Destaques da Semana em DVD – 27 à 31/10

Televisão sexta-feira, 31 de outubro de 2008 – 0 comentários

Como esta semana não há nenhum destaque chegando às prateleiras das locadoras, resolvi postar os packs de seriados que chegaram às lojas ou às locadoras neste mês de outubro.

Damages – 1ª temporada:Imperdível, uma das melhores séries da temporada 2007/08, exibida aqui pelo canal AXN, retornando para sua 2ª temporada somente em 2009. Damages, que conta com um mega elenco com nomes como Glenn Close, Ted Danson, Rose Byrne e Zeljko Ivanek, tem dois arcos principais na primeira temporada — o caso de Frobisher, onde conhecemos a durona advogada Patty Hewes e a novata Ellen, e o mistério do assassinato envolvendo a discussão de Ellen na sala de interrogação e seus conseqüentes desdobramentos, este 6 meses após a entrada de Ellen na firma da advocacia. Mas os episódios também terão histórias que mostrarão as vidas pessoais dos personagens. Mas o foco central da série continuará sendo o relacionamento entre Patty e Ellen, e se a mentora irá auxiliar no sucesso de sua protegida, ou destruir a alma dela. No final da 1ª temporada, o caso de Frobisher e o misterioso assassinato serão solucionados… embora uma questão essencial continuará a ser a base da próxima temporada.

Life – 1ª temporada: Possivelmente eu seja um dos 6 fãs de Life, já que a série não tem muita repercussão nos Eua e nem mesmo aqui, onda já foi exibida pela Record e pelo canal AXN, no entanto defendo a série pelo seu proptagonista Charlie Crews (vivido com competência por Damian Lewis, da minissérie Band of Brothers e filmes como O Apanhador de Sonhos). A série é centrada em Charlie Crews, um homem que recebe uma segunda chance: após cumprir uma pena de 12 anos por um crime que ele não cometeu — um homicídio triplo — o ex-policial que se tornou um detetive volta a trabalhar para a polícia. Agora ele é um homem completamente mudado, mais zen, com a mente em paz e não está atrás de nenhuma vingança, uma atitude que será difícil manter quando alguém por quem ele se importa é ameaçado — ou quando ele está investigando o mistério que cerca o crime do qual ele foi falsamente acusado.

Ugly Betty – 1ª temporada: Fazendo parte das novelinhas das séries americanas, Ugly Betty fez bastante barulho quando estreou dois anos atrás, atualmente, está em sua 3ª temporada, aqui exibida pelo SBT e pelo Sony. Baseada na novela colombiana “Yo Soy Betty La Fea”, que se tornou um fenômeno mundial, Ugly Betty é produzida pela atriz indicada ao Oscar e vencedora do Emmy Award, Salma Hayek (Frida). Para quem não conhece a trama, mostra uma jovem de “pouca beleza, charme e estilo” que consegue emprego num universo onde impera beleza e futilidade, a revista Mode, como secretária do editor-chefe, assim Betty terá que lidar com pessoas e situações aquém do seu espiríto de imigrante mexicana.

The Unit – 3ª temporada: Série muito mal tratada pelos canais do grupo Fox, já foi exibida pela Fox depois passou para o FX e, mesmo assim, está em aberto, não tendo suas temporadas exibidas de maneira correta, por exemplo, esta 3ª temporada continua inédita na televisão, enquanto isso, nos Eua já se encontra em sua 4ª temporada. Drama de ação que segue uma equipe especial onde seus agentes arriscam suas vidas em missões disfarçados ao redor do mundo, enquanto suas esposas protegem os segredos de seus maridos em sua vizinhança, tem no elenco o famoso presidente Palmer, Dennis Haysbert, de 24 Horas. The Unit é baseada no livro “Inside Delta Force” (“Por Dentro da Força Delta”), escrito pelo sargento major comandante Eric L. Haney (atualmente aposentado das forças armadas americanas), que também trabalha como consultor, produtor e roteirista da série.

Smallville – 7ª temporada: Para os adoradores de Clark Kent e cia, chega em dvd a sétima temporada da série que marcou definitivamente a série, com a saída do principais coadjuvantes, Lana Lang e Lex Luthor, se você quiser saber como a série sobrevive terá que esperar pela 4º temporada, atualmente no ar nos Eua, por enquanto, fique com as novas aventuras do Superman e a chegada de sua prima, Kara, a pseudo famosa Supergirl.

Chuck – 1ª temporada: Talvez uma das séries mais nonsense da tevê atual, Chuck é um misto de comédia e aventura, com dois pés no mundo nerd e muitas referências à nossa cultura pop. Exibida atualmente pelo canal Warner e pelo SBT, a série conta as peripécias de Chuck, um nerd de computadores de uma megastore que é catapultado para uma nova carreira como o mais importante e vital agente secreto do governo, depois de receber informações confidenciais acidentalmente, se tornando um banco de dados ambulante.

As animações da década de 90

Televisão quinta-feira, 30 de outubro de 2008 – 10 comentários

Foi complicado, mas, no apagar das luzes, encontrei uma lan house sem problemas técnicos para poder elaborar e enviar a coluna da semana.

Estou num fim do mundo tão ferrado, que nem telefone ou celular funcionam para avisar o Théo que não daria para entregar a pobre coluna.

Como encontrei a lan, achei melhor fazer o texto.

Enfim, como vocês não têm nada a ver com isso, vamos ao que interessa: os desenhos da década de 90.

A década de 90 foi o auge da criatividade na animação em vários aspectos, com diversos tipos de desenhos para todos os gostos, idade e opção sexual.

Sem contar que o páreo era duro, pois além das novas produções, eram exibidos os clássicos, explodia a febre dos animes (ou animês), havia os super-sentai e surgia a porcaria da Malhação.

Ou seja, era lavagem cerebral a dar com pau.

