Normalmente eu só gosto de criar polêmica quando tenho certeza sobre a minha opinião a respeito do assunto em pauta, para poder defender a minha posição até o outro indivíduo ficar de saco cheio e admitir que eu estou certo.
Porém, no caso da pirataria digital eu não consigo chegar a uma opinião final sobre o assunto. Se eu não consigo fazer isso, devo admitir que a coisa toda simplesmente é complexa demais, muito mais complexa do que a minha capacidade de chegar a uma conclusão sobre ela. Ou admito que não tem solução ou fico tentando morder o próprio rabo, feito cachorro louco.
Supondo que vocês fiquem tão confusos quanto eu, então peço que vocês também suspendam seus julgamentos prévios, e vamos tentar pensar no quadro todo. Quem sabe a gente se torna menos burro coletivamente, e consegue concluir coisas mais inteligentes a longo prazo.
Vou compartilhar com vocês algumas coisas que me incomodam sobre o assunto, e que me impedem de chegar a uma satisfatória resposta sobre a pergunta:
Usar cópias não-oficiais de jogos é errado?
É fácil dizer que é errado. O maior argumento é de que pirataria é roubo, e roubo sempre é errado.
Não tenho dúvidas de que o magrão que vende cd pirata e ganha grana com isso está cometendo um crime. Um não, vários. Além de vender um produto ruim e sem nenhuma garantia, ainda prejudica quem trabalha com a venda legal do produto, que não pode competir com esse cara; esse cara também não paga nenhum tipo de imposto, não contribui para o crescimento do país, etc. Nesse caso acho que todos concordamos que está sendo praticado algo “errado”. Mas essa não é a pergunta que eu fiz. Eu perguntei sobre o USO de cópias não-oficiais, e não sobre sua reprodução e venda.
Ok. Agora vamos ás partes problemáticas:
Se eu baixo um jogo da internet, gravo em casa e jogo só no meu console, isso é roubo? E se for roubo, é roubo do quê? Não é como se você chegasse em uma loja e escondesse o dvd do jogo na jaqueta, saindo sem pagar. Nesse caso você teria de fato roubado a loja, que comprou e pagou pelo jogo para poder ter lucro revendendo. Você roubou algo palpável, material. Se te pegarem na saída, você vai ter que devolver o dvd.
Mas no caso da internet, você roubou o quê? Um monte de bytes? Como você faz pra devolver? Os fabricantes nem sabem que esses bytes estavam lá, sendo tranferidos para o seu computador. Se você quiser devolver esses bytes pra eles (suponha que você coloque os bytes em um dvd e leve para os fabricantes) eles vão mandar você enfiar o dvd no rabo. Materialmente falando não é roubo. Nenhum patrimônio físico foi subtraído de ninguém.
Aí passamos para a esfera metafísica da parada. A argumentação é de que você roubou uma propriedade intelectual. Que, de alguma forma, naquele monte de bytes existe uma idéia original de alguém, que merece ser reembolsado por sua idéia original a cada vez que alguém resolve jogar aquele jogo. Mas é meio complicado, porque você não quer exatamente a IDÉIA que o cara teve. Não é como se você fosse pegar a idéia do cara e criar um jogo igual pra vender. Você só quer jogar. Você não está roubando a idéia, enfiando ela em um saco plástico e enterrando no quintal. Quando você joga, você só usa a idéia por um tempo e depois larga ela.
Ok, então você deve pagar pelo “empréstimo temporário de idéia materializada na forma de um jogo”. Está começando a ficar meio ridículo, mas tudo bem. Vamos supor que seja certo você pagar a alguém pelo uso temporário de uma idéia. Mas espera. Olha quantos jogos iguais existem no mercado hoje em dia. Pense em todos os clones de Doom e Starcraft que você já jogou. Pior ainda, será que a Blizzard (Starcraft) pagou á Westwood Studios por ter feito um jogo que era claramente inspirado em Dune II? E todos os clones que vieram depois? Todos pagaram retroativamente pelo uso da idéia “jogo de estratégia em tempo real”?
Lógico que não pagaram. É só um gênero, um tipo de jogo. Além do mais os jogos são DIFERENTES uns dos outros, mesmo que seja só uma diferença no design das unidades de combate.
