Heróis e vilões humanos

Nona Arte quarta-feira, 01 de outubro de 2008 – 13 comentários

Hoje eu fui até a banca comprar alguns comics. Como não achei os que eu queria fiquei procurando qualquer porcaria, então eu reparei na capa de uma revista qualquer que falava sobre alguma coisa de “poder humano”. Eu nem comprei, mas a idéia ficou na minha cabeça e, na realidade, ela me fez pensar nos humanos dos quadrinhos e como eles não são humanos de verdade.

Dentre as várias raças que existem nos vários universos de papel, os humanos são os mais bacanas. Quando digo humano não estou me referindo àquele tiozinho que fica na rua vendendo jornal, estou falando dos heróis e vilões humanos, os fantasiados.

Os humanos são muito mais legais porque eles são simplesmente humanos. Eles batem, apanham, xingam, sangram, dormem, comem e fazem todas as coisas que super-seres não precisam fazer. Mas apesar de serem humanos, e fazerem coisas de humanos, eles estão muito longe de serem como eu e você, e não estou me referindo aos aspectos físicos, e sim aos psicológicos.

Um humano em uma HQ é muito diferente de um humano no mundo real. E como se já não bastassem serem diferentes de nós, eles também são diferentes entre si, como, por exemplo, humanos de comics são diferentes de humanos de mangás, assim como os vilões também são diferentes dos heróis. Dessa vez vamos focar só em heróis e vilões.

Como já falei, humanos de comics são variados entre heróis e vilões, mas quase todos têm a mesma história (vale lembrar que só tô mencionando os humanos da Marvel/DC).
Para ser um herói humano você tem que ter passado por um trauma ou uma experiência muito forte (pais mortos, barco afundou, família assassinada e outras tragédias). Logo, o que vemos, é que os heróis humanos são movidos por um senso de justiça barato, elas fazem o que fazem porque querem justiça e se empenham para isso.
O que percebemos com isso é que as reações humanas no papel são muito diferentes das reações reais. Qualquer humano que tenha sua família morta pensa em vingança, não em justiça, porque além de peludos os humanos também são bem filhas da puta. Fora que nenhum humano acredita em justiça, então não importa o motivo, qualquer humano mataria e não ficaria com essa preocupação de “não ultrapassar a linha”. Felizmente, temos um personagem que age conforme nossas idéias: o Justiceiro, quem nem é considerado tão herói e que deveria se chamar Vingador, mas enfim.
Os heróis humanos não têm muitas características humanas. Eles sempre são puros e bonzinhos e têm uma perseverança enorme, deixando de lado toda as características humanas primordiais e criando um ser que você sabe que não existe.

Os vilões humanos não chegam a ser tantos, mas existem e são idiotas. Um humano vira vilão por motivos idiotas e ações mais idiotas ainda. Pode ser insanidade, pode ser um trauma/experiência muito forte e também porque ele quer ser rico/poderoso. Um bom humano de verdade, quando quer ficar rico, vira deputado e rouba dinheiro do povo, como muitos humanos já fazem. Fora que, com isso, você também ganha um pouco de poder. Mas os humanos de papel decidem vestir máscaras e assaltar bancos, vai entender.
Existem casos estúpidos. Tinha um inimigo do Robin que inventou botas antigravidade e as usava para roubar, sendo que até o próprio Robin concordou que se essa tecnologia fosse vendida o cara já estaria milionário, ou seja, é o mesmo que ganhar na mega-sena e investir o dinheiro no crime. Fora que a maioria dos vilões, às vezes, não têm um porquê para o que fazem. Parece que o vilão é um vilão só para completar o herói e deu, sem nenhum motivo para isso, assim como você batia no seu primo de 10 anos só para incomodá-lo.

Pulando pros mangás, temos os piores tipos de humanos. Porque humano mangá é incrivelmente insuportável.
No mangá você não precisa ter passado um trauma tão grande para ser um herói, basta apenas você ter 12 anos e querer ser um herói. Nisso você viaja o mundo com um sonho do caralho, que normalmente é “ser o melhor do mundo em alguma coisa”, e essa coisa varia MUITO de mangá para mangá. Outra coisa horrível é que o herói de mangá sempre tem um senso de honra, justiça, amizade, coragem e perseverança tão chatos que um humano de verdade nunca teria. Os sentimentos de heróis explorados nos mangás estão MUITO longe de serem sentimentos reais. Até hoje eu nunca encontrei alguém que levantaria do chão só pra tomar uma porrada e cair de novo e ficar repetidamente caindo e levantando, como muitos heroizinhos fazem por aí.
Eles têm uma amizade muito forte com alguém e morreriam pelos seus amigos, e como não poderia faltar, eles sempre estão dispostos a ajudar os outros. Em geral, humanos de mangás parecem personagens da Malhação, sempre com aquela vontade de ajudar o fraco e oprimido e com discursos baratos de “o bem sempre vence”.

Já os vilões realmente parecem humanos, pois geralmente eles matam mesmo, sem pensar como, onde e quando, como qualquer bom humano faria, bem simples e objetivo. Talvez por isso ultimamente os fãs tenham preferido mais os vilões aos heróis.