Para tudo não ficar muito disperso e ajudar vocês, que não gostam de pensar muito, vou dividir essa época em tipos de desenhos:

Desenhos da TV Cultura

Durante a década de 90, a TV Cultura teve seu auge exibindo animações de excelente qualidade e feitas para crianças e adultos, não subestimando a inteligência da molecada e abordando assuntos que são tabus entre as crianças, como a morte e o respeito pelas diferenças entre os outros (como era feito em Animais do Bosque dos Vinténs) e política e superação (As Aventuras de Tintim).

Quem não se emocionou com a morte dos ouriços?

Dessa época também se destacam Doug (antes da Disney colocar a mão), A Pedra dos Sonhos, As Aventuras de Babar, Rugrats (Os Anjinhos), entre outros que eram exibidos no extinto Glub-Glub.

Desenhos baseados em heróis

Sim, eu sei que já existiam desenhos de heróis, mas não na qualidade que foram apresentados nessa época.

Gambit era o melhor nesse desenho, mesmo não aparecendo na foto

Homem-Aranha, Batman e X-Men revolucionaram o modo como os heróis eram vistos, sendo fiéis aos quadrinhos e retratando sagas históricas, assim como eram mostradas nas HQs, destacando os X-Men nesse quesito e abrindo caminho para outras animações desse porte.

Os filhos da…

Como sempre, há o lado ruim das animações em cada época, pior, sendo exibidos à exaustão nas TVs.

Nesse caso, a culpa foi da Hanna-Barbera, já decadente, que inventou de fazer a versão (mais) infantilizada de seus principais carros-chefes.

Afinal, quem não se lembra dos Filhos de Tom & Jerry, Os Flintstones Júnior (o nome era esse?) ou O Pequeno Scooby Doo?

Era bom não lembrar, mas sempre terá alguma emissora que se lembrará…

Esse desenho era tão sem graça e sem… cor

Vou parar por aqui, pois estou para ser expulso da lan.

Semana que vem retomo falando sobre os outros desenhos dessa época.

Sobreviventes, até aqui, da temporada 2008/09

Sit.Com terça-feira, 28 de outubro de 2008 – 4 comentários

Passados dois meses do início do fall season das séries americanas, acredito que ninguém imaginaria que a situação da audiência das séries seria tão delicada. Claro que muitos preveram que isso ocorreria devido à greve dos roteiristas na temporada passada, que acabou dando sobrevida à diversas séries que já não dispunham de muita audiência.

No entanto, o que está se observando é uma tendência de queda generalizada. Poucos shows/séries retornaram ou estreiaram nesta temporada com os mesmos números do ano passado, mesmo os campeões de audiência como CSI (ainda na casa dos 19 milhões), Desperate Housewives (com a concorrência do esporte caiu para 16 milhões), Dancing with the Stars (varia de 16 à 19 milhões) e Grey’s Anatomy (não anda passando dos 15 milhões) estão com audiências digamos equilibradas. Na contramão desta tendência, cito três séries, uma delas estreante, que inciaram esta temporada 2008/09 de bem com o público e com audiência crescente, são elas:

NCIS
De spin off da antiga série, exibida por aqui pelo falecido canal USA, Jag – Ases Invencíveis, NCIS se tornou o grande destaque em termos de audiência desta temporada. Retornando para seu sexto ano, a série pouco conhecida por aqui é exibida pelo canal AXN às sextas-feiras.

N.C.I.S. – Investigações Criminais apresenta uma equipe de elite formada por agentes especiais, que operam fora da rede militar de comando. Liderado pelo Agente Leroy Jethro Gibbs (Mark Harmon), um severo e altamente preparado investigador, propenso a quebrar as regras para cumprir a missão, esse grupo bem entrosado corre mundo investigando assassinatos, espionagem, terrorismo e seqüestros.

Sinceramente, não consigo explicar o fenomenal sucesso da série, NCIS é mais um drama criminal do canal CBS, voltado para investigações criminais no mundo militar americano. A série, mesmo enfrentando forte concorrência, como a ótima House, tem conseguido audiências superiores a 17 milhões, ficando somente atrás de CSI e Dancing with the Stars na audiencia geral das séries.

The Mentalist
Única estreante a estourar em audiência nesta temporada, The Mentalist. Claro que com o trabalho um pouco facilitado, pois recebe de bandeja a expressiva audiência de NCIS, pois é exibido em seguida desta última. Mas como tenho comentado há diversas semanas, as séries estreantes não tem conseguido agradar nem ao público e, muito menos, a crítica nesta temporada. A série será exibida agora em novembro pelo canal Warner.

The Mentalist gira em torno de Patrick Jane (interpretado por Simon Baker), consultor independente de uma a agência de investigação da Califórnia que tem a peculiar habilidade de observar e interpretar as pessoas. No passado, ele ganhava a vida fingindo ser sensitivo em programas de televisão, quando então foi convidado pela polícia para ajudar a encontrar um serial killer. Patrick acabou dando uma declaração que irritou o criminoso, que por sua vez se vingou de uma forma muito cruel. Abalado com a tragédia que lhe acometeu, rompeu com o passado de charlatanismo e resolveu usar seu dom para fins mais nobres, como realmente ajudar a polícia a solucionar crimes e prender bandidos.

Sendo um mero Psych mais sério e tenso, the Mentalist pode parecer, inicialmente, mais uma série investigativa, no entanto, assim como ocorre em House (dada as devidas proporções), ganha o espectador pelo instigante protagonista, muito bem defendido pelo subestimado Simon Baker (sempre coadjuvante nos cinemas). Vale uma conferida!

Bones
Este sucesso já um pouco tardio de Bones, mais um drama investigativo, em sua quarta temporada, é um reflexo da baixa concorrência da série da Fox às quartas-feiras no seu horário. Bones tem enfrentado um novo horario de sitcoms da CBS (a bacana, mas em novo horário, The New Adventures of Old Christine e a estreante Gary Unmarried), a requentada Knight Rider (SuperMáquina) e a inexpressiva, mas ótima, Pushing Daisies).