Tá, então se for uma coisa um pouco diferente eu não preciso pagar pela idéia? Então se eu baixar um jogo e trocar o nome dele por algo aleatório, ele já virou uma coisa diferente? Não? Quanto você precisa mudar pra virar outro jogo e não pagar pela idéia? E se eu não entender a idéia do cara que fez o jogo? Suponha que eu compre o jogo, mas ele seja muito complexo e eu não gostei. Eu não usei a idéia original do cara, porque eu sou burro e não entendi o jogo. Eu deveria pagar por uma idéia que eu nem mesmo sei qual é?
As coisas estão saindo de controle nessa argumentação não é? É exatamente o que eu quero que você perceba: a complexidade e bizarrice da questão. Vamos tentar voltar ao mundo real. Vamos pensar em uma mídia parecida com os jogos e que também sofrem do problema de “roubo” de propriedade intelectual. Pense nos livros. A rigor, a argumentação é a mesma: um monte de idéias reunidas em um só lugar (um livro) e se você quiser ter acesso ás idéias, você precisa comprar o livro. Inclusive, você pode ser processado se baixar Harry Potter da internet, exatamente como acontece com os jogos.
Mas apesar da propaganda anti-pirataria, não é a mesma coisa. E nem tão simples assim. Pense nas bibliotecas públicas. Porque você pode ler Harry Potter de graça em uma biblioteca pública, mas não pode ler de graça baixando da internet? Qual é a diferença? Por que na biblioteca pode, mas na internet não? Existe alguma boa razão para isso ou é só uma decisão arbitrária? Vão dizer que alguém pagou pelo livro que está na biblioteca, mesmo que ele seja lido por centenas de pessoas depois disso. Ok. Então precisamos de praças públicas de jogo, pra quem não tem dinheiro poder finalmente jogar? O governo compra algumas cópias de HALO 3, instala em uns computadores aí, se comprometendo a não fazer cópias, e todo mundo vai poder jogar HALO 3 de graça?
“Ah, mas livro é cultura. Vídeo-game não”. Ah tá. O livro de Harry Potter é cultura mas o jogo de Harry Potter não é? Como assim? Quem define isso? Age of Empires não é cultura? Eu conheço um monte de professores que usam o jogo para ensinar História.
Como eu falei no começo, eu queria levantar algumas perguntas, sem necessariamente chegar a alguma resposta definitiva. Esse post já ta enorme, então dependendo do interesse de vocês, a gente pode continuar na próxima semana.
Pensando bem, vocês que se explodam, vou escrever mais de qualquer jeito.
De vez em quando aparecem esses joguinhos malditos que pegam na veia, que miram em um tipo específico de jogadores e conseguem transformar bits e bytes em COCAÍNA, cara.
O tóchico e as dogras transformam os jovens em cadáveres ambulantes.
Frets on Fire é um jogo para PC, clone de Guitar Hero, do Playstation 2. Pra quem não conhece, é um jogo meio “simulador de guitarra” misturado com Dance Dance Revolution; a tela é dominada por um braço de guitarra, onde vão passando as “notas” que você tem que tocar, de forma sincronizada e rítmica. Apertando os botões e dando a palhetada na hora certa, você vai fazendo o papel do guitarrista nas músicas, preenchendo a música com as notas do instrumento. A diferença é que o jogo não é boiolístico e amaricado como o DDR. Todo mundo já quis tocar guitarra e foi débil mental pelo menos uma vez na vida, fazendo air guitar ao som de Cocaine, do Eric Clapton. (Cocaine/música, cocaína/jogo… pegaram? Eu sou muito metalingústico mesmo)
Air Guitar. Tem até campeonato disso, cê crê?
Eu nunca joguei Guitar Hero no PS2. Sei lá, nunca me animou. O que mais me afasta do jogo é o fato de nunca ter uma guitarra por perto. E jogar Guitar Hero com o joystick dual shock não faz o menor sentido.
A guitarra é cara pra caralho, considerando que é só um joystick em forma de guitarra; não vale a pena pagar 300/400 reais por aquilo. Portanto, eu e mais uma legião de jogadores nunca pudemos curtir Guitar Hero como deveríamos.
Aí, um DOENTE chega e tem a idéia de transformar o teclado do computador em uma guitarra. E nesse momento minha vida acabou.
É assim que você vai usar o teclado a partir de agora.