Se você notar bem percebe que os humanos de papel estão muito longe de serem humanos, e a maior prova disso é que quando você lê uma HQ você pensa “porra, eu não faria isso”. Humanos de papel são artificiais demais e muito previsíveis.
As linhas DC/Marvel, e boa parte dos mangás, fazem um humano que não existe, com um senso de justiça que ele não deveria ter e com ideais que ninguém nunca imaginou ter. Isso foge da realidade e cria uma certa distância entre personagem e receptor. Temos algumas raras exceções que fogem dessa suposta humanidade de papel e criam um personagem identificável, que realmente corresponde aos padrões de humanidade de hoje em dia. Essas raras exceções são muito encontradas em histórias onde o roteiro foge do clássico herói/vilão e explora novas idéias, como um cara frustrado com a sua vida, ou um jovem apaixonado pela amiga.

Esses enredos geralmente são encontrados em histórias mais adultas, que fogem do selo Marvel/DC e dos mangás mais “pops”, onde a exploração do subconsciente humano não tem limites. Mas isso já é história pra outra coluna.

Capas

Nona Arte quarta-feira, 24 de setembro de 2008 – 4 comentários

Essa discussão quase sempre ficava de fora nas rodas de assuntos nerds das quais eu participava, mas sempre foi algo intrigante: as capas das histórias em quadrinhos.
Não me refiro dessa vez aos efeitos aplicados na mesma (tinta metal, capa dupla, etc, etc, etc) e sim ao que a capa tenta nos passar com os seus elementos.
As capas em geral são feitas de papel couche, que é um pouco mais resistente e brilhoso. Contém a logo da editora, o número da edição, o nome da revista, o preço, pequenos textos, arte e várias informações.

Essa é a parte da frente. Não é exatamente um mistério, é essa parte que tem o nome da revista, o número, o preço e etc.

Aqui é a parte de dentro da capa. Geralmente contém informações da edição anterior. Algumas revistas estão “inovando” e informando de uma forma diferente e que combine com a revista, como por exemplo, as revistas do Superman têm uma edição do Planeta Diário nessa parte dizendo o que aconteceu na edição anterior. Novos Titãs tem um blog e etc.

O lado oposto da revista também é detalhado. E sempre funciona de duas maneiras: ou é a propaganda de uma outra revista ou é continuação do desenho da frente (como nesse caso).

A parte interna do lado oposto contém informações, checklist, uma sinopse da próxima edição e etc. Às vezes também pode ter propagandas.

Mas é esse o ponto central da discussão. O que sempre me intrigou são as capas que enganam.
Devo deixar bem claro, capas são falsas. A velha frase “não julgue um livro pela capa” se aplica a “não compre um gibi pela capa”. Elas mentem, elas querem que você compre aquela edição sem pensar duas vezes, e elas não vão pensar duas vezes antes de por um desenho na capa que fuja totalmente da história. Então, se você ver uma capa com alguém morto nela, pode esquecer, ninguém vai morrer nessa edição.

A pior coisa que há é comprar um gibi por causa da capa e depois se decepcionar. Sempre que vou a banca, dou uma folheada na revista, tento ver se realmente a capa bate com a história. Infelizmente hoje em dia alguns putardos plastificam as revistas.

Lembro da capa de Superman & Batman 35 (coisa recente), a capa mostra o Batman e o Superman caídos, com roupas rasgadas, 5 robôs vilões e o título OMAC Triunfa!. Genial, pensei, provavelmente elas apanham nessa edição e a trama se fecha na edição 36 e tal. Mas na realidade na mesma edição os 5 robôs vilões viram do bem, o Batman e o Superman não apanham nada e o OMAC nem aparece direito.

Eu e vários outros trouxas compramos na intenção de ver uma bat-porrada e no fim fomos enganados, maldita publicidade.
São incontáveis os casos parecidos com esse. Compramos uma coisa e lemos outra.

Outro fator irritante em uma capa são as falas. Capas não deveriam ser faladas, até porque, falas em capas sempre são estúpidas. Essas falas geralmente são observações idiotas como “Isso é um serviço para o Superman” ou então “Eu sou o espetacular Homem-Aranha”.

Super hein? Não depois disto!!!

Isso é ridículo. Enquanto uma capa que te engana te induz a comprar, essas capas que falam no mínimo te fazem desistir da compra. Felizmente essa “técnica” já não é mais tão usada, é coisa do passado mesmo.

Essas características citadas são mais encontradas em Comics. Capas de mangás geralmente são bem tranqüilas. O desenho geralmente é uma prévia do que tem na edição, dificilmente se têm um desenho de uma situação que não acontece nas páginas. Quase sempre à frente e o seu oposto contém o mesmo desenho, e a parte de dentro das capas geralmente são ocupadas por propagandas.

Mesmo assim, as capas ainda têm uma utilidade: proteger o conteúdo da revista. O papel um pouco mais resistente dá uma proteção (mesmo que muito pequena) às outras paginas e garante alguns anos a mais para a vida do seu gibi.
Mas seja enganando, agradando ou irritando, as capas ainda são um dos motivos mais fortes na decisão da compra, nada mais justo que as editoras explorarem isso para vender mais, mesmo que seja enganando a gente.

Os mais adorados

Nona Arte quarta-feira, 17 de setembro de 2008 – 6 comentários

Assim como existem vários personagens odiados (lê aqui ô mane), também existem os personagens queridinhos. E por incrível que pareça, quase todo mundo gosta dos mesmos personagens. Não sei se é por falta de opinião própria ou se eles são fodas mesmos. Na realidade alguns são fodas mesmos, mas se você é tanga você vai dizer que não.

