Pegando carona com a excelente coluna Nerd-o-Matic da semana passada, sobre pirataria nos games, nada melhor que falar sobre MP3. Não rola fazer aquela famosa introdução clichê de que “estamos na era digital”, eu quero que a era digital pegue fogo. Então, vamos começar com uma foto da Juliette Lewis.
Você compraria um cd dela ou baixaria as mp3? Eu comia. Após colocar um saco na cabeça dela.
Bom, o preço dos cd’s tá um absurdo, isso é fato. Ir até a Galeria do Rock procurar por cd’s usados até vale a pena, mas só dá cds que foram usados para encerar uma calçada de cimento, aparentemente. Colecionar cd’s é do caraleo, eu colecionava e antingi a marca dos 50 cd’s em dois anos e meio, já que eu conhecia poucas bandas, então não poderia apelar para as independentes que vendem seus cd’s em revistas a 2 reais. Eu gastava uma grana feia, o primeiro cd que eu comprei pra começar de vez a coleção foi um do Limp Bizkit, o Chocolate Starfish and the Hot Dog Flawored Water, por 30 reais. Péra, LIMP BIZKIT? Eu não me envergonho de ter gostado dessa banda, e este cd é fenomenal. Eu considero eles como o Charlie Brown Jr. gringo, mas prefiro deixar essa de “passado obscuro” pra uma próxima coluna. Agora sim vem a vergonha: O segundo que eu comprei foi o de estréia do Linkin Park, por 25 conto. Tava na cara que eu ia ter o pior gosto da galáxia e ia falir com isso. Aí vem a pergunta:
Por que CD é TÃO CARO?
Pros artistas ganharem cerca de 11%, NO MÍXIMO, do valor das vendas. As gravadoras sugam MESMO, por isso muitas bandas preferem permanecer no meio independente, eles lucram muito mais vendendo os cd’s mais baratos e, o que é irônico, vendendo MENOS. Afinal, ter uma gravadora fodida significa ter uma divulgação do caraleo. E os cd’s são um cartão de visitas para os shows que a banda vai fazer, e aí sim vem o lucro. E até os shows são caros pra cacete.
Ou seja, já faz tempo que a música virou uma profissão “ambiciosa”, daquelas que valem a pena levar a sério pra ter um puta carro e poder conhecer o presidente dos EUA pessoalmente (?). Mas leia esse “levar a sério” como um “VEN-DI-DO!”. As bandas se habituam ao que tá na moda, em sua maioria, pra agradar o povo que acompanha a moda e toda aquela conversa que você já conhece. Duvida que as gravadoras contribuem com isso?
LIVIN LA VIDA LO-CA!
O Metallica é o exemplo de que comprar cd desanima. Os cd’s dos caras são caros, e eles quase processaram os EUA por causa dessas redes P2P em que os usuários compartilhavam músicas da banda, e por aí vai. Foi uma discussão tão longa que surgiu a dúvida: Você é a favor da MP3? Que lixo, cara. Eu gastei 50 contos no cd com dvd do álbum St. Anger, e me arrependo MUITO. Os caras cagaram, e o dvd é totalmente desnecessário, não tem nada demais nele. É aí que tá, véi, esse lance de pagar caro por algo que você pode não gostar sendo que você pode optar por não pagar nada mas ser obrigado pela banda a PAGAR é hipocrisia, ditadura e coisa de TANGA. É fácil pensar: Os caras não ganham quase nada vendendo os cd’s, e o Metallica ganha uma fortuna com shows. É óbvio que essa de não apoiar a MP3 é uma questão de orgulho.
Não é bem o cd que é o “cartão postal” da banda para os shows, são as músicas. E as músicas jogadas na internet, sendo compartilhadas da melhor forma, que são as recomendações, é uma puta divulgação que atrai um público mais fiel do que as divulgações fodonas das distribuidoras. É claro que até mesmo 3% das vendas em uma grande gravadora é grana pra cacete, mas discutir isso levaria horas e infinitos exemplos. Não é porque os caras fazem “música por dinheiro” que eles continuam em gravadoras, e não é porque os caras fazem “música por prazer” que eles desistem dessas divulgações e qualidades pra fazer um esquema mais caseiro, no meio independente. Toda banda procura seu espaço na mídia, mas música não é cinema. Você vai no cinema pra ver um filme apenas uma vez, e compra o dvd do filme pra ver de vez em nunca. Se você é uma pessoa normal, claro. Um cd você escuta o dia INTEIRO, até. E se a banda faz shows acessíveis pra você, você vai tentar ir na maioria deles, por mais que eles toquem as mesmas músicas sempre.
