Este texto faz parte de uma lista que, definitivamente, não é um top 10. Veja o índice aqui.
Um mero humano se opondo a um quase Deus. Goste ou não, Lex Luthor é um dos vilões mais legais da DC. Com seu Quociente de Inteligência claramente superior (Lex é o humano mais inteligente da Terra), ele poderia ajudar a humanidade encontrando formas de combater a fome ou criando uma cura para doenças como o cancêr. Ao invés disso, Lex dedicou-se a destruir o único homem que faz ele sentir-se inferior: Superman.
Alexander Joseph “Lex” Luthor salvou Metrópolis da ruína com suas indústrias, e até mesmo tornou-se presidente dos Estados Unidos, o homem mais poderoso da Terra. Ou o segundo. A ambição de Lex, por maior que fosse, sempre era superada (e muitas vezes barrada) pelo Homem de Aço. E o ódio foi se acumulando. Lex foi também o homem responsável pelo nascimento do Superboy II, um clone feito a partir de DNA seu combinado com o do Superman.
Fato é, Lex conhece diversas formas de se matar o Superman, e tem em mãos os quatro tipos de kryptonita (verde, vermelha, azul e dourada). Radiação solar extrema, mágica, força bruta, kryptonita. Diversas formas de kryptonita. Verde para matá-lo aos poucos. Vermelho para enlouquecê-lo por 48 horas, e abalar seu emocional para sempre. Dourada para privá-lo de seus poderes permanentemente. Azul para persuadir Bizarro. Todas as quatro inclusas no aprimoramento feito em Metallo, para sua entrada no Esquadrão da Vingança.
Por mais que o Superman vença no final, Lex continuará tentando sair vitorioso. E continuará assim até que um dos dois esteja morto.
Para comemorar o lançamento do esperado Giant-Size Astonishing X-Men, previsto para o dia 28, que irá encerrar a fase Whedon/Cassaday. Com a saída de Whedon, o premiado Warren Ellis irá assumir a revista. A edição 1 é a primeira parte (obviamente) da consagrada volta de Colossus e Kitty Pryde á cronologia mutante. Scott retoma o projeto de Xavier ao lado da ex-vilã Emma Frost. Uma empresa de pesquisas genéticas afirma ter descoberto a cura para a mutação, e os X-Men vão investigar. A história se passa após o arco “Planet X”, onde Magneto mata Jean Grey e destrói a mansão.
A “animação” na verdade é uma dublagem das páginas da revista. Veja o vídeo aqui. Necessita uma boa noção de inglês.
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Imagina ele desenhado e tá tudo certo
E eu falo do verdadeiro, não das inúmeras versões que já apareceram. Não se deixem enganar, o Zod original é muito mais do que todas as imitações juntas. Zod general do exército de Krypton, e o cara mais barra-pesada em todo o planeta. Zod deixou seu posto quando conheceu o cienstista Non (mentor de Jor-El), que defendia a tese de que Krypton estava com os dias contados. Então Non desapareceu. Quando reecontrado, ele havia sofrido torturas, e foi lobotomizado. Irritados, Zod e a ex-tenente Ursa, atacaram o conselho, matando alguns oficiais. Zod, ursa e Non foram acusados de heresia, assassinato e traição, e foram setenciados á prisão perpétua na Zona Fantasma, uma dimensão onde não existe matéria (daí o nome). Tendo Jor-El como seu carrasco, Zod jurou vingança.
No arco “Last Son”, iniciado em Action Comics 844 e previsto para acabar em Action Comics Annual 11, Clark e Lois encontram um garoto kryptoniano e decidem adotá-lo como se fosse seu. Mais tarde se descobre que o garoto é na verdade filho de Zod e Ursa, e por ter nascido na Zona Fantasma, era o único que não era afetado por ela. Os três criminosos kryptonianos o usaram para escapar da Zona Fantasma, e começam uma batalha contra o Superman em Metrópolis. Detalhe: Eles trouxeram TODOS os outros criminosos que compartilhavam da mesma sentença. O novo exército de Zod facilmente derrota o Superman e o aprisiona na Zona Fantasma, derrotando a Liga da Justiça logo em seguida. Clark consegue escapar usando o mesmo método usado por Zod e seus seguidores, e sem ter escolha alguma, alia-se ao Esquadrão da Vingança de Luthor, e avança para a batalha final, que ainda está por ser decidida…
Possuindo os mesmos poderes do Superman, e muito mais experiência em combate, Zod é um oponente formidável e, devo dizer, estiloso. Como Jor-El está morto, toda a vingança do General cairá sobre Kal-El. E o planeta Terra. Um fato interessante é que o Zod dos quadrinhos é exatamente igual a Terrence Stamp, o Zod do filme Superman 2. Coincidência? Claro que não. Homenagem.