Assim acabou ficando fácíl para Bones abocanhar uma audiência maior do que possuía na temporada passada, nada muito expressivo, mas em tempos de queda geral de audiência, elevar seus índices é sempre vitória muito comemorada. Uma pena o canal Fox brasileiro demorar tanto em estrear esta temporada, sendo que recentemente terminou de exibir a 3ª temporada. Se você não conhece a série esta é, em linhas gerais, sua sinopse:

A série “Bones” combina humor e emoção mostrando o que se esconde por trás dos crimes mais aterrorizantes. No centro da trama está a Dra. Temperante Brennan (Emily Deschanel), uma excelente antropóloga forense que nas horas livres escreve romances. Ela é geralmente chamada pela policía quando o método padrão de identificação das vítimas não é suficiente. Sua habilidade para decifrar os mistérios ocultos nos corpos da vítima é única. Brennan geralmente trabalha com Seeley Booth (David Boreanaz), um agente da Unidade de Investigação de Homicídios do FBI. Booth não acredita na ciência e nos cientistas. Segundo ele, a chave para a solução dos crimes está em uma investigação à moda antiga, junto aos que ainda estão vivos, sejam eles suspeitos ou testemunhas. Com isso, Brennan e Booth frequentemente entram em choque, tanto no campo profissional como no âmbito pessoal.

Claro que Bones não é nenhuma novidade em termos de roteiro e personagens, no entanto, acho muito divertido a dupla de protagonistas (Booth e Brennan, ou melhor, Bones), sua química é impecável, cheio de ironia e sarcasmo, além é claro, do sex appeal entre os personagens. Para melhorar, a entrada do jovem psicólogo acrescentou bastante humor na dinâmica entre os personagens.

Encerrando o assunto sobre os desenhos da década de 80

Televisão quinta-feira, 23 de outubro de 2008 – 13 comentários

Finalmente vou concluir o histórico da década de 80, encerrando com produções que faziam a alegria de vocês nas manhãs do SBT e da Globo e nas tardes da Band e da Manchete (embora nestes últimos só passassem desenhos antigos da Hanna-Barbera).

Vou falar das febres que se destacavam como sucesso único de estúdios desconhecidos ou conhecidos, mas por outras áreas, como a Marvel e a Hasbro.

Sucesso, mas sem final

Um dos maiores sucessos da época foi a historinha de um grupo de adolescentes que, do nada, era transportado de um parque de diversões para uma era medieval, onde conhecem um velhinho metido a Mestre dos Magos (não, não era o Gandalf) que dá um artefato mágico para cada um ir se virando no lugar e tentando buscar uma maneira de retornarem para casa.

Eric, Bobby, Diana, Hank, Théo e Sheila, ao fundo Vingador

Se você ainda não entendeu do que se trata, ou é tanga ou esteve sendo sodomizado por alienígenas nos últimos tempos.

O desenho em questão é Caverna do Dragão (Dungeons & Dragons no original). Um desenho baseado no famoso jogo de RPG, que estava se popularizando na época e contou com a ajuda do desenho para ficar mais conhecido, sendo inclusive produzido por Gary Gygax, um dos criadores do jogo.

Produzida pela Marvel Comics em parceria com a Dungeons & Dragons Corporation, Caverna do Dragão foi sucesso absoluto em todo o mundo, sendo bem elaborado e explorando bem o universo mágico-medieval idealizado por J.R.R. Tolkien (o pai de LoTR e O Hobbit) em suas histórias.

Mesmo com o sucesso estrondoso, o desenho foi cancelado do nada sem ter ao menos um final publicado, criando várias teorias quanto o destino dos garotos.

Já tenho em mente um texto somente sobre Caverna do Dragão, mas isso fica para depois de terminar essa série sobre a história das animações.

Ah sim, é desse desenho o personagem que mais odeio em animações, a maldita Uni, unicórnia órfã que faz o pessoal se ferrar em 90% dos episódios (junto com as mágicas do Presto – que também lembra o Théo).

Sucesso nipo-americano

Para variar mais um desenho feito para vender brinquedos que nem cerveja no deserto, e esse é um dos meus favoritos na época: Transformers!

A história já é manjada por causa do filme que foi lançado no ano passado, mas vale a pena resumir novamente já que vocês esquecem das coisas fácil.

Transformers conta a história de duas raças de robôs alienígenas – os militares Decepticons e os operários Autobots – que já se pegam na porrada no planeta Cybertron há milhares de anos. Claro que uma hora o planeta não agüenta e começa a pedir penico faltando energia para abastecer os habitantes do planeta. Os Autobots, então, sob liderança de Optimus Prime, resolvem fugir de lá e buscar novas fontes de energia em outro canto da galáxia. Claro que os Decepticons não iam ficar com um planeta-bagaceira e resolvem ir atrás de seus inimigos, sob a liderança do malvadão Megatron.

No meio do caminho Megatron ataca a nave dos Autobots e, durante esse ataque, uma chuva de meteoros atinge as naves derrubando as duas num planetinha azul sem muita importância.

Passados 4 milhões de anos, os robôs despertam no planeta Terra, com os Decepticons – empolgados com o tanto de fontes energia disponível no planeta – querendo escravizar os humanos e dominar tudo, enquanto os Autobots, maravilhados com os humanos e fazendo de tudo para defendê-los da corja de Megatrom, querem a paz e a coexistência pacífica (lindo isso).

Por conta disso, a batalha de Cybertron é trazida para a Terra, empolgando milhões de fãs no mundo inteiro.

Parece tosco, mas ainda é o melhor da época

Transformers também foi produzido pela Marvel, em parceria com a Hasbro, Sunbow, Toei Doga, Akom Production Company e Tokyo Movie Shinsha, sendo um desenho feito à mil mãos, ora produzido nos Estados Unidos, ora produzido no Japão, sendo os japoneses melhores que os americanos na concepção da história e da animação propriamente dita.

Também tenho em mente uma coluna apenas para os Transformers, mas por conta do tamanho da série, talvez guarde para o lançamento do segundo filme no ano que vem.