Cara, eu sempre quis fingir que o meu teclado é uma guitarra. Sério, eu sonhava com isso. É tipo pegar o tubo do papel higiênico que acabou e fingir que é um sabre de luz. Eu fui uma criança solitária sim, e daí? Melhor do que ter amigos boiolas como vocês.
Frets on Fire faz quase tudo que Guitar Hero faz, com algumas vantagens. A principal é que você não precisa comprar uma guitarra. Cata o teclado, vira de cabeça pra baixo e tah-dah! Uma FENDER STRATOSCASTER nas suas mãos! E, diferente do sabre de luz de papel higiênico, você não precisa ficar fazendo uón, uón com a boca! Sensacional.
No começo você vai se sentir mais débil mental do que se fizesse air guitar com um rolo de papel higiênico vestido de Yoda (com VOCÊ vestido de Yoda, não o rolo de papel higiênico). Mas depois que você consegue tirar a primeira música você nem vai ligar mais pra isso, tamanha a diversão que Frets proporciona. Depois de um tempo e alguma prática, pessoas da sua casa virão até você, para assistir sua performance digna de Tom Morello, caso ele fosse débil mental e não tivesse dinheiro pra comprar uma guitarra ou papel higiênico.
Eu também cansei das minhas piadas. Vamos ao jogo.
Você pega o jogo aqui. Joguinho de apenas 40 megas. E o melhor: é open source totalmente gratuito, free e de grátis. A instalação é sossegadíssima, e em poucos minutos você vai estar fazendo o tutorial (com uma narração ótima, diga-se de passagem) e entrando em suas primeiras apresentações. O jogo vem com três músicas. Use-as para treinar e pegar o jeito do negócio. Eu precisei mudar a tecla da palhetada para o f12, por exemplo. Mas os controles default quebram o galho no começo.
Depois, você pega outras músicas aqui. Você precisa se registrar no fórum, ok? E está em inglês. Nesse fórum tem todas as músicas de Guitar Hero 1, 2 e 80’s. Quase todas estão muito bem adaptadas para o Frets, pode pegar e usar sem medo. Se você for um pouco mais ousado pode pegar as custom songs que foram feitas pelos membros do fórum. Algumas são excepcionais (Pantera – Cowboys From Hell) e outras são lastimáveis, mas estas acabam sendo retiradas do fórum, devido ás críticas dos participantes. Vale a pena arriscar uns downloads, pois você pega muita coisa boa. Se você sabe usar torrents, tem uns pacotes contendo centenas de músicas lá. É só fazer uma busca por “Frets”.
Finalmente, no mesmo forum que passei ali em cima, você também pode pegar uns mods: é como se fossem skins do winamp, trocando a cara, os efeitos e músicas do programa. É meio perfumaria mesmo, só pra deixar ele mais personalizado e do seu agrado. Depois que você der uma vasculhada no fórum e estiver completamente viciado em Frets é possível que você queira mexer com isso aí, então pelo menos você já sabe onde encontrar.
Muitas maneiras de deixar seu Frets mais estiloso.
Concluindo:Frets é uma ótima maneira de você perder tempo. Ele pode fazer você perder tanto tempo que pode acabar com sua vida, como acabou com a minha. Esteja avisado. Ah, e o seu pulso da mão direita vai doer. Perdeu preibói.
Quer saber como foi o mês de Agosto por aqui? Só clicar aqui.
COLUNA
Solid Snake vai morrer? Leia aqui. O Wii você já conhece, mas deveria ler mais sobre ele. É só clicar aqui. E GTA você TAMBÉM conhece, mas sabia que uma produtora independente do Brasil faz filmes sobre o jogo? Não, né? Mas ó, você leu aqui.
FAST-FOOD REVIEWS
Curte Nintendo DS? Então se liga nos reviews de The Settlers, Nervous Brickdown e Sim City DSaqui; Worms Open Warfare 2, Tiger Woods PGA Tour 2008 e Luminous Arcaqui; e DK Jungle Climber, Drawn to Life e Jam Sessionsaqui. Se você prefere o PSP, saca os reviews: Monster Hunter Freedom 2, Dead Head Fred e Dragoneer’s Ariaaqui; e Riviera: The Promised Land, PaRappa the Rapper e Tom Clancy’s Ghost Recon Advanced Warfighter 2aqui; e Coded Arms: Contagion, Yu-Gi-Oh! GX Tag Force 2 e Jackass: The Gameaqui.
