Tiago está sentado em frente ao computador há duas horas agora. Não faz nada a não ser atualizar o Facebook e dar uma olhada rápida no Twitter. Ele sabe que devia estar fazendo alguma coisa de útil agora, mas não consegue, simplesmente porque está entediado demais para se concentrar em algo que seja útil. continue lendo »
Numa sala fechada, pequena, três. Parados, meio distantes, cada um em seu canto.
O de lá está olhando para baixo, voltado para baixo.
O dalí olha para cá e para lá, mas sem contato visual, só observa, calado, e pensa.
Daqui, eis a cena que se desenrola, silenciosa, parada, quieta. continue lendo »
Tava pensando em escrever algo para essa semana, e como havia muitos anos eu tinha abandonado o hábito de escrever contos, resolvi atacar um pouco de escritor. Segue ai um conto bem curto, desses que a gente faz na escola. continue lendo »
Alice, 17. Se sua vida fosse um filme, a trilha sonora do momento seria a música tema de Psicose, de Hitchcock. Violinos agudos capazes de rasgar a alma expressariam bem o terror em seus olhos. O ódio em seu coração. O sangue fervendo em suas veias. Sua cabeça? Vazia. O único termo compreensível, a única palavra que sua cabeça transtornada conseguia formar e que sua boca poderia articular era:
Após terem uma “premonição”, Dercy Gonçalves, Hebe Camargo, Cid Moreira, Silvio Santos, Nelson Rubens, Zagalo e Oscar Niemeyer enganam a morte e escapam do dilúvio. Agora, os sobreviventes do desastre bíblico começam a morrer misteriosamente e os últimos sobreviventes se unem, para tentar quebrar o ciclo de mortes. Mas seria possível enganar a morte 2 vezes? continue lendo »
Eram pouco mais de três horas da manhã. Eu andava sozinho pelo centro da cidade. Engraçado como algo escrito empobrece tanto um acontecimento, acabei de condensar todo um ambiente em duas frases curtas, o que me parece injusto. Uma explicação melhor se faz necessária então: continue lendo »
Não havia dor, esforço ou nada assim. Só toda adrenalina do seu corpo sendo despejada nas pernas. O verdadeiro instinto de sobrevivência que só queria colocar distância entre Nando e o desconhecido que, doze segundos atrás, havia levantado a camiseta com estampa do Seu Madruga e mostrado algo metálico, preto e sujo na cintura. Nando não se achava um sujeito dado a medos. Até tinha ajudado num parto de emergência, quando tinha apenas 14 anos. Foi num acampamento. Enquanto todos seus amigos desejavam constantemente entrar entre as pernas de alguma mulher, ele viu algo sair. continue lendo »
– Então… Agora há pouco eu estava andando, vindo aqui pra sua casa, quando alguém se aproximou de mim. Um sujeito estranho. Sobretudo preto, cabelo bem penteado, me cumprimentou tirando o chapéu, carregando uma coisa que parecia uma câmera. Parecia, sei lá, um fotógrafo dos anos 50. Ele parou perto de mim ali na rua, ali na esquina, é. Perto da padaria. Lembrando agora, eu não o achei suspeito sabe. Só era esquisito. Tinha uma coisa nos olhos, que não dava pra ver muito bem. O chapéu e a luz do poste não ajudavam. Tinha gente na padaria, não achei também que fosse nenhum perigo.
A mulher parou, olhando pro rosto do namorado enquanto ele narrava os tais fatos. Não se aliviou, e a história estranha pedia questões: -Assim, na chuva? continue lendo »