Olá, eu sou o ricardus. Mas como ninguém quer saber de mim, vamos falar de gibis.
Let’s talk about.
Recentemente eu recebi uns gibis importados aqui em casa. De início você fica muito empolgado com a qualidade dos quadrinhos lá de fora. Capas, organização, efeitos, etc. Mas por coincidência, eu tenho os mesmos quadrinhos na versão brasileira. Depois de fazer uma comparação dos dois a idéia que fica é que a diferença entre os dois não é só a data de publicação (o Brasil tem mais ou menos 1 ano de atraso em relação aos EUA).
A edição X-men Giant-Sized 80 (publicada no Brasil como Os Fabulosos X-men 50) é um exemplo disso. Considerada uma edição especial, ela comemorava o aniversário de 35 anos dos X-men. A capa dela é toda trabalhada com brilho, passando uma percepção de imagem viva. A pele do Colossus tem um efeito metálico assim como partes das roupas do Wolverine e do Noturno. A Tempestade também é lembrada, seus raios são ilustrados com um brilho azul bem intenso. A revista ainda conta com páginas adicionais, mostrando alguns desenhos de comemoração.
A mesma edição publicada no Brasil também é comemorativa. O desenho da capa é igual ao da versão americana só que não é trabalhado, ele apenas tem uma colorização bem sólida. E a grande jogada da editora em relação a edição comemorativa foi botar um “EDIÇÃO COMEMORATIVA COM 80 PÁGINAS!” na capa e juntar duas edições em uma.
A edição The Uncanny X-men 350 (no Brasil Os Fabulosos X-men 43) também apresenta os mesmos traços e também é comemorativa. A capa se abre formando um capa de 3 páginas com vários personagens, sendo a maioria trabalhado com efeitos. Uma atenção especial as cartas do Gambit, elas estão com um efeito muito bom, parecem que estão sendo energizadas ali mesmo.
No Brasil a capa tem o mesmo desenho, mas é uma capa de uma só página com cores sólidas.
Fugindo da arte. Outro ponto forte é que cada revista contém uma única história. Você não vai achar a X-force perdida nas revistas dos X-men.
Aqui eu compro Superman & Batman e tenho que aturar as histórias do Aquaman no meio da revista. Os gibis aqui tem o costume de juntar 3 ou 4 histórias em uma única edição, deixando a revista um pouco mais grossa.
A publicidade americana também é notável. Enquanto lá temos publicidade de jogos, filmes e várias outras coisas bacanas, aqui temos só publicidade de produtos da mesma editora.
Batman the Dark Knight não teve nenhuma divulgação na revista mensal do Batman. Só apareceu como segundo plano numa promoção da Claro.
Mas por fim, não da pra ficar falando de publicação brasileira sem falar da Panini, que hoje manda praticamente em todo o mercado brasileiro de quadrinhos.
Eu não vou culpar a Panini por tudo o que citei acima, até porque, isso não é coisa recente.
Mas a Panini pegou o bonde andando quando comprou a Marvel e a DC e deixou ele andar no mesmo rumo.
As capas continuam mortas e sem nenhum atrativo, as revistas ainda são juntas e editora ela só anuncia ela mesmo.
Claro que tenho que dar o braço a torcer e dizer que as edições comemorativas da Panini são legais, pois geralmente vem um pôster do Alex Ross. Mas fica nisso e só.
Ainda falando da Panini, como a maldita tem a Marvel, a DC e muitos mangás no lado dela, ela pode fazer qualquer serviço de merda que ainda vai estar no lucro.
Já não existe mais guerra de gibis no Brasil, e nem comics x mangas. Com essa publicação horrível, já já os quadrinhos passam a ter menos valor do que já tem hoje em dia, se é que isso é possível.
Holywood é feita de fases. Houve a fase de filmes de ação, comandada pelos mestres Schwarzenegger e Stallone. Houve a fase Sci-Fi, com batalhas intergalácticas e aliens monstruosos. Houve a fase épica, com homens sujos vestindo armaduras e empunhando espadas. Houveram e ainda haverão muitas fases, que mudam de acordo com o atual gosto do público. Hoje, passamos pela fase de adaptações de quadrinhos. Aproveitando o tema da Overdose desse mês, falarei de algumas adaptações memoráveis, outras nem tanto e o que está por vir, tudo divido por gerações (que eu inventei). Obviamente não vou conseguir citar TUDO, mas uma boa parte. Tenham em mente que eu ignorei qualquer filme produzido antes da rendição das tropas nazistas de Hitler, porque… porque sim.
Primeira Geração
Se você acompanhou essa geração de adaptações, então você já tem família formada, ou está próximo(a) disso. A primeira geração foi marcada por seriados e filmes repletos de efeitos especiais vagabundos e, ainda assim, extremamente divertidos de se ver. É difícil assistir um episódio desses seriados sem ao menos criar uma simpatia por eles. O Batman foi o pioneiro, com seu clássico seriado estrelado por Adam West e Burt Ward. Os atuais fãs do Batman criticam muito esse seriado, por falar que ele descaracteriza o personagem, que deveria ser sombrio e recluso. Essas pessoas esquecem que na época, as revistas do Batman eram exatamente do modo mostrado no seriado, com diálogos bobinhos e tudo mais.
Alguns anos depois foi a vez da Mulher-Maravilha, outro membro da trindade da DC (Batman, Wonder Woman e Superman). A atriz Lynda Carter se encarregou do papel de princesa amazona. A série foi muito bem recebida pelas garotinhas da época, e contribuiu para a popularidade da personagem (que já era popular, diga-se de passagem). Chegou então a vez da Marvel levar seus personagens para a televisão, e o escolhido foi o Hulk. Bill Bixby assumiu o papel de Dr. David Bruce Banner, enquanto o fisioculturista Lou Ferrigno fez o papel de Incrível Hulk. Como uma imagem vale mais que mil palavras, aqui vai um vídeo da transformação de Banner em Hulk (e Bixby em Ferrigno).
E não podemos nos esquecer do giro da Mulher-Maravilha e de seu habilidoso uso do laço da verdade:
Um ano antes do Hulk ganhar seu próprio seriado, um outro carro-chefe da Marvel teve seu próprio filme. Estou falando do Homem-Aranha. Quando eu assisti esse filme, alguns anos atrás, eu já achava extremamente… hippie. Então, para avançar no texto, vamos esquecer os penteados e roupas esquisitas daquela época. O filme conta a origem de Peter e mostra o início de sua carreira como fotógrafo no Clárim Diário, mas não se aprofunda nem vai além disso. Não vemos nenhum grande vilão das revistas no filme (aliás, não vemos vilão algum da revista), e muito menos o assassinato de Ben Parker. As cenas de ação são tão empolgantes quanto… nada, nada mesmo. Eu até tentei encontrar um vídeo específico da cena em que o Aranha enfrenta três capangas-ninjas armados com cabos de vassoura, mas não consegui. Uma pena. Mas não parou por aí. Um dos personagens mais underground da editora também foi aos cinemas: Howard, o pato. O filme não conseguiu capturar todo o sarcasmo da revista, mas garante algumas risadas.
O Superman foi presenteado com uma trilogia de filmes que transformou o ator Christopher Reeve num ícone dentre tantas estrelas de Holywood. Os filmes iniciaram a série de versões do General Zod, um vilão tão forte quanto o Super. O ator Terence Stamp, que interpretou Zod nos dois primeiros filmes, foi usado como base para a produção da versão definitiva do vilão, no arco “Last Son”, escrito por Geoff Johns e desenhado por Brian Hytch.
