Os anos 90 se iniciaram muito mal. O que parecia ruim no início dos anos 80, ao longo da década foi piorando, piorando tanto que não havia mais como tudo se tornar pior do que já estava. Até o Michael Jackson tinha se tornada um compositor de péssima qualidade. E continuava fortíssimo nas paradas de sucesso. Mas nem tudo estava tão perdido assim.
Depois da ressaca arrebatadora que foram os anos 70, uma década apêndice dos anos 60, onde quase tudo que havia pra fazer já havia sido feito, vieram os punks e tiraram o mundo da musica desse torpor, apenas para colocá-lo num cenário pior ainda, com o surgimento da disco music. Mesmo assim, era uma década promissora. O que pensar de um período de 10 anos que se iniciou com uma banda do naipe do Joy Division e terminou com a lambada dominando o mundo? Fiquem ligados porque a série continua, agora comigo, o Chinaski!
A nossa visão do que é rock hoje, no mui gracioso ano de 2011, depende basicamente de três décadas. Os anos 50 deram luz ao rock, os anos 60 fizeram ele ir em direção à puberdade e fazer suas primeiras patacoadas, os anos 70… Bem, nos anos 70 ele chegou na adolescência de vez e começou a fazer merda sem parar. Brincadeiras à parte, a primeira década do rock realmente foi inocente. Pros padrões atuais, claro. As duas décadas que se seguiram evoluíram o estilo. Até eu sei que não dava pra ficar parado, em, sei lá, 1959. Já falei – com certa dificuldade – de muita coisa que aconteceu nos anos 60 e agora avanço pra década seguinte. Aproveitem: Foi a última década onde a qualidade ainda teve bastante espaço.
Em 1959, havia um sentimento de marasmo no rock and roll nos Estados Unidos. Como eu disse no texto anterior, um acidente aéreo matou três grandes nomes daquela década. Em contraste com os anos 50, o começo dos 60 foi dominado por “grupos vocais”, principalmente de mulheres negras. Eram grupos comportados, com vocais limpos e músicas compostas basicamente por produtores (Qualquer semelhança com o presente NÃO é mera coincidência). A música Baby I Love You, regravada pelos Ramones, mais de dez anos mais tarde, pertence a um grupo feminino que exemplifica esse período, The Ronettes.
Estamos no início de 2011. Há mais ou menos sessenta anos, o rock and roll, provavelmente o tipo de música mais difundido aqui no terceiro planeta, apareceu. Não, espera, “apareceu” não. Isso dá a impressão que ele surgiu de repente. Não foi assim. Foi um processo gradativo e é difícil dizer qual o começo. Foi em algum lugar bem no final dos anos 40 e início dos anos 50 que aquela combinação de blues, country, jazz e gospel tomou forma e foi notado. Pra complicar mais, elementos do rock and roll podem ser ouvidos em algumas gravações de country dos anos 30 e de blues, dos anos 20.
Então, cês sabem que o maior – e melhor – gênero musical de todos os tempos, planetas, sistemas solares e galáxias é o rock. E não há nada que vocês falem que possa mudar isso. Prova maior é o fato dos dois lacaios estagiários que sobraram e que eu comando com um punho de ferro – Kirk e Chinaski – bolarem uma série de textos sobre essa música do capeta. Ok, demorou pra sair, mas a bagaça tá pronta. E, ei, todo mundo sabe que ficou uma merda, e eu não gosto de guardar merdas só comigo. É sempre bom dividi-las com todos vocês, leitores famintos. continue lendo »
Pensa em um clipe foda. Pensou? Beleza. Agora pensa em um clipe que fez a sua INFÂNCIA? Pensou? Bom, cês sabem que eu tô falando das viagens dos Beastie Boys, então bora parar de enrolar e assistir logo essa bagaça. continue lendo »
Muita gente deve pensar que bandas boas, mas boas mesmo, dão em árvore – que é adubada com a merda das produtoras. E quem dera. E eu admito, a indústria musical, atualmente, tá bem mecânica mesmo, mas nós não chegamos a esse ponto. Pra vocês terem uma ideia, a maioria das bandas que você ouve começaram em uma garagem. Ou um porão. Até um boteco barato, mas cês entenderam: Sempre começar por baixo, mesmo que o kama sutra não permita. Afinal, não estamos falando de música indiana.
Vale dizer que tem um bando de conjuntos e cantores por aí que fazem sucesso e nunca passaram por esse sistema, também conhecido como sistema de lavar pratos. Pra você, que nunca trabalhou em um restaurante: Lavador de pratos é a hierarquia mais baixa na cozinha; todo mundo, em tese, começa por lá. Se você for bom, vai subindo posições e pode se tornar um chefe propriamente dito. Nesse meio tempo, você ganha uma coisa chamada experiência. Mesma coisa no ramo musical – mas nem sempre acontece assim. Tem muito artista por aí que é parente de dono de gravadora, de produtores e essa cambada fétida e maligna. Aí é cortar caminho, mas, hei, o que importa pra eles é fazer dinheiro, não? continue lendo »
2010 se acabou, 2011 chegou e após as listas dos melhores discos do ano passado é o momento de olhar pra frente e aguardar os discos que farão (Ou não) a nossa cabeça esse ano.
Queens Of The Stone Age – Sem título definido ainda
O Queens Of The Stone Age esteve aqui no SWU e foi o melhor show do festival. A banda anunciou durante a estadia no Brasil que iniciará a gravação do seu sexto disco em janeiro. Bem, o disco tá sendo gravado agora, então é só esperar até o final do ano pra finalmente escutar o sucessor do Era Vulgaris. continue lendo »
Eu tenho preconceito musical. Se me mostram alguma coisa muito diferente, eu sempre tenho vontade de dar um murro de não prestar muita atenção. E até hoje eu não consegui digerir Björk direito. É muito bizarro. Talvez em uma escala que eu não suporte. De qualquer jeito, esse clipe traumatizou muita gente da época, quando ainda era exibido na TV – por ser, enfaticamente, bizarro. continue lendo »