Tudo aconteceu na década de 80, mas poderia bem ser nos dias atuais. O Rio de Janeiro acordava de manhã e descobria mais um crime: O arrombamento e furto da Quitanda Dona Margarida, no então recente bairro de Padre Miguel. Seria outro crime comum, não fosse o que o ladrão levou: Apenas as moedas, e notas baixas de Cruzeiro.
Umas semanas atrás comprei um livro diferente: A trombeta envergonhada, uma coletânea de textos do autor Haim Nahman Bialik; muito provavelmente a Nelly conheçe, mas pra mim é novidade, tal como creio ser pra grande maioria dos brasileiros… Porra, o cara é tão desconhecido por aqui que o prefacio tem 26 páginas!
Ok, eu tenho um problema grave com livros: Eu tenho manias. Gosto de coisas de um determinado jeito sem nenhum motivo ou razão lógica para elas.
Faz tempo que não escrevo nada deste tipo, mas taí: Acabo de descobrir que odeio que leiam o livro que estou lendo. A capa, beleza. Contracapa, abas. Isso tudo é feito para interessar o possível leitor, é externo, social, comunitário. continue lendo »
Por falta de assunto tive uma ideia interessante nem tanto assim: Escrever é o tipo de coisa que gente pra caralho faz, e não poderia ser diferente, sendo o jeito mais fácil, rápido e prático de documentar alguma coisa, mas que comumente adquire ares de grandiosidade sem muito motivo pra isso. Tendo em vista de que a grande maioria do que é escrito com intuito de ser lido por outras pessoas (Textos como este aqui, por exemplo, ao oposto de listas de compras ou recados do telefone – textos querem transmitir um pensamento ou ideia ao invés de ser um memorando), resolvi compartilhar com vocês as maiores dificuldades atuais na minha escrita.
Em palavras muito mais práticas e agradáveis de se ler (Mas que não preenchem o espaço do parágrafo introdutório do texto): Já que eu passo tempo escrevendo coisas que outras pessoas leem pppfffffff, posso muito bem compartilhar também o que eu escrevo e sei que não serve nem mesmo pra ser chamado de porcaria. continue lendo »
Oswaldo estava aproveitando seu horário de almoço para fazer um favor à esposa: Passar no shopping e retirar uma encomenda feita há algumas semanas. Oswaldo não sabia o que era, só sabia que era importante. Ele, analista financeiro e ela publicitária, eram casados há 12 anos, mas não tinham filhos, e viviam uma vida confortável, preferindo viajar à ter móveis caros e carros do ano. Oswaldo tinha um Corolla 1999. continue lendo »
Joãozinho era um bosta. Mas muito mesmo. Ele não tinha amigos, ia mal na escola, apanhava no recreio e quando chovia os carros pareciam mirar nele pra passar naquela poça d’água do tamanho dum açude. Até que um dia Joãozinho foi abduzido por ETs, aí vendido como escravo na África, escapou tirando duas costelas e se espremendo pra fora da corrente e, por fim, chegou ao Japão onde conseguiu uma namorada metade gente metade gato.
Dr. Robert Rozett, diretor da biblioteca Yad Vashem (Coleção de textos sobre o Holocausto, em Jerusalém), escreveu uma carta diretamente para o CEO da Amazon pedindo para que livros que negam o Holocausto sejam removidos da loja online. Aqui o link (Não que espero que alguém vá lê-lo). Rozett é autor de alguns livros, niqui você lê sobre essa notícia e se pergunta, o que é pior, o fato de ele odiar livros ou ter zero conhecimento sobre o funcionamento da internet? Esse é um texto sobre livros, censura, internet, pessoas com baixo QI e fotos que caíram na internet.
Curiosamente (?), esse texto não tem nada a ver com Kubrick.
A cada uns seis meses chega o dia em que eu entro no Bacon Frito pra saber se esse lugar ainda existe, sempre pra me deparar com ele ainda existindo e pensando “Pizurka, não sei se me impressiono com vossa paciência ou vossa teimosia”. Hoje é esse dia. E já que tenho familiares para ligar e projetos a escrever, optei por escrever um texto comparando The Old Man and the Sea (Ernest Hemingway, 1952) e o ato (Ou efeito) de procrastinar.
Pizurka dando em cima das estagiárias na época que ainda tinha MSN (E estagiárias no Bacon). Peraí, mas é blog ou é site?
Hoje, procurando por algo pra resenhar aqui no Bacon, me dei conta de três coisas: A primeira é que eu já resenhei a maior parte do que tenho, a segunda é que eu já li a gigantesca maioria do que eu tenho, e, finalmente, que o meu comprometimento de ler tudo tá indo por água abaixo.
Não me lembro a última vez que peguei um livro para ler. É, pois é. Acho… Acho que foi ainda em 2016. A última vez foi há meses e meses atrás, e, creio eu, que muito da prática costumeira que construí através dos anos se perdeu: Leio mais devagar, preciso de mais atenção, tenho que reler mais vezes. E isso era algo que, pro meu eu de 2014, era impensável não só porque eu gosto de ler, mas porque, na época, era a coisa mais importante que eu fazia. continue lendo »