Uma adaptação que surpreendeu foi Barbarella, a personagem de quadrinhos adultos franceses, com a clássica cena em que Jane Fonda tira a roupa no espaço. A Dark Horse também entrou na jogada, e chamou Arnold Schwarzenegger para interpretar o épico personagem de Robert E. Howard, Conan o Bárbaro, em dois bons filmes, e logo em seguida o Rei Kalidor em Red Sonja (não sei se Sonja já era da Dynamite Comics na época). Sei muito pouco de Conan, e conheço ainda menos as aventuras de Red Sonja, então meus comentários quanto a esses filmes param por aqui. No final da geração foi produzido um filme do Spirit, que foi criticado por ser um pouco voltado para a comédia.
Segunda Geração
Ah, a segunda geração de adaptações de quadrinhos. Algumas adaptações você teve o prazer (ou não) de ver na gigantesca tela dos cinemas, outras você assistiu até a exaustão na Sessão da Tarde. A segunda geração marcou o início de uma abordagem mais séria das adaptações. O violento Justiceiro ganhou seu primeiro longa-metragem em 1989, mas o filme não chegou a passar nos cinemas. Dolph Lundgren interpretou bem o Justiceiro, e o filme fez um retrato fiel da agressividade e as sempre marcantes fala do personagem (apesar de não ser uma adaptação perfeita). Um ano depois, o Capitão América ganhou vida. Pouco me lembro desse filme, mas ele desapontou muitos fãs do soldado Roger. Ainda da Marvel, foi feito um tenebroso longa de Nick Fury, estrelado por David Hasselhof. Sim, o cara de “Baywatch”. Sim, foi uma péssima idéia.
Já a DC foi mais razoável. Graças a Tim Burton, o Batman ganhou dois filmes com o clima sombrio que os fãs tanto queriam. No primeiro deles, Jack Nicholson consagrou-se com sua excelente atuação como Coringa. Então Tim Burton deu lugar a Joel Schumacher, que trouxe o Robin consigo. Batman Forever apostou em Jim Carrey como o irreverente Charada, e deu certo. Já Batman & Robin apostou em Arnold Schwarzenegger como Sr. Frio, outro clássico inimigo do Homem-Morcego. O filme acabou sendo um pouco homosexual. Os gays também acharam isso, e o filme tornou-se um dos símbolos do movimento. Um grande feito, se levarmos em conta que não foi proposital. Eu acho. Com George Clooney como Batman, tenho minhas dúvidas. Ainda da DC, tivemos uma adaptação de “From Hell” (Do Inferno), uma das revistas que Alan Moore escreveu para o selo Vertigo. O filme teve Johnny Depp no papel principal, e para mim é uma das melhores adaptações já produzidas, tanto em fidelidade quanto atuação.
Os personagens de outras editoras também ganharam seus filmes. Dick Tracy foi as telonas em 1990, com um ótimo filme que todos já devem (ou deveriam) ter visto. Tivemos também “O Corvo”, com Brandon Lee. Um excelente filme, com ótimas atuações e cenas de ação, que ganhou muita atenção graças a morte de Lee durante as filmagens (um triste fato). Depois veio o Juíz Dredd, personagem da revista “2000 AD”, da Eagle Comics. Dredd foi interpretado por Stallone, e o filme recebeu críticas boas e ruins. Eu me abstenho por nunca ter lido nada da Eagle Comics. Então, diretamente da Ífrica, veio o Fantasma. Um herói que claramente não é de meu tempo (provavelmente não é do seu também), mas cujo filme me divertia. Por fim, tivemos um filme de Spawn, o soldado do inferno da Image Comics. Spawn teve sua cota de cenas legais (como a transformação do palhaço em Violador, e a moto), mas terminou sendo medíocre.
Terceira Geração
A terceira geração está aí, adaptando todos os quadrinhos que encontra pela frente. O resultado é uma leva de filmes ruins gerando toneladas de dinheiro graças a seus efeitos ultra-modernos e um público que se preocupa cada vez menos com o roteiro. A Marvel abriu a geração com um filme do caça-vampiros Blade, estrelado por Wesley Snipes. Blade tornou-se uma trilogia cujo roteiro é tão original que os três filmes podem ser resenhados como um só. Se acham que estou brincando, comparem os filmes e percebam as incríveis semelhanças. Depois de Blade, as coisas pareciam estar mudando. Os X-Men surgiram com a origem completamente modificada, mas em um filme agradável, e o Homem-Aranha teve uma excelente adaptação de sua origem, em um filme que por pouco não foi perfeito. Infelizmente, tanto os filhos do átomo quanto o amigão da vizinhança sofreram com a maldição da trilogia, e ganharam dois outros filmes, estes completamente dispensáveis. Mas isso foi mais tarde.
Empolgado com os X-Men e o Homem-Aranha, eu fui assistir “Demolidor” esperando uma adaptação no mínimo aceitável. Fui a nocaute com o soco da decepção. Os problemas são tantos que eu poderia escrever um livro. Em primeiro lugar, BEN AFFLECK como Matt Murdock? E eles ainda querem que eu leve esse filme a sério? As revistas escolhidas para a adaptação foram as primeiras, que contam a origem, e a clássica, depressiva e violenta fase Frank Miller. Eles conseguiram estragar o que eu julgava sagrado. Demolidor foi só o começo. A Marvel Studios desandou ainda mais ao fazer um filme completamente malfeito do Hulk, uma adaptação água com açúcar do Justiceiro (cadê a violência?), e uma abominação de 97 minutos chamada “Elektra”. O Quarteto Fantástico conseguiu agradar com um filme divertido e bobinho (com o mestre Julian McMahon, de Nip/Tuck, no papel de Victor Von Doom), mas falhou ao tentar imitar Ultimate Galactus em Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado. Dizem que a fé nos estúdios da Marvel foi reconstituída com “Iron Man” e “The Incredible Hulk”, mas como ainda não assisti (Iron Man porque detesto o personagem, e Hulk por preguiça).
A DC começou com “V for Vendetta” (V de Vingança), a hypada hq de Alan Moore. Muitos fãs deram xilique afirmando que o filme não pegou a essência da revista, o que é uma verdade, mas foi até bom. O grande trunfo da Detective Comics foi “Batman Begins” que recontou a origem do cavaleiro das trevas, e iniciou uma nova bateria de filmes do personagem. A adaptação foi muito bem feita em todos os aspectos, e a atuação dos atores (especialmente Christian Bale) foi ótima. Já o Superman preferiu continuar de onde havia parado, e apareceu no mediano “Superman Returns”.
O espaço para outras editoras foi aberto com Hellboy, da Dark Horse Comics. Eu não conhecia o personagem, mas me interessei ao ver o filme, que agradou o público em geral. A Dark Horse embalou, e duas outras produções foram feitas, ambas histórias de Frank Miller: Sin City e 300, obras-prima das adaptações. Roteiro fiel ao extremo (talvez por terem sido supervisionados por Miller) e um visual belíssimo fazem desses dois filmes minhas adaptações prediletas. 30 Days of Night, da IDW Publishing, também teve sua adaptação, com Josh Harnett. Muitos criticaram negativamente o filme, mas eu gostei, até porque a revista não é lá essas coisas (a arte de Ben Templesmith é simplesmente intragável).
Confirmados
The Punisher 2: War Zone – Dessa vez é Ray Stevenson, o Titus Pullo do seriado Roma, que encarnará o Justiceiro. Dessa vez o roteiro tem base na fase MAX do personagem, que é de longe a melhor de todas. A própria diretora está ajudando nas cenas de combate corporal (que prometem ser sanguinolentas), e o filme estréia este ano.
X-Men Origins: Wolverine – O mutante mais famoso (porém não o melhor) volta as telas com um filme contando sua “origem”. Entre aspas pois tudo indica que contará sua época na Arma X e a injeção de seu adamantium, e não a sua infância/adolescência no interior do Canadá (como mostrado na mini-série Wolverine: Origin). Como é da Arma X que estamos falando, veremos outros anti-heróis da editora (Dentes-de-Sabre, Deadpool, Kane, Fantomex e Maverick são os principais). Um filme com Deadpool tem a obrigação de ser bom, mas eu boto pouca fé nesse filme.