E agora, os outros

Por incrível que pareça, a década de 80 teve outros desenhos que, se não fizeram tanto sucesso lá fora, aqui no Brasil eram unanimidades, mas, por conta do humor do titio Silvio do SBT, ou do ibope da Globo iam e voltavam na grade de programação ou repetiam à exaustão nas manhãs da telinha.

Entre esses há Cavalo de Fogo, que contava a história de Sara, uma garotinha filha de um fazendeiro e amiga de uma índia apache que vivia sua vida normal até descobrir, por conta de um corcel falante, que era princesa de um reino em uma dimensão paralela.

Alguém sabe de quem é essa voz?

Na real, o desenho não era lá grande coisa, mas como o SBT sempre faz questão de fazer – e merece aplausos por isso – passava as aberturas dos desenhos inteiras, com uma dublagem e canção bem feitas, sendo que a do Cavalo de Fogo era de um grude só. Só não sendo mais grudenta que a…

… da Nossa Turma que tinha uma música que, se bobear, é assobiada nas ruas sem que ninguém perceba de onde veio. Aliás, o nome da música – A Get Along Gang – é o nome original do desenho, que até fez sucesso em alguma rádios na época e que contava a história de alguns amigos, em forma de animais, arrumando [modo sessão da tarde on] altas confusões [modo sessão da tarde off] e passando bons valores à criançada.

Odeio esse desenho e tudo que faz lembrar dele, inclusive a música

Odiava esse desenho, mas como ele passava num vácuo da programação (lembro bem disso, pois se não fosse por isso nem assistia) acabava tendo que aturar as frescuras do alce Montgomery, da cadela Dotty, do castor Bingo, do gato Zipper, da ovelha Vilma, da porca-espinha que nem lembro nome e dos vilões – se é que tomar um vagão de trem fajuto pode ser coisa de vilão – crocodilo Cathum e lagarto Leni.

Sério, odiava esse desenho.

Enfim, é só. Ficou faltando citar vários outros, como DuckTales, Ursinho Pooh (ou Puff, como o SBT enfiou goela abaixo por aqui), Ursinhos Gummy, Pimentinha, Dinosaucers, Inspetor Bugiganga, Os Snorks, Os Smurfs, Os Exterminadores de Fantasmas, Rambo, Os Caça Fantasmas, Comandos em Ação, Punky e Glomer, Muppet Babies, entre outros que não lembro agora.

Menção honrosa, embora Capitão Planeta não seja dessa época

Fica uma menção honrosa a esses aí.

Semana que vem começo a retratar a década de 90, que mistura o politicamente correto (argh!), com a questão ambiental, o humor negro (oba) e as aventuras que não ofendem a inteligência das crianças.

Hasta.

Temporada 08/09 – Momento S.O.S.

Sit.Com terça-feira, 21 de outubro de 2008 – 4 comentários

Parece mentira, mas mal começou a temporada 2008/2009 e diversas séries já apresentam sinal vermelho, prontas para serem canceladas. A primeira série cancelada foi Do Not Disturb, sitcom do canal Fox que teve somente 3 episódios exibidos na televisão, um verdadeiro fracasso de audiência e de crítica.

A temporada como um todo promete ser histórica devido à baixa geral de audiências de todos os canais e, praticamente, de todas as séries, salvas raras exceções, um dos próximos assuntos desta coluna. Por enquanto, veja se vale a pena se apegar a alguma série das listadas abaixo, quando elas começarem a ser exibidas por aqui (uma das poucas vantagens de séries estrearam meses depois do que no solo americano). Todas correm sério risco de cancelamento devido às baixas audiências, por culpa dos produtores ou erros estratégicos dos canais.

The Sarah Connor Chronicles – 2ª temporada
Parece que The Sarah Connor Chronicles está com problemas. Desde que começou sua nova temporada os índices foram caindo e caindo. E pensar que a série estreou com uma audiência de mais de 18 milhões de espectadores, difícil crer nesta queda vertiginosa. O pior é que a série é super bem realizada, com muitas cenas de ação e bons efeitos, fica a dever um pouco com a trama, pois as viagens no tempo acabam tornando-a deveras complexa. Mesmo assim, o canal Fox pediu roteiros pra completar uma temporada inteira da série (não esquecendo que a saga Terminator volta aos cinemas no ano que vem com Christian Bale no elenco).
2.01 – 6.34 milhões
2.02 – 5.49 milhões
2.03 – 5.81 milhões
2.04 – 5.33 milhões
2.05 – 5.61 milhões

Prison Break – 4ª temporada
Prison Break também está com problemas. A série, que estava mantendo os 6,5 milhões até o começo da Fall Season, está micando agora na casa dos 5,0 milhões. Isto deve levar ao derradeiro término, já um pouco tarde, de uma das melhores séries de ação desta década, tensa como só ela. Hoje PB já se modificou tanto como trama que poderia até atender por outro nome. Mesmo assim, com as “forçadas de barra” ainda tem muitos momentos pqp.
4.01 – 6.11 milhões
4.02 – 6.84 milhões
4.03 – 6.48 milhões
4.04 – 5.89 milhões
4.05 – 5.93 milhões
4.06 – 5.25 milhões
4.07 – 5.43 milhões

Lipstick Jungle – 2ª temporada
A série Lipstick Jungle foi renovada somente pelo investimento do canal que achava que conseguiria pescar a audiência feminina em algum momento deste ano, no entanto, não foi o que aconteceu. A série vem registrando índices entre 5 e 6 milhões, uma pena.
2.01 – 6.08 milhões
2.02 – 5.30 milhões
2.03 – 4.80 milhões

Ugly Betty – 3ª temporada
A nova temporada de Ugly Betty vem caindo conforme as semanas. A série, que foi um sucesso na 1ª temporada, não é mais a mesma, principalmente pela queda lamentável dos roteiros da 2ª temporada, que deixaram a comédia e o humor negro em substituição a um clima muito dramático. Os índices variam entre 8 e 9 milhões.
3.01 – 9.78 milhões
3.02 – 8.58 milhões
3.03 – 8.48 milhões
3.04 – 8.20 milhões

