillah: O que você está jogando? Dolemes: Atualmento ando jogando Hattrick, Black para PS2 (sei, é um jogo mais antigo, mas dar uns tiros de vez em quando é bom demais, não?) e Lost Planet para XBbox 360. Além disso, váaaarios jogos em Flash, afinal, faço também o GameOZ.
Atillah: Você acha que a pirataria galopante realmente é um problema que impede o estabelecimento de grandes marcas no Brasil? Dolemes: Sem dúvida nenhuma. A pirataria que impede o Brasil de crescer no mercado de games. Contudo, com o amadurecimento do mercado, creio que isso venha a diminuir, mas ainda vai demorar uns bons anos.
Atillah: Qual o melhor jogo que você já jogou? Tá bom, pode escolher uns três pra não sofrer tanto. Mas explique por quê eles são os melhores. Dolemes: Eu sou da geração Atari e me lembro de ficar horas e horas jogando Montezuma’s Revenge e Hero. Montezuma’s foi o primeiro jogo onde percebi que um game poderia ter uma narrativa mínima, mesmo na época não sabendo o que era uma narrativa propriamente dita. Só lembro de sentir que ali existia uma história. Joguei muito MSX e gostava de tudo. Aquele lance de ter um computador ligado na TV me fascinava. Agora, passando para a nova geração, fica bem difícil eleger um… e como gosto de jogo de tiro em primeira pessoa, fico com o Lost Planet…. aquilo é cinematográfico. E confesso: estou louco para jogar Halo 3.
Atillah: Qual é a grande revolução nos vídeo-games que ainda NÃO aconteceu? Dolemes: Projeções holográficas interativas é algo ficcional que pode ser a grande próxima revolução do ponto de vista do suporte, ou seja, sairemos da mundo simulado em uma caixa (TV ou monitor) para um mundo projetado no ambiente em que estamos inseridos. Já existe muita pesquisa nesta área.
Atillah: Você acha que a faixa etária dos jogadores no Brasil está aumentando? Essa parece ser uma tendência mundial, mas não temos dados extensivos pra saber o que acontece em nosso país. Em caso positivo, você acha isso bom ou ruim? Dolemes: A faixa está aumentando pois a geração Atari cresceu. E mais: é uma geração que já tem filhos. Conclusão: dá para jogar em família. Acho isso muito positivo, pois o videogame pode até ajudar pais e filhos a se relacionarem melhor, afinal, é só jogarem juntos.
Atillah: Você gosta de gordinhas? Você não acha que o papel das mulheres no cenário gamer ainda é muito restrito? Falo isso tanto em termos da representação feminina nos jogos, com mulheres como objeto sexual, como no fato de acreditar que elas ainda jogam pouco e participam de forma tímida da cena gamer. Dolemes: Cara, eu acho o seguinte: o público feminino é diferente do público masculino. Só porque as garotas não curtem Battlefield 1942 não quer dizer que elas não gostam de games. É como no cinema: elas preferem comédias românticas e os homens, geralmente, filmes de ação. Mulher gosta de casual games, jogos de raciocínio e não tiros e velocidade. Jogos que exploram a figura feminina são para os nerdões sem namorada. Em tempo: nenhuma mulher resiste ao Collapse.
Atillah: É fácil fazer jornalismo de games no Brasil? Qual é a dica mais valiosa que você gostaria de deixar pra quem quer trabalhar profissionalmente nesse meio? Dolemes: Em primeiro lugar leia muito, aprenda a escrever corretamente e esqueça os vícios e jargões da área. Segundo, claro, jogue muito e conheça a história do videogame. Não dá para escrever sobre uma coisa que você não conhece. Feito isso, crie um estilo para seus textos e análises. Uma personalidade textual. Depois disso, é só aparecer um pouco no meio jornalístico e o melhor modo para se fazer isso hoje em dia é o blog. De resto, leia todos os dias o GameReporter.
Na segunda entrevista do Supositório Gamers, falei com Fábio Correia, empreendedor e fundador do DSManiac. Alguns de vocês já ficaram conhecendo o site pelo podcast para o qual fui convidado a participar. Correia mandou suas opiniões como sempre, sem nenhum tipo de pudor ou censura.
Bastidores
Atillah: véi. Atillah: pelamor. Atillah: Rola agora? Fábio Correia: Vamo nessa agora. Fábio Correia: Sou todo seu. Atillah: ololco, assim não, não faço entrevista homossexual cara.
Entrevista
Atillah: Mas então cara, fala aí como surgiu a idéia de lançar um site só sobre DS, que ATÉ HOJE é um console relativamente desconhecido do grande público no Brasil. Fábio Correia: Foi coisa de momento mesmo. Eu comprei um DS Lite Polar White no lançamento lá nos EUA. Estava lá a trabalho e fui ás 7:30 pra porta de uma loja da Target, na frente da loja tinha eu e dois guris de uns 10 anos, hehe. Comprei o DS e fiquei maravilhado, um pouco depois fui procurar fontes dentro da internet brazuca e não tinha NADA! Daí surgiu a idéia de botar pra frente uma página pra ajudar o pessoal e informar sobre o portátil da Nintendo que, em termos de informação, se resumia a fóruns brasileiros e orkut. Atillah: Esse negócio dos sites independentes, como o DSManiac é uma coisa que na minha opinião empurra o mercado de games no Brasil. Como que tu compara a crônica feita pelos sites independentes com a crônica “oficial”, principalmente das revistas de games brasileiras que SEMPRE estão com o conteúdo em atraso? Fábio Correia: Alguns me acham radical no que faço e no que digo, mas quando comecei o DSManiac eu, membro ativo e um dos fundadores da GameHall, marquei a estréia com o fato de que eu queria passar a opinião de um jogador para outros jogadores. A mídia em larga escala em grande parte é manipulada, claro que não podemos generalizar, tem coisas publicadas que você vê de cara que foi matéria “tendenciosa”, a gente não recebe agrado de ninguém, não come jabá de ninguém. Escreve o que pensa e fala o que quer, quer gostem ou não. Quanto ao atraso das revistas, publicação em papel tá ficando ultrapassado, todo mundo sabe disso, se você analisar as vendas de revistas de games a 3 ou 5 anos atrás você vai ver como esse mercado despencou, tudo graças a velocidade da internet. Atillah: O que mais me incomoda na verdade é o formato engessado das revistas, cara. Por isso que comecei com as fast-food reviews: eu queria falar sobre o jogo, como você disse, de jogador pra jogador, como se estivesse no boteco. Eu acho que falta isso no Brasil, e queria que nós tivéssemos um Destructoid nacional. Fábio Correia: Pois é, não é por menos que eu considero vocês do Ato ou Efeito um site irmão, a ideologia é a mesma, somos jogadores que amamos jogar, falamos sobre o jogo e digitalizamos. Algumas revistas tentaram mudar os formatos, sem sucesso, a meu ver. Acho que com um pouco mais de prática e recursos teremos um Destructoid brasileiro. Fora, mais especificamente nos EUA, sites como Destructoid são valorizados e geram renda pra quem os faz. Nós somos marginalizados e pouco vistos, espero que isso mude num futuro próximo. Atillah: Isso é foda cara. Eu sempre fico com a impressão de que a coisa não vai pra frente no Brasil porque ainda se vê games como coisa de criança. Quando é evidente que o mercado de games gira tanta grana quanto o cinema, por exemplo, e sendo uma mídia muito mais interativa que os filmes. Fábio Correia: Eu não aguento mais esse preconceito contra games; tenho 25 anos, jogo desde os 7, mas se você diz que tem um Wii, PS2, XBOX, DS e PSP o pessoal olha pra você e te chama de moleque. Qual a diversão dessa galera? A tecnologia parece intimidar os cérebros de dinossauro. Minha mãe joga DS todos os dias, Brain Age faz maravilhas no dia a dia dela… Atillah: Hahahahah. Minha mãe só joga Freecell, cara. Mas ela olha o Wii e eu vejo a vontade de jogar nos olhos dela. Fábio Correia: A minha jogou Wii. Adorou… fica ela e minha guria a jogar Wii na sala hahaha. Atillah: Podecrê cara, o Wii apelou pro público “leigo” como nunca vi nenhum console fazer antes. Fábio Correia: Minha mãe é uma pessoa livre de preconceitos, que já viu muita coisa na vida, por isso essa abertura pra jogos. Atillah: É verdade, eu vejo muita gente com VERGONHA mesmo de jogar, mesmo estando louco de vontade pra pegar no joystick (heh) eles parecem não aguentar a pressão pra se justificar depois.