Thor – O filme foi confirmado, mas ainda não se sabe quem irá interpretar o Deus do Trovão. Correm boatos de que a Marvel quer escalar Paul Levesque, um lutador da WWE que costuma carregar um martelo. Kevin McKidd, Lucius Vorenus do seriado Roma, foi mencionado para o papel de Donald Blake, o humano que divide a existência com Thor. A direção é de Matthew Vaughn, e o ano de lançamento é 2010.
The First Avenger: Captain America – Até agora sabe-se apenas que o filme mostrará a origem do Capitão (notícia aqui). Os fãs ainda estão especulando quem poderia interpretar o líder dos Vingadores. Até maiores informações, fiquem com esta curiosidade: Jon Favreau, diretor de Iron Man, seria o diretor de Captain America, mas escolheu trabalhar com Stark. Nick Cassavetes, diretor de Captain America, havia sido chamado para fazer Iron Man. O super soldado chega aos cinemas em 2011.
Iron Man 2 – Nada decidido ainda, mas o filme será produzido. O vilão deverá ser o Mandarim, que já foi sutilmente citado no primeiro filme. Iron Man 2 sairá antes de Captain America, porém.
Avengers – O que posso dizer? Capitão América, Thor, Homem-de-Ferro, Hulk, Vespa e Gigante num só filme. Isso pode dar muito certo, ou muito errado mesmo. Os atores devem permanecer os mesmos dos respectivos filmes (exceção de Vespa e Gigante que não terão filmes), e o roteiro ainda está sendo escrito. Se tudo correr bem, poderemos ver outros crossovers entre personagens da editora.
Silver Surfer – Para salvar o utópico planeta de Zenn-La, Norrin Rad aceitou se tornar o arauto de Galactus, e ajudar o devorador de mundos a achar outros planetas para consumir. O cara é basicamente o Jesus Cristo da Marvel, e é conhecido por suas belas e significativas histórias. Mais um da série “muito bom ou muito ruim”.
The Immortal Iron Fist – Criado e treinado no místico reino de K’un Lun, Danny Rand tornou-se o herdeiro do poder do “punho de ferro”, que lhe permite canalizar sua energia espiritual em seu punho, sendo capaz de desferir poderosos e mortíferos socos. Tomando como base a revista, o filme deverá ser cheio de cenas alucinantes de luta, com raízes nos filmes de kung-fu. Direção de Steve Carr.
Luke Cage – Melhor amigo de Danny Rand, Luke Cage possui uma pele invulnerável e super-força. O personagem é bacana, mas não sei o que esperar do filme. Uma curiosidade: Querendo evitar que sua fama fosse relacionada a seu tio, o ator Nicolas Kim Coppola (sobrinho de Francis Ford Coppola) mudou seu nome artístico para “Nicolas Cage”. A escolha do nome se deve ao personagem Luke Cage, da Marvel, do qual Nicolas é fã.
Batman: The Dark Knight – Se você já deu uma olhada nas informações publicadas aqui no AOE, então saiba que não tenho nada para acrescentar, fora minha expectativa quanto ao filme. Eu gostei muito de Batman Begins, e tenho certeza de que Dark Knight será a melhor adaptação de 2008, ou no mínimo a melhor publicidade. Falta pouco!
Justice League – Especulações, especulações… Não temos certeza nem se o filme será um animação de computador ou se irá usar atores reais. Sabe-se que o Lanterna que fará parte do grupo é Joh Stewart, do desenho, e foi anunciado que o filme “será repleto de efeitos especiais”.
Green Lantern – Após o filme da Liga da Justiça, o predileto Hal Jordan terá seu próprio filme. Maiores informações em breve.
The Spirit – O jovem detetive Denny Colt, mrador de Central City, foi errôneamente dado como morto. Aproveitando-se disso, o rapaz criou uma nova identidade, essa de vigilante mascarado, e passou a combater o crime sob o codinome de “Espírito”. Gabriel Match será Denny Colt, enquanto o idolatrado Samuel L. Jackson fará o vilão Octopus, famoso por não mostrar nada além de suas luvas nas revistas (como o Dr. Garra, de Inspector Gadget), além de outros grandes nomes.
Y- The Last Man – Você deve ter lido a notícia aqui. Y é a minha revista predileta da Vertigo (junto a 100 Bullets), então estou meio apreensivo com essa adaptação. Como Vaughan vai estar de olho na produção, deve sair ok.
Watchmen – Um filme que eu aposto que trará orgasmos múltiplos para muitos nerds. A cultuada revista de Alan Moore finalmente virará um longa-metragem. Os Watchmen eram um grupo de vigilantes, dentre os quais apenas o Doutor Manhattan possui poderes, até que um problema com o público os dissolveu. Anos depois o Comediante, um dos ex-integrantes do grupo, é assassinado. É aí que Rorschach, o único watchman que ainda ronda as ruas, entra em ação, investigando os seus antigos companheiros e desvendando uma possível conspiração. O desenvolvimento da história é brilhante, e quase me faz entender o hype por volta de Moore. A direção é de Zack Snyder, que fez um ótimo trabalho em 300.
Wanted – Estou meio cético quanto a este filme. Não falo do fator diversão, isso eu tenho certeza que ele proporcionará aos montes, mas as mudanças que fizeram na história foram bruscas demais. Ao invés de super-vilões, teremos assassinos, o que tira um pouco da magia da revista (e também significa que não veremos o CARA-DE-MERDA). De qualquer forma, deve valer o ingresso.
Hellboy: The Golden Army – Nunca li as revistas (apesar de ter vontade), mas vi por aí que a história se trata de uma guerra entre o nosso mundo e um exército de criaturas tão malignas quanto poderosas e feias. As cenas de ação parecem mais emocionantes, e todo o misticismo e humor do filme anterior permanece. Tenho bons pressentimentos.
Barbarella – Uma versão feminina de James Bond e Adam Strange, Barbarella é uma viajante espacial que derrota seus oponentes por intermédio de sua sexualidade. A personagem tornou-se símbolo do movimento feminista dos anos 60 e responsável pelo disparo da carreira de Jane Fonda. Refilmagem por conta de Robert Rodriguez.
E isso é tudo (pelo menos até então). Para maiores informações sobre o elenco e diretores dos filmes que estão por vir, clique aqui para ler a coluna do Paulo.
Calma, pode subir o zíper da calça, não estou falando DESSE tipo de quadrinhos para adultos, e sim de quadrinhos que abordam temas adultos. Durante esses anos como leitor, tenho percebido que algumas pessoas tem preconceito contra quadrinhos por achar que são todos infantis e previsíveis. Tudo bem, realmente existem quadrinhos voltados para o público infantil, mas generalizar nunca foi algo legal. Então, como nem todo mundo se interessa pelo ponto intermediário (formado pelo Homem-Aranha, Superman e companhia) os quadrinhos adultos se popularizaram.
Apesar de serem originalmente voltadas para o público juvenil, a Marvel e a DC (principalmente a DC) mantém investimentos na área adulta. A Marvel, com seu selo “MAX”, onde publica histórias recomendadas para maiores de 18. A DC, com seu selos “Vertigo” e “Wildstorm”. Por fora correm editoras como a Image, a Dark Horse e a Dynamite, com Spawn, Conan e Army of Darkness, respectivamente, entre outras. E se você se deu ao trabalho de clicar no link da matéria e ler o texto até aqui, deve estar esperando que eu dê detalhes quanto a essas publicações. E é exatamente isso que eu farei.