E então, seus putos, por que cês não param logo com essa frescura e começam a disponibilizar as músicas para download no site de vocês, ou apenas pra gente ouvir no MySpace & afins? Já rendi pelo menos uns 5 fãs pro Autoramas com apenas algumas músicas, não é brincadeira. Lembro que uma vez, uma velha amiga gostou tanto da banda que começou a correr atrás dos caras nos shows, tirou fotos, e até adicionou um dos integrantes no Orkut, trocando scraps e tal. Isso sim dá certo, acho que é muita monotonia o cara ir em um show só por ter comprado um cd que foi jogado na cara dele através da mídia e do botão repeat das emissoras de rádio por aí e apenas… estar lá, e voltar quem sabe um dia. Eu levo música a sério, mas confesso que não frequento muitos shows. Creio que no ano que vem isso mude, não sei porque. O que deveria mudar mesmo é essa putaria, sinceramente.
E aí, você fica com a consciência limpa quando gasta 40 reais num cd do Green Day ao invés de baixar ele num blog de MP3?
E finalmente saiu a programação completa do CHUPA TIM!, digo, Festival Planeta Terra. Dá só uma olhada, serão 3 palcos:
Palco Main Stage
Supercordas (17:30)
Pato Fu (19:00)
Instituto (20:30)
Lily Allen (22:00)
Devo (23:30)
Kasabian (1:00)
Palco Indie Stage (GAH!)
Lucy and the Popsonics (18:00)
Tokyo Police Club (19:30)
Datarock (21:30)
Cansei de Ser Sexy (22:30)
The Rapture (0:00)
Palco DJ Stage
Renato Ratier (19:00)
Jon Carter (20:30)
Layo & Bushwacka (22:00)
Vitalic (23:30)
O evento tem um site, clique aqui pra conhecer. Bom, vai ser exatamente o que eu imaginava: o preço do ingreço vai ser só pra ver Devo. Algumas dessas bandas desconhecidas aí podem até serem boas, mas pra quem tava prometendo Queens Of The Stone Age E Smashing Pumpkins… Enfim, os ingressos já estão a venda, os primeiros 4 mil, que é do primeiro lote, custam R$80. O segundo lote vai custar R$100, e o ingresso na hora vai sair por R$120. Eu acho que um show do Devo vale 80 contos, mas este vai ser mais um festival que vai passar batido por mim. Ainda assim, elogio as atrações, e não é SÓ pelo Tim Festival.
Censura de 18 anos, e você pode levar máquina fotográfica, menos filmadora. O evento ocorre no dia 10 de Novembro, na Villa dos Galpões (Avenida das Nações Unidas nº 20.003 – Santo Amaro, SP). Se você for, não esquece de contar pra gente como foi… o show do Devo.
Lembram do MTV Unplugged in New York, do Nirvana? É claro que lembram, é um dos mais famosos. Enfim, depois de o MTV Unplugged do Alice in Chains ser relançado em DVD, agora é a vez do Nirvana.
O DVD vai contar ainda com algumas imagens que não foram divulgadas na época, e com uns quatro sons gravados nas passagens de som, que também não haviam sido transmitidos. O show foi gravado em 18 de Novembro de 1993 e lançado no dia 1º de Novembro de 1994, coisa de uns sete meses depois que Kurt Cobain se matou.
Coisa de colecionador. Eu, como novo admirador da banda, vou… aceitar se alguém quiser me dar um de presente. O DVD sai no dia 20 de Novembro.
Unplugged in New York – Nirvana
Lançamento: 20/11/2007
1. About a Girl
2. Come As You Are
3. Jesus Doesn’t Want Me for a Sunbeam
4. The Man Who Sold the World
5. Pennyroyal Tea
6. Dumb
7. Polly
8. On a Plain
9. Something in the Way
10. Plateau
11. Oh Me
12. Lake of Fire
13. All Apologies
14. Where Did You Sleep Last Night
Ok, vocês devem estar pensando: o que o tanga do Lenny Kravitz está fazendo aqui?