Atillah: Cara, tenho uma pergunta relevante: como DIABOS você faz pra conseguir jogar todos os consoles que você tem? Eu tenho PS2, Wii, DS, PSP e simplesmente não dou conta de jogar tudo que eu quero. Fábio Correia: Velho, eu também não consigo jogar tudo, trabalhar, estudar, cuidar da patroa… o tempo livre é algo raro, mas levando em conta que minha namorada gosta de jogar tanto quanto eu muitas vezes a gente joga uma tarde de sábado… A falta de tempo é outro motivo pra eu ter pegado um portátil; meu DS anda sempre comigo e quando eu tou naquela espera inevitável com um lugar pra sentar, é no DS que eu vou. Apesar do povo nos lugares ficarem olhando meio assim… danem-se eles. Atillah: Cara, os portáteis estão em um momento espetacular mesmo. Até o GBA eles eram só versões pobres dos consoles, hoje em dia eles adquiriram personalidade própria. Tem coisas que você simplesmente só pode jogar no DS. sem falar na oferta de jogos, que NUNCA foi tão grande como hoje. Fábio Correia: Ei, não fala do GBA assim, vou ficar ofendido, o meu GBA SP me deu muita diversão! Atillah: Eu tive o GBA também, mas ah meu, tu sabe que ele mandava mal; sempre tava uma ou duas gerações atrás dos consoles, em termos de gráficos e jogabilidade. Fábio Correia: Pois é, a indústria viu que portáteis são uma mina de ouro. Veja a Square Enix, investindo violentamente no DS: eu não paro de postar notícias, boatos, especulações, tudo ao redor do universo Square. Hoje em dia já tão falando até de um Super Mario RPG 2 com personagens de Final Fantasy no enredo, meu deus, é o ápice da apelação monetária! Atillah: Falando nisso, eu quero falar mal da EA. É tipo um esporte pra mim. Tu não acha que esse negócio de jogo caça níquel tá ficando cada vez mais utilizado pelos desenvolvedores? Ou você acha que é a única maneira de fazer o mercado crescer? Porque, cara, cada vez que eu jogo um jogo da EA, com aquelas propagandas DESCARADAS no meio do jogo, eu fico lembrando das novelas da Globo, com aqueles merchands no meio da cena, focando em uma certo produto de uma certa marca e tal Fábio Correia: Meu velho, o termo CAPITALISMO SELVAGEM não pode ser melhor aplicado a nenhuma empresa do que a EA. Eles são famintos, publicam qualquer coisa e atiram para qualquer lado atrás de nosso dinheiro. Quem pegou os Need For Speed do Wii sabe do que eu estou falando. Eles dão muita bola fora até acertar algo.
Atillah: Cara, fala aí o que você tá jogando ultimamente. Fábio Correia: Ultimamente, ultimamente mesmo, tou jogando Ultimate Mortal Kombat 3(Velho que jogo difícil do baralho!), Contra 4 do DS(Ok, pode me chamar de masoquista), God of War 2 do PS2 e Metroid Prime 3 do Wii. Um pouquinho de cada quando dá… Não adianta querer jogar tudo e deixar os jogos pela metade. Atillah: Nem me fale. Eu tenho esse problema, de ser facilmente seduzido por jogos novos. Tipo, eu tava fissurado no Zelda do Wii, mas aí caiu o Metroid 3 na mão e eu não consigo mais largar essa porra pra pegar o Zelda de novo. Vou sendo facilmente seduzido, mas ao mesmo tempo, me arrependo de não ir até o fim nos jogos; acho que o último que eu terminei foi o Jeanne D’Arc, do PSP. Aproveitando o tema cara, faz teu top 5 dos melhores jogos ever. Vale qualquer console. Fábio Correia: Xiiiiii cara, não tinha uma pergunta mais fácil?! Hahaha! Vou tentar não esquecer nada, mas joguei muito River Raid no Atari, Diablo 2 no PC, Shadow of the Colossus no PS2, Ninja Gaiden no XBOX e Zelda Ocarina of Time no N64… Mas como eu posso deixar de fora jogos do Nintendinho, do SNES, Mega-Drive?! Sou um jogador irremediável. Atillah: Orra, só jogão, tirando o River Raid, que eu acho uma merda. Fábio Correia: Mudou minha vida… meu pai chegou com um Atari pra mim, River Raid foi uma revolução… Atillah: Mas é um clássico, eu entendo. Tiozão feito tu, sempre cita o Atari. HAHAHA. Fábio Correia: Caralho, tiozão é fodá! Haheoaheoah! Mas é isso ai, sou old-school, comecei quase do começo. Atillah: Tô zoando. Eu tenho quase 30 também. Acompanho a cena desde o Atari, mas larguei do Atari, cara. Prezo o console pela popularização dos games que ele proporcionou. Mas não consigo mais olhar pros jogos do Atari e achar legal.