Marvel MAX
Quem é leitor da Marvel sabe que alguns personagens da editora dão abertura para a criação de arcos mais pesados e a abordagem de temas mais sérios. Criado em 2001 quando a Marvel decidiu cuspir na cara da CCA (Comics Code Authority), e criar sua própria classificação etária. Não existem assinaturas para os selos MAX, e as revistas só são vendidas em lojas especializadas, para leitores maiores de 18 anos. Obviamente isso é só em países que se importam com essas coisas, aqui no Brasil você encontra em qualquer banca de revistas. Essa não é a primeira vez que a Marvel publica histórias com conteúdo explícito. Essa idéia começou na década de 80, com o selo “Epic Comics” (responsável pela primeira publicação de Akira nos Estados Unidos), e em algumas edições do extinto selo “Marvel Knights”.
Personagens famosos, como Thor, Nick Fury e Luke Cage, marcaram presença no selo com ótimas séries limitadas, assim como personagens mais obscuros, como Howard the Duck, Shag-Chi e o ultra-violento Foolkiller. De todos os títulos do selo, dois destacam-se com facilidade: Supreme Power e Punisher. O primeiro é a obra prima de J. Michael Straczynski, o segundo é a melhor fase do Justiceiro. Sob a liberdade do selo MAX, Garth Ennis lida com o Justiceiro de uma forma bem diferente de quando assumiu a franquia, há nove anos atrás. The Punisher MAX não tem posicionamento exato na cronologia, e se isola completamente das outras revistas (não há aparições nem referências a super-heróis/vilões). Garth mostra um Justiceiro depressivo e sombrio, que acabou tomando gosto pela matança de criminosos. Recomendada para quem gosta de histórias de clima pesado.
Aqui no Brasil, essas revistas são publicadas em uma compilação chamada “Marvel MAX” (bem óbvio), que publica também outras histórias que compartilhem da mesma proposta do selo. A revista custa exatos seis reais e noventa centavos (R$6,90), e como dito antes, é vendida para qualquer um que tenha essa quantia em mãos.
Vertigo (DC)
Por menor que seja seu conhecimento na área de quadrinhos, você já ouviu falar desse selo. Alguns dos maiores clássicos dos quadrinhos foram publicados aqui. A proposta da Vertigo é a seguinte: Quadrinhos mais cults. Isso quer dizer menos ação e mais diálogo, com páginas entupidas de referências a diversas culturas, bandas, filmes, enfim, podendo ter ou não relação com o universo principal da DC. Pode parecer chato, mas a idéia fez sucesso absoluto. Tanto que alguns dos principais títulos ganharam adaptações para o cinema. Quais? A primeira foi “From Hell” (Do Inferno), de Alan Moore, que “soluciona” o mistério de Jack o Estripador. Caso não lembre, o filme foi estrelado por Johnny Depp. Depois foi a vez do inglês John Constatine ir para a tela dos cinemas, com a adaptação de Hellblazer, estrelado por Keanu Reeves. Antes de ganhar sua própria revista em 1988, Constantine fazia aparições em “Swamp Thing”, de Alan Moore. Hellblazer é publicada até hoje, e já passou por diversas equipes criativas. A última adaptação da Vertigo a ser feita foi “V for Vendetta”, de autoria de, pasmem, Alan Moore. Não é a toa que ele é o roteirista mais hypado de todos os tempos. E não acaba por aí. Já está sendo produzida uma adaptação do clássico “Watchmen” (adivinha quem escreveu?), com a direção de Zack Snyder, e já foi anunciada a adaptação de Y – The Last Man.
Mas também existem revistas que não foram escritas por Alan Moore. Como “Y”, por exemplo, que é a minha hq predileta. Porém, a revista mais famosa do selo, é Sandman, de Neil Gaiman. As aventuras de Morpheus, o mestre do reino dos sonhos, é a melhor representação da proposta da Vertigo. Seu clima gótico, diálogos criativos e bem elaborados e o grande número de referências a diversas mitologias e alguns ícones da cultura inglesa (como Edgar Allan Poe) fazem de Sandman a obra-prima de Neil Gaiman, e uma das revistas mais cultuadas de todos os tempos, se não for a mais cultuada.
Outra revista interessante é “100 Balas”, onde o misterioso Agente Graves dá a certas pessoas uma oferta aparentemente irrecusável: A chance de se vingar sem sofrer consequências. O Agente presenteia as pessoas com uma maleta contendo uma pistola, cem balas, a identidade da pessoa que arruiunou sua vida e provas irrefutáveis disso. As balas não podem ser rastreadas, e qualquer agência de polícia que as encontrar irá ignorar o caso. 100 Balas explora a dúvida moral de aceitar ou não se vingar e sair ileso. Aqui no Brasil as revistas da Vertigo são publicadas em TPBs (Trade Paper Backs, encadernados) e na revista Pixel Magazine, da… Pixel. Custa R$ 9,90, e a publicação é de excelente qualidade.
Wildstorm (DC)
Enquanto no universo principal da DC os heróis são tratados como deuses, na Wildstorm eles são tradados como o que eles realmente são: Pessoas com poderes e responsabilidades. Os títulos possuem roteiros cinematográficos, repletos de sequências devastadoras, linguagem chula, insinuações a sexo e violência. Principalmente violência. Como exemplo temos os WildC.A.T.S, criados por Jim Lee, um grupo de super-humanos recrutados pelos Kherubins, uma raça alienígina que há tempos morava na Terra, para enfrentar os Daemonites, uma raça rival e perigosa. Ao final da série um novo volume foi lançado, focado nas relações dos ex-membros da equipe. O terceiro volume mostrava um roteiro mais político, e uma equipe que tinha a pretensão de mudar o mundo. Um quarto volume está em andamento.
Outras duas revistas de sucesso na editora são Planetary e The Authority, ambas de Warren Ellis. Na primeira, uma organização comandada por um homem misterioso se encarrega de investigar acontecimentos paranormais ao redor do mundo. Desenhada pelo talentoso John Cassaday, a revista está atualmente “congelada”, e espera pela conclusão. Na segunda, um grupo de super-heróis se reúne para criar uma polícia internacional e proteger o planeta de ameaças super-poderosas. A revista é uma versão alternativa da Liga da Justiça (sendo Midnighter e Apollo as versões homosexuais de Batman e Superman), com algumas referências a personagens da Marvel. Coma saída de Warren Ellis e Bryan Hitch do título, The Authority esteve nas mãos de outras equipes criativas de nome, como Mark Millar e Fran Quitely, e Grant Morrison e Gene Ha. É o título mais vendido do selo.
A Wildstorm também é a atual detentora dos direitos de publicação da franquia New Line Cinema, e eventualmente publica novos capítulos dos famosos Friday the 13th, A Nightmare on Elm Street e The Texas Chainsaw Massacre. Fãs da série de TV “Supernatural”, também encontrarão histórias da mesma no selo, estas mostrando os anos de caçador de John Winchester, pai dos irmãos Dean e Sam. No Brasil, as revistas da Wildstorm são encontradas no mix da Pixel Magazine.
Image Comics
Se você já era nascido nos anos 90, deve conhecer essa editora. Ou já ouviu falar de Spawn, o soldado do inferno. Fundada por roteiristas e desenhistas insatisfeitos com a burocracia dos direitos autorais, entre eles Todd McFarlane e Rob Liefeld, a Image Comics alcançou em tempo recorde seu espaço nas bancas americanas. Em grande parte graças a Spawn, o agente da CIA que após ser assassinado em trabalho, faz um pacto com o demônio e volta á vida com um traje sobrenatural feito de tecido vivo. Spawn já teve 178 edições, e continua firme e forte, assim como Savage Dragon, que desde a primeira edição ainda não trocou de equipe criativa (está na edição 135). Seguindo a popular idéia de se fazer versões alternativas de seus personagens, a Image lançou Spawn: Godslayer, onde protagoniza um soldado do inferno que a mando de uma entidade desconhecida, deve matar os deuses de um mundo medieval.
O grande sucesso da editora na atualidade é The Walking Dead, cuja resenha pode ser lida aqui ou aqui. Spawn é publicado pela Pixel, que faz algum tempo lançou uns TPBs bacanas da saga Armageddon, que reformulou a revista (vale a pena procurar os encadernados).
