Além de ser um marco cultural e servir de entretenimento para os leitores e ouvintes, a Literatura de Cordel tem um papel social importantíssimo, mormente na alfabetização e estímulo à leitura dos pequenos de regiões carentes. Vendidos pelo módico valor de 1 real nas feiras, os livretos são uma boa e barata opção para os leitores menos abastados. continue lendo »
Já falei algumas vezes e repito: Literatura deve ser entendida no sentido mais amplo possível, de forma despida de preconceitos e formalismos. Pensar de forma contrária é fechar os olhos para as diversas manifestações populares que surgiram e têm surgido ainda mais fortemente com o atual “mundo globalizado”. Coerentemente com esse entendimento, as definições para o verbete “literatura” no dicionário Michaelis (ou em qualquer outro “pai dos burros”) são:
s. f. 1. Arte de compor escritos, em prosa ou em verso, de acordo com princípios teóricos ou práticos. 2. O exercício dessa arte ou da eloqüência e poesia. 3. O conjunto das obras literárias de um agregado social, ou em dada linguagem, ou referidas a determinado assunto
Luis Fernando Verissimo (sem acento mesmo) é um popular autor brasileiro, consagrado pelos seus pequenos e bem-humorados contos e crônicas, reunidos em livros como As mentiras que os homens contam, Comédias para se Ler na Escola, O Analista de Bagé e Comédias da Vida Privada. Não chegou a lançar muitos romances, tendo ganhado maior reconhecimento apenas com Gula – O clube dos Anjos, integrante de uma excelente série de 7 livros, escritos por autores diferentes, um para cada pecado capital. Assim, para mim, Verissimo era um excelente contista/cronista, sem vocação para romances. continue lendo »
O isqueiro falhou. As faíscas estalavam em vão. O fluído havia acabado e ele só poderia repô-lo quando voltasse para casa. “Não sei porque ainda insisto em usar Zippos” – pensou o Alex. Essa prometia ser mais uma longa e solitária noite na Penitenciária de Segurança Máxima em que ele trabalhava. Os cigarros eram a única companhia e distração durante a longa escuridão, cheia de sombras e sons fantasmagóricos naquele lugar fétido. continue lendo »
Esta semana vamos viver do passado e, como estou sem saco de escrever para dar uma organizada nas recomendações que fiz por aqui, resolvi postar esse “recapitulação”. Aí você pergunta: “Mas pra quê isso? Eu não poderia simplesmente ver o histórico do Analfabetismo Funcional?” Eu lhe respondo: É verdade, caro amigo, mas tem muita gente por aqui que tem preguiça de clicar ali no meu avatar, ou simplesmente não sabe disso. E outra, aqui apresentarei tudo de forma um tanto sistematizada. continue lendo »
Eram meados dos anos 90. Miguel de Albuquerque, comerciante de uma tradicional cidade do interior nordestino, voltava da capital dirigindo sua mais nova aquisição: Um automóvel de “’última geração” e cheio de “frufrus” com os quais seu novo dono pretendia gabar-se diante dos amigos tão matutos quanto ele mesmo. continue lendo »
Fomentando a modinha de biografia que estamos vivendo, depois da biografia de Tim Maia, chegou a hora da história da vida de mais um loucão super figura: Nelson Rodrigues. continue lendo »
Como diriam os jogadores filósofos: “Clássico é clássico e vice-versa”. O que quero dizer é que os livros ditos clássicos, em geral, merecem tal qualificação. Repito: Em geral. Por isso, nunca é demais recomendar a leitura e re-leitura dos clássicos que sobrevivem a décadas e séculos sem sair das prateleiras e das listas das grandes obras da literatura. continue lendo »
Já superamos (espero) a fase de proclamar o amor ao cheiro do papel, ao tato, ao prazer de tirar um livro de uma prateleira e lê-lo deitado numa rede, ou ir a uma livraria e deliciar-se com essa experiência sensorial, diante da iminente invasão dos e-books. Encaremos a realidade: Os livros digitais chegaram para ficar. Sinceramente, não acredito que os livros – que agora passam a ser chamados de “livros tradicionais” – estejam fadados a virarem objetos exibidos em museus para as gerações futuras, mas é inegável que vão perder algum espaço. Anyway, o que quero dizer é que estou sendo realista e esse texto visa tão-somente avaliar/informar como está se dando a introdução dos livros digitais no mercado brasileiro. continue lendo »
Dia desses foi transmitido, pela enésima vez, na famigerada Sessão da Tarde, o filme do Auto da Compadecida – resultado do enxugamento da mini-série dirigida por Guel Arraes. Lembrei que ainda não havia recomendado nenhum livro do mestre paraibano, Ariano Suassuna. Poderia, muito bem, compensar tal falta com o fabuloso O Auto da Compadecida, mas como não gosto de ser óbvio e prefiro indicar livros que não sejam tão famosinhos, achei por bem escolher Fernando e Isaura. continue lendo »