Eu nunca encontrei alguém que não gostasse do Mr. Satan. E também não tem como. O cara se passa por melhor lutador do mundo, é adorado por todos os terráqueos e tem uma cidade em seu nome. Fora a personalidade dele que é super foda.
Quem não se lembra da memorável luta Mr. Satan x Cell?

Ainda falando de Dragon Ball temos o Mestre Kame. Ele talvez seja mais adorado que o Mr. Satan, principalmente pela época do treinamento do Goku e Kurilin (Dragon Ball).
Além de ser um super lutador e tarado, o velho Kame tinha uma casa bacana numa ilha, uma nuvem voadora (que ele mesmo não conseguia usar) e uma tartaruga falante. Seus hobbies eram ler revistas pornográficas e dar em cima de mulheres. Fora tudo isso, ele era o mestre do kamehameha e tinha problemas nasais.

O anti-herói da Marvel vem ficando cada vez mais popular. Não é pra menos, Deadpool é realmente um dos personagens mais fodas dos gibis. Suas histórias são cheias de ação e um humor MUITO doentio, entre suas piadas são mencionadas pessoas e/ou acontecimentos recentes. Criado em 1991, o personagem começou a ficar popular a poucos anos, e ficou muito mais popular depois da série Cable & Deadpool. Hoje todo mundo o acha super foda e super genial, mas enfim.

Eu acho o Wolverine um merda. Ele é um merda. Mas todo mundo acha ele foda, todo mundo tá esperando o filme dele, todo mundo paga pau pra ele e etc. O Wolverine ganhou toda sua popularidade pela sua fama de “assassino” (apesar dele não matar ninguém), pela sua motocicleta animal (que nunca mais apareceu) e pela suas frases legais “eu sou o melhor naquilo que eu faço”. Outro fator que contribuiu para o personagem crescer bastante foi a sua origem misteriosa (que hoje já não é misteriosa, e que é um lixo por sinal). No fim ele ficou tão foda que aparecia em todas as revistas, o seu fator de cura foi multiplicado por “eu sou imortal” e suas histórias viraram um “vou te matar”. Pobre James, já passou da idade.

Não tem como fazer uma lista dessas e não mencionar o Batman. Quase todos os leitores da DC são fãs dele, quase todos os leitores da Marvel queriam ele na Marvel, e quase todos os otakus queriam que ele fosse mestre do Naruto (ou algum nome do gênero). Batman já tinha se tornado um personagem superbem falado pelas suas histórias ótimas e pela sua nova personalidade de “Dark Knight”. Fora que ele é um humano que deixa todos os deuses/semi-deuses no chinelo, todo mundo ama ver ele batendo no Azulão. E agora com o filme o Batman ficou muito mais amado. Pessoas que nunca leram gibis passaram a falar “O Batman é foda” (não que isso seja bom, mas enfim), leitores de outras editoras cederam a esse personagem e até otakus. O Batman é sem dúvida um personagem do caralho, e é podre de rico.

Na realidade eu acho o Coringa foda e legal, mas não a ponto de estar aqui. Mas sabe como é né? Depois do filme o Coringa passou a ser o novo tamaguchi, todo mundo ama. Malditos falsos nerds.

O Maioral ficou por último, porque o maioral é realmente do caralho. O Lobo é o personagem mais foda de todos os tempos. O Lobo mata, aniquila, mata, bate, mata de novo e depois chuta o cachorro morto, tudo em troca de dinheiro (que geralmente é gasto no bar). Ler Lobo é no mínimo uma obrigação pra quem diz gostar de gibis. Uma história só chega a ser melhor que vários grandes arcos de grandes editoras. Por isso tudo o Maioral fica cada vez mais Maioral, e o melhor é que quem curte o Maioral curte mesmo. Não se vê neguinho lendo Lobo porque tá na moda, porque Lobo não é moda. Personagem de moda é o Wolverine, por isso o tanga venceu a luta contra o Lobo no Marvel x DC. Malditos modistas.

E se você perguntar porque o Homem-Aranha não está aqui a resposta é: Homem-Aranha I, II e III, Civil War e One more day. Já era pro Aranha.

Personagens e suas múltiplas personalidades.

Nona Arte quarta-feira, 10 de setembro de 2008 – 2 comentários

Pensa rápido. Como você descreveria o Coringa?
Não tem uma resposta? Poisé. Eu também não.

Acho o Coringa genial. Já li várias HQ’s com ele, algumas muito boas como “A Piada Mortal”, “O Homem que Ri” e até “Eu, o Coringa”. Mas quando vou falar dele o máximo que consigo é: “O Coringa é um cara louco”. Só. Não consigo falar mais do que isso. E por que não? Não é tão simples falar que ele além de louco é assassino, cruel, tem um humor doentio e inúmeras outras características?
Não, não é simples. Tudo por causa de uma pessoa: o roteirista.