Peguei a foto mais zoada, porque todas as matérias sobre ele tem fotos tangas.
Ele pode ter feito uma chapinha medonha no cabelo e seus últimos cd’s são bombas nucleares de tão ruins. Entretanto, quando surgiu, Kravitz era uma mistura muito boa de rock com a música negra americana e fazia sucessos atrás de sucessos como Are You Gonna Go My Way e Always on the Run. Depois de pegar meia dúzia de modelos (além da Nicole Kidman) ele deu uma emboiolada, começou a se levar pelo caminho fácil de baladas água com açúcar e sua carreira foi pelo ralo, embora sempre se salvem duas ou três faixas de cada cd pra contar história.
Ano que vem ele lança um cd novo e aparentemente a história deve se repetir. Ele comendo as gostosas e a gente ouvindo um cd pouco inspirado.
Confira a tracklist de It’s Time For a Love Revolution, nome tanga do novo cd de Lenny Kravitz.
Love Revolution
Bring It On
Good Morning
Love Love Love
If You Want It
I’ll Be Waiting
Will You Marry Me
I Love the Rain
A Long and Sad Goodbye
Dancing Till Dawn
This Moment Is All There
A New Door
Back in Vietnam
I Want to Go Home
It’s Time For a Love Revolution será lançado em fevereiro de 2008.
Você devia ter bom gosto musical, sabia? Então, vou te ajudar nessa. Vamos procurar por coisa boa.
Já não estamos mais naquela época em que você devia passar o dia inteiro grudado na MTV com um caderno na mão pra anotar nomes de bandas e ir até a Galeria do Rock pra pesquisar por cd’s usados. Estamos na época em que você abre seu browser, digita “http://atoouefeito.com.br/musica” ali em cima e abre uma aba com um site de torrents, pra não deixar passar nada. Então, prepare-se: Esqueça as fitas K7 e os clipes na MTV, só não esqueça dos CD’s usados na Galeria do Rock. E daí que existe MP3, não tem nada mais bacana do que ter uma parte inteira do seu guarda-roupas lotada de cd’s.
Pra começar, corre pro Last.fm e cria uma conta. Pra que serve isso? Bom, após você se cadastrar gratuitamente, é só instalar o plugin do player que você usa pra escutar música no PC, podendo instalar ele em quantos PC’s quiser. Só toma cuidado se o PC for compartilhado, alguém pode usar o player pra escutar música ruim; então pesquisa no tutorial do plugin como bloquear algumas pastas. Assim, música ruim não vai aparecer na sua página. Como assim, aparecer? Quando você começar a usar o player, tudo que você escutar vai pra lá, se transformando em um banco de dados de tudo que você escutou hoje, durante a semana e até mesmo durante o tempo todo que você tem o plugin instalado aí.
Muito bom gosto, né não? Os botões azuis indicam que a banda tem uns trechos de músicas em sua página e, os amarelos, indicam sons completos.
É, todo mundo aqui deve conhecer este site, ele ainda é uma rede social, é claro, voltado a música. Mas, afinal, por que DIABOS você tornaria seu gosto pessoal público? Eu explico. Agora que você já se cadastrou e instalou o plugin, vá até seu Dashboard.
Lá no canto direito superior da página.
Nota: Eu não vou ensinar muita coisa sobre o site, a idéia aqui é te deixar com bom gosto, ok?
Depois de uma semana, e se você já tiver amigos, no seu Dashboard terá uma parte onde seus amigos te indicam músicas, e outra mostrando o que eles estão ouvindo. Mas nada disso importa, o que importa MESMO tá abaixo do lance de Recent Event Updates, onde tem uma lista de eventos pelos quais seus amigos estão de olho.
É isso aí o que importa. E, convenhamos, quanta coisa ruim.
O Recommended Artists funciona de uma maneira que eu vou explicar após explicar o essencial do site: As tags.