Avatar Comics
Para ser sincero, eu nem estaria falando desta editora se não fosse por “Black Summer”, escrita por meu roteirista predileto, Warren Ellis. Sete pessoas são escolhidas para fazer parte de uma força-tarefa especial, e para isso sofrem aprimoramentos que os tornam super-poderosos. Tudo vai bem até que John Noir perde uma perna, e vê sua esposa morrer num acidente. Noir abandona a equipe. Meses depois, John Horus, que tinha ido além no aprimoramentos e se tornado virtualmente invencível, invade a Casa Branca e mata o presidente, indo falar em rede nacional logo sem seguida. Horus afirma que as ações do presidente, entre elas a Guerra do Iraque, eram ilegais e ofendiam o povo americano. Agora ele era o novo protetor da América, e as pessoas teriam que andar na linha ou seriam aniquiladas. O desenrolar dos fatos é extremamente envolvente, o que não poderia ser diferente, já que falamos de Warren Ellis. A revista espera sua conclusão, na edição número sete. Outras revistas de Ellis podem ser encontradas entre as da editora. Garth Ennis também tem títulos na Avatar.
A Avatar era a antiga detentora dos direitos de publicação da linha New Line Cinema, e publicou algumas mini-séries interessantes, como Jason versus Jason X (tenha medo). O artista responsável pela linha New Line era Juan Jose Ryp, desenhista de Black Summer, cujo traço grosso e agressivo dava um toque extra de violência as histórias. Não faço idéia quanto á publicação aqui no Brasil, mas conheci Black Summer a partir de um artigo publicado na Wizmania, da Panini.
Mangás
Decidi adicionar essa seção de última hora, até porque não sou de ler mangás. Mas me recordei de alguns que eu achei bem atrativos:
Battle Royale – A trama se passa num futuro indefinido, onde o Japão (renomeado para República do Grande Leste Asiático) está em conflito ideológico com o Império Americano, uma espécie de Guerra Fria II. Coisas relacionadas a cultura yankee, rock ‘n’ roll por exemplo, são terminantementes proibidas. Bom, até ai tudo bem. Mas a merda vem agora: Como uma forma de fazer pesquisas militares e controle populacional (o Japão precisa de controle populacional?), o “Programa” foi criado. No que ele consiste? Simples. A cada dois anos, uma sala de primeiro do colégial é escolhida para participar dele e lutar entre si numa ilha até que reste apenas um vivo. E se não houverem mortes a cada 24h, TODOS MORREM. Cada “competidor” é presenteado com uma mochila contendo água, comida e uma arma aleatória (de uma Shotgun até um alto-falante) e a putaria começa. O andamento da batalha é mostrada na televisão periodicamente. No livro, é revelado que o Programa não é um experimento, mas uma forma de aterrorizar a população e despertar desconfiança, evitando rebeliões que possam ameaçar a ditadura. E é sobre essas condições que o protagonista Nanahara Shuya deve sobreviver. Mas terá ele a coragem para matar seus companheiros de turma? E o oposto? O jogo se inicia, e apenas o mais forte sobreviverá… Battle Royale é um épico das amarelices, contendo tudo que de impróprio que se pdoe imaginar. Sexo explícito? Sim. Estupro? Sim. Multilações? Sim. Palavrões? Sim. Você vai ler? Sim. Publicação da Conrad.
Berserk – Passado na Europa medieval, o mangá conta a história de Gatts, um habilidoso espadachim, e seu envolvimento (no sentido não-homosexual) com Griffith, o líder de um bando mercenário. O mangá começa mostrando um cenário sombrio, onde Gatts mata demônios e procura vingar-se de Griffith, e logo em seguida destrincha o passado e os acontecimentos que resultaram naquela situação. Conheci o mangá através do anime de mesmo nome, que adaptou os capítulos passados… no passado. Ainda hei de ler o resto. Recheado de violência, desmembramento e sexo no estilo medieval que tanto amamos. Publicação da Panini.
Gantz – Esse eu comecei a ler recentemente, com a publicação da Panini. Kei Kurono vivia uma vida normal (para os padrões japoneses), até que ele e um amigo de infância foram atropelados por um trem, assim morrendo. Ou não? Os dois são transportados para uma sala junto com um grupo de estranhos, para participar de um jogo onde o objetivo é matar alienígenas. Quem mata alieníginas acumula pontos. Quem acumula 100 pontos supostamente voltará a vida, assim diz a esfera negra “Gantz”. Misterioso e perturbador, esse mangá é ótimo para se ler nas horas vagas, e possui as mesmas características impróprias dos citados acima (não tanto quanto Battle Royale e Berserk, porém). Um anie foi feito e encerrado, mas o mangá continua sendo publicado.
Caso queria recomendar outros comics ou mangás de conteúdo maduro, vá em frente, pois eu estou interessado.
Se vocês já deram uma olhada na página da equipe, estão cientes de que eu sou o novo colunista do “Nona Arte”. Minha função aqui será, obviamente, falar de quadrinhos, sejam eles comics ou mangás. Mas antes de começar a escrever sobre quadrinhos em si, eu acho que seria legal dar uma visão geral de como eles são feitos. Falarei apenas do processo de produção de comics, já que desconheço/sei muito pouco quanto aos mangás.
Mas antes de tudo, o que diferencia um comic de um mangá? Muito mais do que o lado do planeta, por assim dizendo. Diversos fatores diferenciam os comics dos mangás: Técnica de desenho, padrão de personagens, tipo de folha, público alvo, etc. Mas o único relevante para nós agora, nesse texto, é a forma de produção. Mangás geralmente são feitos por uma pessoa só. A mesma pessoa faz o roteiro, os desenhos, o acabamento, uma coisa artesanal mesmo. Já os comics são feitos por uma equipe. Um faz o roteiro, o outro desenha, vem outro pra finalizar, outro colore… Claro que existem exceções onde o roteirista também desenha, como Frank Miller e Todd McFarlane por exemplo. Explicadas as diferenças, podemos começar.
PRODUZINDO COMICS
1- Roteiro
Antes de qualquer outra coisa, precisamos de um roteiro. É aí que entra o… roterista. O roteiro é tão importante para os quadrinhos quanto é para qualquer outra coisa, e escrever um de qualidade não é nada fácil. Ao escrever, o roteirista tem que dar descrições detalhadas do que está acontecendo. O cenário, qual é o personagem que está falando, quem está batendo em quem e como isso está acontecendo, e por aí vai, para que o desenhista possa fazer seu trabalho. Como exemplo, aqui está um pedaço do roteiro de Ed Brubaker, na edição número 100 do Demolidor:
Prestem atenção nos detalhes descritivos
Alguns roteiristas têm experiência fora dos quadrinhos também, o que muitas vezes é bom. Mas nem sempre. Exemplos de roteiristas que atuaram em outros “veículos” são Joss Whedon, criador de Buffy, Angel e Firefly/Serenity, e J. Michael Straczynski, criador de Babylon 5. Com a primeira etapa concluída, o roteiro é enviado para o desenhista fazer sua parte.
Vá sem medo – Warren Ellis, Ed Brubaker, Matt Fraction, Geoff Johns, Mark Millar, Grant Morrison, Alan Moore, Frank Miller, Garth Ennis, J. Michael Straczynski, Brian K. Vaughan e Jason Aaron.
Fique longe – Jeph Loeb, talvez o roteirista mais previsível de todos (todo roteiro seu começa com um assassinato “misterioso”), e o homem que está arruinando os Ultimates e o Hulk.
2- Arte
A alma dos quadrinhos. Afinal, o que são histórias em quadrinhos sem desenhos? O trabalho do desenhista requer mais que boas técnicas e talento, requer também imaginação. Com o roteiro em mãos, o desenhista deve imaginar as cenas e desenhá-las, para depois mandar os desenhos prontos para a editora, tudo dentro do prazo estipulado (cerca de um mês). É comum ter um artista responsável apenas pela capa, e outro pelo interior da revista. Renato Guedes (sim, ele é brasileiro), o atual responsável pela arte do interior da revista do Superman, afirmou trabalhar praticamente o dia inteiro, desenhando uma página por dia. Depois ele manda os desenhos de São Paulo, onde mora, para a DC, nos EUA.