COLETADÃO
Aqui você leu sobre Fragdolls, GOSTOSAS nos games. Se seu negócio é música, aqui você leu sobre Guitar Hero 3 e Rock Band, e aqui você viu a lista completa de músicas do primeiro jogo citado. Gosta de Star Wars? Então você vai gostar disso aqui.
Grupo americano das Fragdolls.
O mês foi meio fraco, mas é só o segundo mês do site. Então, vamos ver como vai ser o terceiro.
Não sabe como funcionam essas reviews? Veja a introdução aqui.
Coded Arms: Contagion
Eu curto matar coisas. Mas ás vezes enche o saco.
Vocês lembram do primeiro Coded Arms? Lembram o que era bom nele? Nada. A única coisa boa dele é que foi um dos primeiros (se não o primeiro) FPS para o PSP. Serviu pra mostrar que o portátil tinha capacidade de processamento pra rodar ambientes amplos em 3D e suportar um FPS com eficiência.
Tirando o crédito da novidade, Coded Arms era um FPS muito fraco; sem história, sem originalidade e sem diversão.
Contagion traz de novo o jogo de tiro para o PSP. Os gráficos estão melhores, as armas são mais legais e ainda tem um monte de inimigos pra matar. Tem até uns vídeos legais no começo, um bom modo tutorial e alguns conceitos interessantes de “mundo virtual”, uma coisa bem Matrix. Mas infelizmente a jogabilidade e o decorrer das fases continuam sendo um saco, como no primeiro. Os inimigos são completamente estúpidos e é só uma questão de sair atirando em qualquer coisa que aparecer pela frente. Sabe, isso era legal em, sei lá, 1998. Hoje em dia é meio chato, não sei se vocês pensam da mesma forma que eu.
Julgamento final: Serve pra impressionar o seu amigo que ainda não conhece o PSP. Você não vai agüentar meia hora jogando.
Yu-Gi-Oh! GX Tag Force 2
Não esqueça de desativar as animações durante os duelos.
Esse é o típico lançamento pra viciados em jogos de cartas. Ok, eu sou nerd e falo isso de boca cheia, porque essa porra é viciante pra caralho. Eu joguei o Tag Force lançado no ano passado por mais ou menos uns 6 meses seguidos, e não cansei. Só parei de jogar por causa do Jeanne D’Arc, que me tomou um tempo desgraçado.
Você não gosta do desenho Yu-Gi-Oh? Nem eu. Todos esses “animes” que são criados para vender produtos me enchem o saco, mas o jogo de cartas é realmente bom. Tem gente que acha melhor do que Magic: The Gathering, por exemplo.
E a versão game do jogo de cartas ficou espetacular, com um número enorme de cartas á disposição, e oponentes que realmente te desafiam a criar decks específicos pra conseguir derrotá-los. O jogo melhorou muito em comparação com o primeiro, com várias adições de conteúdo, cartas e modos de jogo. As aulas, por exemplo, não são mais aquela coisa pentelha que você fazia só para fazer o dia avançar, agora elas são um modo de jogo á parte, onde você pode conseguir itens e cartas interessantes.
Também foi dada uma ênfase maior ao modo Tag, onde você escolhe um companheiro pra jogar junto. Felizmente tiveram o bom senso de te dar a opção de continuar batalhando sozinho contra os outros estudantes.
De uma forma geral, essa continuação me surpreendeu. Eu esperava só um upgrade do primeiro jogo, mas os caras realmente conseguiram adicionar coisas novas e melhorar tudo. Altamente recomendado.
Julgamento final: Se você ainda está jogando o primeiro Tag Force, recomendo que substitua imediatamente por essa nova versão.
Jackass: The Game
Sexy
Todo mundo adora Jackass e eu não sou exceção. Mas a gente sempre sabe o que esperar desses jogos baseados em filmes, séries ou desenhos animados. O resultado final dificilmente agrada em termos de jogabilidade.
Eu nem sei por que peguei esse jogo, já que eu SABIA que ia ser uma merda. É legal ver os retardados de Jackass no seu PSP, e eles até que ficaram bem-feitos. Provavelmente foi isso que me fez ficar jogando por mais de meia-hora. Pra compensar a falta de conteúdo (Jackass não tem enredo, evidentemente), o jogo é dividido em vários mini-games, cada um imitando algum dos momentos da série, e sem perceber você vai fazendo um atrás do outro.