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Pegue o esqueleto metálico do Exterminador do Futuro e combine com a aparência e uniforme do Superman. O resultado é o Cyborg Superman (ou Super-Cyborgue, em terras tupiniquins). Apesar de não estar em primeiro lugar no top, eu considero o Cyborg o vilão mais “poético” dentre os que o Homem de Aço já enfrentou.
A princípio a origem do vilão assemelha-se á do Quarteto Fantástico, da concorrente Marvel. Hank Henshaw era um astronauta que participou duma expedição que deu seriamente errado. Ele e os outros três tripulantes, entre eles sua esposa, foram submetidos a fortes radiações solares e sofreram mutações. Dados por monstros quando voltaram á Terra, enfrentaram o Superman, que só descobriu o mal-entendido quando era tarde demais. O corpo de Hank desintegrou-se espontâneamente antes que ele pudesse salvar sua esposa. Aparentemente morto, Hank na verdade apenas mudou de “estado espiritual”.
Hank voltou mais tarde com a habilidade de encorporar estruturas metálicas, mas fugiu para o espaço quando viu que não havia maneira de salvar sua mulher. Hank aliou-se ao alien Mongul, e reconstuiu seu corpo com material kryptoniano, copiando a aparência do Superman. Ele então voltou á Metrópolis durante a “Morte do Superman”, e fingiu ser o Super original. Tudo não passava de um plano cujo objetivo era vingança. Hank e Mongul destruiram Coast City, lar de Hal Jordan (Lanterna Verde), e teriam causado mais estrago se não fosse pela volta do Superman original. O combate se repetiu mais algumas vezes, com o último filho de Krypton saindo vitorioso em todas elas.
“Tá certo Nip, mas o que tem de poético nisso?”. Vendo que não conseguiria derrotar o homem que mais odeia, Hank mudou de objetivo. Aliado á Tropa Sinestro, ele voltou mais uma vez, participando da investida de Sinestro contra os heróis da Terra. Equipado com anéis de poder, Hank Henshaw queria obter a outra coisa que ele sabia que nunca conseguiria: morrer.
Uma criatura imortal cujo maior objetivo é a própria destruição, Hank Henshaw é mais que um mix entre o Exterminador e o Superman. Ele é um triple-combo de Exterminador, Superman e HIGHLANDER.
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Nascido no planeta Colu, Vril Dox é provavelmente o ser mais inteligente em todo o universo. Sem dúvida é o mais frio deles. Brainiac vê o universo como seu laboratório particular, e não se importa de encolher cidades ou destruir civilizações inteiras para completar seus experimentos. Tempos atrás, ele foi setenciado á morte pelo seu povo. Antes de ser executado, Dox transferiu sua consciência para o corpo de Milton Fine, um humano dotado de poderes psíquicos.
Brainiac posteriormente recuperou sua forma “coluana”, com a ajuda de cientistas da Lexcorp, dominados por seus poderes. Os diodos em sua cabeça servem para incrementar e estabilizar seus poderes, e também para conectar sua mente á computadores. Com isso, ele voltou sua atenção para o ser que mais o interessa no momento: O último filho de Krypton, o Superman.
Brainiac representa bem o papel de cientista louco, e sua frieza impressiona. É um personagem bem mais interessante do que parecia ser nos desenhos animados (seja o da Liga Justiça, seja aquele tosco dos Superamigos), e vale a pena conferir as histórias em que aparece.
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Clone imperfeito do Superman, criado por Lex Luthor, Bizarro é o oposto do Homem de Aço. Ao invés de visão de calor, ele possui um olhar gélido, capaz de congelar tudo em sua volta. Seu sopro é incrivelmetne quente, e assemelha-se a um lança-chamas. Sua pele é “rachada”, e lembra á de uma cobra. Tão rápido, forte e resistente quanto o próprio Superman, Bizarro seria um oponente ainda mais formidável se não fosse o fato de que seu intelecto corresponde ao de uma criança de quatro anos de idade.