Knight Rider, a.k.a., Supermáquina – série estreante
Knight Rider, que prometia uma boa audiência, provou o contrário conforme as semanas. O programa piloto ainda tinha uma audiência razoável, mas já fora alvo da crítica. Ainda não pude conferir e, na verdade, não me interessei muito pela trama requentada.
1.01 – 7.30 milhões
1.02 – 7.56 milhões
1.03 – 6.73 milhões
1.04 – 7.70 milhões

Pushing Daisies – 2ª temporada
Parece que o colorido acabou. Pushing Daisies vem caindo conforme as semanas. Uma PENA para uma série tão magnífica e diferente das demais da televisão americana. Espero que pela repercussão junto à crítica o canal aposte um pouco mais no fabuloso mundo fantástico do mestre Bryan Fuller, e dê nova chance a Ned, Olive e cia.
2.01 – 6.30 milhões
2.02 – 5.55 milhões
2.03 – 6.30 milhões

Chuck – 2ª temporada
Chuck nem foi muito bem em sua 1ª temporada e fora renovado mesmo assim, principalmente pelo hype em torno da série. Como sempre ando escrevendo por aqui, os nerds estão tomando conta do mundo, e das séries também. Mesmo assim, torço por um retorno de audiência em Chuck, pois a série é muito divertida e com muitas cenas de ação, sem dúvida um programa pra relaxar. Já garantiu uma temporada completa com 22 episódios.
2.01 – 6.62 milhões
2.02 – 5.89 milhões
2.03 – 6.01 milhões

Dirty Sexy Money – 2ª temporada
Dirty Sexy Money nunca conseguiu altos índices, porém nessas últimas semanas a coisa ficou crítica. Deve ser cancelada, mesmo tendo um elenco bastante acima da média com nomes como Donald Sutherland e Peter Kruse (À Sete Palmos).
2.01 – 7.15 milhões
2.02 – 5.95 milhões

Life – 2ª temporada
Eu devo ser um dos seis fãs de Life, série investigativa. “Mais uma”, poderia você argumentar, mas que tem na interpretação de Damian Lewis um excelente triunfo como detetive Crews. A série teve uma pequena temporada de apenas 9 episódios, onde já sabemos de vários mistérios da trama. Nesta segunda temporada o canal NBC acabou rifando a série ao exibí-la duas vezes na semana, assim fica difícil fidelizar o espectador.
2.01 – 6.92 milhões
2.02 – 5.44 milhões
2.03 – 5.78 milhões
2.04 – 4.92 milhões

The Ex List – série estreante
Praga de série maníaco pega! E a CBS (única série sua citada aqui) deve ter descoberto isto a duras penas. Os fãs de Moonlight bateram pé, mandaram cartas, emails, anúncios, pedindo para o canal manter a série sobre vampiros no ar, o canal reclamou da audiência e cancelou o show. Resultado: a série substituta não consegue 60% da audiência de Moonlight e acaba derrubando a até então melhor série do canal às sextas, Numb3rs.
1.01 – 6.85 milhões
1.02 – 5.71 milhões

Privileged – série estreante
Numa temporada onde o pequeno, e diversas vezes questionável, canal CW comemora o sucesso e afirmação de diversas séries suas, como 90210 e Gossip Girl, a estreante Privileged decepciona. Também, o canal deixou a série a própria sorte no quesito marketing/divulgação.
1.01 – 2.93 milhões
1.02 – 2.43 milhões
1.03 – 1.86 milhões
1.04 – 1.88 milhões
1.05 – 2.30 milhões

Continuando a saga dos heróis animados oitentistas

Televisão quinta-feira, 16 de outubro de 2008 – 13 comentários

Praticamente continuando a coluna anterior, já que na década de 80 surgiram vários desenhos-ícones na época e há muito material para destrinchar.

Animações da Filmation

Como já falei dos desenhos da Rankin/Bass, com destaque para os Thundercats, agora vou falar sobre as animações dos estúdios Filmation, que eram melhores que os de seu concorrente, mas, mesmo assim, não tão criativos.

Pelos poderes de Grayskull!

Mais um cante junto

Com essas palavras, e erguendo a Espada do Poder, que o Príncipe Adam, filho do Rei Randor e da Rainha Marlena, do Planeta Etérnia, se transformava no bombadão He-Man, talvez o maior sucesso da Filmation, equivalendo em popularidade ao sucesso de Thundercats.

A história girava em torno do príncipe, um cara equivalente a maioria dos playboys de hoje, sendo um cuzão que se vestia de rosa e tinha um tigre verde medroso de estimação.

Toda a moleza acaba quando a Feiticeira apresenta Adam à Espada do Poder e a dita cuja o escolhe para ser o protetor do Universo (lembraram da Excalibur?).

Adam, então, toda vez que empunha a dita espada, se transforma em He-Man, o ser mais poderoso de Etérnia, onde seu principal inimigo é o Esqueleto, uma espécie de caveira humanóide, com os ajudantes mais bizarros que se pode imaginar, e o melhor personagem do desenho.

Turma de He-Man reunida

Ao contrário do que muita gente pensa, He-Man foi criado exclusivamente para vender brinquedos, pois a Mattel (a mesma que faz a Barbie) havia criado bonecos para o filme Conan e o mesmo, por ser considerado violento demais, foi censurado para as crianças na época.

O jeito foi pedir à Filmation que fizesse um desenho com um herói parecido, mas que passasse pela censura e agradasse à criançada, nascendo os Mestres do Universo.

O sucesso foi tanto, que He-Man ganhou uma irmã – She-Ra – e um filme com o brucutu Dolph Lundgren estrelando o papel principal de príncipe Adam/He-Man.

Tão tosco que nem merece comentário.

Atillah brincando de He-Man

Recentemente, foi criado um desenho mais atual, mas acabou não fazendo o mesmo sucesso do original.

Pela Honra de Grayskull!

Por conta do sucesso de He-Man, os produtores não perderam tempo e, assim como os estúdios Rankin/Bass, criaram uma nova animação semelhante ao seu sucesso principal.