Pena que enche o saco. É legal participar de uma corrida de carrinhos de supermercado, mas depois que você dá umas risadas pela primeira vez, você percebe que é só um jogo primitivo e chato de corrida. Isso acontece com todos os mini-games; o apelo visual e humorístico se desgasta muito rápido.
Julgamento final: Se você for fã da série, vai querer dar uma conferida. Mas tenha em mente que, como um JOGO, ele é muito chato.
Não sabe como funcionam essas reviews? Veja a introdução aqui.
DK Jungle Climber
Ainda dá pra inovar no gênero plataforma
Parece que esse jogo é continuação de um outro Donkey Kong. Não tenho certeza. O que eu tenho certeza é que esse aqui eu joguei, e achei bom pra caralho.
Eu confesso que já não tenho muita paciência para jogos de plataforma, e isso desde Crash Bandicoot do Playstation 1. Mas eu gostei muito desse Jungle Climber; ao invés de ficar pulando plataformas de gelo e poços de lava (não agüento mais isso), nesse jogo você vai progredindo através de pulos e agarrões em umas bolinhas espalhadas pelo cenário. Você vai escalando e pulando pelo cenário todo, e é divertido. Pelo menos é diferente.
Ainda tem uns mini-games e uns bônus interessantes, além de um design espetacular de progressão nas fases. A Nintendo sempre soube fazer esse tipo de coisa muito bem, e não decepciona nesse joguinho. Pena que é muito fácil, pois você acumula vidas ao coletar bananas e uns outros ícones; depois de umas três fases diferentes você já está com umas 20 vidas e tal.
Julgamento final: Jogo da Nintendo sempre vale a pena dar uma olhada, você sabe. Recomendado até pra quem já está de saco cheio dos clones de Mario.
Drawn to Life
Vocês já devem ter percebido que eu pago pau pro DS, principalmente pelo fato dele permitir certos estilos de jogos que não podem ser feitos em nenhum outro console. Drawn to Life é um desses jogos.
É um RPG fraquinho, vou falar a verdade. Não é ruim, só é totalmente clichê. Nada que você já não tenha visto antes, mesmo que não seja muito chegado em RPGs. Mas em compensação o design visual é legal; lembra um pouco Zelda e um outro jogo lançado recentemente: Freshly-picked Tingles Rosy Rupeeland. Vou falar desse aí no próximo FFReview, porque ainda tô jogando.
Mas o quente de Drawn to Life é que você desenha coisas que viram partes do jogo. Em momentos específicos, o jogo pára no meio e apresenta um editor visual, uma espécie de paintbrush no DS, e a história vai pedindo pra você criar cenários, personagens, componentes da história, etc. É bem interessante a experiência de ir criando o jogo, conforme você avança, e é muito difícil de resistir ao impulso espírito-de-porco de ficar desenhando pênis e bundas. Ainda mais que eles aparecem depois na tela e fica muito engraçado. Você vai dar risada também.
Julgamento final: Já sabe né? Pega Drawn to Life pra você ver um desses jogos que só podem ser feitos no DS. E se você não for muito chato como eu, pode até curtir a parte RPG do joguim.
Jam Sessions
Não é um jogo. Não se engane.
Sabe o que foi feito em Jam Sessions? Os caras pegaram as características únicas do DS e conseguiram simular uma guitarra que você toca com a canetinha! Eu nem sei tocar porra nenhuma a não ser o riff de Enter Sandman do Metallica, mas mesmo assim deu pra brincar um pouco. O jogo te ajuda a tocar algumas coisas, e se você tiver um mínimo de ouvido musical vai conseguir tirar as músicas famosas que estão incluídas no jogo.
Cara, eles conseguiram até implementar diferença sonora dependendo da força e velocidade do toque que você dá com a canetinha. Ficou muito parecido com a parada real. Eu nunca deixo de me impressionar com a sensibilidade da tela de toque.
Pena que os alto-falantes do DS são uma merda, então não esqueça de botar o fone de ouvido ou ligar em uma caixa de som externa.