Atillah: Sempre me perguntam sobre qual console vale a pena comprar, e eu digo que é uma questão de momento e personalidade de quem compra, e não de que existe um console melhor ou pior. Qual console você recomendaria que o cara escolhesse se ele fosse comprar um só, e o último vídeo-game que o cara jogou foi o Atari? Porque acontece muito hoje em dia de termos uma geração da nossa idade VOLTANDO aos games e tal. Fábio Correia: Hum, se o último que o sujeito tivesse jogado tivesse sido o Atari, com certeza indicaria o XBOX360: tem muito da jogabilidade da geração passada que é importantíssima para os dias dos jogadores de hoje e os gráficos da nova geração. Talvez o Wii fosse um choque muito grande pro maluco, e se ele pegasse um PS3 não ia ter muito o que jogar em larga escala. Ele deve estar com SEDE de jogo. Atillah: Porra, mano. Mas tu tá pegando um cara que jogou um vídeo game com UM botão e dando pra ele o controle do XBOX, com DOIS analógicos e 230 botões! Nunca que o cara se acostuma. Fábio Correia: Imagina se eu desse um Wii pra ele? O cara ia sentar e chorar sem saber pra onde ir… Atillah: Aliás, eu acho que é a complexidade dos games atuais que afasta esses caras. Fábio Correia: Pois é, minha namorada gama na Nintendo porque não tem muito arrudeio, é pegar e jogar, pá e pum! Ela olha meio que de lado pro XBOX360 porque me vê jogando Gears of Wars e diz que é tudo muito pra hardcore gamer. Atillah: Podecrê, o Wii é mais intuitivo. Mais bobo, mas muito mais intuitivo, menos ameaçador. E eu ainda tô de cara com o Metroid do Wii. Puta merda, é pra acabar de vez com a idéia de que o Wii não tem jogo pra hardcore gamer. Fábio Correia: Pois é, eu nas minhas idéias críticas exarcebadas ainda estou procurando um defeito no jogo… E não acho. Como é que pode? É muito divertido.
Atillah: Eu nunca fui nintendista, mas confesso que o DS e o Wii me ganharam. É como se o mercado de games tivesse ganho um novo fôlego, sei lá. As coisas MUDARAM depois do DS e do Wii. Ambos têm muito jogo ruim, lógico, mas mesmo assim, os jogos bons que saem são muito inovadores. Fábio Correia: Pois é, depois de tanto tempo no escuro a Nintendo ressurge com o paradigma da Inovação acima de tudo. Quer ver pela visão de um Guru dos dias modernos aonde a Nintendo vingou?! Dá uma lida nas idéias do Silvio Meira, Cientista Chefe de uma das maiores empresas de Informática do Brasil, o C.E.S.A.R! No blog dele ele falou sobre o Wii, perfeito o texto. Atillah: Porra, vou anexar na entrevista. CLIQUE AQUI PARA VER O TEXTO.
Atillah: Cara, agora vou te fazer a mesma pergunta que estou fazendo para todos os entrevistados: qual tu acha que é a maior revolução nos games que ainda NÃO aconteceu? Fábio Correia: Lá vem você com mais uma quase-impossível pergunta. Atillah: Claro, assim que é bom. Fábio Correia: Mas essa eu acho que eu respondo sem me prolongar demais: acho que a maior revolução vai ser no dia que você conseguir fazer parte do jogo como você mesmo, viagem basicamente baseada em TRON, filme de 1982 que é obrigatório pra quem gosta de jogos. Atillah: Eu não sei se tu leu uma série que eu fiz sobre os próximos 25 anos nos games: eu fiz uma previsão que no dia que a gente chegar nisso aí, a humanidade acaba, porque nego só vai querer viver no universo virtual como aliás já acontece com os jogadores coreanos, que precisam de LEIS governamentais pra limitar o número de horas de jogo e tal. Parada meio Matrix mesmo.
Atillah: Deixa eu pensar uma pergunta pra terminar aqui cara… senão me fodo pra editar tudo isso depois. Atillah: Já sei. Atillah: Cara, quando vai rolar outro podcast? O público feminino me elogiou e tal, mas o público GLS simplesmente A-DO-ROU a sua voz e senso se humor. Fábio Correia: SEI, acho que você tá CONFUNDINDO os CASOS… Mas o PODCAST tá sendo feito em versão especial de fim de ano! A data certa eu ainda não tenho, mas tem um tal de Super Mario Galaxy chegando pra mim dia 07 de Dezembro que vai dar o que falar nessa próxima edição! Atillah: Beleza cara. Acho que é isso. Quer deixar alguma mensagem sobre o site ou qualquer outra coisa para os seus fãs do público GLS? Fábio Correia: Heoaheoahaeho! Velho, a DSMANIAC tá crescendo dia a dia e eu me sinto bem alimentando o pessoal com informação, espero que todos visitem e se sintam bem informados. A entrevista foi muito massa, um abraço pra todo mundo do Ato ou Efeito.
Abrindo o Supositório com um espetacular papo de boteco com João Vitor Guedes, colunista do Loading Time onde também escreve André Franco, e um dos sites mais hardcore gamer na internet brasileira. Me empolguei e acabei falando pra cacete com o cara. Deixou de ser uma entrevista e virou papo mesmo.
Entrevista
Atillah: Então cara, fala aí de onte tu tirou a idéia de fazer um site TOTALMENTE voltado pros hardcore gamers, essa raça em extinção. João Vitor Guedes: Putz…foi um momento de revolta contra os sites porcarias que temos por aí. Vivemos com um conteúdo igual junk food, é rápido, sem graça, mal montado e tudo mais. São sites brasileiros de um bando de preguiçosos que apenas importam conteúdo estrangeiro. E idéias? Textos interessantes? Nada disso… os caras apenas colocam umas notícias que podemos ver em outros sites…umas análises e mais nada. Tudo igual, sem sabor nem tesão. O esquema da Loading Time é escrever sobre games, comentar e pensar. São interpretações de notícias e não apenas fatos relatados. Polêmicas que outros sites têm medo de fazer, como a da pirataria… enfim, fazer um blog de pensador para pensador. São mais que gamers hardcore, são entendidos e interessados em games. Atillah: Podecrê cara, os sites “grandes” do Brasil acabam sempre caindo nessa de traduzir press release, ou de fazer essas reviews altamente esterilizadas, sem nome de quem fez, sem personalidade. Como se fosse um problema o cara colocar a opinião dele em sobre um jogo. João Vitor Guedes: Mas é o que o público quer, certo? A maioria quer mesmo olhar a notinha, ver a notícia e sair brigando em fóruns da vida. A maioria tem até preguiça de ler um texto. Fora que normalmente os contratados desses sites são acéfalos que mais acham do que realmente entendem. Vide a Electronic Gaming Monthly.