Só que a Filmation foi um pouco mais esperta, criando uma história amarrada à original, mas independente em vários aspectos, nascendo She-Ra, a Princesa do Poder e irmã de Adam, versão feminina de He-Man.

A versão feminina de He-Man, mas com história independente

Para não dar a mesma mancada de Silverhawks e TigerSharks, do estúdio concorrente, She-Ra vivia em uma dimensão paralela à de Etérnia, em Ethéria (haja criatividade), onde ela era Adora, líder do exército de mutantes de Hordak, ditador-supremo-master-fucking do planeta.

Um dia, Adam/He-Man foi convocado pela Feiticeira para atravessar um portal dimensional e dar um pulo até Ethéria, para levar uma espada, semelhante à sua, para entregar a – respira – alguém que luta pelo bem, não pelo mal – inspira.

Logo que chega à Ethéria, Adam, já transformado em He-Man, toma um cacete de Adora, é feito prisioneiro e vai para a solitária virar mulherzinha explica a história da espada para a capitã que, como toda mulher, desconfiada, resolve dar um passeio pelo planeta. Quando vê que tudo aquilo que Hordak dizia era mentira e os habitantes do planeta viviam na merda, ela se rebela, fala com a Feiticeira, descobre que Adam é seu brother, pega a espada, vira She-Ra, liberta o bundão do He-Man e começa a lutar pela liberdade em Ethéria.

É assim que se faz uma boa caracterização de personagem

Ou seja, bem amarradinho com a série original.

Além de todos esses detalhes, ambos os desenhos tinham lições de moral no final de cada episódio para a criançada, inclusive com um “Onde está Wally?” em She-Ra, em que tinham que encontrar o personagem-mala Geninho durante o episódio.

BraveStarr

A última animação da Filmation até que fez relativo sucesso, contando a história de um caubói do espaço que protegia um planeta contra invasões alienígenas e colonizadores gananciosos.

BraveStarr até que era interessante por misturar velho oeste, misticismo e ficção cientifica. Mas, como criatividade era o ponto fraco da época, o delegado do Planeta Novo Texas, também lembrava Tex, famoso caubói herói dos quadrinhos.

BraveStarr até que era legal, mas não agradou aos pirralhos

Aliás, foi baseado no dito cujo, pois, assim como He-Man, por Tex ser considerado adulto demais e os brinquedos terem encalhado, criou-se Bravestarr para resolver o problema.

Talvez, por conta dessa salada, BraveStarr não tenha sido bem digerido pela criançada, tendo muitos episódios de temática adulta, inclusive com um mostrando um garoto morrendo de overdose.

Semana que vem tento encerrar essa fase oitentista que atualmente toma conta da coluna.

A Comédia mais Engraçada do Momento

Sit.Com terça-feira, 14 de outubro de 2008 – 9 comentários

Quem acompanha a coluna sabe que dificilmente comento sobre os famosos sitcoms (que, inclusive, nomeiam a coluna, não fui eu que escolhi!). O gênero já teve momentos mais inspiradores, principalmente na época das “vacas gordas” de Seinfeld, Frasier, Friends e Sex and The City, somente para citar alguns sucessos recentes.

Para vocês terem idéia consigo, atualmente, citar (usando somente os dedos de uma mão, ao contrário dos dramas, em que faltam dedos para contar) as comédias que assisto (sem ordem de preferência):

1. Entourage
2. How I Met your Mother
3. The Big Bang Theory
4. The New Adventures of Old Christine …e só!

Vocês podem estar sentido falta de séries mais bam-bam-bam, como a popular Two and A Half Men, a super-premiada 30 Rock e de Steve Carell e seu The Office, até as vejo vez por outra, porém as sitcoms que me viciaram e me “fazem sentir” são as poucas citadas acima.

Neste retorno de temporada, apesar da excelência de Entourage (5ª temporada), principalmente para quem conhece um pouco os bastidores de Hollywood e como funciona a “indústria dos sonhos”, que continua com ótimas tramas (como refilmar Benji) e sempre alfinetando atores, produtores, roteiristas e o pessoal do showbizz americano; o título de mais engraçado fica com…The Big Bang Theory! (exibida no canal Warner)

A série, em sua 2ª temporada, retornou com textos cada vez mais hilários para satirizar os famosos nerds e situações engraçadissímas, como a Feira de História que Leonard critica pelos detalhes históricos, a “máquina de dobrar roupas” de Sheldon e o aparecimento de uma rival para ele (inclusive pela língua ferina), já conhecida da temporada passada, affair antigo de Leonard, a Leslie. Eu que achava que a temporada seria tomada pela trama do suposto futuro/ex-casal Leonard/Penny fui surpreendido pela sumária troca de enredo, bom pra série que dá mais espaço à Sheldon.

Assim, de mansinho, de uma série despretensiosa, The Big Bang Theory vêm ganhando audiência e fãs pela maneira despojada de mostrar os nerds (jogue a primeira pedra quem não se identifica um pouquinho com algum personagem). Os roteiristas perceberam que as inúmeras referências à cultura pop, como games, rpgs, filmes sci-fi, agradam aos fãs mais fanáticos e ilustram em cada episódio temas referentes à este universo.

Claro que se a série não tivesse um personagem como Sheldon, um nerd sem completa noção de convívio em sociedade, metade da graça estaria perdida, ou melhor, soaria forçada, como ocorre em alguns momentos. No entanto, Sheldon é o supra-sumo da nerdice, claro que de uma maneira engraçada e sarcástica. Os roteiristas sabem disso e, nesta 2ª temporada, o personagem (méritos do ator Jim Parsons) leva a série nas costas, melhor pra nós!

Década de 80 e a era dos heróis (quase) politicamente corretos

Televisão quinta-feira, 09 de outubro de 2008 – 7 comentários

Uma semana se passou e cá estou de volta, para continuar essa saga histórica dos desenhos animados, agora invadindo a década de 80, também conhecida como década perdida e auge da breguice humana.