Na página de um artista, você pode definir o estilo musical dele. Por exemplo, vá até a página do Motörhead e defina as tags “emo, dance, hip hop”. Se a maioria das tags forem essas, outras bandas com as mesmas tags vão ser “comparadas” ao Motörhead. Por exemplo, se o Judas Priest também for recordista nas tags “emo, dance, hip hop”, ele vai aparecer no topo de Similar Artists da página do Motörhead. Então, agora que vem a coisa bacana: Sabe isso aí que eu disse acima, o Recommended Artists? Baseado nas tags que das bandas você mais ouve, o site irá te recomendar semanalmente uma lista de bandas semelhantes ás tags mais “populares” no seu perfil. Pode aparecer muita porcaria, claro, é o usuário que define as tags das bandas alojadas no site, e muitas vezes isso pode dar merda. Como assim? Imagina se todo mundo coloca a tag “heavy metal” em… The Killers. O robô do site poderá te indicar a banda se você escuta bandas com essa tag, manja? Aí cê se fode. Outra coisa que também é usada pra fazer essas recomendações são as bandas que você escuta, independente das tags, aí que entram os Neighbours.
Os Neighbours são, literalmente, vizinhos. São os usuários que escutam as mesmas bandas que você escuta. É claro que nem sempre tudo vai ser perfeito, ainda mais se você escuta vários estilos diferentes. Não é fácil achar quem ouça Pantera e Johnny Cash, por exemplo. Mas você pode achar alguém que tenha a tag “Doom Metal, por exemplo, como a mais usada em bandas mais escutadas. Se você curte Doom Metal, é só se basear nisso pra navegar pelas bandas que seu vizinho escuta pra descobrir bandas sensacionais que você não conhecia.
Taí o que meu ” top neighbour” escuta. De 50, este é o que mais se aproxima do meu gosto, segundo o Last.fm.
Enfim, agora vamos de cabeça ao Recommended Artists.
Só pra relembrar. Vamos ver o que dá pra se aproveitar aqui.
Pearl Jam, Muse, Incubus, Jimmy Eat World, Oasis e Green Day eu já descarto logo de cara. Bush foi uma boa lembrança, vou pegar o cd que meu irmão tem e dar uma ouvida pra lembrar dos caras. Spiritual Beggars é Stoner Rock, coisa boa TEM que ser. Clicando no botão azul, você já vai pra página da banda e trechos de algumas músicas começam a rolar. Ouvi o que tinha por lá, me agradou, tá anotado pra lista de downloads pra quando eu conseguir um HD maior. Masters of Reality é outra banda Stoner, mas não me agradou mais que a primeira, então vou descartar por enquanto. Mustasch, mais Stoner! Mas pouca influência, dessa vez é mais Heavy Metal. O vocal lembra The Cure, e o som é bem legal. Mais uma banda pra ser explorada. Clicando ali em (see all), achei mais recomendações que eu já conhecia e outras que eu não conhecia, como Rebel Meets Rebel, banda com o finado guitarrista ex-Pantera, Dimebag, só que não tinha trechos por lá. Lógico que eu vou baixar, olha quem tá na banda. Outra recomendação foi Helmet, os sons até são bacanas, to pensando em baixar.
Tags favoritas não são as que você mais usa – são as que você mais ouve.
Enfim, entenderam onde eu queria chegar? Fazer isso é sensacional, e dá certo. Do top 14 que eu mostrei acima com meu Top Artists Overall, as bandas SikTh, Kyuss, Down e Jello Biafra with the Melvins foram frutos desse tipo de pesquisa. Se você olhar o meu perfil, vai achar Monster Magnet, Superjoint Ritual, Mondo Generator, Eagles of Death Metal, Clutch, Lard, Backyard Babies, Celtic Frost, Lamb of God, enfim, muita banda que eu achei por lá mesmo, e comecei a ouvir. Infelizmente não tenho lá muito tempo de pesquisar mais bandas e ouvi-las com mais freqüencia, muita coisa diferente ia ter por ali. Mas isso já serviu como dica pra vocês, espero que vocês façam um bom proveito.