Rascunho de Demolidor 100
Vá sem medo – Alex Ross, Mike Choi, Bryan Hitch, Steve McNiven, Gary Frank, Mike Deodato, John Romita Jr, Jim Lee, John Cassaday, Steve Epting, Marc Silvestri e Marko Djurdjevic.
Fique longe – Rob Liefeld, Howard Chaykin e Humberto Ramos, os anti-anatomia.
Mas espere, esta etapa não está concluída ainda! A arte ainda precisa ser finalizada. É aí que entra o arte finalista, o cara responsável pelos “retoques”. Parece besteira, mas o desenho fica consideravelmente melhor após ser finalizado. Não fiz uma lista de recomendações de arte finalistas pois o resultado varia de acordo com o desenhista. É uma questão de compatibilidade, sabe?
A mesma página, finalizada
3- Cores
Com algumas poucas exceções, com Walking Dead como melhor exemplo delas, cores são cruciais para os quadrinhos. Ao dar uma melhor visualização do cenário e dos personagens, as cores dão um toque de vida aos desenhos. Os coloristas usam como instrumentos de trabalho pincéis e variados tons de tintas, assim como um pintor (o que é o que eles são, basicamente). Ao contrário do que se pensa, o colorimento não é todo feito em programas de computador. Sim, alguns efeitos de luz são feitos assim, mas não o serviço todo.
Continua sendo a mesma página, agora colorida
Vá sem medo – Ah, sei lá. Eu gosto de Laura Martins, ela tá fazendo um bom trabalho em Thor.
Fique longe – Não consigo pensar em ninguém.
4- Letras
Roteiro e arte prontos, chegou a hora de incluir as falas, narração e afins. E é isso que o letrista faz, em poucas e resumidas palavras. Acho que não preciso falar mais nada dessa etapa, creio eu ser algo bem fácil de entender.
5- Edição
Que venham os editores. Responsáveis pela supervisão de TODO o processo de produção, eles passam o dia nas editoras, checando roteiros, desenhos e conversando com a equipe. “Se o cara leva os roteiros para ler em casa, então ele não é editor”, diz Joe Quesada, editor-chefe da Marvel e defensor da socialização. Mas qual é exatamente o trabalho de um editor? Bom, primeiramente, cada editor é designado para revistas específicas. Um cuida de Captain America e Daredevil, outro dos títulos dos Avengers, e por aí vai. Durante o processo de produção de roteiros, eles conversam com os roteiristas, para mudar algo que não ficou legal ou dar um parecer. A mesma coisa é feita quanto aos desenhos internos e das capas. Com tantas responsabilidades, os editores acabam tomando decisões não muito inteligentes, como Joe Quesada fez com o Aranha em One More Day e, dizem os boatos, fará com o Capitão América durante a Secret Invasion (tenha medo).
6- Revisão, Produção, Publicação e Distribuição
Com a edição original pronta, a revista passa por inúmeras revisões antes de ser reproduzida em massa e publicada. Não faço idéia de quais sejam as máquinas usadas, mas acho que isso não é muito relevante para a coluna (ou é?). E com isso, as revistas são distribuídas pelas bancas do país, sendo compradas pelos fiéis leitores logo em seguida.
Com as revistas em mãos, chega a hora de devorá-las, e por isso o texto acaba aqui. Espero ter esclarecido algo para o pessoal que realmente se interessa. Sei que pequei em algumas partes, mas não sou da indústria, então já viu né. Até a próxima, fãs de quadrinhos.
Nos últimos tempos, quarta-feira tem sido meu dia predileto. Não é difícil explicar o por quê. Quarta-feira é dia de lançamento de hqs. E hoje o excitamento foi maior graças á Uncanny X-Men 495, primeira parte de “Divided we Stand”. Devo me antecipar e dizer que esta foi a melhor edição de Uncanny X-Men que eu li em anos.
Com os X-Men desbandados, Scott e Emma vão tirar férias na Terra Selvagem. Ed Brubaker (Captain America, Daredevil) começa a mostrar sua genialidade aqui. O relacionamento dos dois é tratado de forma bela e serena, num nível completamente diferente do que eu já havia visto. Scott é mostrado como o personagem que eu sempre admirei, sensato, inteligente e um grande líder, mesmo sem uma equipe para liderar. Emma Frost demonstra o mais puro amor por Scott, e me faz perder o pouco de saudade que eu tinha dos tempos de Jean Grey. Durante o encontro de Emma e Scott com Kazaar e Shanna, dá para sentir a falta que os X-Men fazem à Scott. E o que pode ser o prelúdio para um reagrupamento.
Enquanto isso, Logan, Piotr e Kurt se encontram na Alemanha. Os três também estão dando um tempo à vida de herói, e seguem rumo à Rússia, terra de Piotr. Esta não é a primeira vez que os três vão para a Rússia (a última acabou em briga com o Omega Red), e eu duvido muito que eles encontrem a mesma tranquilidade pela qual Scott e Emma estão passando na Terra Selvagem.
Os desenhos de Mike Choi não estão menos do que excelentes. Tudo está devidamente detalhado, e o trajamento de Emma consegue ser sexy e ao mesmo não dar a impressão de que ela é uma prostituta. As cores dadas por Sonia Oback (cujo nome sempre me lembra de Barack Obama) dão o toque final de perfeição.
Esta edição é bem escrita, bem desenhada, e uma homenagem aos velhos tempos… E ao que está por vir. Posso dizer que não poderia estar mais satisfeito, e que esta será uma grande fase para os mutantes da Marvel.
Ultimamente a Marvel têm me decepcionado com péssimos arcos e roteiristas incompetentes no comando de boas revistas. Respectivamente, One More Day e Jeph Loeb. Por isso a minha alegria ao saber que o grande Mark Millar, idealizador de Civil War e The Ultimates, irá assumir as revistas de Wolverine e Quarteto Fantástico. E o escocês pretende apostar alto.
Wolverine
Millar se junta á Steve McNiven, com quem fez Civil War, para contar uma história sombria envolvendo o mutante mais famoso. Estamos 50 anos no futuro, e super-heróis não existem mais. James “Logan” Howlett abandonou sua vida de herói e agora vive uma vida comum ao lado de sua esposa e filha na Costa Oeste dos Estados Unidos. Também não existe mais governo, e as regiões são controladas por gangues lideradas pelos netos de heróis e vilões do passado. A história se desevolve a partir do momento que Wolverine se envolve em um problema com a Gangue do Hulk, e precisa sair numa missão para conseguir dinheiro. Ele segue então numa viagem até a Costa Leste, mais precisamente Nova York (agora Nova Babilônia). O arco, entitulado “Old Man Logan” (Velho Logan) terá 8 edições e será relacionado com a continuidade Marvel e com seu trabalho em Quarteto Fantástico.
Nas palavras do autor, será algo tipo “Clint Eastwood encontra Mad Max”, e o próprio também afirma que este será o futuro da Marvel, “enquanto as coisas continuarem como estão”. Idéia um tanto quanto assustadora, mas acredito na competência de Millar. Qualquer semelhança com Wanted não é mera coincidência.
Fantastic Four
Espere, Bryan Hitch? Sim. Para quê mexer em time que está ganhando, não é mesmo? Enquanto Wolverine terá a equipe de Civil War, o Quarteto ficará nas mãos da equipe de The Ultimates.