Atillah: Isso é uma questão interessante cara. Tu acha que o gamer brasileiro ainda é um cara basicamente burro e adolescente? Porque eu QUERO acreditar que o gamer médio brasileiro está crescendo, e que é possível fazer uma crônica mais adulta e reflexiva sobre os jogos. Mas ás vezes fico na dúvida. João Vitor Guedes: Não acho não cara. Acredito que existe uma parcela por aí que se interessa por games e estuda muito sobre o assunto. Não considero ninguém burro. Mas acho que existe sim uma grande galera que simplesmente não se interessa em ler algo ou discutir sobre. Eu acredito tanto no potencial desse público que escrevo diariamente. Num dos tópicos estávamos discutindo sobre pirataria e eu entrei no mérito de acreditar que o panorama aqui pode mudar. Acontece que nunca vi tanta reação negativa. Muitos me disseram que o Brasil não tem jeito… que tudo está uma bosta e que pirataria é a solução definitiva. Outros me falaram que tentam lutar e fortalecer o pensamento de mercado. Sempre existem os que querem e os que não fazem questão. Eu tento conversar com os crentes numa indústria brasileira, forte e competitiva acho que muitos perdem tempo brigando por marca, jogo, personagem e apenas vendo tudo superficialmente. Precisamos ir além… e por isso me dedico diariamente a escrever no blog. Já sobre a mídia… ela é o reflexo do consumidor, uma das primeiras lições na minha faculdade; se esses canais não fazem nada a mais é porque isso deve bastar para o público, entende meu ponto? Por exemplo, você vai achar muito mais conteúdo num fórum, porém terá que aturar briguinhas, egos, falta de respeito pelo gosto alheio e tudo mais. Tudo tem seus prós e contras: toda sociedade tem aqueles que lutam, os que apenas vivem e os que causam.
Atillah: Cara, gostei da sua visão radical sobre games, acho que a gente precisa mais disso e de mostrar que jogos são basicamente entretenimento, mas que também podem ser uma forma de arte tão válida como cinema ou livros. Pra mim parece que a gente ainda vive num paradigma onde coisas que envolvem diversão precisam necessariamente ser ligadas a uma mentalidade infantil, e isso sempre me irritou. João Vitor Guedes: Eu te pergunto: cinema é arte? Atillah: Eu acho cara. Eu acho que alguns filmes são arte sim. João Vitor Guedes: Pois bem, a indústria de games fatura atualmente bem mais que a idustria cinematográfica. Tudo bem, sao mídias diferentes, mas o ponto é: temos Okami e HALO 3. Temos Lumines e Gears of War. Cara… nós temos blockbusters e games inovadores. Recentemente meu pai estava escutando a trilha do Final Fantasy 7 e me disse: “nossa que trilha boa, qual orquestra e de onde é?” Eu disse que tratava-se de um game e ele ficou impressionado: são game designers, programadores, desenhistas, concepts, enfim, é uma sinfonia de beleza. É um produto belo, interativo… um filme que controlamos. Enfim, é preciso mudar essa imagem infantil de games urgentemente. Mesmo porque games treinam exércitos, ajudam deficientes, simulam situações, enfim, é muito mais do que um simples “joguinho”. Pega a história de Mass Effect (tô jogando) e compara com um Transformers (o filme).
Atillah: Concordo cara. Eu escrevi um material aí, basicamente humorístico, sobre “os próximos 25 anos nos games”, e acabei me tocando sobre o potencial dos jogos para basicamente englobarem TODAS as outras formas de mídia, tornando-se a principal forma de entretenimento em um futuro próximo. João Vitor Guedes: Eu li…ninja seu artigo. Atillah: Eu achei que era viagem minha, mas acho que isso está bem próximo de acontecer. Como você disse, os jogos já incorporam hoje o que há de melhor em termos de música, textos e imagens. Me parece inevitável que ele acabe unificando as coisas. João Vitor Guedes: Acho que vale a pena assistir “13o Andar” ou outros filmes similares. Apesar da visão pessimista algumas vezes eles percebem e mostram o potencial do game. Acho foda o sensasionalismo brutal e irracional da mídia brazuca para com os games. É coisa de nerda babão… só mostram negos alienados e coisas terríveis. Não mostram pensadores discutindo a nova geração como Wii ou o 360 e PS3 que são mais que simples games, são centro de entretenimento, TV e tudo mais. Atillah: É verdade cara, a visão que a mídia passa é bem bitolada. Mas ao mesmo tempo, eu me assusto PRA CARALHO ao ver que os jogos ainda nem chegaram em experiência de imersão total, mas que já tem um monte de coreano louco MORRENDO de tanto jogar, porque basicamente transferiram suas vidas para o mundo virtual. Lógico que eles são desajustados, mas são coisas que não aconteciam há alguns anos atrás. Os jogos estão ficando sedutores DEMAIS como uma forma de vida alternativa. Vide World of Warcraft e Second Life. E fico achando que a mídia não tem outra alternativa além de focar realmente nos nerds babões. João Vitor Guedes: Cara, o jogo é sedutor… é a promessa de uma vida melhor. Nele você pode ser um mago level 99, respeitado e ser o que quiser no jogo, salvar o mundo e tudo mais. A vida real é chata, fria. O game, assim como o anime, assim como o comics, assim como qualquer coisa, pode viciar. Tenho um amigo que é um deus no Ragnarok: ele é O CARA. No mundo todo respeitam ele. Mas na vida real ele tem poucos amigos, se sente feio, nunca saiu com uma menina. Ele é quieto e inseguro. No game ele tem personagens level 99 e o caralho. Quem não se sente seduzido por isso? Mas tudo vicia. Jogo, bebida, esporte e até religião. Tudo deve ser medido, certo? Atillah: Sim, como eu já disse em um outro artigo meu, o que você joga, e como você joga, são reflexos da sua personalidade. Com certeza.