CLIPES DA SEMANA
Megadeth – Never Walk Alone
Queens of the Stone Age – 3s & 7s
É bem provável que você já tenha ouvido algo do Rush pelo menos uma vez na vida. Se lembra de Profissão Perigo (é, aquele do MacGyver, mesmo)? Pois então! Se você é do tempo que essa maravilha passava na Globo, com certeza você já deve ter ouvido Tom Sawyer, dos caras. Outra que você provavelmente já ouviu é a clássica YYZ, uma das melhores músicas de Guitar Hero II. De qualquer jeito, vale colocar a matéria aqui, já que ces são tudo um bando de preguiçoso e quase ninguém foi atrás de música dos caras mesmo depois de ter ouvido alguma.
Começemos, então, pelas apresentações: Rush é uma banda canadense, formada em 1968 e ativa até hoje. Seus integrantes atuais (e que, fora o baterista, que entrou em 74, tocam juntos desde 68, apesar de não serem os integrantes INICIAIS da banda) são o guitarrista Alex Lifeson, o baixista, tecladista e vocalista Geddy Lee e o baterista e letrista Neil Peart. O Rush é conhecido pela virtuosidade de seus membros, que PIRAM O BAGULHO dum jeito que pouca gente faz. As composições complexas, com vários jogos de ritmo (como os compassos em 7/4 no meio de Tom Sawyer), são outra marca forte da banda. Quando você ouve Rush, você não ouve uma banda com um frontman que toca pra cacete e tem alguns músicos que ficam de fundo: Você ouve uma guitarra do cacete, um baixo brilhante e uma bateria extraordinária marcando o ritmo. Cada instrumentista já toca pra caralho e chama atenção por si só, e, pra melhorar a coisa toda ainda mais, o conjunto funciona que é uma beleza.
Claro, uma banda dessas já influenciou a negada. Bandas como Metallica, Smashing Pumpkins, Dream Theater e Symphony X são alguns dos exemplos. Na verdade, até tua mãe já sofreu influência do Rush, rapá. Você mesmo, inclusive, é influenciado por Rush faz tempo. Aliás, ce devia pegar algum álbum dos caras, tipo o Test for Echo, pra ouvir agora mesmo.
Ao longo dos anos, o Rush adquiriu uma coleção enorme de prêmios, incluindo a entrada no Canadian Music Hall of Fame, uma porrada de prêmios em revistas de música, quatro nomeações ao Grammy, 23 discos de ouro e 14 discos de platina. Isso tudo, claro, sem contar com os prêmios individuais dos integrantes. O Geddy Lee, por exemplo, levou seis vezes o “Melhor Baixista de Rock” da Guitar Player Magazine. Enfim, os caras fizeram por merecer, e tal. Não são como esse povo bundão que fica famoso tocando porcaria hoje em dia.
Outro ponto interessante e famoso do Rush são as apresentações ao vivo. Os caras tocam pra caralho, isso já dá pra notar ouvindo o disco. O negócio é que eles conseguem PIRAR a bagaça do MESMO JEITO ao vivo. Não, não tem enrolaçãozinha aqui e ali nas partes mais compicadas. Nego tinha as manhas de tocar do mesmo jeito MESMO. Fora, claro, os solos medonhos que eles tocavam.
Quanto ás recomendações de álbuns, já foi citado o Test for Echo ali em cima, e duas músicas do Moving Pictures no começo da matéria. Além dos dois vídeos já presentes aqui, eis a seguir um terceiro, Red Barchetta, ainda do Moving Pictures:
Não se deixe enganar pelo comecinho lento com essa levada de baladinha, rapá. Isso é pura enganação: Nego ARREGAÇA o bagulho sem dó, lá pro meio.
Enfim, aí foi a dica de hoje, moçada. Eu dei o pontapé inicial, ouvir o resto da bagaça já é com vocês.
Provavelmente você já ouviu esse nome em algum lugar, nem que seja na Smoke on the Water do Deep Purple (“Frank Zappa and the Mothers were at the best place around”), que conta o incidente ocorrido em Montreux, onde Zappa e sua banda (Frank Zappa and the Mothers of Invention) tocavam, quando um membro da platéia acabou causando o incêndio que queimou o cassino onde o show acontecia. Pois bem, o fato é que Frank Vincent Zappa, nascido em dezembro de 1940 em Baltimore, foi um dos grandes músicos do século passado.