Eu fico feliz quando sai esse tipo de coisa para o DS, porque é uma indicação de que a vida útil do portátil ainda vai longe. Continuam descobrindo novas formas de utilizar os recursos do DS, e é só uma questão de tempo até incorporar essas novidades em novas formas de jogo, como acabei de falar no caso do Drawn to Life.
Julgamento final: Não é um jogo. Se você curte música e sabe tocar alguma coisa, vai se divertir pra caralho. Se não manja nada e não sabe nem tocar violão, melhor investir o tempo em outra coisa.
Como todo mundo já sabe, Hideo Kojima, gênio criado da saga Metal Gear Solid, anunciou que Solid Snake não sairá vivo do próximo game da série, o Metal Gear Solid: Guns of The Patriots, ou simplesmente MGS4.
Logo Snake, o mestre da espionagem, do uso da técnica CQC, the fucking Big Boss, a linha de frente de um homem só, que deixa qualquer Chuck Norris ou Rambo no chinelo…
Mas a morte do personagem principal não quer dizer que a série vai acabar. Segundo a empresa Konami, distribuidora do game, é possivel que haja sequência de MGS, mesmo sem Solid Snake e mesmo sem o mestre Kojima, que já anunciou sua aposentadoria.
Se for o caso de sair um MGS5, dá para adivinhar quem será o próximo agente especial que tentará destruir os projetos da FoxHound?
-Você é o novo xerife, Liquid.
-Peço arrego, Capitão Nascimento.
Rumores afirmam que a Sony está trabalhando em um concorrente para o Iphone da Apple. Será?
O futuro dos games está nos celulares: Essa teoria é defendida por John Carmack, conhecido como o guru dos videogames e o pai de Doom. Segundo profetizou em uma entrevista na CNN Money, na coluna “Game Over” de Chris Morris, no futuro os jogos eletrônicos migrarão, em sua maioria, para os celulares. Ele afirma que para o mercado atual é muito arriscado gastar, por exemplo, 20 milhões de dólares na criação de uma nova série de games e as seqüências como Quake 4 e Doom 3 ficarão bastante repetitivas e desestimularão os gamers. Carmack também acredita que, com a grande possibilidade de interação online nos games, os hackers facilmente encontrarão possibilidades em inserir vírus nos consoles, o que será uma catástrofe.
O problema é que para os celulares se tornarem um grande centro de entretenimento seria necessário uma internet “banda-larga” 24h com um preço acessível. Até agora, uma utopia.
E a Sony, como uma forte empresa do setor tecnológico, não pretende ficar para trás da nova era de celulares multi-uso. Depois do lançamento do Iphone (Apple) e de boatos do lançamento de um Gphone (Google) surgiu a notícia de que a Sony está trablhando em um Playstatio Phone Sony, uma plataforma que pretende anexar o poder dos consoles da empresa com as opções de comunicação que tanto emergem no mercado.
Quem divulgou o rumor foi Peter Ahngard, gerente de projetos da Sony Ericsson, em uma entrevista ao site Daily Tech afirmando que a empresa está de olho nesse mercado promissor, mas que ainda não pode comentar nada sobre os projetos. Questionado sobre possível data de lançamento ironizou dizendo que acontecerá “antes do Natal, com certeza, mas qual Natal exatamente não posso confirmar”.
A única afirmação objetiva sobre o Playstation Phone foi que ele seria um híbrido de celular e console, com estrutura similar ao PSP (Playstation Portable). A nós, míseros mortais, resta aguardar para mais novidades…
Leo é redator do site http://www.playstation.com.br , freelancer da revista Gamers da Editora Escala e escreve a pauta do programa de televisão “Aperte Start!” da Tv União.
A El Burro é uma produtora independente que ficou conhecida no mundo online depois da produção de um curta-metragem chamado “GTA contra Scarface: Tommy Vercetti vs Tony Montana” que conta a história de uma treta durante uma negociata de drogras nos EUA, onde alguma coisa dá errado e Tommy Vercetti é quase morto pela policia. Com sede de vingança vai atrás do manda-chuva de Miami, Tony Montana, que defende seu império com unhas, dentes, sangue e muito chumbo grosso.
Depois de diversas visualizações do filme no Youtube, a El Burro começa a trabalhar em uma nova produção que contará a história da famíglia “Leone” de famoso game GTA San Andreas.