Atillah: Mas vamos falar da geração atual de consoles cara. Qual dos três consoles aí está te seduzindo mais no momento? E por quê? João Vitor Guedes: Comprei um Wii. Cara…tesão. Gostei do DS (tenho) e do Wii. Ambos seguindo a filosofia nova da Nintendo (depois de tanto tomar naquele lugar e ficar sem grana, resolveu usar a criatividade). Porém achei intrigante o abandono das empresas para com o Wii. Parecem que estão todos enfatizando os gráficos totemicos e tudo mais. Depois comprei um XBox 360 e, como eu mesmo já esperava, o Wii ficou de lado. Não por desprezo meu, mas não consigo ter dois consoles. Como estava faltando jogos eu acabei vendendo ele (o que foi uma boa, já que meu avô comprou o Wii e eu ainda posso jogar quando quiser). O X360 eu adoro. Tenho Gears of War, Halo 3, Overlord e Mass Effect. Está chegando o Assassin’s Creed. Eu tenho o Puzzle Quest, Lumines… eu jogo de tudo. O esquema no XBox é que eu gosto de games de FPS e tudo mais, e meus outros amigos também compraram: foi legal terminar Halo 3 juntos. Ficou em família. Já o PS3? Não… pode passar. Sem jogo… sem perspectiva… somente repetições. PS3 é um déja vu maldito. Nada inovador, com jogos em suas sexta, sétima ou décima terceira versão. Já encheu, saca? Até o TOP 10 da Gametrailers só tinha 5 jogos. Ainda por cima o mesmo controle (sendo que ele fôra criado pela nintendo…adoro essa parte porque os sonistas ficam putos)… mesma filosofia… somente gráficos..nada de novo. Fora que o que tem de “novo” nele são idéias copiadas dos outros. Talvez emplaque, mas enquanto viver na sombra dos seus antepassados eu prefiro esquecer dele. A Sony precisa mudar a filosofia. Mas o PS3 tem uma jóia chamada Little Big Planet…esse eu queria ver. Atillah: O quente do PS3 é a capacidade tecnológica bruta da parada. Eu AINDA boto fé no PS3, cara. Se fosse pra comprar ações, eu compraria da Sony. João Vitor Guedes: Eu esperaria. Quero ver se o Blu Ray vence…caso sim, aí é esquema. Atillah: Porém, estou muito seduzido pelo Wii ultimamente. Metroid Prime é revolucionário, cara. Zelda também é revolucionário, e dentro da própria franquia. João Vitor Guedes:Metroid do Wii é, desculpe o termo, fodástico. Disse inumeras vezes no Halo 3 que queria o Wii remote pra jogar aquilo. É outro esquema de jogo né cara… também quero ver a “nova” jogabilidade do futebolzinho no Wii. Winning Eleven do Wii promete ser inovador eu não duvido. Aliás, já era mais do que hora do gênero ser reformulado.
Atillah: Eu me impressiono com a nossa capacidade, como gamers, de absorver tão rápido o Wii, cara. Porque faz um ano desde que eu joguei pela primeira vez essa porra, e ainda me impressiono com o potencial do wiimote. Alguém usou drogas pesadas pra desenvolver esses controles. E eu tenho certeza de que eles ainda não foram totalmente aproveitados. João Vitor Guedes: Cara, o Miyamoto criou um encanador que come cogumelo e usa flores pra soltar fogo. Tudo isso para salvar uma princesa que vive sendo sequestrada por um dragão-tartaruga e tendo filhos do nada. E você ainda acha que alguém usou drogas? Hahahaha. Atillah: Sério cara, eu não esperava esse salto qualitativo que a Nintendo deu com o DS e o Wii. Dois consoles podres em termos de capacidade gráfica, mas completamente espetaculares na capacidade de inovar e FORÇAR as porras dos desenvolvedores a inventarem formas novas de jogar. João Vitor Guedes: Conhece o ditado? Com grana = pouca criatividade. Sem grana = precisamos inovar. Quando se tem grana você vai pro caminho dos efeitos, cenas de ação e tudo mais. Sem grana você começa a se preocupar com história, câmera e atuação. Esse é o esquema, a Nintendo tava zicada depois do Nintendo 64 e do GameCube e o que ela fez? Pensou. E mandou muito bem. O NDS eu acho foda. Aliás, tive um PSP e gostava muito dele… mas o DS com o Mario Kart já me seduziu. E confesso que eu gosto de… de… pokemon! Sim eu gosto!
Atillah: O que eu me pego pensando mesmo ás vezes… é como o mercado estaria se a SEGA ainda estivesse na área. João Vitor Guedes: A SEGa não aguentou tanta bosta seguida. Começou com o Sega CD e foi afundando… falta de organização e outras coisas. Atillah: Porra, mas o Dreamcast era um puta console cara. João Vitor Guedes: Eu tive um, era tesão. Atillah: Eu também. Aliás, ainda tenho. João Vitor Guedes: Mas não tinha jogo cara… aí morreu. Atillah: Todos os jogos dele eram bons meu. Todos os… 12 ou 13 jogos, hehehe. João Vitor Guedes: E quando o Dreamcast foi lançado, a Sony anunciou o PS2…foi treta. Atillah: Sim, foi um timing péssimo o que acabou com a SEGA, eu acredito nisso também. João Vitor Guedes:Space Channel, Jet Grind Radio, Chu Chu Rocket…esses eram especiais.
Atillah: Porra, a gente fala pra caralho. Deixa eu pensar numa forma boa de fechar a entrevista e te liberar, cara. João Vitor Guedes: A melhor maneira é falando mau de alguém ou de alguma coisa. Atillah: Vou fazer a pergunta que é padrão para todos os entrevistados: qual é a grande revolução nos games que ainda NÃO aconteceu, pra você? João Vitor Guedes: O dia que passarmos de jogadores para produtores da informação. Um game 100% interativo. Modificadores do canal e informação. Produtores do conteúdo. O Wii é um grande passo e o Little Big Planet também, apesar de escolhas pré determinadas. É outro desta que acho que quando isso acontecer… o resto é consequencia. Atillah: Cara, eu vivo pra ver esses jogos que revolucionam. Essas paradas muito diferentes que surpreendem a gente. João Vitor Guedes: Pois é. Quero ver quebrarem o limite da escolha; não sermos mais obrigados a escolher uma entre 90 escolhas, e sim escolher a opção que realmente queremos, saca? Seria do caralho um Rock Band em que você cria sua música, faz do seu jeito.
Atillah: Outra pergunta obrigatória: faz aí teu top 5 de jogos cara. Vale qualquer época e qualquer console. Esses Top 5 sempre mudam, mas é divertido saber o que cada um considera os melhores no momento. João Vitor Guedes:
5 – Final Fantasy 7 (escolhi esse porque acho o mais foda mesmo.)
4 – Wii Sports (não pelo jogo, mas foi ele que nos apresentou o Wii, e ver meu avó jogar é uma quebra gigante de tabu que durou anos.)
3 – Street Fighter 2
2 – Tetris
1 – Mario 3
Atillah: Porra, só crássico. João Vitor Guedes:Mario 3 é o Mario melhorado. Mario é o pai da Nintendo e o boom da indústria. Tetris é o pai dos puzzles e jogo mais jogado. Street Fighter 2 é a luta que conhecemos até hoje. Final Fantasy 7 é o melhor da série e ponto.
Atillah: E da safra nova cara? Quais te deixaram uma impressão mais forte? João Vitor Guedes:
1 – Mario Galaxy
2 – Metroid do Wii
3 – Rock Band
4 – Bioshock
5 – Gears of War
Atillah: Show cara. Obrigado aí pela entrevista e saiba que foi uma satisfação falar com quem entende do assunto. João Vitor Guedes: A recíproca é verdadeira.
