Sabem aquele lance dos games chamado hype? Quando os desenvolvedores e distribuidores do jogo fazem tanta onda antes do lançamento, e criam tanta expectativa que quando você pega o jogo pra jogar mesmo ele é uma bosta fumegante?
Então, nesse caso o hype não era só hype:
Você sabe que um jogo é bom quando eles botam menininhas de saiote na propaganda (heh) mas acho que eu ainda preferia ver uma cosplayer de Chun-li no lugar da Sakura.
É preciso dar um desconto para pessoas que montam eventos de games. Não basta a verba ser curta (geralmente, apoio de empresas que mais extorquem, entradas e inscrição de estandes), ainda é difícil agradar um público que pode ser desde a geração PRÉ-8 bits (que saudades do Atari) até os que gastaram 1.600 reais em um X360 (oi, Junnin). E eu falo de muita gente. Com esse pensamento, eu entrei no Centro de Eventos da UFSC (ou Universidade Federal de Santa Catarina), nos dias 14 e 15 de fevereiro, para prestigiar o Game Party. Lá vinha bomba.
Com esse tamanho, dava pra fazer DOIS eventos por dia…
Então, já citei por aqui alguma vezes que tenho um XBox 360. Também já citei algumas vezes que tenho uma mulher. Não sei se eu já citei antes, mas eu também tenho um saco. Normalmente essa poderia ser uma combinação explosiva, e não de uma maneira sexual.
Neste último natal, lá estava eu, curtindo e curtindo, quando, após umas partidas de Mortal Kombat: Armageddon, e perder do meu priminho de 6 anos, comecei a pensar sobre toda a minha vida gamística. Lembrei-me dos meus 4 anos jogando Super Mario World, Donkey Kong, depois aos 6, sequestrando o GameBoy do meu primo pra jogar Pokémon, e o meu primeiro “orgasmo” gamístico, quando ganhei o tão sonhado GameBoy Color.
APELÃÃÃO!
Primeiro cartucho, Pokémon Silver, meus olhos brilhavam de emoção, jogando a caminho do Carrefour, o que fez eu bater a cabeça em um poste, cair e CONTINUAR JOGANDO. Imagine uma criança de sete anos, andando sem tirar os olhos de um visor mínimo, aproximadamente as oito da noite, com uma prima reclamando, dizendo que quer jogar, e seus pais indo comprar comida. Agora imagine essa criança entrando no carrinho de supermercado, enquanto seu pai empurra, e não tirar os olhos do visor por um segundo durante UMA HORA. Esse era eu. Só tirei os olhos do “pequeno” portátil quando eu não consegui chegar ao tal ginásio do jogo, e trombei com meu primo, o mesmo que tinha o GameBoy que eu sequestrava, e pedi, desesperadamente, sua ajuda.
Antes de mais nada, as clássicas apresentações: Sandrine, revisora do Naftalina e do Ressonância, vim aqui pra brincar de vestir a Barbie de explorar o mundo gamer com a Manu. Quer dizer, isso se vocês não me odiarem muito.
Não você não leu errado cara, o nome do jogo é Flower… Isso, Flor… Caralho, quem é a baitola que me inventa um jogo de PS3 com o nome de “Flor”? Pense comigo: a média do preço dos jogos é de R$ 190,00. Aí você vai lá, pega seus quase duzentos reais e compra um jogo em que você tem que… Andar por aí acumulando pétalas de flores. Puta merda, cara, esse jogo é praticamente o Cooking Mama do PS3.
Aí me falam que é uma proposta “zen” onde o objetivo é relaxar o jogador, e eu acho isso mais bicha ainda, quer saber como que eu fico relaxado quando tô jogando?
Estava eu vendo os vídeos da Comic-Con 2009 New York, uma destas convenções onde se lançam novidades sobre comics, crossovers entre quadrinhos e vídeo-games, etc. mas que acabam sendo um ímã de malucos e desocupados.
Aí que os caras do Gametrailers fizeram um vídeo especial só com malucos e desocupados cosplayando. Vamos assistir, por favor:
É lógico que Street Fighter 4 só podia sair um jogo totalmente do caralho. Se a Capcom pisasse na bola com sua franquia mais rentável de todos os tempos (estou chutando que é a mais rentável) seria o epic fail mais epic e mais fail de todos os tempos. É natural que eles tenham concentrado seus esforços para finalmente nos entregar isto:
Cês sabem o que eu penso quando eu tô jogando Street Fighter 2 na fase do Guile (aquela dos aviões, noobs) e espancado um pobre coitado? “Por que eu não posso tacar esse maldito no avião de uma vez?”, algo assim. Pois é, em Def Jam – Fight for NY eu POSSO. Bom, não necessariamente na turbina de um avião, mas dá pra arrebentar o rosto do cara em um pilar de bar ou esmagar seu estômago chutando o cara contra a parede. ISSO é Def Jam.
Claro que carros também são úteis
Def Jam – Fight for NY é a continuação direta de Def Jam: Vendetta. Os eventos em Fight for NY ocorrem logo na noite seguinte ao final do anterior. Mas, com a rápida introdução do jogo não é preciso NADA pra conseguir começar o jogo, principalmente que é um jogo de luta, cê vai ligar pra história PRA QUÊ?
Então, de vez em quando eu gosto de mostrar pra vocês como é o nascimento semanal desta coluna espetacular que já caminha para seu segundo ano de existência ininterrupta.
— Boletim Informativo —
Se algum de vocês já acompanha essa coluna há quase dois anos, parabéns, você já perdeu bastante tempo. Espero que você esteja lendo essa coluna no trabalho, para fazer bonus points. Nada melhor do que gastar tempo lendo coisas inúteis e ainda ganhar pra isso. Aliás, eu calculei quanto tempo você já perdeu lendo minhas colunas, olha só: eu já escrevi 73 Nerd-O-Matics até hoje, se você gastou 15 minutos em média lendo cada uma delas, isso significa que você já desperdiçou pouco mais de 18 horas da sua vida nessa atividade. Supondo que você tenha um trabalho de remuneração média de R$ 10 por hora, isso quer dizer que seu chefe já te pagou quase 200 reais pra você ficar lendo isso aqui. Supondo que pelo menos 100 putos leiam essa merda do trabalho (acreditem, isso é possível), então isso significa que eu já causei um prejuízo de pelo menos R$ 20.000,00 distribuídos ao longo de várias empresas diferentes. Não é do caralho?