Sinopse: Na primavera de 1994 a família Leone domina as ruas de Portland Liberty City, Toni Cipriani está de volta à cidade após passar 5 anos na cadeia, e se surpreende ao ver ás novas caras na família Leone. Assim como seu pai, Antonio Cipriani, Toni é um mafioso a moda antiga e não confia em estranhos na família, mas os problemas da família Leone começam quando Sony Forelli resolve voltar de Vicy City e tomar o poder nas ruas de Portland, começando por eliminar o chefão da família Leone, mas não será tão fácil pois Toni Cipriani está disposto a honrar o verdadeiro juramento da máfia e defender sua família custe o que custar, uma historia de traições, amor e muita violência. Conheçam a verdadeira historia da máfia de Liberty City.
Fiquem ligados dia 30 de setembro para a grande estréia!
Não sabe como funcionam essas reviews? Veja a introdução aqui.
Semana devagar no PSP. Vamos resgatar jogos de outras semanas.
Riviera: The Promised Land
Não é á toa que o PSP está ficando com fama de plataforma de jogos velhos. Agora tão fazendo port até de jogo do Game Boy Advance pra ele.
Riviera não é um jogo ruim. Só é voltado para um nicho muito específico de jogadores: os que gostam de jogos chatos. Não estou fazendo piada. Riviera tem um ritmo muito lento e sai do estilo qualquer outro jogo de RPG ou Estratégia que você conhece. Já vimos isso acontecer antes, com Valkyrie Profile. Só que no caso de Riviera o resultado final nem chega perto.
Carregado de menus contextuais, batalhas em turnos e muito, mas muito diálogo, Riviera é para quem gosta de jogos onde não acontece nada na maior parte do tempo. Jogo pra ler. Até parece um livro em forma de jogo. Nesses termos, Riviera até cumpre o que propõe, pois a história é original e os gráficos são bonitos e diferentes, em comparação com o que vemos no PSP usualmente.
Julgamento final: Jogo para pouquíssimos jogadores. Se estiver na dúvida, melhor não tentar.
PaRappa the Rapper
Outro remake. Crássico total do Playstation 1. É por cause desse tipo de remake que a gente não pode reclamar muito de ficarem relançando jogos para o PSP.
Se você não conhece PaRappa the Rapper, vá lá jogar e nem leia isso aqui. É um jogo de ritmo, desses que você aperta o botão nas horas certas, de acordo com a música. Como Dance Dance Revolution, só que muito melhor.
Foi um dos poucos jogos desse estilo que manteve minha atenção e me fez jogar até o final. O enredo singelo, mas totalmente original e as músicas extremamente criativas são responsáveis pelo sucesso do joguinho. Impossível não balançar a cabeça.
Os controles ficaram bons no PSP, não atrapalham a jogabilidade. O som e os vídeos está ótimos. Vale a pena jogar com o fone de ouvido. No naipe de Gitaroo Man. O único problema do jogo é que é curto demais, e olha que eu normalmente não sou de reclamar disso. Deve ser o jogo mais curto do PSP. Mas vale cada minuto.
Julgamento final: Jogue. É diversão até para quem não gosta de jogos de ritmo.
Tom Clancy’s Ghost Recon Advanced Warfighter 2
Eu não sei o que vocês pensam, mas eu sempre fico com o pé atrás quando vejo um jogo da franquia Tom Clancy fora dos PC’s. E definitivamente só vi merda quando levam os jogos para os portáteis.
No mês retrasado já fomos “agraciados” com a bomba Rainbow Six Vegas: um dos jogos mais chatos e sem emoção do portátil. Advanced Warfighter 2 segue pelo mesmo caminho.
O jogo funciona, e até que bem, no PSP. Mas isso só se aplica aos controles e gráficos. O problema é que o Advanced Warfighter original é um jogo que foca no trabalho em equipe, em dar ordens para seus companheiros e controlar todo o seu time de “Ghosts” de forma coordenada. E na versão do PSP não tem nada disso; você só sai atirando em tudo que passar pela sua frente. Não tem tática nem estratégia nenhuma envolvidas no cumprimento das missões. Sem falar que os inimigos são uns idiotas completos.
Ainda bem que já vai sair o Syphon Filter: Logan’s Shadow.
Julgamento final: Dê uma olhada. Só pra dar uns tiros, matar umas coisas e pra ver como não basta apresentar ótimos gráficos e controles para que um jogo seja considerado bom.