O Théo ficou com PREGUIÇA de fazer as entrevistas desse mês, e deixou a bomba na minha mão. É lógico que quando a responsabilidade fica comigo, tudo vira cerveja, churrasco ou vídeo-game.
Como não consegui entrevistar nenhuma picanha e as latinhas de Skol esvaziavam antes de conseguir falar alguma coisa, só sobraram os jogadores de vídeo-game para as entrevistas.
No esquema de sempre: três dias, três entrevistas. Acompanhem, motherfuckers.
Supositório entrevista: João Vitor Guedes (Loading Time)
Estava eu fazendo as entrevistas para o Supositório desse mês (que virá com o tema “Gamers“, acompanhe a partir do dia 01 de dezembro) e ao conversar com os entrevistados percebi que as preferências por consoles estão intimamente ligadas á personalidade do jogador.
Juntei isso com o fato de vários amigos me perguntarem qual console eles deveriam adquirir, principalmente frente ás três escolhas da nova geração: XBox 360, Playstation 3 e Wii. Antes de dar a resposta, sempre procuro investigar o que o motherfucker gosta de jogar, sua disponibilidade de tempo e dinheiro, ao invés de simplesmente dizer qual dos consoles eu prefiro.
Como isso se tornou um hábito e pessoas me enchem o saco rotineiramente para tomar suas decisões, resolvi escrever a coluna dessa semana com algumas dicas para que você, pequeno ignorante, faça a sua próxima compra vídeo-gamística de modo mais eficiente e gozoso possível, sem jogar dinheiro fora numa compra por impulso. NUNCA compre um Nintendo DS só porque você A-MOU aquele modelo cor-de-rosa (ouviu, Théo?)
Em primeiro lugar, não compre um vídeo-game se você não vai ter tempo pra jogar. Estou falando sério. Esse é um erro comum de pessoas que acham que estão tendo poucos prazeres hedonistas, e que um vídeo-game vai magicamente transformar sua vidinha de merda em algo espetacular. Os vídeo-games têm esse poder, de fato, mas se você está enfiando eles na sua vida Só AGORA, você vai se frustrar. É como esses putos que compram uma esteira pra fazer exercício em casa e, depois de duas semanas, ela já tá encostada na garagem servindo de base para a casinha do cachorro ou para os engradados de cerveja. Motherfuckers indisciplinados.
Lógico que nunca é tarde demais pra começar a jogar; quanto mais gente jogando melhor. Mas se o último “jogo” que você jogou foi Cubo Mágico ou Banco Imobiliário, é bom saber que vídeo-games são um pouco diferentes no quesito espaço que eles vão ocupar na sua vida.
Você pode jogar Banco Imobiliário nos consoles também.
Jogos requerem tempo e dedicação. Alguns gêneros específicos, como os RPG’s, estão se tornando cada vez mais longos, sendo que é comum enfiar algo entre 50 a 100 horas de jogo para se concluir qualquer um deles. Suponha que você só possa jogar 2 horas por dia, e apenas 3 dias por semana; você vai levar no mínimo 3 meses para terminar UM jogo. Você vai comprar a porra do vídeo-game pra jogar só 4 jogos por ano? Me parece idiota. Melhor investir esse tempo no bar ou com sua namorada. Ou os dois ao mesmo tempo. Mas não deixe ela beber muito, mulher bêbada começa a dar vexame. Qualquer coisa me avisa que eu levo ela pra casa, ok? Pra minha casa, lógico; eu garanto que ela vai melhorar depois de pegar no “taco” pra jogar Super Swing Golf (Wii).
Você não curte golfe? Pena. Sua mulher curte.
Veja bem, jogando POUCO você também vai se divertir POUCO. Claro, ninguém precisa comprar um vídeo-game pra jogar 10 horas seguidas todos os dias; só estou dizendo que dependendo do tipo de jogo que você curte, se você não se dedicar regularmente ao seu treino, você simplesmente não vai conseguir desenvolver as habilidades necessárias para curtir 100% dos seus jogos. No caso dos RPG’s, por exemplo, quanto mais você joga, mais você entende o gênero e aprende a jogar MELHOR e MAIS RÍPIDO todos os jogos de RPG que caírem na sua mão. O seu console passa a proporcionar mais diversão então, porque você pode jogar mais coisas no mesmo período de tempo que gastaria se não tivesse nenhum treino. Você não fica dando voltar pensando no que fazer no jogo, você vai direto ao que interessa. É como ler um livro do Stephen King, você já sabe o que esperar e se prepara para tirar o máximo de diversão do estilo de escrita que o cara tem. Em jargão técnico chamamos isso de “gênero narrativo”, em jargão de boteco chamamos isso de “sacar qualé a do jogo”.
Ah, você não gosta de RPG e acha que isso é jogo de nerd? Você ta querendo mesmo é jogar FIFA e Winning Eleven com os amigos, enquanto detona umas cervas? São jogos mais “casuais” né? Não exigem tanto tempo jogando, hmm?
PIOR AINDA, seu puto. Se você não treinar regularmente você vai levar um couro de todo mundo que pegar no controle 2. Se liga. Você não vai se divertir se perder todas as partidas por 12 x 0. E olha que eu sei que você perdeu pro cara que joga com a Coréia do Sul. E você tava com a Argentina. Eu te falei pra treinar mais.
Se você faz parte desse grupo que botei aí em cima, dos que não têm muito tempo ou disciplina pra jogar, saiba que nem tudo está perdido pra você. Não recomendo a compra de um console “de mesa”, mas sim de um portátil. Essa é uma alternativa que normalmente é negligenciada pelos novos compradores de games. Os portáteis são vistos como uma categoria inferior de vídeo-game, pelos leigos.
Playstation Portable
De certa forma eles estão certos. Até o advento do Playstation Portable e do Nintendo DS, os portáteis eram fracos e muitos atrasados tecnologicamente em relação aos consoles de mesa, mas hoje em dia isso não se aplica mais; o DS possui uma capacidade similar á do Playstation 1, enquanto o PSP simula o Playstation 2. Pode parecer pouco frente á nova geração de consoles de mesa, mas é mais do que suficiente para gerar jogos espetaculares em uma telinha pequena que vai ficar entre suas mãos. Os portáteis já não ficam devendo nada em termos de diversão.
Nintendo DS
Mas por que estou recomendando um portátil pra quem não tem tempo pra jogar? Por vários motivos:
1) Muitas vezes a sua família não está a fim de dividir a televisão com você, principalmente se você quer jogar merdas como Cooking Mama (eu sei que você gosta, ok?). Ninguém é obrigado a te assistir jogando, e ficar dividindo o aparelho vai encher tanto o seu saco como o saco de quem quer usar a televisão pra assistir Zorra Total ou aquele DVD de O Vento Levou. Com um portátil, você tem a televisão integrada ao aparelho, e leva ela pra qualquer lado. Você pode até jogar ao mesmo tempo em que assiste televisão. Um portátil e algmas latinhas de Skol são ótimos companheiros para aquela partida em que você SABE que seu time vai perder.