Veja bem, o Coringa (e vários outros personagens) sofrem um sério problema, eles têm vários roteiristas.
Isso não seria um problema se cada roteirista não tivesse uma visão diferente de um mesmo personagem. Já li HQ’s em que o Coringa é um psicopata maluco, louco, insano, perigoso e tudo de ruim. Enfim, ele é do caralho mesmo. Mas também já li umas em que ele é apenas um louco com humor doentio. Em outra ele já parece uma criança com humor retardado. Até já vi histórias em que ele era um puta estrategista. Mas no fim, tu já nem sabe como ele é.
Talvez o Coringa não seja o melhor exemplo, já que ele é MUITO imprevisível.

Mas existem muitos outros que passam por isso.
Vejam o Wolverine. Ele é o personagem mais zuado de todos. Eu passei a odiar esse ele depois de tanta cagada.
Quem é o Wolverine? É o mutante legal, com garras afiadas e instinto assassino.
Então o cara vai escrever Wolverine e pensa: “Caralho, eu tenho um assassino na minha mão. Porra, vamo botar pra fuder, vamo matar todo mundo”.

Nisso o cara escreve uma história linda. O Wolverine mata o Hulk e faz sexo com todas as heroínas. Só depois ele se liga que não pode fazer isso, tenta consertar e faz cagada maior ainda. Ai fica comum ver histórias em que o Wolverine diz com seu jeitão do mal: “Vou trucidar o maldito” ou “Se eu pegar ele eu mato” e logo depois da luta, ou qualquer outro evento, vem um “Ahh, eu preciso ter certeza pra matar alguém” e qualquer outra coisa do gênero.
Resumindo, o Wolverine é um tiozão falso assassino.

Mas em outra HQ ele matou mais de mil neguinho da Hidra, ele até matou o “Magneto” (no fim era um clone, ou algo do gênero). Resumindo, o cara é um assassino mortal super foda.
E como o Wolverine é onipresente, ele participava de todas as formações dos X-men, tinha uma revista própria e também fazia parte dos Vingadores. Em cada história ele tava de um jeito diferente. Essa porra vai criando vários personagens em um mesmo personagem.

Mas mudar personalidade não é coisa só de péssimos roteiristas. Geralmente roteiristas bons também trabalham um personagem de forma diferente da normal, dando uma nova visão a um antigo personagem. Frank Miller detonou no Cavaleiro das Trevas. Alan Moore fez um Coringa do caralho. Por esse lado é bom, mas se botarmos na balança o que já fizeram de bom e o que já fizeram de ruim, fodeu.
Já li histórias em que botam o Batman sorrindo ou fazendo piada. Como pode isso?

Uma Batpiada em relação ao Gavião Negro.

Concordo que ver um personagem sempre da mesma maneira é chato e cansativo. Por isso é bom explorar o personagem, porém, de forma sadia e não tão idiota.
Os personagens já perderam o luxo de serem únicos. Hoje existem vários Wolverines, Super-Homens, Coringas e vários roteiristas fazendo cagadas.

O mau uso do poder

Nona Arte quarta-feira, 03 de setembro de 2008 – 14 comentários

Cara, se tem algo que me deixa puto quando to lendo HQ’s são os super-poderes. Sim, os super-poderes. Por que inventam poderes e mutações para serem mal usados? Os poderes são super bem detalhados, mas nunca bem usados.

O clássico exemplo é o Super-Homem. Meu, é ridículo a quantidade de poder que ele tem. Ele voa, é super rápido, tem super força, seus olhos soltam raios, ele pode ficar sem respirar, ele sopra gelo e tudo o que tu pode imaginar. Eu acho genial quando o Super-Homem voa até Gotham em menos de um segundo para ver o Batman. Até mesmo quando ele voa pro espaço em menos de um segundo. O cara é animal, ele é super rápido, ele é o Super-Homem, essa é a idéia que nos passam. Mas e quando ele luta?
O cara consegue ir até o espaço em menos de um segundo e não consegue aparecer de surpresa por de trás do inimigo e bater nele. Ele apanha muito, ele sangra, ele não consegue dar um soco decente. Parece que todo inimigo tem um carregamento de Kryptonita. A Supergirl também é outro caso perdido. Ela chega a ser mais poderosa que o Super-Homem, mas também faz as mesmas bat-cagadas.

Outro ser irritante é o Lanterna Verde. O que você faria com a arma mais poderosa do universo? Bom, o Lanterna faz lanternas gigantes, luvas de boxes, tesouras, tartarugas espinhosas. Ainda me lembro de um comentário do Batman sobre o Lanterna (Grandes Astros Batman & Robin 8):

“O Palhaço faz batedeiras de ovos, ratoeiras e aspiradores gigantes, quando poderia consertar o mundo todo com aquele anel. Que RETARDADO”.

O poder do Flash não é só mal utilizado como é mal explicado. Não lembro ao certo a edição, mas teve uma vez em que um míssil foi lançado e explodiu em uma cidade. Ninguém morreu, pois em questão de segundos o Flash tirou 500 mil habitantes da cidade e os salvou. Uau. Agora como um cara desse consegue tomar um espadada do Exterminador?
Isso vale pra toda a família Flash.
Ainda na DC temos a Zatanna. Praticamente tudo o que ela fala ao contrário se realiza. E ela não fala nada que preste.