Com mais de 60 (é, eu disse SESSENTA, mesmo) álbuns lançados, Zappa foi nomeado diversas vezes para o Grammy, e acabou levando o prêmio em 1988, pelo álbum Jazz From Hell. O cara tocava tudo que é tipo de coisa, do rock’n’roll ao jazz fusion experimental bizarro. E compunha muito bem, aliás.
Suas letras são geralmente ótimas críticas, cheias de ironia e humor. Interessado pela política, chegou a se candidatar a presidente dos EUA, mas a campanha foi abandonada devido ao câncer de próstata que o atacou (e acabou o matando, em dezembro de 1993). Zappa também criticava a religião organizada e a censura, sendo um defensor fervoroso da liberdade de expressão. Sua visão cética sobre os processos e estruturas políticas transborda em suas letras satíricas. Ah, o cara zoava o próprio nariz, também.
Cenas imperdíveis foram protagonizadas por Frank Zappa, como no Steve Allen Show, em 1963, quando fez um solo de… bicicleta. E ficou do caralho, aliás. Ou quando quando Zappa interpretou Mike Nesmith e vice-versa num episódio da série dos Monkees, em 1968. Além disso, o cara já apareceu em Miami Vice e até fez a voz do Papa num episódio de Ren & Stimpy.
Apesar de não se considerar um instumentista virtuoso e dizer que seu ponto forte era a composição, Zappa também era um guitarrista de primeira, e, em suas músicas, podemos ouvir um monte de solos do caralho. Claro que só falar não vai adiantar muito, então aí vai uma maravilha de versão de Zoot Allures junto de Trouble Every Day:
Foi Zappa quem lançou nomes como Bob Martin e Steve Vai – que, segundo a lenda, foi chamado por Zappa para tocar após transcrever solos de guitarra do mesmo e enviá-lo pelo correio. Durante o tempo que passou tocando com Frank Zappa, Steve Vai participava de uma espécie de “jogo” com o público. Eles traziam partituras e ele tentava lê-las á primeira vista (o que é difícil pra caralho, aliás. Já tentaram?).
Quanto a recomendações, bom, vocês tem uns setenta álbuns pra procurar por aí, moçada! Claro, tem a chance de cês acabarem encontrando alguns dos álbuns mais bizarros do cara por azar, mas enfim, ele fez muita, mas muita coisa boa. Claro, se você quer porque quer indicações, pois bem: Aconselho começar pelo álbum Hot Rats, que é do caralho. Se você quer alguma coisa um pouco menos convencional, talvez o álbum triplo,“Shut Up ‘n’ Play Yer Guitar” com suas sequências, “Shut Up ‘n’ Play Yer Guitar Some More” e “Return of the Son of Shut Up ‘n’ Play Yer Guitar” são álbuns recomendáveis. Outro que é do caralho é o “Zoot Allures”. Claro, ce pode ouvir o já citado “Jazz from Hell”. Ou, se você quer cair de TESTA na parte mais bizarra da música do cara, ce pode ouvir o “Apostrophe”. Enfim, tem coisa pra caralho do cara por aí, basta procurar. Ou você pode continuar ouvindo a sua musiquinha indie boiola pra sempre, claro.
Abaixo, o som “The Torture Never Stops”, do álbum “Zoot Allures”:
Quase toda sexta-feira eu saio com os amigos para beber tequila e empurrar com cerveja num café cubano aqui na cidade.
– E eu com isso, Bel?
Bom, acontece que antes da saída, rola um ritual da minha parte. É o único ritual que consegue ser bichinha e machão ao mesmo tempo: escolher a roupa e fazer a maquiagem ouvindo “metal extremo”.
Daniel Filth. Além de gordo, esquisito e TANGA, é feio bagaraio.
Primeiramente, deixe-me esclarecer uma coisa: eu sou completamente anti-rótulos para música; prá mim, toda música com guitarras pesadas e vocal gutural eu chamo de “rock pesado”, subdividindo-se apenas entre “rock pesado bom” e “rock pesado ruim”. E não, eu não ligo de “metal” e “rock” serem duas coisas diferentes.