2) Os consoles de mesa são um pouco burocráticos demais para o jogador casual. Eles envolvem um certo comprometimento, de você ligar o console, carregar o jogo, dar um load no seu save e jogar PELO MENOS até você poder salvar de novo. Dependendo do jogo de sua preferência isso pode levar muito tempo, e dá preguiça monstro de jogar quando você tem apenas alguns minutos disponíveis. E se for pra perder tudo que você já fez no jogo, desligando antes de dar save, então pra que jogar? Os portáteis levam uma vantagem desgraçada nesse quesito: no PSP basta você dar um pause no jogo e colocar o aparelho em standby. No DS, é só você fechar o aparelho que ele pára no lugar onde você estava. Depois, é só abrir o flip do DS ou ligar o PSP para que eles voltem EXATAMENTE onde você parou. O conforto é indescritível, em relação aos consoles de mesa. A liberdade para jogar/parar de jogar é total.
3) Eles são PORTÍTEIS cara! Isso significa que você os leva pra onde quiser. Tá no aeroporto e o vôo atrasou? Fila de banco? Pegando busão pra casa da namorada? Cerimônia de casamento? Matando aula na cantina? Tá no banheiro sujando a louça? Todas essas são óTIMAS oportunidades pra puxar seu portátil e dar uma jogadinha. Um tempo que seria jogado fora e que você pode transformar em um momento de diversão extrema. No banheiro, recomendo que você jogue os puzzles, como Tetris, Picross, Jewel Quest. É impressionante a concentração e clareza mental que você consegue quando está obrando (meus melhores scores em Lumines foram feitos no banheiro). Se bem que eu tentei Medal of Honor ultimamente, e tem sido bom também: os barulhos dos tiros reverberam nos azulejos do banheiro, e parece que você realmente está no meio da guerra. Pra quem escuta de fora, o barulho dos tiros ajuda a desestimular a pessoa a pedir que você saia logo: orra, tá rolando UMA GUERRA lá dentro, mano!
4) Via de regra, os portáteis são mais baratos que os consoles de mesa. Se você ainda está pensando se vai curtir ou não esse negócio de games, é melhor gastar pouco do que gastar muito. A revenda costuma ser fácil também, e por algum motivo me parece que eles desvalorizam menos que os consoles de mesa. Deve ter algo a ver com o fetiche de se ter um gadget tecnológico e tal.
5) Tanto o PSP como o DS possuem conexão wireless, o que significa que você pode acessar a internet de qualquer lugar que ofereça algum serviço wi-fi. Não é a interface mais amigável do mundo, mas pode quebrar vários galhos, dependendo de com o que você trabalha. E, lógico, serve para jogar games multiplayer via internet ou rede local.
6) Os dois aparelhinhos rodam vídeo e mp3, além de textos e imagens. Pra mim isso não é muito importante, pois tenho outros aparelhos mais eficiente pra cumprir essas funções. Mas é importante pra muita gente que não quer acumular um monte de aparelhos diferentes. O PSP sobressai nessas funções paralelas, devido ao tamanho de sua tela, qualidade de som e formato widescreen.
Bom, esses são alguns motivos coerentes para você escolher um portátil. Gostei desse tema e vou continuar na coluna da semana que vem, tratando dos consoles de mesa. Segure sua compra até lá.
Não sabe como funcionam essas reviews? Veja a introdução aqui.
Chibi-Robo Park Patrol
Aff mano. Olha quanta FLOR.
Você gosta de flores? E de jardins floridos? E de ficar plantando flores e criar jardins floridos cheios de borboletas?
Já deu pra ver que minha review vai ser extremamente parcial né?
Bom, eu espero que VOCÊ goste de fazer essas coisas, porque Chibi-Robo é um jogo totalmente baseado nessa premissa ecológica de tornar o mundo mais belo, colorido e tanga. Deixei meu preconceito de lado e fui dar uma sacada no jogo, pelo menos pra contar alguma coisa pra vocês.
Mentira. Nem deixei meu preconceito de lado.
Porque o jogo é extremamente boiola mesmo, porra. A jogabilidade é legal e viciante sim, não vou mentir; você aprende rapidinho o que tem que fazer e depois vira meio automático a parada, e você cai direitinho no esquema de ação-recompensa, que os melhores jogos sempre têm. Além disso, o design de jogo e o estilo são únicos, com personagens interessantes e que nem sempre são abaitolados. Você joga da perspectiva de um minúsculo robô plantador de flores, o que torna o mundo de jogo uma experiência diferente para o jogador. Chibi-Robo é legal.
Mas eu não consigo evitar a sensação de que virei um jardineiro de macacão rosa e flor atrás da orelha ao jogar Chibi-Robo Park Patrol. Então, boa sorte aí pra vocês, porque eu estou fora desse, ok?
Julgamento final: Bom, você planta flores. Você curte flores e animais fofinhos? Eu sei que você curte, não precisa ter vergonha, cara. Isso é normal hoje em dia, o importante é que você seja feliz. Mas não me chame pra ir ao teatro com você, blz?
Touch Detective 2 1/2
Tem cara de jogo motherfucker, eu sei. Mas até que é bem legal.
Eu sou do tempo dos adventures. Vocês lembram dos adventures? The Day of the Tentacle, Myst, Monkey Island e essas coisas?
Tá, vocês não são tão velhos como eu. Mas tudo bem, então pensem em Sam & Max: Season 1, que saiu nesse ano mesmo. Isso é adventure pra mim. E eu até acho divertido, quando você não tá a fim de muita adrenalina pra jogar.
Touch Detective segue na mesma linha: personagens engraçadinhos com piadas espertinhas a todo o momento. Alguns eventos inusitados e muito clica-aqui depois clica-ali, até achar a coisa certa a ser feita no cenário. Nem sempre as coisas seguem uma ordem lógica (o que me irrita) mas suponho que é algo necessário para manter o jogo original e surpreendente.
Ele também ficou um pouco “maior” e mais criativo do que o primeiro título. O jogo não faz muito o meu estilo, mas tem sua personalidade e, pra quem curte adventures, é uma ótima opção. Achei ele surreal em alguns momentos e bizarro em outros, o que é bom, na minha opinião. A história tem ritmo e as coisas andam mais rapidamente do que nos adventures de antigamente. Sinal dos tempos, acho eu.
Julgamento final:Adventure old-school. Nostálgico até certo ponto, mas com algumas concessões aos jogadores contemporâneos. Se você nunca experimentou nenhum jogo desse estilo e lê inglês bem, tenta aí.