Fugindo pro Universo Marvel, temos o ser mais irritante de todos, o Professor Xavier. Sério, esse cara me incomoda. Não só pelo mau uso dos seus poderes, mas também pelos discursos que ele vomita o tempo todo. Magneto também não fica pra trás não. O cara pode controlar o ferro no sangue de qualquer pessoa, mas fica sempre na mesma. Porra, ele matou o Apocalipse assim, partiu o cara no meio (na saga A Era do Apocalipse), mas nunca matou os X-men.
Tínhamos também a Fênix. Ela era tão poderosa, mas tão poderosa, quem não sabiam o que fazer com os poderes, ai resolveram matar ela.
E é claro, temos a Feiticeira Escarlate. Ela pode manipular as probabilidades. Ela pode fazer seu coração explodir, ou apenas desacordar você, mas ela não faz. Ela apenas aumenta a probabilidade de uma caixa de lápis cair no chão e fazer você escorregar.

A explicação para isso é óbvia. Se todos os heróis saírem por ai fazendo tudo o que podem, vai ficar tudo sem graça. As revistas do Super-Homem nem teriam lutas. O Universo Marvel seria paz e amor através da telepatia do Xavier, e por aí vai. Os personagens ficam bocões justamente por isso, para darem emoções às histórias. Tudo começa quando algum roteirista besta faz a cagada de dar poder demais à alguém. Depois todas as histórias são tentativas de consertar essa cagada.
Existem vários outros heróis e vilões que não usam seus poderes. Existem até alguns com poderes meio inexplicáveis e impossíveis. Outros têm seus poderes avacalhados por desenhistas e/ou roteiristas.
Por isso eu prefiro os heróis humanos. Batman, Robin, Asa Noturna, Arqueiro Verde, Justiceiro e etc. Sim, eles fazem coisas impossíveis, mas se limitam apenas pela sua humanidade, não pelo seus poderes mal elaborados.

A publicação brasileira.

Nona Arte quarta-feira, 20 de agosto de 2008 – 4 comentários

Olá, eu sou o ricardus. Mas como ninguém quer saber de mim, vamos falar de gibis.

Let’s talk about.

Recentemente eu recebi uns gibis importados aqui em casa. De início você fica muito empolgado com a qualidade dos quadrinhos lá de fora. Capas, organização, efeitos, etc. Mas por coincidência, eu tenho os mesmos quadrinhos na versão brasileira. Depois de fazer uma comparação dos dois a idéia que fica é que a diferença entre os dois não é só a data de publicação (o Brasil tem mais ou menos 1 ano de atraso em relação aos EUA).

A edição X-men Giant-Sized 80 (publicada no Brasil como Os Fabulosos X-men 50) é um exemplo disso. Considerada uma edição especial, ela comemorava o aniversário de 35 anos dos X-men. A capa dela é toda trabalhada com brilho, passando uma percepção de imagem viva. A pele do Colossus tem um efeito metálico assim como partes das roupas do Wolverine e do Noturno. A Tempestade também é lembrada, seus raios são ilustrados com um brilho azul bem intenso. A revista ainda conta com páginas adicionais, mostrando alguns desenhos de comemoração.

A mesma edição publicada no Brasil também é comemorativa. O desenho da capa é igual ao da versão americana só que não é trabalhado, ele apenas tem uma colorização bem sólida. E a grande jogada da editora em relação a edição comemorativa foi botar um “EDIÇÃO COMEMORATIVA COM 80 PÁGINAS!” na capa e juntar duas edições em uma.
A edição The Uncanny X-men 350 (no Brasil Os Fabulosos X-men 43) também apresenta os mesmos traços e também é comemorativa. A capa se abre formando um capa de 3 páginas com vários personagens, sendo a maioria trabalhado com efeitos. Uma atenção especial as cartas do Gambit, elas estão com um efeito muito bom, parecem que estão sendo energizadas ali mesmo.

No Brasil a capa tem o mesmo desenho, mas é uma capa de uma só página com cores sólidas.
Fugindo da arte. Outro ponto forte é que cada revista contém uma única história. Você não vai achar a X-force perdida nas revistas dos X-men.
Aqui eu compro Superman & Batman e tenho que aturar as histórias do Aquaman no meio da revista. Os gibis aqui tem o costume de juntar 3 ou 4 histórias em uma única edição, deixando a revista um pouco mais grossa.
A publicidade americana também é notável. Enquanto lá temos publicidade de jogos, filmes e várias outras coisas bacanas, aqui temos só publicidade de produtos da mesma editora.
Batman the Dark Knight não teve nenhuma divulgação na revista mensal do Batman. Só apareceu como segundo plano numa promoção da Claro.

Mas por fim, não da pra ficar falando de publicação brasileira sem falar da Panini, que hoje manda praticamente em todo o mercado brasileiro de quadrinhos.
Eu não vou culpar a Panini por tudo o que citei acima, até porque, isso não é coisa recente.
Mas a Panini pegou o bonde andando quando comprou a Marvel e a DC e deixou ele andar no mesmo rumo.
As capas continuam mortas e sem nenhum atrativo, as revistas ainda são juntas e editora ela só anuncia ela mesmo.
Claro que tenho que dar o braço a torcer e dizer que as edições comemorativas da Panini são legais, pois geralmente vem um pôster do Alex Ross. Mas fica nisso e só.

Ainda falando da Panini, como a maldita tem a Marvel, a DC e muitos mangás no lado dela, ela pode fazer qualquer serviço de merda que ainda vai estar no lucro.
Já não existe mais guerra de gibis no Brasil, e nem comics x mangas. Com essa publicação horrível, já já os quadrinhos passam a ter menos valor do que já tem hoje em dia, se é que isso é possível.