Aliás, a década de 80 é muito reverenciada atualmente, talvez por ser a época que a maioria das pessoas de hoje (principalmente as que visitam este site) tenham passado sua infância, o que mostra o quão bregas vocês eram.

Por conta dessa época, surgiram alguns personagens que até hoje assombram nossa vida, como Xuxa, Mara Maravilha, Angélica, Bozo (in memorian), Vovó Mafalda (in memorian), Balão Mágico (in memorian), entre outras coisas.

Como o assunto não é esse vamos ao que interessa.

No início da década de 80, o povo ficou de saco cheio do estilo e dos desenhos da Hanna-Barbera, que contavam com animações repetitivas, fracas e de péssimo roteiro.

Claro que coloquei esse de propósito, só para cantar junto

Nessa época começaram a se destacar as animações dos estúdios Filmation e Rankin/Bass.
Infelizmente, os dois estúdios também abusavam da técnica da “animação limitada” (explicado aqui), mas compensavam com novas idéias e estilo de histórias, ao contrário do estúdio de Space Ghost.

Por conta do boom dos quadrinhos de heróis e necessitando estimular a boa educação, civismo, boas maneiras, amizades e noções de meio ambiente nas crianças, os dois estúdios resolveram apostar em grupos de heróis, geralmente vivendo em outras dimensões ou mundos paralelos, onde passavam por aventuras fantásticas, mostrando a amizade, companheirismo e a eterna luta do bem contra o mal.

Até que a iniciativa fazia sentido, já que a violência de vários desenhos, apesar de hilárias, infestavam as TVs das famílias tradicionais na época, como Tom & Jerry, Looney Tunes, Pica-Pau, entre outros desenhos.

Mas a apelação era tanta que, no final dos novos desenhos, era regra ter uma lição de moral para as criancinhas retardadas (no caso, vocês na época) refletirem e tratarem bem seus amiguinhos.

Thunder, thunder, Thundercats… Hôôôôôllll!!!!

Com esse grito, Lion, o líder dos Thundercats convocava os gatos-guerreiros refugiados de Thundera, numa Terra pré-histórica. Seu planeta-natal foi destruído e, teoricamente, só sobrou Panthro, Tygra, Cheetara e os irmãos, Wilykit e Wilykat, juntamente com o bicho de estimação mais mala da época, o Snarf.

Infelizmente, a Globo não passava aberturas de desenhos, aliás, até hoje

Estes eram os Thundercats, desenho produzido em 1983, passando no Brasil em 1986, estourando no mundo inteiro como sucesso de público e crítica.

Eles possuem como inimigos uma raça mutante do planeta Plun-Darr, liderados por Escamoso, Abutre, Simiano e Chacal, vieram atrás dos felinos extraterrestres para exterminá-los de uma vez por todas.

O que ninguém contava era com Mumm-Rá o Serrrrrr eterrrrno, uma múmia mística poderosa que vivia num sarcófago e que volta e meia atacava os Thurdercats, utilizando a força dos espíritos do mal se transformando no principal inimigo da série, inclusive mandando nos mutantes.

Casal de Cheetaras no Cio

Thurdercats foi um desenho do caralho produzido pela Rankin/Bass, sendo sucesso retumbante por conta das cenas de ação e dos personagens carismáticos (tirando os irmãos Wilykit e Wilykat que eram um porre, junto com Snarf), rendendo 130 episódios.

Curiosamente, na época, a Globo só passou 100 episódios, com o SBT passando os outros 30 quase 15 anos depois, em 2001, quando adquiriu os direitos de exibição da série.

Em breve, falo exclusivamente dos Thundercats, pois esse merece coluna exclusiva, o que não é o caso agora.

Esse desenho preparou a galera para a modinha de anime

Falta de criatividade

Como falta de criatividade era o que reinava na época, a Rankin/Bass tentou emplacar outra série, os Silverhawks.

Apesar da idéia de ciborgues, no lugar dos felinos, se pegando com seres alienígenas ao som de rock, ser original, o desenho ser repleto de ação, possuir uma abertura irada e ter uma boa animação os Silver Hawks não tinham um roteiro tão bom como o de seu antecessor (sendo praticamente uma cópia, mas ambientada no espaço) e por isso só rendeu uma temporada com 65 episódios, tendo relativo sucesso na terra brasilis, no programa do Sérgio Mallandro (aquele que saiu vereador) e da Mara Maravilha (aquela que virou crente).

Abertura irada, pena que o desenho não era era a mesma coisa

Mesmo levando paulada com Silverhawks, a Rankin/Bass insistiu na idéia de seres humanóides com poderes animais e lançou TigerSharks, humanos que se transformavam em seres marinhos com praticamente a mesma história dos antecessores, enfrentando vilões em um mundo parecido com a terra e com lição de moral no fim do episódio. O fracasso foi tanto, que este foi o último desenho produzido pelos estúdios.

Dá para levar isso a sério?

Como o espaço já está grande, semana que vem continuo a falar sobre as animações da década de 80.

Ressurreição de Heroes

Sit.Com terça-feira, 07 de outubro de 2008 – 4 comentários

Passado mais de um mês desde o início do fall season já dá pra ter uma idéia de que a temporada de séries americanas 2008/09 vai ser bem mais-ou-menos, nenhuma série encontrou uma audiência lá muito animadora, com exceção de NCIS (pois já não concorre mais diretamente com House), e muito menos críticas entusiasmadas. Por enquanto parece que a temporada ainda está engatinhando, porém já há diversas séries, principalmente as que foram renovadas em função da greve (ganhando uma segunda chance) que não durarão três meses no ar.

Em meio a este reinício de temporada, quero compartilhar com vocês da minha satisfação pelo retorno mais pé no chão de Heroes, talvez a série mais hypada depois de Lost. Claro que continuam os inesgotáveis erros de temporadas anteriores como: personagens em demasia (quem ainda aguenta Nikki, Mohinder, Maya), tramas repetidas (mais uma vez há um “salve o mundo”), tramas “encheção de linguiça” (Parkman, o policial que lê mentes, é o castigado do momento) e o subaproveitamento do carismático Hiro Nakamura, relegado ao papel de alivío cômico, perdendo sua conexão com a linha dramática principal, novamente, como ocorreu no vergonhoso segundo volume, ou 2ª temporada.