Tony Hawk’s Proving Ground
Mais um pra coleção.
Bom, Tony Hawk já não surpreende mais ninguém. A gente sempre encontra o que espera nos jogos da série. Isso é bom ao mesmo tempo em que é ruim: bom porque normalmente os jogos têm qualidade e não decepcionam os fãs; porém é ruim, porque não muda nada do que a gente já conhece. Em muitos aspectos, é uma série que me lembra os jogos FIFA e similares.
A versão do DS está bem competente. Os controles são bons, e você não usa a stylus pra quase nada. Seria complicado com esse tipo de jogo mesmo. Os cenários são legais e amplos, e funcionam bem para as manobras. As musiquinhas estão dentro do esperado, embora você precise de fones de ouvido para curtir alguma coisa de verdade. Nada a reclamar na parte técnica.
O problema com o DS é que, como já falei para outros jogos, ele é pequeno demais para certos gêneros. Jogos de esporte, em geral, não “cabem” na telinha do DS. Tony Hawk sofre desse mesmo problema, falta a sensação de liberdade e amplitude, normalmente só alcançadas nos consoles ligados á televisão. Eu realmente prefiro usar meu DS para jogar outras coisas que combinam mais com o portátil.
Julgamento final: Um ótimo jogo da série Tony Hawk. Mas prefiro jogá-lo em qualquer outro console do que no DS.
Não sabe como funcionam essas reviews? Veja a introdução aqui.
Syphon Filter: Logan’s Shadow
Descaralhante.
Vocês não vão me ouvir falar isso de muitos jogos. Podem ter certeza de que esse merece.
Se você ainda não jogou Syphon Filter: Dark Mirror, de 2006, saiba que perdeu um dos melhores motivos para se ter um PSP. Foi o primeiro jogo de ação em terceira pessoa que conseguiu se adequar perfeitamente aos controles do portátil, e não se entregou á ladainha do “ah, mas o o psp só tem um analógico, não dá pra jogar esse tipo de jogo”. NÃO TEM DESSA, MEU! Quando o desenvolvedor se dedica e bota uma equipe competente pra trabalhar na bagaça, o resultado é Syphon Filter: delicioso de se jogar, divertido do início ao fim e totalmente adequado aos controles disponíveis. Ao lado de Metal Gear Solid: Portable Ops, é provavelmente um dos melhores jogos de ação do PSP.
E agora Logan’s Shadow; a porra do jogo simplesmente melhorou em TUDO desde o ano passado. Mantiveram o ótimo esquema de controle e ainda adicionaram novas movimentações para Logan, o que para mim é algo inacreditável (agora você pode combater na água, por exemplo). Logan se tornou um personagem ainda mais dinâmico e flexível, deixando o jogador totalmente á vontade para jogar Logan’s Shadow no seu ritmo e da maneira que achar melhor.
A gama de armamentos continua extremamente interessante, os personagens cada vez mais canastrões e a história cada vez mais esdrúxula. Esse sempre foi o espírito de Syphon Filter, desde o Playstation 1, e com Logan’s Shadow a franquia ganha mais um sólido jogo para apagar de vez a fama daquela merda (Omega Strain) que lançaram para o PS2. Bom para nós.
Julgamento final: Descaralhante, como já falei, e totalmente recomendado. Se você não jogou o anterior vai levar um tempinho para se acostumar com os controles, mas depois eles viram a coisa mais natural do mundo e você fica se perguntando por que todos os jogos do PSP não são assim.
Hot Wheels Ultimate Racing
Jogo rapidão… até o momento em que você precisa usar slow-motion. Q?
Sim, Hot Wheels. Aqueles carrinhos de brinquedo que eventualmente são engolidos por tubarões, pegam fogo, explodem e ficam espalhados pela casa como cascas de banana ambulantes, esperando um desavisado pisar em cima e decolar rumo á terra-do-nariz-no-chão. Pelo menos quando eu era pequeno era assim.
É lógico que esse jogo é uma merda, o que você esperava? Depois que você se acostuma a jogar coisas como Burnout e Need for Speed na telinha do PSP, você nunca mais se satisfaz com joguinhos medianos de corrida, principalmente quando são tão simplistas e tão… de brinquedo… como Hot Wheels.
Ao mesmo tempo que tudo parece de binquedo no jogo, ele é difícil pra cacete; isso parece contraditório, e é. Se você rela no guard-rail de qualquer curva, você imediatamente perde toda sua aceleração e a galera passa zunindo por você. Frustrante. Depois que você apanha bastante, você aprende que precisa usar um recurso de slow-motion para fazer as curvas mais nervosas. Aperta o R e tudo fica mais lento, a física do carro muda e você consegue vencer a curva. Combina isso aí com o botão de boost, e Hot Wheels começa a ficar mais jogável.
Ok, é um recurso relativamente interessante. Mas não pra um jogo de corrida, porra! Quem quer jogar jogo de corrida em slow-motion, cacete? Qual é o problema com esses desenvolvedores?
Julgamento final: Não. Não jogue. Burnout é melhor em tudo que Hot Wheels tenta fazer.
Crash of the Titans
Só achei imagem do Wii, não me matem. A versão do PSP é parecida, ok?
Eu já tinha falado sobre esse jogo pro DS, e que ele tinha ficado legalzinho no portátil da Nintendo. Meu medo era que só tivessem portado o jogo entre as diferentes plataformas, o que normalmente significa que ele fica bom em UMA delas e uma desgraça em todas as outras (Vide Tom Clancy’s Ghost Recon, como exemplo).
Felizmente me enganei. A versão do PSP é bastante diferente da versão DS, e utiliza muito bem a capacidade 3D do portátil, transformando-o de fato em outro jogo. A idéia básica (e divertida) de montar em monstros para vencer algumas partes das fases continua lá, e ainda é muito bem implementada. Também gosto muito do fato de Crash adquirir novas habilidades automaticamente, conforme coleta esferas pelas fases. Estimula o jogador a explorar os cenários e descobrir o esforço dos desenvolvedores para criar um jogo bonito e interessante. A versão do PSP é bem menos restritiva do que a do DS, e a sensação de liberdade é bem maior do que aquela idéia de “corredor” que imperava nos jogos do Playstation 1.
A cada fase completa você também abre alguns bônus, como arte original do jogo e essas tanguices que os desenvolvedores gostam de colocar ás vezes. Não serve pra nada em termos de jogo, mas é legal para quem é fã da série, como eu.
Julgamento final: Hmmm… não sei. O jogo é bem legal, mas só se você jogou os Crash Bandicoot do playstation 1 e guarda boas lembranças daquela época. Se você não conhece a franquia, jogue Ratchet & Clank que você está mais bem-servido.