Té mais.

Overdose Adaptações: Hellboy – O Verme Vencedor (Mythos)

HQs sexta-feira, 25 de julho de 2008 – 1 comentário

Essa edição começa em 1939, na Íustria, com um grupo de cientistas nazistas mandando Ernst Oeming para o espaço. Literalmente. Sessenta e seis anos depois, vemos a história da morte de Ernst ser contada, e o que a Gestapo fez com seus restos: Os levou pro topo do castelo Hunte, que explodiu tempos depois. E agora, uma cápsula nazista está voltando, justamente pro castelo. Então, Hellboy e Roger são mandados pra lá, tendo Laura Karnstein como guia. Só que um burocrata conta algo pro vermelhão, que fica emputecido: Eles consideram Roger descartavel, e colocaram uma bomba incendiária dentro do cara, e entregaram pro Hellboy, que é amigão. Bando de FDP. Enquanto vão ao castelo, Laura conta a lenda de Rübezahl, o gigante metamorfo, para os dois agentes. E ele aparece logo em seguida, e toma um soco na fuça do Hellboy, por estar vestido de nazista. Chegando perto do castelo, começam a tomar pipoco de uma metranca. Depois de destruir a atiradeira, ele adentra no castelo, quando é derrubado por um gigante misterioso.
Agora, Hellboy tá preso e recebendo tratamento de eletrochoque, ministrado por Herman von Klempt, antigo inimigo, que quer vingança, torturando o sem-chifre. Ele começa a contar sua história, tudo que deu errado, e todo aquele chororô de vilão. Enquanto isso, Roger encontra ajuda, e vai ao resgate. Porém, nos laboratórios nazistas destruidos, Roger encontra vários “irmãos”, que resolvem pegar sua força emprestada, por assim dizer. Enquanto isso, Oeming está prestes á pousar. Roger se recupera, e libera Hellboy, mesmo que indiretamente, que acha um espírito disposto a ajuda-lo a deter Oeming, que chegou.
E chegou liberando um gás mortal, que ferrou com os operários nazistas que tavam lá, além de algumas aberrações. Roger e Hellboy caem na porrada, mas o vermelhudo leva a pior, já que Klempt ejeta a cabeça e usa um raio tr00 from hell nele, que cai junto de vários corpos decompostos que lutam. E perdem. Oeming, então, já se tornou o Verme Vencedor do título do arco, que na verdade só serve pra destruir tudo. Até que eles descobrem um ponto fraco fatal no verme, e o utilizam da forma que podem. Quem acaba salvando tudo é Roger, não Hellboy. Mas quem salva Roger, esse sim, é Hellboy.

Hellboy – O Verme Vencedor

Hellboy: Conqueror Worm
Lançamento: 2005
Arte: Mike Mignola
Roteiro: Mike Mignola
Número de Páginas: 148
Editora: Mythos

Overdose Adaptações: Hellboy – A Mão Direita da Perdição (Mythos)

HQs sexta-feira, 25 de julho de 2008 – 0 comentários

A primeira parte, entitulada Os Anos Dourados, mostra três histórias: Panquecas, a primeira, bem curta e divertida, mostra Hellboy comendo… panquecas [D’oh] pela primeira vez, em 1947. Não tem muito o que falar. Vão lá ler.

Em seguida, começa A Natureza da Fera, história que mostra o capetoso em 1954, sendo chamado pra matar um dragão: O Monstro de São Leonardo, um bicho que assombrava a floresta de Horshaw, matando quem quer que entrasse lá. Um dia, um monge foi lá e matou o bicharoco, mas também foi gravemente ferido, e onde pingasse sangue do monge, nasciam lírios. Hellboy foi chamado porque “uma fonte confiável” informou que o dragão reapareceu, fazendo com que uns tios desconhecidos chamem Hellboy pra rancar as bolas do bicho fora. Inclusive entregam uma lança que supostamente foi usada pelo conde de Warwick contra o dragão. Apesar de tudo, o vermelhão tá meio cético quando á existência do dragão… Até achar uma estátua cercada por lírios, e o próprio dragão, que é mais um jacaré metido a besta. Depois de uma rápida luta, o dragão é morto, com uma ajudinha da sorte. Os tios, que não tem seus nomes ou origens explicados, notam que seu esperimento fracassou, já que não obtiveram os dados que queriam. E quando o sangue do capetoso cai no chão, nascem lírios.

Depois dessas duas, Rei Vold: Em 1956, Hellboy é convidado á auxiliar o professor Aickman em algumas pesquisas na Noruega. Aickman é um grande amigo de Trevor Bruttenholm, pai adotivo do tinhosinho. Chegando na Noruega, algumas lendas locais são apresentadas á Hellboy pelo professor Aickman. Cansado de lenga-lenga, o diabrete pergunta pro professor o que eles vão fazer, que é esperar o Rei Vold, um atormentado rei que sofreu uma maldição por gostar de caçar. O porém é que o professor só quer lucrar em cima do fantasma, já que ele costuma pagar quem o ajuda em ouro. Hellboy fica meio grilado com isso, já que a ajuda é cuidar de um lobo do rei. Que não é nem um pouco bonzinho, e dá um cacete no Anung Un Rama. Quando Vold volta, o professor Aickman recebe seu prêmio: Moedas de ouro, que perfuram sua mão e se trasformam em pedras.