Assim como ocorre em diversas séries, em Heroes me vejo obrigado a me deixar levar pelos furos do roteiro, erros de enfoque da trama e atores ruins, parece que não dá para levar a série à sério. A diversão é ok, mas quanto à qualidade paira uma dúvida no ar. A impressão que tenho é que em algum momento a série vai estourar, vai conseguir extrair de todas as situações criadas tramas interessantes, cheias de tensão e suspense, mas não há um equilíbrio constante entre os episódios, na minha perspectiva em função do número exagerado de personagens. O público americano viu com desconfiança o retorno da série, audiência na faixa dos 10 milhões, não o suficiente para um show com tanta qualidade técnica e repercussão entre os fãs.

Nesses primeiros três episódios que pude conferir, os roteiristas de Heroes souberam trabalhar melhor os inúmeros ganchos de temporadas anteriores e, logo, responderam diversas questões sobre a misteriosa Companhia (não a de Prison Break, obviamente). A trama referente a família Petrelli, com Nathan envolvido em questões sobrenaturais, Peter (catapultado a protagonista da série) envolvido em viagens no tempo e Angela (finalmente descobrimos seu poder) chefiando a Companhia, está acima das demais subtramas juntamente com a trama de Sylar, se estreitando com os Petrelli, e a sempre interessante Claire e seu pai, Noah Bennet. Parece que a grande questão da temporada é quem são os verdadeiros vilões e heróis da série, podem haver trocas de time no decorrer da temporada, ficou instigante acompanhar o crescimento e as questões que envolvem estas escolhas.

Para os fãs brasileiros, uma boa notícia: o canal Universal Channel vai exibir a terceira temporada de Heroes a partir de novembro, infelizmente num horário bizarro, sexta à noite, mas fazer o quê? Vida de seriemaníaco é complicada no Brasil.

Como Hanna-Barbera dominou o mercado das animações

Televisão quinta-feira, 02 de outubro de 2008 – 6 comentários

A entrada da Hanna-Barbera no mercado de desenhos animados deu uma sacudida no mundo das animações e, para variar, reformulou e revolucionou tudo de novo.

Até hoje, questiona-se os métodos utilizados pelo estúdio, que reduziu drasticamente os custos de produção das animações, provocando crise nos concorrentes e praticamente monopolizando o mercado de desenhos até o início da década de 80.

Para vocês terem uma idéia, até o início da década de 60 para produzir um curta animado de uns 10 minutos, como Pernalonga, ou mesmo Tom & Jerry, eram necessários entre 30.000 e 50.000 desenhos. Sendo um trabalho oneroso, com altos custos e, muitas vezes, sem retorno garantido, mesmo sendo produzidas algumas obras-primas.

Jambo e Ruivão, primeiro sucesso dos Estúdios Hanna-Barbera

Até que Joseph Barbera e William Hanna criaram uma técnica especial, batizada de “animação limitada”, onde uma animação, para ser produzida, utilizava apenas 2.000 desenhos (às vezes até menos que isso), barateando consideravelmente os custos da produção.

O processo era bem pobre e simples. Os personagens permaneciam estáticos, com apenas a cabeça se mexendo para os lados e abrindo e fechando a boca para falar. Para facilitar e disfarçar os cortes dos movimentos, os personagens possuíam adereços no pescoço, como colares e gravatas.

Podem reparar que a maioria dos personagens da Hanna-Barbera possuem essa característica peculiar.

Reparem o cenário repetitivo e a gravatinha de Zé Colmeia, tudo para cortar custos

Outra forma de cortar custos foi a adoção de um cenário meio fixo. Prestem atenção que quando um personagem está andando pela tela, ele passa sempre pela mesma pedra, carro espacial, árvores e por aí vai.

Isso ocasionou críticas de todos os lados, inclusive com um executivo da Disney (sempre eles) afirmando que nem consideravam os estúdios Hanna-Barbera concorrentes. Por ironia do destino, entre o final da década de 50 e início da 60, os estúdios do Scooby contrataram vários desenhistas da casa do Mickey, que haviam sido demitidos para cortar despesas.

Mas caro Bolinha Bonilha, então como eles conseguiram o sucesso e o respeito que possuem hoje?

Oras, com uma coisa simples que Hollywood sempre deixa de lado: um roteiro fácil de entender.

Apesar da precariedade das animações, as histórias e tiradas dos personagens eram garantia de diversão e risadas, além de retratar com humor e uma dose de ironia o que seria o retrato da típica família americana, atingindo em cheio todas as faixas etárias e divertindo crianças e adultos.

Os Flintstones foi o primeiro desenho animado exibido em horário nobre nos EUA

A fórmula fez tanto sucesso que, em 1960, Os Flintstones foi a primeira animação da história exibida em horário nobre na TV americana, reinando absoluta até 1966.

Depois vieram Os Jetsons, Manda Chuva, Jonny Quest, Zé Colmeia, entre outros, até surgir um novo sucesso absoluto para o horário nobre da CBS: Scooby-Doo.

Desafio os noobs a reconhecerem todos os desenhos que passam nesta homenagem

Como já escrevi acima, Hanna-Barbera reinou absoluta até o início da década de 80, seguida por Warner, Universal e Disney, que não davam o mesmo tratamento precário aos seus desenhos e, obviamente, demoravam para produzir suas animações, perdendo terreno para Scooby-Doo e sua turma.

Com a fórmula do estúdio de Jonny Quest já meio esgotada, surgiu nesta época desenhos com temáticas mais adultas, que focavam grupos com super-poderes enfrentando super-vilões, em mundos fantásticos, geralmente extremamente coloridos e enfrentando adversidades, sempre com uma lição de moral no final.

Mas falar sobre esses desenhos é Papo para outro dia e outra coluna.

Afinal, isso aqui tem que durar.

confira

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