Millar confessa que têm grandes planos para a família de super-heróis. Para começar, ele trará de volta uma namorada de Reed, uma mulher com quem ele se relacionou antes de conhecer Sue Storm. Segundo ele, é uma mulher mais próxima do que é o Senhor Fantástico. Eles se conheceram na faculdade, e ela tem dois pontos a mais de Q.I. A “Senhora Fantástica”. O segundo arco será chamado “A Morte da Muer Invisível”. Precisa falar algo mais? Logo em seguida veremos Johnny Storm arrumar uma nova namorada. Até aí tudo ok. Mas ela é uma super-vilã. E para terminar de abalar o mundo do Quarteto, veremos Ben se relacionar com uma mulher normal, pela primeira vez (a filha do Mestre dos Brinquedos obviamente não conta). Serão quatro arcos de quatro edições cada.
Danny Rand, o Iron Fist, fez sua primeira aparição em 1974, em Marvel Premiere número 15. Com um uniforme verde e amarelo com um design deveras cafona e golpes de kung fu, o personagem de Roy Thomas e Gil Kane se tornou um dos grandes coadjuvantes da Marvel, especialmente na revista do Demolidor, aparecendo quase sempre ao lado de Luke Cage. Apesar das aparências, Iron Fist é, e sempre foi, um dos personagens mais interessantes da Marvel, apesar de nunca ter sido devidamente explorado. Até agora.
Com o roteiro escrito pelo experiente [Ed Brubaker (The Authority) e o recém conceituado Matt Fraction[ (Punisher War Journal), e arte arrasadora de David Aja (Daredevil), Iron Fist finalmente está ganhando a devida atenção. Vale ressaltar que esta não é a primeira revista do personagem.
Muitos anos atrás, na cidade mística de Kun’ Lun, o jovem Danny Rand observava um uniforme atrás de um vidro - o garbo do “Imortal Punho de Ferro” – e sabia que ele estava destinado a usá-lo. Mas de onde veio esse uniforme? Por que ele havia esperado por Danny durante todos esses anos como uma sombra de seu futuro? Qual o verdadeiro destino do Punho de Ferro?
O mistério aumenta, á medida que Danny tem a forte sensação de que mais alguém está usando o poder do punho do dragão, o poder do Punho de Ferro. Mas como isso é possível se ele foi ensinado que é o último usuário vivo? Qual a relação desse desconhecido com a volta de um antigo inimigo de Danny?
Todas essas perguntas serão respondidas em páginas e mais páginas de ação, misturando elementos ocidentais e orientais, que fazem de Immortal Iron Fist um épico das hqs de kung-fu.
Por trás desse enredo, a revista faz uma viagem no tempo, ao mostrar partes isoladas da vida dos antigos usuários (66 no total, divididos entre homens e mulheres) do poder do Punho de Ferro, esclarecendo aos poucos a origem dessa surpreedente habilidade.
“Espera Nip. Para tudo. Que habilidade, porra?”. Eu estava chegando lá. O indivíduo destinado a ser o Punho de Ferro passa por um árduo treinamento, como os vistos em filmes de kung fu. Terminado o treinamento, o escolhido deve enfrentar um dragão, e só obtendo a vitória ele herdará o poder do Punho de Ferro. Os vitoriosos são abençoados com a habilidade de canalizar o ki, aumentando seus reflexos além do limite humano e sendo capaz de energizar seu punho, deixando-o tão duro quanto o ferro e tão poderoso quanto um dragão. O usuário do Punho de Ferro pode ser identificado a partir de uma tatuagem em forma de dragão, símbolo de seu poder.
Combinando este poder com suas exímias técnicas de kung fu, Danny Rand é um dos humanos mais poderosos da Marvel, o que me faz imaginar o por quê de ele ter demorado tanto para sair do plano secundário e passar a ser parte dos principais.
Quem lê mangás certamente vai se familiarizar com o enredo, talvez até mais do que os leitores de hq. Faz pouco tempo que comecei e confesso que nunca dei muito valor ao personagem. Me empolguei para ler a revista após ter lido o arco “The Devil in the cell-block D”, da revista do Demolidor. Primeiro, porque os desenhos são os mesmo. Segundo, porque… não vou spoilear, mas quem já leu o arco ou prestou atenção em Civil War sabe.
Os desnhos são meio “rabiscados”, o que dá uma sensação maior de sombra á história e mais semelhança aos mangás. Os movimentos dos golpes são bem definidos, assim como a ação. Eu já conhecia o trabalho de Aja, e inclusive, aprecio bastante.
Immortal Iron Fist é uma das revistas que acompanho atualmente e devo dizer: É também uma das que mais sinto prazer em ler. É, sem dúvidas, a melhor porta para o mundo dos personagens mais undeground da Marvel e prova que os mesmo podem ser tão interessantes quanto os famosos.
Altamente recomendável para fãs do estilo, fãs de hq, otacos em busca de uma entrada no mundo das hqs e qualquer outra pessoa que se interessar. Iron Fist detona, em todos os sentidos.
Durante os seus 40 anos de publicação, os X-Men sempre foram os personagens mais “perseguidos” da Marvel. Massacre de Mutantes, Operação Tolerância Zero, Decimação M, o já extinto vírus Legado… E agora o arrasador Messiah Complex (Complexo de Messias, ainda sem data de publicação no Brasil). Parece que a raça mutante nunca terá descanso. E se tiver, certamente não será agora.
Messiah Complex, evento em 13 partes que encerrou nesta semana, causou grandes modificações no universo mutante. Vidas foram tiradas, e nada será como antes. Começa “Divided we Stand”.
Uncanny X-Men
Os X-Men não existem mais. Os mutantes restantes não tem para onde ir, e devem repensar o sonho de Xavier para decidir se a coexistência pacífica com os humanos ainda é uma opção. Enquanto isso, o Homem de Ferro faz uma proposta á Ciclope, um plano para proteger a raça mutante… Irá ele aceitar?
Esta não é a primeira vez que os X-Men se desbandam, e creio que também não será a última. De qualquer forma, eu estou bastante curioso quanto ao futuro dos personagens mais originais da Marvel.
X-Force
Todo mundo sabe que os X-Men não matam. Mas estes não são os X-Men. Com o fim de Messiah Complex, Ciclope percebe que alguns inimigos devem ser neutralizados permamentemente, sem que os X-Men saibam. Surge então a X-Force, formada por Wolverine, Warpath, X-23 e Wolfsbane.
O que se pode esperar de uma revista que reúne os membros mais frios dos X-Men? Muita violência, no mínimo. Eu imagino que X-Force será a versão mutante dos Thunderbolts. Aguardo ansiosamente.
X-Men: Legacy
O passado se torna o presente enquanto Xavier trava a maior batalha de sua vida. Com sua mente em jogo, um passo em falso pode causar danos irreversíveis. E a ajuda vem de uma fonte inesperada: Seu ex-arquinimigo, MAGNETO.
Não se sabe muito sobre esta revista, e as capas reveladas só contribuem para o mistério. Mas ver Magneto e Xavier se degladiando sem poderes já deve valer algo.
X-Factor
A agência de Maddrox está em crise. Se sentindo culpado pelo que aconteceu com Layla, Maddrox tem uma coisa em mente: Vingança, e os Purificadores estão na mira. Mas estará ele pensando em uma missão suicída? Wolfsbane deixa a equipe para se juntar á X-Force. Rictor e Guido seguem viagem. E alguém sabe algo sobre Layla, mas não está compartilhando a informação… E alguém está grávida!
X-Factor é, desde sua estréia, a melhor revista entre os títulos “X”. Eu espero que continue assim. E sinceramente, acredito que continuará. Esse clima pesado será uma boa adição ao estilo “noir” da revista. Porém, acho que o tão apreciado humor se ausentará um pouco.
Wolverine
Assim como Maddrox, Logan busca vingança. Mas quem é o alvo de sua fúria, e que segredo os dois compartilham? E quão longe Wolvie está decidido a ir para conseguir o que quer?