Na segunda parte, Os Anos da Maturidade, são contadas mais três histórias:
Cabeças, sobre um vilarejo em Kyoto onde todos sumiram. Investigando por lá em 1967, Hellboy é acordado de sua soneca no meio da floresta por um camponês, que o convida a pernoitar na sua casa, com outros viajantes. O porém é: Eles são demônios que desprendem sua cabeça do corpo. O garoto do inferno faz o que, quando acha os corpos sem cabeça? Manda tudo pro fundo do lago! Quando as cabeças atacam, ele brinca de baseball até o sol raiar, fazendo com que elas pereçam.

Adeus, Sr. Tod se passa no Oregon, em 1979. Uma moça, Mary Ann Glozek, pediu ajuda no Bureau, pois seu patrão, um médium físico conhecido como Sr. Tod conjurou uma criatura abissal, além do seu limite. Como tais conjurações usam fluidos do conjurador, o Sr. Tod secou, e a criatura ficou presa aqui na Terra. Mas Hellboy sabe como resolver isso, é só queimar um ramo de Írbuto. E a criatura foi embora, junto com o Sr. Tod.

O Vârcolac se passa em Yorkshire, em 1982. Hellboy encontra, dentro de uma casa abandonada, a condessa Ilona Kakosy, depois de mais de seis anos de buscas. Mas quando ele vai empalar o coração da criatura do mal, o chão cede. Chegando lá embaixo, ele encontra amiguinhos que querem se alimentar do vermelhudo, mas a condessa os impede, pois o Vârcolac, o mestre de todos os vampiros, se levantou para visitar as cidades dos mortos. A bicharada decide então levar o homem do chifre cortado pro mestre. Mas é claro que ele não concorda em ser entregue assim de bandeja. Só que o bicho já chegou muito perto. E é tudo uma alucinação criada pela condessa. E quando se toca disso, ele enfia a estaca nela sem dó.

E na terceira parte, homônima do arco, temos mais duas histórias:
A Mão Direita da Perdição, que começa com um encontro entre Hellboy e o padre Adrian Frost, filho do professor Malcolm Frost, que passou seus últimos anos tentando matar Hellboy. E tudo porque ele acreditava que o garoto capeta era do mal. [Por que será, hein?] O padre Adrian então, entrega um dos poucos escritos que seu pai não queimou, que mostra um esquema da sua mão direita, escrito em Lemuriano Ancestral. Em troca de tal papel, o padre quer ouvir a vida do Hellboy. E ele conta, recapitulando o que nós já vimos nas outras edições.
Ai o padre pergunta: “E essa mão?” Ao que nem Hellboy sabe responder. O máximo que dá pra saber é que outra pessoa poderia usar, e de forma muito ruim.

Já em A Caixa do Mal, vemos o sr. Heath explicando á Hellboy o que aconteceu na noite passada: Ele ficou todo travado, e um baixote feioso invadiu sua casa, com um castiçal em forma de mão. Passou reto por ele, foi até a lareira, deu uma quebrada na parede e tirou uma caixa de metal e uma pinça gigante. Deixou o castiçal do lado de Heath e foi embora. Abe estuda o castiçal, e vê que é uma mão verdadeira, ou seja, uma “mão gloriosa”: A mão de um enforcado, ressecada e preservada em cera, pra servir de vela, e com poder de abrir qualquer porta e paralizar todos em uma casa. Logo, Hellboy descobre que havia uma pintura de São Dunstan na parede quebrada. E que Heath teve uma visão quando o gordola passou por ele: a visão de uma casa decrépita. Que é onde se passa a próxima seqüência, onde três velhos conversam sobre a caixa. É uma negociação. Que no final não dá muito certo: O demônio se apossa dos negociadores. Ou quase todos: O gordinho tava esperto e se antecipou, se protegendo do bicho. E dando um jeito de domina-lo. Atraidos até lá pela visão, Hellboy e Abe chegam e são subjugados. O demônio fala sobre a mão direita de Hellboy, que precisa ser amputada com vida para conservar o poder. Só que, com uma reviravolta SENSACIONAL, Hellboy e Abe se livram e descem o couro no demônio e no macaco. [Eu citei que tinha um macaco? Então agora citei] E se eu falar mais, vai ser spoiler, e blá blá blá.

Hellboy – A Mão Direita da Perdição

Hellboy: The Right Hand of Doom
Lançamento: 2004
Arte: Mike Mignola
Roteiro: Mike Mignola
Número de Páginas: 148
Editora: Mythos

Overdose Adaptações: Batman – O Longo Dia das Bruxas (Editora Abril)

HQs sexta-feira, 25 de julho de 2008 – 1 comentário

O Longo Dia das Bruxas é uma série clássica de mistério do Batman. Se Chris Nolan bebeu de Ano Um para fazer Batman Begins, ele sugou (Uhhh) O Longo Dia das Bruxas para fazer O Cavaleiro das Trevas. E curiosamente, li esta HQ como uma continuação não tão próxima de Ano Um. Lá está a confiança de Batman e Jim Gordon crescendo, Harvey Dent se sacrificando para acabar com a corrupção de Gotham e a transformação da cena criminalistica da cidade. Parte do roteiro do filme está ali.