Recentemente foi forçado por Luthor a entrar para o Esquadrão da Vingança, um grupo formado também por Metallo e o Parasita. Inicialmente criado para matar o Super, o Esquadrão acabou sendo usado para impedir as forças do General Zod de dominar a Terra. Atualmente Bizarro vive numa cópia quadrada da Terra, num sistema de Sol azul. Com os novos poderes adquiridos pela radiação do Sol azul, Bizarro construiu uma réplica tosca de Metrópolis, e fez clones dos aliados, inimigos e amigos do Super, incluindo Lois Lane, Jimmy Olsen, Lex Luthor e a Liga da Justiça.
Um personagem no mínimo interessante de se ver, Bizarro conquistou seu lugar nessa lista com suas… bizarras investidas contra o Super.
Ultimamente tenho me empolgado bastante com o Universo DC. Com o Lanterna Verde e o Superman, mais precisamente. Principalmente o Lanterna Verde. E a medida que eu vou lendo as revistas do Super, vou percebendo algo: Os inimigos dele são super-legais (hehe). Selecionei os que eu mais gostei, e agora irei apresentá-los a vocês. Reparem que eu disse “que eu mais gostei” e não “os mais fortes”, por isso não venham chorar porque Doomsday está fora.
Se vocês já deram uma olhada na página da equipe, estão cientes de que eu sou o novo colunista do “Nona Arte”. Minha função aqui será, obviamente, falar de quadrinhos, sejam eles comics ou mangás. Mas antes de começar a escrever sobre quadrinhos em si, eu acho que seria legal dar uma visão geral de como eles são feitos. Falarei apenas do processo de produção de comics, já que desconheço/sei muito pouco quanto aos mangás.
Mas antes de tudo, o que diferencia um comic de um mangá? Muito mais do que o lado do planeta, por assim dizendo. Diversos fatores diferenciam os comics dos mangás: Técnica de desenho, padrão de personagens, tipo de folha, público alvo, etc. Mas o único relevante para nós agora, nesse texto, é a forma de produção. Mangás geralmente são feitos por uma pessoa só. A mesma pessoa faz o roteiro, os desenhos, o acabamento, uma coisa artesanal mesmo. Já os comics são feitos por uma equipe. Um faz o roteiro, o outro desenha, vem outro pra finalizar, outro colore… Claro que existem exceções onde o roteirista também desenha, como Frank Miller e Todd McFarlane por exemplo. Explicadas as diferenças, podemos começar.
PRODUZINDO COMICS
1- Roteiro
Antes de qualquer outra coisa, precisamos de um roteiro. É aí que entra o… roterista. O roteiro é tão importante para os quadrinhos quanto é para qualquer outra coisa, e escrever um de qualidade não é nada fácil. Ao escrever, o roteirista tem que dar descrições detalhadas do que está acontecendo. O cenário, qual é o personagem que está falando, quem está batendo em quem e como isso está acontecendo, e por aí vai, para que o desenhista possa fazer seu trabalho. Como exemplo, aqui está um pedaço do roteiro de Ed Brubaker, na edição número 100 do Demolidor:
Prestem atenção nos detalhes descritivos
Alguns roteiristas têm experiência fora dos quadrinhos também, o que muitas vezes é bom. Mas nem sempre. Exemplos de roteiristas que atuaram em outros “veículos” são Joss Whedon, criador de Buffy, Angel e Firefly/Serenity, e J. Michael Straczynski, criador de Babylon 5. Com a primeira etapa concluída, o roteiro é enviado para o desenhista fazer sua parte.
Vá sem medo – Warren Ellis, Ed Brubaker, Matt Fraction, Geoff Johns, Mark Millar, Grant Morrison, Alan Moore, Frank Miller, Garth Ennis, J. Michael Straczynski, Brian K. Vaughan e Jason Aaron.
Fique longe – Jeph Loeb, talvez o roteirista mais previsível de todos (todo roteiro seu começa com um assassinato “misterioso”), e o homem que está arruinando os Ultimates e o Hulk.