Não sabe como funcionam essas reviews? Veja a introdução aqui
Open Warfare 2 chega pra apagar a má impressão deixada pelo jogo do ano passado. Praticamente tudo foi refeito e melhorado, incluindo os gráficos e as músicas, resultando em uma ótima opção de jogo multiplayer no DS. Pra jogar em grupo, fico na dúvida entre esse jogo e Mario Kart.
Mas a surpresa desse ano fica por conta da campanha single-player, que recebeu atenção especial dos desenvolvedores. Foi dividida em três modos: campaign, puzzle e laboratory. Os dois primeiros você consegue deduzir o que são só pelo nome. Ok. Mas é o modo Laboratory que inova o jogo, pois junta coisas típicas de Worms com recursos que só o DS tem. Por exemplo, um dos modos de jogo do Laboratory coloca sua minhoca com apenas um pára-quedas, pra atravessar uma série de precipícios minados flutuando, até o objetivo final. O toque especial vem pelo fato de você poder assoprar no microfone, dando mais impulso ao pára-quedas. A sensibilidade do microfone ficou muito bem-ajustada, tornando o mini-game extremamente desafiante e divertido.
É bom ver que ainda dá pra fazer coisas novas com uma franquia tão antiga como Worms. E o melhor é que também dá pra se divertir sozinho, com as opções do single-player.
Julgamento final: Bom… é Worms. Se você gosta, vai querer jogar mais sempre. Se ainda não conhece, então pegue mesmo. São grandes as chances de gostar.
Tiger Woods PGA Tour 2008
Nova versão do joguim de golfe. Ninguém nunca espera grande coisa da EA e de suas franquias caça-níqueis. Todo ano eles pegam a mesma fórmula básica, mudam algumas coisas e lançam o mesmo jogo trocando o ano no final. ás vezes sai um jogo melhor e ás vezes pior.
Nesse ano demos sorte; embora o jogo não apresente grandes melhoras gráficas, pelo menos a EA acertou na mudança do sistema de tacadas. Agora elas são completamente baseadas em movimentos desenhados na tela com a canetinha. Parece esquisito no começo, mas ficou MUITO mais fácil de controlar, mais preciso e parece mais natural também. O mais próximo de uma tacada de golfe que pode ser executado no DS.
Algumas opções de customização foram adicionadas, pra você montar seu personagem, mas é tudo muito rudimentar pra influir na diversão. E nem adianta culpar a capacidade gráfica do DS, pois a EA podia ter se esforçado mais para que os bonequinhos tivessem pelo menos um ROSTO identificável, ao invés de uma massa de pixels rosada.
Mas tudo bem, a jogabilidade compensa. Sem falar na alegria que é jogar golfe com duas telas ao mesmo: você sempre tem uma visão do buraco e do mapa completo, o que é muito útil para dirigir as tacadas. Ponto pra você, EA. Mas se esforce mais, a gente sabe que você pode fazer melhor.
Julgamento final: O melhor jogo de golfe do DS. Se você não entende de golfe ou nunca jogou nenhum dos Tiger Woods PGA Tour, melhor tentar outra coisa.
Luminous Arc
Luminous Arc é… interessante. Mas definitivamente não empolga.
É um jogo de RPG/Tático, na linha de Final Fantasy Tactics. A história até que é legal, tendo bons diálogos e momentos engraçados. Os personagens também são interessantes e possuem profundidade. Só isso já garante metade da qualidade necessária para qualquer RPG.
Mas o jogo é deficiente e com poucas opções na outra metade que interessa: as batalhas. Mapas pouco inspirados, e até feios em alguns casos. O sistema de batalha é simplificado demais para o meu gosto, a não ser que se torne mais complexo depois, mas não vou ficar jogando até descobrir. Tenho outros jogos mais legais pra jogar.
Não me emocionou. Fiquei sabendo que a desenvolvedora já está anunciando Luminous Arc 2. Vou dar uma segunda chance quando sair a continuação, então. Considero esse primeiro um “treino”, pra ver se o jogo funciona no DS.
Julgamento final: Quebra o galho pra quem tá na seca por um RPG tático. Se você tem um PSP, prefira Joanne D’Arc. Ou espere por Final Fantasy Tactics A2, do NDS.