A princípio, quando a pergunta “Quem é Feriado” é levantada, eu achei que seria esperto, que acharia a resposta fácil. Pois é, só que a HQ deu três viradas e eu fiquei ali, com cara de tacho. Orra, é uma fantástica história de Batman, muito recomendada. Trata de uma boa fase do morcego e mostra que até mesmo o “maior detetive do mundo” pode falhar quando se envolve pessoalmente com os suspeitos. E os criminosos famosos? Estão lá os alucinados Coringa, Chapeleiro Louco, Espantalho…

Não, ele não estava menstruado.

E Mulher-Gato. A ladra acrobata azara o morcego por todos os oito volumes, sem dizer se é heroína ou vilã. A dualidade do mundo do Homem-Morcego se mostra mais uma vez presente, praticamente em todos os personagens. Batman se divide entre crer em seu novo amigo, Harvey Dent, e em Jim Gordon; Harvey Dent literalmente está entre a Justiça e a Vingança; Selina Kyle procura manter a vida dupla ao lado de Bruce Wayne e Batman. Essa brincadeira entre bem e mal, os dois corruptos, conduz sub-tramas pela HQ enquanto vai se montando o cenário que culmina em mudanças de atitude de Batman, Harvey e cia.

Tem gente que se borra de medo por pouca coisa

A realidade é que a HQ não só é bem desenhada como bem conduzida. As pontas soltas que ficam ao final são intencionais, não para uma continuação, mas para enquadrar a história dentro do universo Batman. Obviamente foram tomadas liberdades quanto aos rumos que certos personagens tomam, mesmo assim não alteram suas características pessoais já fixadas nos quadrinhos.

Batman – O Longo Dia das Bruxas

A Long Halloween
Lançamento: 1998
Arte: Tim Sale
Roteiro: Jeph Loeb
Número de Páginas: 48 páginas
Editora:Editora Abril

Overdose Adaptações: Hellboy – Os Lobos de Santo Augusto/O Caixão Acorrentado (Mythos)

HQs quinta-feira, 24 de julho de 2008 – 0 comentários

Essa edição, que em tese seria a continuação d’O Gigante Infernal, não tem ligação direta, do tipo que peça releitura.
Tudo começa em um pequeno vilarejo nos Balcãs chamado Griart. Um padre, novo no local, vai até a igreja, que está abandonada faz muito tempo. Lá, ele encontra um desconhecido, que não se apresenta, mas conta a história do local, que era a capela particular de uma familia. O maluco mata o padre, depois de mostrar um detalhe em particular para ele. Nove dias depois, Hellboy está lá, junto com Katie. Eles foram investigar o assassinato de 167 pessoas: Todos os moradores da cidade. Homens, mulheres e crianças. Todos mortos, pelo que parece, por grandes animais carnívoros. Todos perto de suas camas, exceto um: O padre Edward Kelly, que Hellboy conhecia de exorcismos passados. Enquanto rondavam procurando pistas, Katie descobre algo interessante: Que a cidadezinha na verdade se chamava Santo Augusto. E lembrou da lenda dos Lobos de Santo Augusto: sua familia mais abastada, Grenier, foi amaldiçoada por um monge, por adorar um deus pagão, e com isso começaram a sofrer de licantropia, que esconderam. Mas depois de um tempo foram descobertos e mortos, e a cidade mudou de nome, para evitar perseguições da Inquisição. Depois de contar tudo isso ao capetoso, os dois vão investigar mais um pouco, quando Katie cai num buraco, e encontra o fantasma de uma das crianças Grenier. Depois disso, ela se lembra que havia uma versão levemente diferente, que dizia que um garoto, William Grenier, havia sobrevivido. E que ele se tornou um lobisomem velho pra dedéu. E depois de uma cena de luta espetacular, começa uma outra historinha: O Caixão Acorrentado, que mostra que o aparecimento de Anung Un Rama naquela igreja destruida não foi algo tão aleatório quanto a gente [No caso, eu] supôs. Basicamente, a narração se dá por uma carta que Hellboy mandou para Abraham, contando sobre uma viagem que ele fez até a tal igreja, pela primeira vez depois de muito tempo. Depois de investigar um pouco, ele dorme no local, e sonha. E nesse sonho, muita coisa é esclarecida. Mas é claro que vai ser um big fucking spoiler, vocês foram avisados.
Uma mulher pede o perdão de Deus á um padre e uma freira, seus filhos, e que eles a coloquem em um caixão acorrentado, já que ela vendeu sua alma ao tinhoso e ela não queria cumprir com sua parte no trato. Eles assim fazem, e quando o próprio Diabo vem busca-la, eles tentam defender a mãe. São sumariamente eliminados, e o chifrudo pega seu pagamento: A mulher que irá gerar seu herdeiro. Que, pelo que se mostra, é dono da revista.

Esse número pra mim foi o melhor, já que mostrou ação, porrada mesmo, e explicou alguns pontos obscuros do passado.

Hellboy – Os Lobos de Santo Augusto/O Caixão Acorrentado

Hellboy: The Chained Coffin and Others
Lançamento: 2001
Arte: Mike Mignola
Roteiro: Mike Mignola
Número de Páginas: 52
Editora: Mythos

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