2- Arte
A alma dos quadrinhos. Afinal, o que são histórias em quadrinhos sem desenhos? O trabalho do desenhista requer mais que boas técnicas e talento, requer também imaginação. Com o roteiro em mãos, o desenhista deve imaginar as cenas e desenhá-las, para depois mandar os desenhos prontos para a editora, tudo dentro do prazo estipulado (cerca de um mês). É comum ter um artista responsável apenas pela capa, e outro pelo interior da revista. Renato Guedes (sim, ele é brasileiro), o atual responsável pela arte do interior da revista do Superman, afirmou trabalhar praticamente o dia inteiro, desenhando uma página por dia. Depois ele manda os desenhos de São Paulo, onde mora, para a DC, nos EUA.
Rascunho de Demolidor 100
Vá sem medo – Alex Ross, Mike Choi, Bryan Hitch, Steve McNiven, Gary Frank, Mike Deodato, John Romita Jr, Jim Lee, John Cassaday, Steve Epting, Marc Silvestri e Marko Djurdjevic.
Fique longe – Rob Liefeld, Howard Chaykin e Humberto Ramos, os anti-anatomia.
Mas espere, esta etapa não está concluída ainda! A arte ainda precisa ser finalizada. É aí que entra o arte finalista, o cara responsável pelos “retoques”. Parece besteira, mas o desenho fica consideravelmente melhor após ser finalizado. Não fiz uma lista de recomendações de arte finalistas pois o resultado varia de acordo com o desenhista. É uma questão de compatibilidade, sabe?
A mesma página, finalizada
3- Cores
Com algumas poucas exceções, com Walking Dead como melhor exemplo delas, cores são cruciais para os quadrinhos. Ao dar uma melhor visualização do cenário e dos personagens, as cores dão um toque de vida aos desenhos. Os coloristas usam como instrumentos de trabalho pincéis e variados tons de tintas, assim como um pintor (o que é o que eles são, basicamente). Ao contrário do que se pensa, o colorimento não é todo feito em programas de computador. Sim, alguns efeitos de luz são feitos assim, mas não o serviço todo.
Continua sendo a mesma página, agora colorida
Vá sem medo – Ah, sei lá. Eu gosto de Laura Martins, ela tá fazendo um bom trabalho em Thor.
Fique longe – Não consigo pensar em ninguém.
4- Letras
Roteiro e arte prontos, chegou a hora de incluir as falas, narração e afins. E é isso que o letrista faz, em poucas e resumidas palavras. Acho que não preciso falar mais nada dessa etapa, creio eu ser algo bem fácil de entender.
5- Edição
Que venham os editores. Responsáveis pela supervisão de TODO o processo de produção, eles passam o dia nas editoras, checando roteiros, desenhos e conversando com a equipe. “Se o cara leva os roteiros para ler em casa, então ele não é editor”, diz Joe Quesada, editor-chefe da Marvel e defensor da socialização. Mas qual é exatamente o trabalho de um editor? Bom, primeiramente, cada editor é designado para revistas específicas. Um cuida de Captain America e Daredevil, outro dos títulos dos Avengers, e por aí vai. Durante o processo de produção de roteiros, eles conversam com os roteiristas, para mudar algo que não ficou legal ou dar um parecer. A mesma coisa é feita quanto aos desenhos internos e das capas. Com tantas responsabilidades, os editores acabam tomando decisões não muito inteligentes, como Joe Quesada fez com o Aranha em One More Day e, dizem os boatos, fará com o Capitão América durante a Secret Invasion (tenha medo).
6- Revisão, Produção, Publicação e Distribuição
Com a edição original pronta, a revista passa por inúmeras revisões antes de ser reproduzida em massa e publicada. Não faço idéia de quais sejam as máquinas usadas, mas acho que isso não é muito relevante para a coluna (ou é?). E com isso, as revistas são distribuídas pelas bancas do país, sendo compradas pelos fiéis leitores logo em seguida.
Com as revistas em mãos, chega a hora de devorá-las, e por isso o texto acaba aqui. Espero ter esclarecido algo para o pessoal que realmente se interessa. Sei que pequei em algumas partes, mas não sou da indústria, então já viu né. Até a próxima, fãs de quadrinhos.