A revista do baixinho canadense sempre foi composta de altos e baixos. Esse último volume que o diga. E Wolverine em busca de vingança é uma idéia batida e de certa forma instável. Só nos resta esperar.
Cable
O futuro da raça mutante é decidido aqui. Cable foi encarregado de uma missão que pode salvar os mutantes… Ou os levar á extinção, caso falhe. E em sua trilha está um inimigo impiedoso que não irá parar até que sangue seja derramado. Não importa onde, ou quando, Cable corre.
Cable é um personagem tulmutuado, grande parte graças ao fato de ter sido co-criado por Rob Liefeld. Eu particularmente só me interessei pelo personagem por causa do título que ele costumava dividir com Deadpool (também co-criado por Liefeld). Prefiro não afirmar nada.
Young X-Men
Após Messiah Complex, não existem mais X-Men, e os jovens mutantes Rockslide, Blindfold e Dust estão sozinhos e sem direção. Até o dia em que Ciclope os recruta para caçar a nova encarnação da Irmandade de mutantes… E matá-los. Junto á novos recrutas, os jovens X-Men aprendem uma dura verdade sobre o mundo pós Messiah Complex: Antigos aliados podem se tornar inimigos mortais.
Confesso que não gostava dos Novos X-Men, mas essa idéia de combate mortal contra uma nova Irmandade parece legal. E estou curioso para ver quem são esses antigos aliados.
Este artigo faz parte de uma série. Veja a introdução aqui.
Pois é, 2007 finalmente chegou ao fim. Mas isso não quer dizer que o que aconteceu nesses 365 dias será esquecido. Pelo menos na área de quadrinhos, grandes eventos aconteceram, eventos que trouxeram cenas bastante aguardadas pelos leitores. É claro que estou falando de World War Hulk, pela Marvel, e Sinestro Corps War, pela DC.
World War Hulk
Tudo começou com um “pequeno” descontrole, onde o Hulk quase detonou Las Vegas. Numa tentativa de se livrar desta grande ameaça que é o alter-ego de Bruce Banner, o Illuminati (não, não é aquela seita secreta do Vaticano. Falo de Reed Richards, Dr. Strange, Black Bolt, Iron Man e Charles Xavier) decidiu arremesá-lo no espaço. Eles fizeram uma emboscada para o Hulk, e o mandaram para bem longe. O plano falhou aí. Em vez de mandá-lo para um planeta desabitado, ele acabou indo parar numa planeta com vida inteligente, e foi forçado a ser gladiador. Ele fez algumas amizades hardcore e então desceu o braço em todos até tomar o poder do Imperador. Ele se casou com uma alienígina, que logo ficou grávida do verdão. Final feliz para o Hulk? NO WAY! A nave que o transportou continha uma bomba forte o suficiente para destruir o planeta (vide Saga de Freeza em DBZ), e assim aconteceu. Fora o Hulk e seus colegas gladiadores que conseguiram fugir num cruzador imperial, todos morreram. Inclusive sua esposa. Verde de raiva (desculpem o trocadilho infame), ele mudou o curso do cruzador para a Terra, com apenas uma coisa em mente: VINGANÇA.
Chegando na Terra, ele manda uma mensagem explicando o que aconteceu, e quem são os culpados. Então ele completa com um aviso á população de New York: Ou eles vão embora da cidade em 24h, ou vão ser destruídos também. Os super-heróis se unem para tentar detê-lo, mas o poder do Hulk cresce com a raiva, e ele nunca esteve tão bravo. New York e o Illuminatti estão em seus últimos dias.
“Pô Nip, enredo bacana, mas por que isso seria nostalgico?”. Bom, em primeiro lugar, finalmente deram ao Hulk a atenção que ele tanto merecia. Segundo lugar, nada de diálogos chatos ou enrolação. Aqui a pancadaria come solta. E terceiro, porém não menos importante, o Hulk dá uma surra magnífica no Homem de Ferro logo na primeira parte do evento. Acredito que eu falo por todos os leitores da Marvel quando eu digo que esta foi uma das cenas mais aguardadas do ano. O Homem de Ferro chegou ao auge de sua antipatia durante a Civil War, e já estava mais do que na hora de alguém mostrar pra ele com quantos paus se faz uma suru… digo, canoa. E nada melhor do que tomar a maior surra de sua vida na frente do povo nova-iorquino. Cena que lembrarei sempre que abrir um revista estrelada por um desses dois personagens.
Sinestro Corps War
Sinestro, o arquiinimigo de Hal Jordan e toda a Tropa dos Lanternas Verdes está de volta. Mas desta vez, ele não está sozinho. O vilão de pele rosa criou sua própria Tropa de propagadores do medo, reunindo vilões peso-pesado como Super-Cyborgue e Superboy Prime, e declarou guerra aos Lanternas, matando todos que encontrasse pela frente. O livro de regras dos Lanternas os impedem de usar força letal mesmo que queiram (o anel não responde no caso), o que desequilibrou o combate á favor de Sinestro.
Até agora nada de nostálgico, certo? Certo. Mas na ameaça de perder a guerra, os guardiões da Bateria Central da Tropa dos Lanternas Verdes tomou uma medida completamente inesperada: A aprovação de força letal. Sim, pela primeira vez na história da Tropa, eles tem permissão para matar. Os heróis então viraram o jogo na melhor maneira possível, com MUITO sangue e desmembramentos. E não pense que isso é temporário, pois já foi anunciado que a força letal será medida permanente. Um ato digno de ocupar um espaço em minha memória. E na de vocês também.
E é isso. Que vocês tenham um bom final de ano e blábláblá, ah, corta essa.
E aqui estou eu, um marvete de carteirinha falando da grande rival, DC Comics. Mas não é á toa. Na maior parte da minha vida de apreciador de quadrinhos, eu sempre subestimei os títulos do Lanterna Verde. A única revista da editora que eu sempre acompanhei, é a do Batman. Porque ele é o Batman. Mas por agora, resolvi dar uma chance á Tropa dos Lanternas, e acompanhei o evento “Sinestro Corps War” (Guerra da Tropa de Sinestro, numa tradução porca), ainda sem data de lançamento no Brasil.
O evento, composto por 11 capítulos, 1 epílogos e 4 spin-offs, se concluiu nesta quarta-feira. O que posso dizer? Os Lanternas acabam de ganhar mais um leitor. A qualidade da trama me impressionou, assim como as cenas de ação. E olha que eu nunca fui muito fã de aventuras espaciais (coisa que começou a mudar com a publicação de “Aniquilação”, pela Marvel). Mas eu não estou aqui para puxar o saco deles, e já para avisar do próximo evento, já previsto para 2009. Vejam só as imagens publicadas no final de Sinestro Corps:
Para quem não sabe, “The Blackest Night” ( a noite mais negra/densa) é o nome dado ao crespúsculo dos Lanternas. No livro dos Lanternas está escrito que nesta noite, as sete Tropas irão degladiar até a morte, resultado do surgimento de uma oitava. “Sete?”. Sim. Cada Tropa representa uma cor, e um sentimento, por assim dizendo. Verde é a cor da determinação, amarelo é do medo, vermelho da fúria, violeta para o amor, indigo para a compaixão, laranja para a avareza e azul para o espírito e poder. A oitava Tropa é a dos Lanternas Negros (sem piadas racistas, por favor) e ainda não se sabe que droga eles representam. Blackest Night também está presente no poema de juramento dos Lanternas:
“In brightest day, in blackest night,
No evil shall escape my sight
Let those who worship evil’s might,
Beware my power…Green Lantern’s light!”
Na publicação brasileira, o juramento é:
“No dia mais claro, na noite mais densa, o mal sucumbirá ante a minha presença. Aquele que segue o mal tudo perde diante do poder do Lanterna Verde”
Não foi revelado nada sobre o evento ainda, mas eu aposto que vai ser bom. Volto em breve, quando souber de mais. Caso a imagem esteja pequena demais para ler, clique aqui e aqui.