Mas como eu sei que o leitor pode não concordar comigo, dei uma pesquisadinha no orkut e vi quais rocks pesados podem ser colocados como “metal extremo”. Prá minha surpresa, 70% dos rocks pesados que eu escuto sexta de noite são death metal, 20% são thrash metal, 16.5% é black metal, 0.7% é doom viking college biba metal e 50% é dividido 25% em Sepultura e 25% em Metallica, que, se não me engano, são thrash metal.
Bom, quem liga prá estatísticas e rótulos, não é mesmo?
Voltemos ao “metal extremo”.
Segundo o wikipedia (ou seria a wikipedia? ah, foda-se), “metal extremo é um termo abrangente utilizado para definir subgêneros do heavy metal que são caracterizados por sua agressividade, tais como black metal, death metal, doom metal, thrash metal”. Ou seja: metal extremo é música de MACHO.
De todos esses gêneros, acho que os melhores são death e thrash.
Prá minha imensa surpresa, achei nhenhentas sub-sub-sub-divisões de death. Uns trens ridículos tipo brutal death metal, death metal técnico (what the fuck?!), doom-death e outras coisas inúteis assim.
Novamente, quem liga prá rótulos?
O que importa é que se você quiser dar um toque de macheza na sua inútil sexta feira (que aposto que não tem tequila nem cerveja que nem a minha. Mas caso tenha, não esqueça de me convidar), estou recomendando aqui músicas que já viraram tradição ouvir no antepenúltimo dia da semana (ou penúltimo, caso você seja TANGA e ache que domingo é, de fato, o primeiro dia da semana).
Eu ia indicar dez músicas, mas fiquei com preguiça e vou indicar só sete. Se contente com isso, ok?
Obituary – Insane
Eu queria ter achado outra música deles, mas não tinha no youtube… então, vai essa aí, que também é boa.
Behemoth – Inner Sanctum
Sombrio e sinistro, mas ainda assim é do caralho. O clipe youtubado é meio besta, mas é só minimizar e ficar curtindo o som.
Morbid Angel – Where The Slime Live
Death metal (acho) com cabeludos sacudindo a cabeça que nem bobos. Bom, muito bom.
Arch Enemy – Dead Eyes See No Future
A música não é tããão boa assim, mas a vocalista é muito gostosa.
Cannibal Corpse – Make Them Suffer
Não gosto muito de CC (“cecê”… hihihihi!), mas essa música é boa. O clipe que é meio bããã, com um menino ferido preso num quarto e mais cabeludos bobocas balançando a cabeça.
Sepultura – Roots Bloody Roots
AMO essa música. Simples assim.
Amon Amarth – Death In Fire
Esse dizem que é viking metal. Eu sei lá, só sei que o vocal é um tesão.
Acrescentando minha opinião pessoal a esse post: acho o tal de “bater cabeça” uma coisa muito sem graça, sem contar que você corre o perigo de, sei lá, deslocar seu cérebro. Rodinhas de porrada são mais legais. E mais: essa parada de pintar a cara de branco e fazer maquiagem de drag queen depressiva também é super brega. Vamos nos ater à música, né gente?
Bom, cada um na sua… tem quem goste, tem quem ache baboseira (eu), mas vamos todos admitir que o som é MUITO, mas MUUUUITO bom.
Finalmente os caras do The Hives, promessa DO ANO, divulgaram o tracklist de seu novo álbum: Black and White Album. Também tem uma nova data de lançamento: 1º de Outubro, digitalmente. Se der tudo certo, é claro que eu vou ouvir a bagaça ANTES de vocês e resenhar por aqui.
Black and White Album – The Hives
Lançamento: 01/10/2007
1. Tick Tick Boom
2. Try It Again
3. You Got It All… Wrong
4. Well Allright!
5. Hey Little World
6. A Stroll Through Hive Manor Corridors
7. It Won’t Be Long
8. T.H.E.H.I.V.E.S.
9. Return The Favour
10. Giddy Up
11. Square One Here I Come
12. You Dress Up For Armageddon
13. Puppet On A String
14. Bigger Hole To Fill
A música é a 3s & 7s, e faz parte do álbum Era Vulgaris. O clipe é totalmente Stoner Rock, sensacional. E, convenhamos, a banda nunca deixa a gente na mão quando o assunto é mulher. O que é irônico pra alguns, que ficam MESMO na mão, né? HEIN? SACOU?!