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Como eu já havia dito antes, Thunderbolts é a melhor revista gerada pela Civil War, e por pouco a melhor publicada hoje (por pouco pois Captain America é muito boa também). Meses se passaram desde que resenhei a revista, e os Thunderbolts só subiram em meu conceito. Não poderia esperar menos de Warren Ellis e Mike Deodato.
Em seu segundo arco, entitulado “Caged Angels”, Warren complica um pouco a vida dos Thunderbolts. Um grupo de super-humanos infiltra a montanha e começa uma investida com força total contra todos que ali se encontram. Enquanto isso, Mac Gargan perde o controle do simbionte, e Venom inicia um massacre. Até encontrar o Espadachim, que agora se chama Barão Strucker, e está disposto a matar todos que não obedecerem suas ordens. Cabe ao resto dos Thunderbolts controlar ambas as situações, que já fugiram de controle há muito tempo.
Num arco repleto de lutas e desmembramentos, um bom desenhista é uma obrigação. Por sorte temos Deodato. Mesmo com tantos conflitos ocorrendo, Ellis ainda consegue espaço para desenvolvimento de personagens. É óbvio que estamos falando de Penance (ou Suplício, como ficou a tradução). Com a ajuda do Doutor Sansom, o jovem Baldwin tem feito progresso, e até mesmo… recuperou seus antigos poderes?
Thunderbolts continua impressionando com seu roteiro e personagens psicóticos, e com uma equipe (criativa) dessas, não é a toa que está em primeiro.
Thunderbolts
Título original Thunderbolts Lançamento: 2006 Arte: Mike Deodato Roteiro: Warren Ellis Número de Páginas: 25 Editora:Marvel
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Ah, o bom e velho Steve Rogers. Alvo do ódio de todo indivíduo que se considere anti-americano. E de todo indivíduo que nunca leu uma revista sequer do personagem (fase Loeb/Lifeld não vale, tenha bom senso). A verdade é que apesar do que se pensa, ele é muito mais do que um instrumento de difusão da supremacia americana, e muito mais legal do que aparenta ser. Mas eu não estou aqui para falar do personagem (farei isso algum dia, gosto bastante dele), e sim da revista como um todo. O volume 5, mais precisamente. As histórias do Capitão atingiram seu ápice de qualidade com a entrada do roteirista Ed Brubaker e o desenhista Steve Epting na equipe de criação.
Ed Brubaker assume uma postura mais realista, mostrando o Capitão América como o que ele sempre foi, um soldado, e não o que as pessoas em sua volta querem que ele seja (um símbolo). Nos primeiros arcos Brubaker começa a mostrar sua habilidade como roteirista ao trazer de volta á vida um personagem morto há muito tempo atrás: Bucky, o garoto que foi sidekick do Capitão durante a Segunda Guerra. Além de reviver o personagem de forma maestral, Brubaker também fez melhoras significantes no mesmo. Bucky deixou de ser um garoto sem presença, e era agora um assassino experiente, que agia sob o nome de “Winter Soldier”. Isso somado ao belo visual criado pelos pincéis de Epting resultou em sucesso total.
Veio então a Guerra Civil. O Capitão América se volta contra seu governo, e passa a liderar os “Secret Avengers”, para tentar impedir o ato de registro. Isso nada mais é do que o precurssor para o próximo grande feito de Brubaker: Matar Steve Rogers numa edição surpreendente e emocionante. Enquanto os heróis lutavam entre si, o Caveira Vermelha orquestrava um plano peculiar e maduro (que ainda está rolando, nem vou spoilear), que vai muito além da vingança.
A partir desse momento começa o mega-arco “Death of the Dream”, que já está em seu terceiro ato. Com o Capitão morto, os protagonistas passam a ser os amigos dele, dos quais se destaca Bucky. Após muitas reviravoltas e intrigas no primeiro ato, Brubaker define Bucky como o tão esperado sucessor do herói. E ainda transforma Bucky num personagem tão bom quanto o Capitão original. Usando um uniforme diferente, armado com uma pistola e desprovido de piedade, Bucky agradou desde a primeira página em que apareceu como Capitão América.
Uma mistura de ação e espionagem, Captain America é leitura obrigatória para quem pretende adentrar no Universo Marvel, e num dos melhores personagens dos quadrinhos.
Captain America
Captain America Lançamento: 2004 Arte: Steve Epting Roteiro: Ed Brubaker Número de Páginas: 25 Editora:Marvel